Guerra das Malvinas / Falkland

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Re: Guerra das Malvinas

#1366 Mensagem por Clermont » Ter Abr 03, 2012 7:49 am

Figueiredo ameaçou apoiar Argentina militarmente se britânicos a invadissem.

Documento ultrassecreto obtido pelo ‘Estado’ revela que mensagem foi passada diretamente ao presidente Reagan.

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Marcelo Moraes - Estadao.com.br - 02.04.12.

BRASÍLIA - Arquivos secretos mostram que o governo brasileiro alertou os EUA que não aceitaria que tropas britânicas atacassem a região continental da Argentina durante a Guerra das Malvinas. O documento inédito, ao qual o Estado teve acesso, narra dois encontros em maio de 1982 entre os então presidentes do Brasil, general João Baptista Figueiredo, e dos EUA, Ronald Reagan, além do secretário de Estado dos EUA, Alexander Haig.

O documento pertence ao acervo do Conselho de Segurança Nacional, guardado no Arquivo Nacional, em Brasília, e tem a rara classificação de “ultrassecreto”.

Na primeira conversa, no dia 11 de maio, na Blair House – a casa de hóspede oficial do presidente dos EUA –, Figueiredo encontra-se apenas com Haig, numa preparação para a reunião presidencial, dois dias depois, com Reagan.

Tanto ele quanto Haig lamentam que a disputa pelas Malvinas – que os britânicos chamam de Falklands – tenha se tornado um conflito militar e tentam operar como moderadores. Mas Figueiredo avisa que as consequências poderiam ser muito piores se os britânicos terminassem por combater em solo continental, em vez de apenas no Arquipélago das Malvinas.

O general brasileiro dá a entender que essa situação não seria aceita na América do Sul e o Brasil poderia até mesmo se posicionar militarmente ao lado dos vizinhos.

Segundo o documento, ao término do encontro, Haig perguntou a Figueiredo se “haveria algo que pudesse dizer ao presidente Ronald Reagan” como preparação para o encontro do dia seguinte.

Segundo o relato do arquivo, “o presidente Figueiredo, em resposta, disse que só tinha uma preocupação, qual seja a do fato consumado de que a Inglaterra promova ação no continente, o que teria repercussões desastrosas na América do Sul”.

O documento deixa claro que “o presidente Figueiredo assinalou a necessidade de que essa hipótese seja evitada a todo custo”. O receio brasileiro era que um ataque desse tipo, representando invasão de território sul-americano por um país europeu, provocasse forte reação popular contrária.

‘Solidariedade americana’. Segundo o relato do encontro, feito pela inteligência do Exército brasileiro, o presidente Figueiredo afirmou que, para o Brasil, “a situação é extremamente penosa”. “Pois não se pode avaliar até que ponto se pode conter a opinião pública. Se ocorrer o pior, a solidariedade americana certamente eclodirá”, cita o texto. “Que a Inglaterra não chegue a esse ponto, pois seria muito delicado”, diz o documento.

Haig concorda com o presidente brasileiro, mas é extremamente direto ao afirmar que “não se pode controlar o que a Inglaterra vai fazer”.

E vai mais além: afirma que não sabe o que Londres fará, “mas apenas que está pronta a fazer alguma coisa”.

O secretário de Estado lembrou que, quando o governo peruano participou de uma intermediação em busca de um acordo diplomático, quase houve uma solução pacífica para a disputa pelas Malvinas.

Mas, sem acordo, a situação tinha se deteriorado desde então. Segundo a narrativa dos militares brasileiros, Haig teria dito que, naquele momento, “os Estados Unidos não sabem o que os ingleses farão, porque nada dizem”. E avisou: “Estão nervosos”.

