O cara diz que esteve um tempão levantando FATOS. Imagino as fuentes!Enviado por luisnassif, ter, 03/04/2012 - 09:26
Por Waldyr Kopezky
Caros uma surpreendente constatação, depois de muito tempo levantando dados sobre o conflito das Malvinas, em 1982: A ARGENTINA ESTEVE MUITO PRÓXIMA DE GANHAR!
Hoje, vende-se a teoria de que a Inglaterra conquistou uma vitória fácil, mas assim não parece. Vamos aos fatos:
Qual seria o terceiro NAe? Que eu saiba só estavam lá o Invincible e o Hermes. O único sub que os Ingleses admitem ter estado lá é o SSN HMS Conqueror, que afundou o ARA General Belgrano. Desconheço fuente que indique a presença de mais subs Ingleses no AS à época...1. a força-tarefa britânica enviada ao arquipélago possuía 23 embarcações, mais 3 porta-aviões e seis submarinos;
Ah, tá, só um sub. O que era então aquilo chamado Santa Fé que os Ingleses detonaram nas Geórgias? E o San Luis, que poderia ter feito alguma diferença se seus torpedos tivessem funcionado?2. a armada argentina possuía 15 embarcações, um porta-aviões e um submarino;
Belo par de sandices:3. a logística (proximidade da Argentina ao teatro de operações) favorecia amplamente o país sul-americano no apoio aéreo, sendo que operações aéreas britânicas de supersônicos tinham de vir de longe (os porta-aviões HMS Invincible, HMS Hermes e HMS Atlantic Conveyor comportavam apenas caças Harrier e Sea Harrier subsônicos), pois os caças supersônicos (Vulcans, para fazer frente aos esquadrões argentinos de Mirages e Daggers) tinham de vir de longe (ilha Ascensão, no meio do Atlântico, a 2 mil km de Pernambuco), sendo reabastecidos no ar. Isso quase causou um incidente internacional com o Brasil, quando uma das aeronaves inglesas não pôde ser reabastecida no ar e teve de desviar para o RJ, sem avisar o Brasl - e obrigando a FAB a interceptá-lo com dois F-5 no caminho (leiam no último link).
o transporte HMS Atlantic Conveyor vira NAe;
O bombardeiro e reconhecedor Vulcan vira caça supersônico;
Mais baboseira: a Argentina recebera apenas CINCO mísseis Exocet AM-39, sendo dois usados no ataque ao Sheffield - suspeita-se que um deles tenha se desviado e atingido o Hermes, pela sua súbita redução de atividade a partir daí - e outros dois ao Atlantic Conveyor, sendo o último desperdiçado em um ataque "no limite" a um alvo que poderia ser o Invincible (outros dizem que foi abatido pela AAAe). O resto dos danos causados pela aviação Argentina foi com bombas "burras". E os Argies perderam não apenas UMA embarcação, perderam navios menores de suprimento e o ARA Santa Fé foi posto fora de combate nas Geórgias. Não perderam mais porque o resto prudentemente ficou nas bases...4. Sem cobertura aérea apropriada (só esquadrilhas de subsônicos Harrier), os caças supersônicos argentinos providos de mísseis franceses AMR-Exocet tinham a supremacia aérea, afundando QUATRO e incapacitando totalmente outros CINCO navios da frota britânica. A armada argentina, por sua vez, perdeu apenas UMA embarcação - miseravelmente seu navio-capitânea, o cruzador General Belgrano.
Não sei de onde ele tirou esse número. Deve ser coisa do GODOY...5. A frotilha de seis submarinos britânicos garantiu assim uma zona de exclusão ao redor das ilhas e pôde manter distantes os destroyers e demais barcos argentinos que caçavam os porta-aviões (colocados fora do alcance dos ataques de caças a partir do continente).
Essa é uma das maiores piadas da guerra: para que códigos quando os Argies já haviam usado TODOS os seus cinco Exocets? Há informes (para mim boatos) de que teriam recebido outros do Peru - seu ÚNICO aliado assumido - mas os códigos eram diferentes e não constam ataques com tal arma após os citados, só bomba burra, tanto que não há registros de operações com Super Etendard após o disparo do quinto míssil.6. Aliás, a destruição da força-tarefa britânica só não foi TOTAL porque a então primeira-ministra, Margareth Tatcher, exigiu e conseguiu junto aos franceses a entrega dos códigos de desativação dos mísseis Exocet fornecidos aos argentinos em grande quantidade, sob ameaça expressa de desencadear um conflito nuclear no Atlântico (dizem que ameaçou jogar uma bomba A em Buenos Aires). A partir daí, os Exocet disparados pelos argentinos contra as embarcações britânicas não mais explodiam quando atingiam o alvo, pois eram desativados remotamente.
Ainda bem que não falou no "profissionalismo" das forças terrestres Argentinas, só imagino as pérolas extras que surgiriam, é cada uma que a gente vê...Assim, decretada a imposssibilidade de quebrar a zona de exclusão marítima imposta pela força-tarefa (que garantiu o desembarque be-sucedido das forças terrestres) e vendo o comprometimento total de uma operação regular e bem-sucedida de abastecimento às tropas argentinas no arquipélago, a derrota foi inevitável. Mas não foi fácil nem incontestável, muito menos "avassaladora", como apregoaram. Nassif, caros, deixo aqui vários links para corroborar esta conclusão: