Notícias Espaciais (mundo afora)
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
ESA Euronews: Vega, o novo foguetão europeu
A família de foguetões europeus vai crescer com o lançamento previsto do Vega, a partir do Porto Espacial da Europa, na Guiana francesa. O novo foguetão ligeiro vem completar a oferta europeia na gama dos lançadores comerciais.
A família de foguetões europeus vai crescer com o lançamento previsto do Vega, a partir do Porto Espacial da Europa, na Guiana francesa. O novo foguetão ligeiro vem completar a oferta europeia na gama dos lançadores comerciais.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Irã lança satélite no espaço no momento em que país pode ser alvo de mais sanções
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, determinou, por videoconferência, o lançamento hoje (3) de um satélite de observação para o espaço. O chefe da Agência Espacial do Irã, Hamid Fazeli, informou que o satélite Navid foi lançado com sucesso e ficará em órbita de 250 quilômetros (km) a 370 km de altitude.
O lançamento do satélite ocorre no momento em que a comunidade internacional quer retomar a discussão para intensificar as sanções ao Irã. Ontem (2), o Parlamento da União Europeia aprovou uma moção em defesa de mais restrições ao Irã como forma de o governo abandonar o desenvolvimento do programa nuclear no país, que é suspeito de produzir armas atômicas. O país é alvo de sanções econômicas, financeiras e comerciais, intensificadas desde 2010.
Ahmadinejad disse que o satélite faz parte do projeto denominado Promessa de Ciência e Indústria. Fazeli destacou que o objetivo com o lançamento do satélite é fazer testes e filmar a Terra com maior precisão. O satélite tem 50 quilos e pode ser usado em várias áreas – meteorologia para a gestão de desastres naturais e medição da temperatura e umidade do ar.
De acordo com Fazeli, o satélite tem sensores e foi construído por alunos da Universidade de Tecnologia de Sharif sob supervisão do professor doutor Hossein Bolandi, que integra a equipe do Conselho Superior do Espaço do Irã. (Com agência Irna)
http://noticias.uol.com.br/internaciona ... ancoes.htm
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
China desenvolve lançadores de nova geração.
A China está desenvolvendo foguetões lançadores de nova geração cujo lançamento se prevê para os próximos cinco anos, comunica hoje o diário China Daily.
Os projetistas chineses trabalham simultaneamente na concepção de três novos tipos de foguetão que sejam ecologicamente inóquos, baratos, seguros e possuam um bom potencial de modernização.
Segundo igualmente se soube, o novo centro de lançamentos espaciais que está sendo construído na ilha chinesa de Hainan, conhecida como resort turístico, é situado muito mais perto do equador, do que as três bases espaciais existentes, e entrará em serviço dentro de 2 a 3 anos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/06/65415332.html
A China está desenvolvendo foguetões lançadores de nova geração cujo lançamento se prevê para os próximos cinco anos, comunica hoje o diário China Daily.
Os projetistas chineses trabalham simultaneamente na concepção de três novos tipos de foguetão que sejam ecologicamente inóquos, baratos, seguros e possuam um bom potencial de modernização.
Segundo igualmente se soube, o novo centro de lançamentos espaciais que está sendo construído na ilha chinesa de Hainan, conhecida como resort turístico, é situado muito mais perto do equador, do que as três bases espaciais existentes, e entrará em serviço dentro de 2 a 3 anos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/06/65415332.html
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
O aspecto dos novos foguetes em desenvolvimento pelos chineses:FoxHound escreveu:China desenvolve lançadores de nova geração.
A China está desenvolvendo foguetões lançadores de nova geração cujo lançamento se prevê para os próximos cinco anos, comunica hoje o diário China Daily.
Os projetistas chineses trabalham simultaneamente na concepção de três novos tipos de foguetão que sejam ecologicamente inóquos, baratos, seguros e possuam um bom potencial de modernização.