Olho de Moscou. No mesmo encontro, Haig e Figueiredo falam abertamente sobre o risco de a União Soviética aproveitar-se do conflito para aumentar sua margem de influência em relação aos argentinos. No domingo, documentos secretos revelados pelo Estado mostraram que o governo brasileiro temia que os soviéticos ajudassem a Argentina até mesmo com seu programa nuclear, fornecendo urânio enriquecido.

Haig diz a Figueiredo que “a União Soviética já estava pescando em águas turvas”, porque o embaixador soviético em Washington comentara que seu país não pretendia ajudar a junta militar que comandava a Argentina, “mas o povo argentino”.

Conforme o relato do encontro, Haig “confirmou que a URSS estava jogando a longo prazo (sic)”. Figueiredo concordou e afirmou que “quem estava lucrando era exatamente a União Soviética”. E defendeu que “não se pode perder a Argentina para a causa do Ocidente e este objetivo somente seria realizável desde que o regime argentino não se desestabilizasse”.

Na conversa, o presidente brasileiro afirma que seu medo era que o governo argentino caísse “nas mãos dos peronistas, como aliados dos comunistas, que dele posteriormente tomariam conta”. Para Figueiredo, essa combinação poderia provocar o aparecimento no sul do continente de “uma Cuba muito maior”.




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Re: Guerra das Malvinas

#1367 Mensagem por Alcantara » Ter Abr 03, 2012 8:47 am

Taí, se tivesse virado "uma cuba muito maior", o Brasil já teria o SSN faz tempo, NAe operacional faz tempo (provavelmente, com uma 2ª Esquadra também), já teria mais de 120 caças de ponta faz tempo, já teria um carro de combate de 1ª classe faz tempo, etc...

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Re: Guerra das Malvinas

#1368 Mensagem por Paisano » Ter Abr 03, 2012 8:50 am

Como a mídia ajudou a ditadura na Guerra das Malvinas

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=19897
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“Hoje é um dia glorioso para a pátria” ou “As Malvinas em mãos argentinas”, foram algumas das manchetes da imprensa daqueles dias de guerra, dias em que o ex-capitão de Fragata Alfredo Astiz – condenado à prisão perpétua por crimes de lesa humanidade - içava a bandeira argentina nas ilhas em disputa. Os meios de comunicação cumpriram um papel decisivo na construção do relato da guerra, exacerbando e construindo o discurso dominante durante os dias do conflito. O artigo é de Francisco Luque.

Francisco Luque - De Buenos Aires

Buenos Aires - Independente da justa reivindicação, legitimada por títulos e direitos inalienáveis com respeito à soberania argentina das ilhas Malvinas, hoje, depois de 30 anos do desembarque nas ilhas, há um fato impossível de negar: como a ditadura inventou uma operação bélica para lavar a cara do processo que a Argentina vivia desde 1976 e como os meios de comunicação da época, unânimes e submissos, por medo ou censura, contribuíram na construção deste relato.

Se a ditadura tinha uma forma de se perpetuar era essa: atiçar o sentimento nacional sobre a soberania das ilhas. E fez isso porque estava com problemas. Em 1982, a inflação era de 90% anual, havia recessão, os salários estavam arrochados e a pobreza crescia. Por outro lado, começavam a ser desvelados a repressão política e os crimes de lesa humanidade que a ditadura tentava ocultar sob seu midiático slogan: “nós, argentinos, somos direitos e humanos”.

O primeiro sintoma de mal estar geral contra a ditadura foi no dia 30 de março de 1982, quando uma mobilização massiva chegou à Praça de Maio convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT). Ainda que a repressão policial tenha sido brutal nessa manifestação, os canais de televisão públicos - em mãos dos três ramos das forças armadas - não transmitiram imagens em seus noticiários noturnos. Houve sim imagens quatro dias depois, quando o ditador Leopoldo Galtieri saudou de um balcão da Casa Rosada milhares de pessoas que o aclamavam após anunciar o desembarque das tropas argentinas nas Malvinas. “Estamos dispostos a aniquilar quem se atreva a tocar meio metro quadrado de território argentino”, rugiu o militar.

As rádios e os canais de televisão fizeram eco ao sentimento popular. Todo o país parava para seguir os comunicados oficiais ou ver as cenas de guerra pelo que seria o porta-voz da guerra: a televisão. Ela era a encarregada de emitir os comunicados que dia-a-dia a junta militar transmitia à população. E foi nela também onde a censura de imprensa ficou mais exposta e à disposição da memória social, anunciado, inclusive, oficialmente:

"Todos os boletins e notícias do exterior, seja qual for sua procedência e meio utilizado e toda informação relacionada com aspectos que dizem respeito ao desenvolvimento das operações militares e de segurança nacional, ficam sujeitos ao controle do Estado Maior Conjunto, prévio a sua difusão pelos meios informativos, sejam estes orais, escritos ou televisivos", dispôs a junta militar (Boletim Oficial, 30 de abril de 1982).

Os canais de televisão da capital tinham como única fonte de informação o Estado Maior Conjunto e daí vinham as noticias oficiais. Os canais do interior apenas podiam "reproduzir o informativo do canal de Buenos Aires com o qual tinha convênio e encher espaço com noticias de rádio ou de teletipo"

A cadeia oficial ATC – hoje Televisão Pública - era a origem de transmissão de todos os comunicados da junta militar. Emblemática era a figura do jornalista José Gómez Fuentes que em seu programa “60 minutos” emitia a frase: "Vamos ganhando”. Inclusive foi nesse programa que se informou que havia sido avariado o porta-aviões britânico Invencible – notícia que posteriormente se confirmou que era falsa. “Argentinos a vencer”, era o slogan mais repetido nos intervalos comerciais.

Andrew Graham-Yooll, jornalista argentino-britânico e ex-diretor do jornal Buenos Aires Herald, conta que nos dias de abril de 1982 a imprensa argentina era “estridente, histérica e gritona”. Suas manchetes exultantes só demonstravam que não sabiam realmente o que estava sucedendo.

“Com os breves comunicados que a Junta emitia se construía o discurso. Naquele momento a Argentina era uma sociedade que havia passado do silencio à estridência, onde o rumor era a informação. Toda a mídia estava agindo da mesma forma. Por isso, viver na Argentina hoje é viver em liberdade de imprensa, nunca antes havia vivido em um estado de liberdade de imprensa. Sem estridências nem evasões”.

A imprensa ocultou também – por ação ou omissão - as graves violações aos direitos humanos cometidas pelos oficiais contra os soldados. A jornalista Natasha Niebieskikwiat, autora do livro “Lágrimas de hielo” (Lágrimas de gelo), sustenta que durante a guerra das Malvinas, se produziram torturas, abusos e mortes de soldados por fome, e que se estudam processos para 70 oficiais do exército argentino, por este motivo.

“Os meios de comunicação prestaram muito pouca atenção àqueles jovens que chegaram destroçados, ocultos em caminhões de gado. Muitos oficiais e suboficiais impuseram falsos códigos de justiça militar para justificar estes crimes. Alguns jovens soldados foram estaqueados, golpeados brutalmente e enterrados vivos e o pior, muitas vezes os oficiais não repartiam a comida. Em geral, a imprensa calou e houve pequenos espaços como a revista 7 dias que mostrou os soldados famintos refletindo o estado em que chegavam ao continente”.

“Hoje é um dia glorioso para a pátria” ou “As Malvinas em mãos argentinas”, foram algumas das manchetes da imprensa daqueles dias de guerra, dias em que o ex-capitão de Fragata Alfredo Astiz – condenado à prisão perpétua por crimes de lesa humanidade - içava a bandeira argentina nas ilhas em disputa.

