Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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SUNDAO
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#166 Mensagem por SUNDAO » Qui Fev 09, 2012 1:50 am

Dall escreveu:Andrade Gutierrez, Odebrecht, Embraer Sistemas de Defesa, tomem cuidado com esta ilusão que se planta no Brasil.

A especialidade deste pessoal é fazer lobby, são mestres em compras governamentais.

O MinDef lança uma concorrência hipotética para compra de 100 mísseis anti navios.

Cada uma delas se alinha a um fabricante, Harpoon, Exocet, RBS-15 são os proponentes, o preço unitário é 3 ou 4 vezes o custo “seco” do míssil comprado direto do fabricante. A desculpa: “Transferência de tecnologia”, “Linha de montagem nacional”, “Possibilidade de participar de programas conjuntos com o país de origem”, e demais “vantagens”.

Uma compra que deveria técnica e custar US$ 150 milhões passa a ser um picadeiro político e custaria US$ 500 milhões, o “saldo” de US$ 350mi é mais do que suficiente para um desenvolvimento genuinamente nacional.

Se quisermos uma industria de defesa efetiva, temos que questionar modelos “Helibras”, modelos “Elbit”, modelos “Odebrecht”, modelos “Embraer” de forma pragmática e entender suas limitações, vantagens e desvantagens.

O que vemos no Brasil é uma total desinformação, um vale tudo no campo da propaganda e da retórica na qual o programa FX é o exemplo maior, embora não seja o único.

Indústria de defesa não tem mágica não.

-Tem que ser nacional (Como tivemos até 20 anos atrás).

-Tem que ser focada em um nicho (Tanques sobre rodas, foguetes de artilharia, aviões de treinamento, aviões COIN são os nichos que o Brasil dominou ou domina).

- Tem que contar com encomendas das FA´s locais como forma de subsidio. (Foi a falta de capacidade financeira dos anos 90 que dizimou nossa industria).

- Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).

- Precisa ter privilegio diante do fornecedor estrangeiro. Hoje é mais fácil dar US$ 1bi para a EADS do que 10% disto para gerar uma versão nova do SINCONTA por exemplo.

Em resumo, esta “Nova industria de defesa” é somente uma maquiagem de alguns grupos econômicos, quando o estado brasileiro gasta com infra estrutura eles se vestem de construtoras, quando gasta com gestão eles se vestes de consultoras, quando gasta com Defesa como parece ser uma tendência nos próximos 20 anos, estarão vestidos de “Industria nacional”.

Não se iludam, o modelo não é este.
Mandou bem ! É por aí.

Além disso tem aquelas empresas que querem de graça o que Brasil vai pagar bilhões para conseguir qual seja a tecnologia.

Sundao




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#167 Mensagem por SUNDAO » Qui Fev 09, 2012 2:34 am

RobertoRS escreveu:
PRick escreveu:Muita gente não sabe disso, caindo no discurso vazio do impostômetro de São Paulo, sem perceber que a maior carga tributária sobre o consumo e produtos industriais, é municipal e estadual.

[]´s
A esmagadora maioria das receitas tributárias no Brasil fica com o Gov. Federal. É um acinte negar isso.
Achei a afirmação bastante vaga, quase um mantra ou um dogma que se justifica por si só baseado apenas na fé.

Gostaria que pudesse, a bem do debate, colocar isto mais claro e
, se possível, fale como mesmo dentro dos impostos federais tal com o IR das empresas existem as destinações obrigatórias para estados e municípios onde os IR é cobrado.

Lembre-se estamos falando de empresas ligadas a defesa.

Sundao




luisabs
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#168 Mensagem por luisabs » Qui Fev 09, 2012 11:24 pm

Dall escreveu:Andrade Gutierrez, Odebrecht, Embraer Sistemas de Defesa, tomem cuidado com esta ilusão que se planta no Brasil.

A especialidade deste pessoal é fazer lobby, são mestres em compras governamentais.

O MinDef lança uma concorrência hipotética para compra de 100 mísseis anti navios.

Cada uma delas se alinha a um fabricante, Harpoon, Exocet, RBS-15 são os proponentes, o preço unitário é 3 ou 4 vezes o custo “seco” do míssil comprado direto do fabricante. A desculpa: “Transferência de tecnologia”, “Linha de montagem nacional”, “Possibilidade de participar de programas conjuntos com o país de origem”, e demais “vantagens”.