Segundo igualmente se soube, o novo centro de lançamentos espaciais que está sendo construído na ilha chinesa de Hainan, conhecida como resort turístico, é situado muito mais perto do equador, do que as três bases espaciais existentes, e entrará em serviço dentro de 2 a 3 anos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/06/65415332.html
Eles terão desenho modular para simplificar a construção e reduzir os custos, e empregarão oxigênio líquido (LOx) e um hidrocarboneto (provavelmnete querosene purificado) como combustível, ao invés dos compostos hipergólicos de nitrogênio altamente tóxicos usados hoje. Por isso são ditos ecologicamente inócuos, pois expelem apenas CO2 e água.
A entrada em operação destes foguetes pode vir a ter reflexos no Brasil. O lançador ucraniano Cyclone-4 que será deverá ser lançado da base de Alcântara à partir de 2013 ou 2014 utiliza estes combustíveis hipergólicos tóxicos, que em princípio seriam comprados justamente da China. Se os chineses adotarem outro tipo de combustível a produção deles destes compostos de nitrogênio pode ser reduzida ou mesmo eliminada, provavelmente levando a problemas de abastecimento e/ou aumento de custos no lançamento do Cyclone-4.
Leandro G. Card
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Mais um lançador de satélites no mercado:
O Programa Espacial Brasileiro custou até agora cerca de R$5 bilhões, e ainda não lançou coisa alguma em órbita.
Leandro G. Card
Só para constar:Novo foguete Vega completa vôo inaugural com sucesso
Objetivo da trajetória inicial de 1h e 21 minutos era colocar nove satélites em órbita
13 de fevereiro de 2012
Efe
O novo foguete Vega, a menor nave da Agência Espacial Europeia (ESA), foi lançado com sucesso nesta segunda-feira, 13, e, após uma hora e 21 minutos, conseguiu concluir com êxito "seu arriscado" voo inaugural, o qual tinha missão de pôr nove satélites em órbita.
ESA/Reuters
Lançador de 30 metros de altura e 137 toneladas custou US$ 942 milhões
O lançamento foi feito às 8h (horário de Brasília), no Centro Espacial Europeu de Kuru, situado na Guiana francesa, e foi operado pela empresa Arianespace. "A trajetória é normal, e a pilotagem é tranquila", repetiam os especialistas de empresa ao comprovar que a nave respeitava as previsões dos cientistas. Levando em conta o caráter arriscado da missão de "qualificação", denominada VV 01, a comemoração do lançamento - traduzida em aplausos, abraços e polegares levantados - não chegou à sala até que a nave terminou de lançar sua carga útil.
"Já não há nenhum satélite europeu que não possa ser posto em órbita por um serviço de lançamento europeu", assinalou então o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain. "É um grande dia para a ESA, para seus Estados-membros, para a indústria Europeia, para Arianespace e, em particular, para a Itália - onde nasceu o Vega", acrescentou o ex-astronauta.
O lançador, de 30 metros de altura, 137 toneladas de peso e US$ 942 milhões de investimentos, colocou em órbita nove satélites científicos.
Os cientistas, que insistiam em dizer que este voo inaugural tinha um caráter experimental, temiam que o Vega repetisse o desastre do dia 5 de junho de 1996, quando o Ariane 5 explodiu um minuto após abandonar a plataforma de lançamento.
Viabilizado pela Agência Espacial Italiana e com apoio da França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia e Suíça, a principal missão do Vega era comprovar se o mesmo se mostrava seguro, confiável e eficaz. Com o sucesso de sua primeira missão, o lançador passará a ser uma opção viável para mais de 30 satélites que se ajustam a suas capacidades e que anualmente são postos em órbita com um preço de US$ 42 milhões por decolagem.
O Vega completa assim a série de lançadores europeus, que também inclui o Ariane 5, para cargas pesadas, e aos russos Soyuz, usados para cargas intermédias.
O Programa Espacial Brasileiro custou até agora cerca de R$5 bilhões, e ainda não lançou coisa alguma em órbita.
Leandro G. Card
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
LEONARDO,
Com esta merreca de 5 bilhões nós não poderíamos ter lançado nada mesmo, aposto que o investimento total da Italia neste projeto deve ter custado 20 vezes mais que este valor final.