Os meios de comunicação cumpriram um papel decisivo na construção do relato da guerra, exacerbando e construindo certos tópicos dominantes durante os dias do conflito com maior eficácia do que a ditadura era capaz de imaginar. A propaganda triunfalista, a construção da imagem de um povo unido e unanimemente convencido da causa no dia 3 de abril, a difusão de informação inexata e a construção de um inimigo, são alguns dos tópicos mais recorrentes na imprensa daqueles dias.

Ainda que existissem vozes dissidentes, como a revista Humor, os meios hegemônicos aderiram às exigências da ditadura e cumpriram sua missão com um zelo muito pronunciado. Como em outros momentos da ditadura, foram mais longe inclusive do que os próprios militares demandavam.

Entretanto, apesar das tentativas dos militares e da imprensa de ocultar a derrota e de construir outra realidade, os ingleses triunfaram e as tropas argentinas tiveram que render-se. Na guerra morreram 649 soldados argentinos e 285 britânicos, mais de 350 ex-combatentes argentinos se suicidaram desde o início da guerra até hoje. A crise política se aprofundou, a ditadura caiu e se criaram as condições para a volta da democracia.

Tradução: Libório Júnior




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Re: Guerra das Malvinas

#1369 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Abr 03, 2012 8:54 am

Alcantara escreveu:Taí, se tivesse virado "uma cuba muito maior", o Brasil já teria o SSN faz tempo, NAe operacional faz tempo (provavelmente, com uma 2ª Esquadra também), já teria mais de 120 caças de ponta faz tempo, já teria um carro de combate de 1ª classe faz tempo, etc...

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Re: Guerra das Malvinas

#1370 Mensagem por suntsé » Ter Abr 03, 2012 9:07 am

Sávio Ricardo escreveu:
Alcantara escreveu:Taí, se tivesse virado "uma cuba muito maior", o Brasil já teria o SSN faz tempo, NAe operacional faz tempo (provavelmente, com uma 2ª Esquadra também), já teria mais de 120 caças de ponta faz tempo, já teria um carro de combate de 1ª classe faz tempo, etc...

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Mais em compensação não teriamos nossos Celtas, Unos, Palios, Gols 1.0. :mrgreen:

Comuna :twisted:

Como seria bom termos tido um grande estado comunista bem perto de nossas fronteiras.....




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Re: Guerra das Malvinas

#1371 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Abr 03, 2012 9:19 am

suntsé escreveu:
Sávio Ricardo escreveu: Mais em compensação não teriamos nossos Celtas, Unos, Palios, Gols 1.0. :mrgreen:

Comuna :twisted:

Como seria bom termos tido um grande estado comunista bem perto de nossas fronteiras.....
:twisted: :twisted: :twisted:

Sobre os Argies... O ego já é ultra-inflado com uma derrota vergonhosa daquela, imaginem se por alguma fatalidade eles tivessem vencido?! :?

Creio que eles teriam se aventurado por todo continente e feito da AS uma Europa no periodo Nazista, invadindo cada pais.

Os papeis de Mussolin, Churchil, etc seriam de quem??

E a Normandia latina? Seria onde??? :twisted:




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Re: Guerra das Malvinas

#1372 Mensagem por Alcantara » Ter Abr 03, 2012 10:27 am

E a Normandia latina? Seria onde???
Cerro de la Gloria, entre Punta Piedras e San Clemente del Tuyú.
Tem uma enseada grande ali. Dá pra fazer uma movimento de pinça ao sul, adentrando o país e depois virando pra norte, indo em direção de Buenos Aires e La Plata, isolando a capital do resto do pais.


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Re: Guerra das Malvinas

#1373 Mensagem por Brigadeiro » Ter Abr 03, 2012 10:37 am

Uma coisa é certa: se tivessem de alguma maneira vencido nas Malvinas, a próxima "vítima" seria o Estreito de Beagle e/ou um território no lado do Pacífico...

Até mais!