Uma compra que deveria técnica e custar US$ 150 milhões passa a ser um picadeiro político e custaria US$ 500 milhões, o “saldo” de US$ 350mi é mais do que suficiente para um desenvolvimento genuinamente nacional.

Se quisermos uma industria de defesa efetiva, temos que questionar modelos “Helibras”, modelos “Elbit”, modelos “Odebrecht”, modelos “Embraer” de forma pragmática e entender suas limitações, vantagens e desvantagens.

O que vemos no Brasil é uma total desinformação, um vale tudo no campo da propaganda e da retórica na qual o programa FX é o exemplo maior, embora não seja o único.

Indústria de defesa não tem mágica não.

-Tem que ser nacional (Como tivemos até 20 anos atrás).

-Tem que ser focada em um nicho (Tanques sobre rodas, foguetes de artilharia, aviões de treinamento, aviões COIN são os nichos que o Brasil dominou ou domina).

- Tem que contar com encomendas das FA´s locais como forma de subsidio. (Foi a falta de capacidade financeira dos anos 90 que dizimou nossa industria).

- Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).

- Precisa ter privilegio diante do fornecedor estrangeiro. Hoje é mais fácil dar US$ 1bi para a EADS do que 10% disto para gerar uma versão nova do SINCONTA por exemplo.

Em resumo, esta “Nova industria de defesa” é somente uma maquiagem de alguns grupos econômicos, quando o estado brasileiro gasta com infra estrutura eles se vestem de construtoras, quando gasta com gestão eles se vestes de consultoras, quando gasta com Defesa como parece ser uma tendência nos próximos 20 anos, estarão vestidos de “Industria nacional”.

Não se iludam, o modelo não é este.
Perfeito Dall. Eu que trabalhava numa empresa nacional, que foi comprada por uma multinacional, entendo perfeitamente o que escrevestes. A diferença crucial é que na empresa nacional temos R&D e massa critica, já na multinacional, o R&D fica no exterior, e a filial brasileira é uma mera montadora de kits, ou até fabrica partes do produto, porém recebe o projeto pronto do exterior, sem desenvolvimento, pesquisa.
Eu não entendo como os nossos governantes, incentivam este processo de incorporação de empresas nacionais do setor de defesa por multinacionais :?




dafranca
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#169 Mensagem por dafranca » Sex Fev 10, 2012 2:40 pm

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Brasil e/ou Itália poderão ser parceiros em projeto de caça de quinta geração turco


Segundo o site O INFORMANTE (aqui)autoridades turcas estão em busca de parceiros para o desenvolvimento de um caça de 5ª geração e o Brasil e a Itália são os países preferidos, as informações são do site DefenseNews. As autoridades turcas em breve iniciarão conversas com a empresa brasileira Embraer e a italiana Alenia Aeronautica.

Os turcos, esperam iniciar as negociações com os dois países ainda esse ano e quem conduzirá as negociações será a empresa Turkish Aerospace Industries (TAI), uma vez que o governo turco depositou toda confiança na empresa. Uma fonte precisou que em 2012, as autoridades turcas já saberão quem realmente irá aderir ao projeto.

A empresa aeroespacial turca mencionada acima, recebeu do governo turco, mais precisamente do escritório nacional de compras, ou da Subsecretaria da Indústria de Defesa (SSM), a bagatela de US$ 20 milhões para o ‘design conceitual’ do caça, cuja a expectativa de construção seja de 9 anos (2020).

A Turquia cada vez mais conduz seus próprios programas para a criação de armas top de linha, e isso é mais visível no âmbito naval e armas de infantaria. Mas a mentalidade turca também vem mudando na área especial, vide o programa que o país leva a cabo para a construção de veículos aéreos não-tripulados (UAVs) de alta tecnologia. Especialistas sugerem que os esforços no programa FX (nome do programa para a construção do caça de 5ª geração) visam a independência tecnológica do país, onde os turcos se afastariam cada vez mais a dependência das tecnologias americanas. O país ultimamente vem dando declarações que não medirá esforços para ampliar o seu poderio aéreo.

Em dezembro passado, o ministro da Defesa Nacional da Turquia, o senhor Vecdi Gönül, já havia salientado que o seu país iria desenvolver e fabricar seu próximo caça, com ou sem a ajuda de parceiros estrangeiros.

Gönül disse que o seu país também poderia cooperar com a Coréia do Sul, mas a chance é remota, uma vez a Coréia do Sul exigiu ser dona de grande parte do projeto.