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Re: Guerra das Malvinas

#1374 Mensagem por Marino » Ter Abr 03, 2012 11:05 am

O Estado de São Paulo             
General temia ‘um Vietnã na América Latina’
Figueiredo disse a Reagan que os argentinos tinham agido de forma errada ao ocupar as Ilhas Malvinas

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff vai se encontrar pela primeira vez, na próxima semana, em solo americano com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para discutir uma agenda bilateral entre os dois países. O encontro ocorrerá há exatos 30 anos da conversa entre os presidentes das duas nações que teve como pauta central o conflito armado no Cone Sul. Em 12 de maio de 1982, o general João Baptista Figueiredo foi recebido na Casa Branca pelo presidente Ronald Reagan e manifestou toda sua preocupação com os efeitos da Guerra das Malvinas.

Para Figueiredo, existia o risco de que o acirramento do conflito fizessecomque a Argentina pudesse virar o “Vietnã da América Latina”. “Na realidade, a única a ganhar seria a União Soviética”, declarou o general brasileiro a Reagan.

Papéis secretos do governo militar brasileiro mostram toda a franqueza que caracterizava o estilo do presidente Figueiredo. Para Reagan, ele reconheceu que os argentinos tinham agido de forma errada ao ocupar as Ilhas Malvinas, mas não queria acirrar ainda mais os ânimos tornando pública essa posição.

Segundo arquivo do acervo do Conselho de Segurança Nacional, classificado como ultrassecreto, Figueiredo afirmou a Reagan:“ Não posso dizer aos argentinos que eles foram violentos”. Ele reconheceu que “os argentinos podem ser difíceis”, acrescentando, em seguida, que “os argentinos são particularmente difíceis quando confrontados”.

Segundo o documento, Figueiredo disse a Reagan que “os argentinos sabem que não aprovamos o ataque às Malvinas”. “Nada nos pediram, mas fizemos com que vissem o perigo da situação”, disse. “Dissemos aos argentinos, em várias ocasiões, que não usassem a força, mas não nos consultaram quando fizeram. Dissemos a eles que não fizessem isso, pois no recurso à força não teriam o apoio brasileiro”, acrescentou.

Só que o general brasileiro disse a Reagan que considerava desproporcional o tamanho da força militar utilizada como reação pelos ingleses e estava levando a opinião pública a simpatizar com a causa argentina. Nessa ocasião, o navio argentino General Belgrano já tinha sido afundado pelos ingleses no conflito.

“Começa a surgir daí uma aversão aos Estados Unidos e aos ingleses por representarem uma força muito maior contra uma Argentina inferiorizada”, disse o general brasileiro.

Reagan concordou e afirmou que “várias vezes pedira aos ingleses que não exagerassem no uso da força”. “Dissemos isso a eles e vamos continuar a lhes dizer”, garantiu.




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Re: Guerra das Malvinas

#1375 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Abr 03, 2012 11:12 am

A tá...

Tenho uma força capaz de destruir o inimigo facilmente e não vou usar ela de forma integral por pena?

E isso me custara a vida de mais soldados, mais tempo no TO, mais dinheiro e etc... vou ganhar oque com isso???

Isso funciona no futebol que um time grande coloca os reservas pra não massacrar o time da varzea, mas em uma Guerra... No meu ponto de vista o ingleses ainda foram brandos... :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Guerra das Malvinas

#1376 Mensagem por Paisano » Ter Abr 03, 2012 11:17 am

A análise dos conflitos das Malvinas

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... vinas#more
Enviado por luisnassif, ter, 03/04/2012 - 09:26

Por Waldyr Kopezky


Caros uma surpreendente constatação, depois de muito tempo levantando dados sobre o conflito das Malvinas, em 1982: A ARGENTINA ESTEVE MUITO PRÓXIMA DE GANHAR!