Por outro lado, posteriormente a Itália apresentou uma proposta para a Turquia sobre a criação do primeiro caça do país. A proposta incluí a transferência de tecnologia e a possibilidade da produção local, disse o embaixador italiano na Turquia, Gianpaolo Scarente.


“Há uma proposta de projeto. Gostaríamos de participar de um programa muito importante para criar um caça nacional para a Turquia. Ele (o programa) esta na fase de avaliação dos estudos agora, mas temos a proposta”, disse Scarante ao jornal turco Hürriyet em uma recente entrevista no Palácio Veneza, em Istambul.

“O caça mais importante do mundo agora é o sistema Eurofighter. Gostaríamos de compartilhar com a Turquia, a fim de colaborar para realização desse objetivo importante, que é dar a Turquia um caça nacional”, disse Scarante.

Scarante disse desde o início de a Itália se propôs ajudar a Turquia e que seu país iria transferir tecnologia para a Turquia, bem como propiciar à Turquia a nacionalização do caça a fim de levar a capacidade industrial para o país.

“Queremos compartilhar nossa tecnologia”

“Nossa atitude é a de cooperar na transferência de tecnologia, a fim de estabelecer uma cooperação industrial. Então, nós não queremos só vender produtos, objetos, sistemas, etc, mas também queremos compartilhar tecnologia e construir em conjunto a fim de melhorar a tecnologia e a capacidade do país”, disse ele.

Ministro da Defesa italiano para visitar a Turquia

Sacarante disse o ministro italiano da Defesa Giampaolo Di Paola vai visitar a Turquia dentro de duas semanas. Itália e Turquia realizaram o “dia da indústria de defesa” na capital italiana Roma dos dias 26-28 de janeiro, onde as empresas italianas e turcas discutiram as oportunidades de negócios em reuniões realizadas no Centro de Estudos de Alta Defesa (CASD).

Mais de 30 empresas italianas, incluindo a Finmeccanica e empresas líderes turcas, como Aselsan, TAI, Roketsan e Havelsan compareceram às reuniões. Sacarante disse que o objetivo dos “dias da defesa ítalo-turco ” foi apoiar a cooperação entre os dois países no domínio da defesa.

Um longa história de cooperação

“Há uma série de projetos de cooperação no sector da defesa entre a Itália e a Turquia. Temos uma história muito longa de cooperação. Por enquanto, temos uma excelente cooperação na indústria de satélite”, disse Sacarante. Cooperação alargada em sistemas de controle de tráfego aéreo e o controle do sistema de controle principal foi construído em Ancara, acrescentou.

Itália e Turquia também cooperaram na área de helicópteros militares, cooperação essa que permitiu a Turquia produzir em seu território helicópteros italianos sob licença.
http://planobrasil.com/2012/02/10/brasi ... cao-turco/




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#170 Mensagem por GDA_Fear » Sex Fev 10, 2012 3:24 pm

luisabs escreveu:
Dall escreveu:Andrade Gutierrez, Odebrecht, Embraer Sistemas de Defesa, tomem cuidado com esta ilusão que se planta no Brasil.

A especialidade deste pessoal é fazer lobby, são mestres em compras governamentais.

O MinDef lança uma concorrência hipotética para compra de 100 mísseis anti navios.

Cada uma delas se alinha a um fabricante, Harpoon, Exocet, RBS-15 são os proponentes, o preço unitário é 3 ou 4 vezes o custo “seco” do míssil comprado direto do fabricante. A desculpa: “Transferência de tecnologia”, “Linha de montagem nacional”, “Possibilidade de participar de programas conjuntos com o país de origem”, e demais “vantagens”.

Uma compra que deveria técnica e custar US$ 150 milhões passa a ser um picadeiro político e custaria US$ 500 milhões, o “saldo” de US$ 350mi é mais do que suficiente para um desenvolvimento genuinamente nacional.

Se quisermos uma industria de defesa efetiva, temos que questionar modelos “Helibras”, modelos “Elbit”, modelos “Odebrecht”, modelos “Embraer” de forma pragmática e entender suas limitações, vantagens e desvantagens.

O que vemos no Brasil é uma total desinformação, um vale tudo no campo da propaganda e da retórica na qual o programa FX é o exemplo maior, embora não seja o único.

Indústria de defesa não tem mágica não.

-Tem que ser nacional (Como tivemos até 20 anos atrás).

-Tem que ser focada em um nicho (Tanques sobre rodas, foguetes de artilharia, aviões de treinamento, aviões COIN são os nichos que o Brasil dominou ou domina).

- Tem que contar com encomendas das FA´s locais como forma de subsidio. (Foi a falta de capacidade financeira dos anos 90 que dizimou nossa industria).

- Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).

- Precisa ter privilegio diante do fornecedor estrangeiro. Hoje é mais fácil dar US$ 1bi para a EADS do que 10% disto para gerar uma versão nova do SINCONTA por exemplo.

Em resumo, esta “Nova industria de defesa” é somente uma maquiagem de alguns grupos econômicos, quando o estado brasileiro gasta com infra estrutura eles se vestem de construtoras, quando gasta com gestão eles se vestes de consultoras, quando gasta com Defesa como parece ser uma tendência nos próximos 20 anos, estarão vestidos de “Industria nacional”.

Não se iludam, o modelo não é este.
Perfeito Dall. Eu que trabalhava numa empresa nacional, que foi comprada por uma multinacional, entendo perfeitamente o que escrevestes. A diferença crucial é que na empresa nacional temos R&D e massa critica, já na multinacional, o R&D fica no exterior, e a filial brasileira é uma mera montadora de kits, ou até fabrica partes do produto, porém recebe o projeto pronto do exterior, sem desenvolvimento, pesquisa.
Eu não entendo como os nossos governantes, incentivam este processo de incorporação de empresas nacionais do setor de defesa por multinacionais :?


Pois é depois uma ala aqui chama o PSDB do FHC de entreguista bla bla bla, e a situação deixa ocorrer a mesma coisa.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#171 Mensagem por Bourne » Sáb Fev 25, 2012 8:57 pm

Algo existe nesse estudo. :wink:



Só 100 páginas. :mrgreen:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#172 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Fev 25, 2012 9:32 pm

O Brasil se arma
http://epocanegocios.globo.com/Revista/ ... +ARMA.html

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A-DARTER é o nome do míssil de última geração (dividido, acima, em duas partes) desenvolvido pelas brasileiras Mectron, Opto e Avibras, em parceria com a sul-africana Denel
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[]´s




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#173 Mensagem por guilhermecn » Sáb Fev 25, 2012 11:41 pm

Bourne escreveu:Algo existe nesse estudo. :wink:



Só 100 páginas. :mrgreen:
Valeu pelo documento Bourne! Vai ajudar pra caramba o TCC do meu grupo




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#174 Mensagem por Marino » Qui Mar 22, 2012 2:20 pm

Entrevista INFODEFENSA.COM
General de Exército De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: O Brasil não um país comprador, é um país parceiro

22/03/2012
(Infodefensa.com) A. V. Suarez, Madrid - Com um ano e meio de história, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil conseguiu processar um documento que está a organizar o planejamento de defesa de uma maneira inédita para o país, o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED) aborda a aquisição de capacidades em um plano de 20 anos preparado por todas as forças de modo coordenado.

O Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas brasileiras, General de Exército José Carlos de Nardi, durante uma visita oficial a Madrid (Espanha), disse em uma entrevista dada a Infodefensa.com “O PAED é o instrumento pelo qual a indústria de defesa brasileira busca desenvolver os equipamentos militares que a Marinha, o Exército e Força Aérea necessitam, porque o Brasil não é apenas um país comprador, o Brasil é um país parceiro".

O General De Nardi gentilmente respondeu às perguntas relativas à indústria de defesa brasileira, embora, como salientou, "95% do que eu falei é de responsabilidade da Secretaria de Produtos de Defesa”.

Atualmente está sendo finalizado o texto do PAED, o que ele representa?

Os programas industriais estão ligados a Secretaria de Produtos de Defesa, mas o Ministério da Defesa do Brasil tem um projeto que é o PAED. Este plano é de 20 anos, começando em 2012 e vai até 2031. Marinha, Força Aérea e Exército elaboraram seus planos de articulação e compra de novos equipamentos e agora, o materializamos no âmbito do Ministério da Defesa. Nisto está todo o planejamento dos equipamentos necessários para as Forças Armadas do Brasil no futuro.

Serão vinte anos em que a indústria de defesa no Brasil terá que fazer as coisas que a Marinha, o Exército e Força Aérea venham a necessitar, uma prioridade do país na atualidade.

O Brasil não é apenas um país comprador, mas sim um país parceiro. Buscamos a transferência de tecnologia, queremos que as indústrias de todos os lugares venham para o Brasil, se associem as empresas brasileiras e estabeleçam parcerias. Comprar um produto somente não é a idéia.