Hoje, vende-se a teoria de que a Inglaterra conquistou uma vitória fácil, mas assim não parece. Vamos aos fatos:

1. a força-tarefa britânica enviada ao arquipélago possuía 23 embarcações, mais 3 porta-aviões e seis submarinos;

2. a armada argentina possuía 15 embarcações, um porta-aviões e um submarino;

3. a logística (proximidade da Argentina ao teatro de operações) favorecia amplamente o país sul-americano no apoio aéreo, sendo que operações aéreas britânicas de supersônicos tinham de vir de longe (os porta-aviões HMS Invincible, HMS Hermes e HMS Atlantic Conveyor comportavam apenas caças Harrier e Sea Harrier subsônicos), pois os caças supersônicos (Vulcans, para fazer frente aos esquadrões argentinos de Mirages e Daggers) tinham de vir de longe (ilha Ascensão, no meio do Atlântico, a 2 mil km de Pernambuco), sendo reabastecidos no ar. Isso quase causou um incidente internacional com o Brasil, quando uma das aeronaves inglesas não pôde ser reabastecida no ar e teve de desviar para o RJ, sem avisar o Brasl - e obrigando a FAB a interceptá-lo com dois F-5 no caminho (leiam no último link).

4. Sem cobertura aérea apropriada (só esquadrilhas de subsônicos Harrier), os caças supersônicos argentinos providos de mísseis franceses AMR-Exocet tinham a supremacia aérea, afundando QUATRO e incapacitando totalmente outros CINCO navios da frota britânica. A armada argentina, por sua vez, perdeu apenas UMA embarcação - miseravelmente seu navio-capitânea, o cruzador General Belgrano.

5. A frotilha de seis submarinos britânicos garantiu assim uma zona de exclusão ao redor das ilhas e pôde manter distantes os destroyers e demais barcos argentinos que caçavam os porta-aviões (colocados fora do alcance dos ataques de caças a partir do continente).

6. Aliás, a destruição da força-tarefa britânica só não foi TOTAL porque a então primeira-ministra, Margareth Tatcher, exigiu e conseguiu junto aos franceses a entrega dos códigos de desativação dos mísseis Exocet fornecidos aos argentinos em grande quantidade, sob ameaça expressa de desencadear um conflito nuclear no Atlântico (dizem que ameaçou jogar uma bomba A em Buenos Aires). A partir daí, os Exocet disparados pelos argentinos contra as embarcações britânicas não mais explodiam quando atingiam o alvo, pois eram desativados remotamente.

Assim, decretada a imposssibilidade de quebrar a zona de exclusão marítima imposta pela força-tarefa (que garantiu o desembarque be-sucedido das forças terrestres) e vendo o comprometimento total de uma operação regular e bem-sucedida de abastecimento às tropas argentinas no arquipélago, a derrota foi inevitável. Mas não foi fácil nem incontestável, muito menos "avassaladora", como apregoaram. Nassif, caros, deixo aqui vários links para corroborar esta conclusão:

http://www.naval.com.br/blog/tag/guerra ... z1qweun0Zk

http://www.naval.com.br/blog/falklandsm ... z1qweun0Zk

http://www.naval.com.br/blog/falklandsm ... z1qweun0Zk

http://www.naval.com.br/blog/falklandsm ... z1qweun0Zk

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/notic ... 13070.html




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Re: Guerra das Malvinas

#1377 Mensagem por Marino » Ter Abr 03, 2012 11:33 am

Ai meu Deus.
Quantos erros primários.




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Re: Guerra das Malvinas

#1378 Mensagem por FOXTROT » Ter Abr 03, 2012 11:44 am

Paisano escreveu:A análise dos conflitos das Malvinas

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... vinas#more
Enviado por luisnassif, ter, 03/04/2012 - 09:26

Por Waldyr Kopezky


Caros uma surpreendente constatação, depois de muito tempo levantando dados sobre o conflito das Malvinas, em 1982: A ARGENTINA ESTEVE MUITO PRÓXIMA DE GANHAR!