Você acha que o decreto que isenta a indústria de defesa brasileira de certos impostos será um impulso definitivo para o seu desenvolvimento?

Sim, muito. Um mês atrás, a presidente Dilma assinou a Medida Provisória 544 e agora ela se tornou lei, um instrumento que dá à indústria de defesa nacional uma oportunidade de desenvolvimento através de uma vantagem muito grande para competir com a indústria internacional. Isto trará um forte desenvolvimento da indústria brasileira e esta é a idéia do ministro Celso Amorim, da presidente Dilma e de todos nós.

Como você articula a relação das Forças Armadas com a indústria de defesa no Brasil, sejam elas locais ou estrangeiras?

Dentro do PAED, o que precisamos? Por exemplo, fuzis. Se a Força Aérea Brasileira (FAB) quiser comprar fuzis, estabeleceremos o que deve ser este fuzil no Brasil, dentro da logística do Estado Maior Conjunto e passamos para a Secretaria de Produtos de Defesa, que irá controlar se a aquisição está dentro dos termos do PAED. A Secretaria coordena com as forças como será a aquisição. Aquisição por capacidades.

Antes do PAED, como se organizava o planejamento?

Não havia um plano integral, cada força tinha o seu plano de aquisições, antes da criação do Estado-Maior Conjunto. Há um ano e meio viemos atuando sozinhos. Agora estamos começando a trabalhar juntos, vamos aumentar a interoperabilidade. Um esforço conjunto e sempre próximo do equipamento para ajudar na logística.

Em que estágio está o programa PROSUB e quais são as expectativas do PROSUPER após a aquisição dos três OPV da BAE Systems, inicialmente previstos para Trinidad e Tobago?

O PROSUB está indo muito bem, você não imagina como os trabalhos estão sendo bem desenvolvidos para a base onde a construção do submarino nuclear começará. Eles já têm um grande desenvolvimento. A parceria com a França é muito boa e cabe ser lembrado que este acordo é para a fabricação do casco, e não para a fabricação do reator, que é uma questão da Marinha Brasileira, e esta já tem a solução e estará pronta para colocá-la no casco a ser construído.

Quanto à compra dos OPV da BAE Systems, foi uma oportunidade de aquisição muito importante para nós, e destinamos os navios para a defesa do pré-sal. Nada a ver com o PROSUPER, que será desenvolvido nos próximos anos.

Em que ponto está o programa Guarani?

Quanto ao Guarani, já se sabe que serão 2.040 unidades e estão dentro do orçamento do Exército, que vem trabalhando com a FIAT-IVECO em Minas Gerais. Tem sido um desenvolvimento normal. Temos pensado que após o 6x6, poderemos desenvolver um 8x8. Com relação ao desenvolvimento da torre do carro, seguem os estudos para se definir o calibre do canhão.

Continuam as expectativas para o programa FX-2, já podemos definitivamente falar sobre o mês de maio para uma decisão?

É uma questão política. No lado militar existe uma tranquilidade, agora a decisão não cabe a nós. Esta é uma questão política, a presidente Dilma vai definir qual equipamento (aeronave) será escolhida.

Mas os militares o consideram (o FX-2) como um programa urgente?

Sim, é urgente. A FAB já se pronunciou sobre isso, é um programa muito importante para a Defesa Aérea do país. Basta dizer que sim, é muito importante.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#175 Mensagem por henriquejr » Qui Mar 22, 2012 3:17 pm

Marino escreveu:Entrevista INFODEFENSA.COM
General de Exército De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: O Brasil não um país comprador, é um país parceiro

22/03/2012
(Infodefensa.com) A. V. Suarez, Madrid - Com um ano e meio de história, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil conseguiu processar um documento que está a organizar o planejamento de defesa de uma maneira inédita para o país, o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED) aborda a aquisição de capacidades em um plano de 20 anos preparado por todas as forças de modo coordenado.

O Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas brasileiras, General de Exército José Carlos de Nardi, durante uma visita oficial a Madrid (Espanha), disse em uma entrevista dada a Infodefensa.com “O PAED é o instrumento pelo qual a indústria de defesa brasileira busca desenvolver os equipamentos militares que a Marinha, o Exército e Força Aérea necessitam, porque o Brasil não é apenas um país comprador, o Brasil é um país parceiro".

O General De Nardi gentilmente respondeu às perguntas relativas à indústria de defesa brasileira, embora, como salientou, "95% do que eu falei é de responsabilidade da Secretaria de Produtos de Defesa”.

Atualmente está sendo finalizado o texto do PAED, o que ele representa?

Os programas industriais estão ligados a Secretaria de Produtos de Defesa, mas o Ministério da Defesa do Brasil tem um projeto que é o PAED. Este plano é de 20 anos, começando em 2012 e vai até 2031. Marinha, Força Aérea e Exército elaboraram seus planos de articulação e compra de novos equipamentos e agora, o materializamos no âmbito do Ministério da Defesa. Nisto está todo o planejamento dos equipamentos necessários para as Forças Armadas do Brasil no futuro.

Serão vinte anos em que a indústria de defesa no Brasil terá que fazer as coisas que a Marinha, o Exército e Força Aérea venham a necessitar, uma prioridade do país na atualidade.

O Brasil não é apenas um país comprador, mas sim um país parceiro. Buscamos a transferência de tecnologia, queremos que as indústrias de todos os lugares venham para o Brasil, se associem as empresas brasileiras e estabeleçam parcerias. Comprar um produto somente não é a idéia.

Você acha que o decreto que isenta a indústria de defesa brasileira de certos impostos será um impulso definitivo para o seu desenvolvimento?

Sim, muito. Um mês atrás, a presidente Dilma assinou a Medida Provisória 544 e agora ela se tornou lei, um instrumento que dá à indústria de defesa nacional uma oportunidade de desenvolvimento através de uma vantagem muito grande para competir com a indústria internacional. Isto trará um forte desenvolvimento da indústria brasileira e esta é a idéia do ministro Celso Amorim, da presidente Dilma e de todos nós.

Como você articula a relação das Forças Armadas com a indústria de defesa no Brasil, sejam elas locais ou estrangeiras?

Dentro do PAED, o que precisamos? Por exemplo, fuzis. Se a Força Aérea Brasileira (FAB) quiser comprar fuzis, estabeleceremos o que deve ser este fuzil no Brasil, dentro da logística do Estado Maior Conjunto e passamos para a Secretaria de Produtos de Defesa, que irá controlar se a aquisição está dentro dos termos do PAED. A Secretaria coordena com as forças como será a aquisição. Aquisição por capacidades.

Antes do PAED, como se organizava o planejamento?

Não havia um plano integral, cada força tinha o seu plano de aquisições, antes da criação do Estado-Maior Conjunto. Há um ano e meio viemos atuando sozinhos. Agora estamos começando a trabalhar juntos, vamos aumentar a interoperabilidade. Um esforço conjunto e sempre próximo do equipamento para ajudar na logística.

Em que estágio está o programa PROSUB e quais são as expectativas do PROSUPER após a aquisição dos três OPV da BAE Systems, inicialmente previstos para Trinidad e Tobago?

O PROSUB está indo muito bem, você não imagina como os trabalhos estão sendo bem desenvolvidos para a base onde a construção do submarino nuclear começará. Eles já têm um grande desenvolvimento. A parceria com a França é muito boa e cabe ser lembrado que este acordo é para a fabricação do casco, e não para a fabricação do reator, que é uma questão da Marinha Brasileira, e esta já tem a solução e estará pronta para colocá-la no casco a ser construído.

Quanto à compra dos OPV da BAE Systems, foi uma oportunidade de aquisição muito importante para nós, e destinamos os navios para a defesa do pré-sal. Nada a ver com o PROSUPER, que será desenvolvido nos próximos anos.

Em que ponto está o programa Guarani?

Quanto ao Guarani, já se sabe que serão 2.040 unidades e estão dentro do orçamento do Exército, que vem trabalhando com a FIAT-IVECO em Minas Gerais. Tem sido um desenvolvimento normal.[destacar]Temos pensado que após o 6x6, poderemos desenvolver um 8x8. Com relação ao desenvolvimento da torre do carro, seguem os estudos para se definir o calibre do canhão.[/destacar]

Continuam as expectativas para o programa FX-2, já podemos definitivamente falar sobre o mês de maio para uma decisão?

É uma questão política. No lado militar existe uma tranquilidade, agora a decisão não cabe a nós. Esta é uma questão política, a presidente Dilma vai definir qual equipamento (aeronave) será escolhida.

Mas os militares o consideram (o FX-2) como um programa urgente?