Hoje, vende-se a teoria de que a Inglaterra conquistou uma vitória fácil, mas assim não parece. Vamos aos fatos:

1. a força-tarefa britânica enviada ao arquipélago possuía 23 embarcações, mais 3 porta-aviões e seis submarinos;

2. a armada argentina possuía 15 embarcações, um porta-aviões e um submarino;

3. a logística (proximidade da Argentina ao teatro de operações) favorecia amplamente o país sul-americano no apoio aéreo, sendo que operações aéreas britânicas de supersônicos tinham de vir de longe (os porta-aviões HMS Invincible, HMS Hermes e HMS Atlantic Conveyor comportavam apenas caças Harrier e Sea Harrier subsônicos), pois os caças supersônicos (Vulcans, para fazer frente aos esquadrões argentinos de Mirages e Daggers) tinham de vir de longe (ilha Ascensão, no meio do Atlântico, a 2 mil km de Pernambuco), sendo reabastecidos no ar. Isso quase causou um incidente internacional com o Brasil, quando uma das aeronaves inglesas não pôde ser reabastecida no ar e teve de desviar para o RJ, sem avisar o Brasl - e obrigando a FAB a interceptá-lo com dois F-5 no caminho (leiam no último link).

4. Sem cobertura aérea apropriada (só esquadrilhas de subsônicos Harrier), os caças supersônicos argentinos providos de mísseis franceses AMR-Exocet tinham a supremacia aérea, afundando QUATRO e incapacitando totalmente outros CINCO navios da frota britânica. A armada argentina, por sua vez, perdeu apenas UMA embarcação - miseravelmente seu navio-capitânea, o cruzador General Belgrano.

5. A frotilha de seis submarinos britânicos garantiu assim uma zona de exclusão ao redor das ilhas e pôde manter distantes os destroyers e demais barcos argentinos que caçavam os porta-aviões (colocados fora do alcance dos ataques de caças a partir do continente).

6. Aliás, a destruição da força-tarefa britânica só não foi TOTAL porque a então primeira-ministra, Margareth Tatcher, exigiu e conseguiu junto aos franceses a entrega dos códigos de desativação dos mísseis Exocet fornecidos aos argentinos em grande quantidade, sob ameaça expressa de desencadear um conflito nuclear no Atlântico (dizem que ameaçou jogar uma bomba A em Buenos Aires). A partir daí, os Exocet disparados pelos argentinos contra as embarcações britânicas não mais explodiam quando atingiam o alvo, pois eram desativados remotamente.

Assim, decretada a imposssibilidade de quebrar a zona de exclusão marítima imposta pela força-tarefa (que garantiu o desembarque be-sucedido das forças terrestres) e vendo o comprometimento total de uma operação regular e bem-sucedida de abastecimento às tropas argentinas no arquipélago, a derrota foi inevitável. Mas não foi fácil nem incontestável, muito menos "avassaladora", como apregoaram. Nassif, caros, deixo aqui vários links para corroborar esta conclusão:

http://www.naval.com.br/blog/tag/guerra ... z1qweun0Zk

http://www.naval.com.br/blog/falklandsm ... z1qweun0Zk

http://www.naval.com.br/blog/falklandsm ... z1qweun0Zk

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Supremacia? Desde quando o SE é caça?




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Re: Guerra das Malvinas

#1379 Mensagem por henriquejr » Ter Abr 03, 2012 12:14 pm

A Argentina não conquistou definitivamente as ilhas, mandando os ingleses pra casa, simplesmente porque não se preparou para o conflito, por não acreditar que os ingleses lutariam pelas ilhas!




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Re: Guerra das Malvinas

#1380 Mensagem por Túlio » Ter Abr 03, 2012 12:20 pm

Amontoado de besteiras, nem dá bola. O Nassif deve andar BEM desesperado para deixar publicar uma barafunda de despropósitos como essa em seu site que, a propósito, está fora do ar, vai saber a razão... :roll: :roll: :roll: :roll:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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