Sim, é urgente. A FAB já se pronunciou sobre isso, é um programa muito importante para a Defesa Aérea do país. Basta dizer que sim, é muito importante.
Então ainda existe a possibilidade que seja desenvolvida a versão 8x8 do Guarani e que o calibre do canhão ainda não foi definido!!!




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#176 Mensagem por Sávio Ricardo » Qui Mar 22, 2012 4:50 pm

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#177 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 22, 2012 11:24 pm

A possibilidade do desenvolvimento de futuras versões 8x8 do Guarani nada mais é do que o desenrolar natural do planejamento original do projeto. Nada que venha a constar como novidade. O EB irá dispor do 8x8 na medida em que puder atender as demandas das diversas armas que não a infantaria; e é importante observar neste sentido, que a versão 6x6 daquele veículo não necessariamente poderá vir a atender os requesitos das mesmas.

Creio que nem cavalaria e nem artilharia aceitariam bem a versão 6x6 do Guarani, já que a maioria dos projetos/sistemas em operação e/ou planejados para serem utilizados no futuro no médio/longo prazo recomendam, a princípio, veículos pouco maiores e mais pesados que a versão básica do Guarani.

Outro sim, o próprio CFN como cliente potencial daquela família de bldos nacional teria preferência pela versão 8x8, haja vista o emprego dos atuais Piranha III.

Esperemos que as coisas possam evoluir na medida do planejamento elaborado.

abs.




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Marino
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#178 Mensagem por Marino » Qua Mar 28, 2012 10:46 am

Jornal O Vale-SP             
Projetos da Embraer vão beneficiar 120 empresas saiba mais
Cadeia produtiva do Vale está de olho em novos projetos, como o satélite geoestacionário e o KC-390

27/3/2012

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Em oito anos, a Embraer, de São José, pretende elevar a participação do seu segmento de Defesa e Segurança na receita da empresa dos atuais 15% para até 25% com o desenvolvimento de novos projetos, entre eles, o cargueiro KC-390, o satélite geoestacionário e o F-X2.

Cerca de 120 empresas da região, potenciais fornecedores desses projetos da Embraer, estão de olho nesse crescimento, aponta o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista).

"Até então, tínhamos um produto: os aviões da Embraer. Isso (novos projetos) aumenta a expectativa das empresas da cadeia produtiva. Fazia muito tempo que não havia ao mesmo tempo tanto produto", afirmou o secretário-executivo do Cecompi, Agliberto Chagas.

O KC-390, cargueiro militar que vem sendo desenvolvido pela Embraer, corresponde à maior parte da carteira de pedidos do segmento de Defesa e Segurança da empresa para 2012. Do total estimado de US$ 3,4 bilhões da carteira, US$ 2 bilhões são referentes ao cargueiro.

Para este ano, a expectativa é que haja a definição do preço do KC-390, o que deve dinamizar o processo de encomendas pelo produto.

Projeto.
A reta final do desenvolvimento do cargueiro anima a cadeia de fornecedores do setor aeronáutico. Sem contar os motores, cuja fabricação inexiste no Brasil, o índice de nacionalização do cargueiro é de 80%.

"Você tem um portfólio na área de defesa em que estão previstos R$ 100 bilhões de investimento com a modernização das três Forças (Militares). A Embraer é uma das principais players desse setor, com condições de abocanhar boa parte desse montante. Se isso acontecer, seus fornecedores também irão se beneficiar", disse Chagas.

Os primeiros testes em voo do KC-390 estão previstos para 2014 e o início das entregas para 2016. Até agora, o cargueiro possui 60 intenções de compras de governos estrangeiros.

Espaço.
Outro projeto em que a Embraer aposta é o satélite geoestacionário, desenvolvido em parceria com a Telebras, que deve gerar negócios na ordem de R$ 700 milhões.
A criação da joint-venture entre as duas empresas passa por processo final de avaliação pelo conselho da Embraer e uma definição pode ser anunciada nas próximas semanas.

Pelo memorando de entendimento assinado no final do ano passado, a empresa de São José teria 51% de participação na joint-venture, contra 49% da Telebras.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) participará do projeto fornecendo as especificações do satélite. A sede da joint-venture será no Parque Tecnológico.

A carteira de pedidos da Embraer e Segurança para este ano ainda conta com US$ 1,1 bilhão destinado a programas de modernização de equipamentos da Força Aérea Brasileira e da Marinha.

Projeção
crescimento
Participação do setor de Defesa e Segurança no total da receita da Embraer:
2006:6%
2011:15%
2020: projeção de 20% a 25%

Projetos
apostas
KC-390, satélite geoestacionário, F-X2 e modernização das Forças Armadas
KC-390

reta final
Embraer já selecionou os principais parceiros no desenvolvimento do projeto do cargueiro. Expectativa é finalizar a formatação do KC-390 e definir preço do produto ainda neste ano

Satélite Geoestacionário
Embraer e Telebras devem formalizar nas próximas semanas a joint-venture que irá gerir o projeto do satélite, que deve entrar em órbita em 2014

Negócios
vale
Cerca de 120 empresas da região buscam chance de negócios nesses novos projetos.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#179 Mensagem por Olinda » Qui Mar 29, 2012 12:52 pm

Marino escreveu:Jornal O Vale-SP             
Projetos da Embraer vão beneficiar 120 empresas saiba mais
Cadeia produtiva do Vale está de olho em novos projetos, como o satélite geoestacionário e o KC-390

27/3/2012

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Em oito anos, a Embraer, de São José, pretende elevar a participação do seu segmento de Defesa e Segurança na receita da empresa dos atuais 15% para até 25% com o desenvolvimento de novos projetos, entre eles, o cargueiro KC-390, o satélite geoestacionário e o F-X2.

Cerca de 120 empresas da região, potenciais fornecedores desses projetos da Embraer, estão de olho nesse crescimento, aponta o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista).

"Até então, tínhamos um produto: os aviões da Embraer. Isso (novos projetos) aumenta a expectativa das empresas da cadeia produtiva. Fazia muito tempo que não havia ao mesmo tempo tanto produto", afirmou o secretário-executivo do Cecompi, Agliberto Chagas.

O KC-390, cargueiro militar que vem sendo desenvolvido pela Embraer, corresponde à maior parte da carteira de pedidos do segmento de Defesa e Segurança da empresa para 2012. Do total estimado de US$ 3,4 bilhões da carteira, US$ 2 bilhões são referentes ao cargueiro.

Para este ano, a expectativa é que haja a definição do preço do KC-390, o que deve dinamizar o processo de encomendas pelo produto.

Projeto.
A reta final do desenvolvimento do cargueiro anima a cadeia de fornecedores do setor aeronáutico. Sem contar os motores, cuja fabricação inexiste no Brasil, o índice de nacionalização do cargueiro é de 80%.
...

Alguém poderia me explicar como é calculado o índice de nacionalização. Já li que as turbinas são 20% de um avião, e que a EMBRAER contratou empresas estrangeiras para fornecer alguns softwares, como chegaram aos 80%?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#180 Mensagem por Olinda » Qui Mar 29, 2012 12:53 pm

Marino escreveu:Jornal O Vale-SP             
Projetos da Embraer vão beneficiar 120 empresas saiba mais
Cadeia produtiva do Vale está de olho em novos projetos, como o satélite geoestacionário e o KC-390

27/3/2012

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Em oito anos, a Embraer, de São José, pretende elevar a participação do seu segmento de Defesa e Segurança na receita da empresa dos atuais 15% para até 25% com o desenvolvimento de novos projetos, entre eles, o cargueiro KC-390, o satélite geoestacionário e o F-X2.

Cerca de 120 empresas da região, potenciais fornecedores desses projetos da Embraer, estão de olho nesse crescimento, aponta o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista).

"Até então, tínhamos um produto: os aviões da Embraer. Isso (novos projetos) aumenta a expectativa das empresas da cadeia produtiva. Fazia muito tempo que não havia ao mesmo tempo tanto produto", afirmou o secretário-executivo do Cecompi, Agliberto Chagas.

O KC-390, cargueiro militar que vem sendo desenvolvido pela Embraer, corresponde à maior parte da carteira de pedidos do segmento de Defesa e Segurança da empresa para 2012. Do total estimado de US$ 3,4 bilhões da carteira, US$ 2 bilhões são referentes ao cargueiro.

Para este ano, a expectativa é que haja a definição do preço do KC-390, o que deve dinamizar o processo de encomendas pelo produto.

Projeto.
A reta final do desenvolvimento do cargueiro anima a cadeia de fornecedores do setor aeronáutico. Sem contar os motores, cuja fabricação inexiste no Brasil, o índice de nacionalização do cargueiro é de 80%.

...

Alguém poderia me explicar como é calculado o índice de nacionalização. Já li que as turbinas são 20% de um avião, e que a EMBRAER contratou empresas estrangeiras para fornecer alguns softwares, como chegaram aos 80%?




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