O nosso VLS(50 toneladas) tem um custo de menos de US$100 milhões, nove vezes menos, pode?
E não temos nem esperança disso mudar a curto prazo, pra você ter uma ideia os 5 foguetes do projeto Cruzeiro do Sul devem custar menos que somente 1 foguete Vega.......US$ 750 milhões......Assim não lançaremos nada tão cedo.
Agora é claro que a turma da Dilma vai lançar o Ciclone 4 e vai chover de notícias na imprensa(jornalistas cabeça de bagre) dizendo que lançamos um foguete nacional.
Espere pra ver...
Marcílio Farias
Com esta merreca de 5 bilhões nós não poderíamos ter lançado nada mesmo, aposto que o investimento total da Italia neste projeto deve ter custado 20 vezes mais que este valor final.
O nosso VLS(50 toneladas) tem um custo de menos de US$100 milhões, nove vezes menos, pode?
E não temos nem esperança disso mudar a curto prazo, pra você ter uma ideia os 5 foguetes do projeto Cruzeiro do Sul devem custar menos que somente 1 foguete Vega.......US$ 750 milhões......Assim não lançaremos nada tão cedo.
Agora é claro que a turma da Dilma vai lançar o Ciclone 4 e vai chover de notícias na imprensa(jornalistas cabeça de bagre) dizendo que lançamos um foguete nacional.
Espere pra ver...
Marcílio Farias
LeandroGCard escreveu:Mais um lançador de satélites no mercado:
Só para constar:Novo foguete Vega completa vôo inaugural com sucesso
Objetivo da trajetória inicial de 1h e 21 minutos era colocar nove satélites em órbita
13 de fevereiro de 2012
Efe
O novo foguete Vega, a menor nave da Agência Espacial Europeia (ESA), foi lançado com sucesso nesta segunda-feira, 13, e, após uma hora e 21 minutos, conseguiu concluir com êxito "seu arriscado" voo inaugural, o qual tinha missão de pôr nove satélites em órbita.
ESA/Reuters
Lançador de 30 metros de altura e 137 toneladas custou US$ 942 milhões
O lançamento foi feito às 8h (horário de Brasília), no Centro Espacial Europeu de Kuru, situado na Guiana francesa, e foi operado pela empresa Arianespace. "A trajetória é normal, e a pilotagem é tranquila", repetiam os especialistas de empresa ao comprovar que a nave respeitava as previsões dos cientistas. Levando em conta o caráter arriscado da missão de "qualificação", denominada VV 01, a comemoração do lançamento - traduzida em aplausos, abraços e polegares levantados - não chegou à sala até que a nave terminou de lançar sua carga útil.
"Já não há nenhum satélite europeu que não possa ser posto em órbita por um serviço de lançamento europeu", assinalou então o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain. "É um grande dia para a ESA, para seus Estados-membros, para a indústria Europeia, para Arianespace e, em particular, para a Itália - onde nasceu o Vega", acrescentou o ex-astronauta.
O lançador, de 30 metros de altura, 137 toneladas de peso e US$ 942 milhões de investimentos, colocou em órbita nove satélites científicos.
Os cientistas, que insistiam em dizer que este voo inaugural tinha um caráter experimental, temiam que o Vega repetisse o desastre do dia 5 de junho de 1996, quando o Ariane 5 explodiu um minuto após abandonar a plataforma de lançamento.
Viabilizado pela Agência Espacial Italiana e com apoio da França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia e Suíça, a principal missão do Vega era comprovar se o mesmo se mostrava seguro, confiável e eficaz. Com o sucesso de sua primeira missão, o lançador passará a ser uma opção viável para mais de 30 satélites que se ajustam a suas capacidades e que anualmente são postos em órbita com um preço de US$ 42 milhões por decolagem.
O Vega completa assim a série de lançadores europeus, que também inclui o Ariane 5, para cargas pesadas, e aos russos Soyuz, usados para cargas intermédias.
O Programa Espacial Brasileiro custou até agora cerca de R$5 bilhões, e ainda não lançou coisa alguma em órbita.
Leandro G. Card
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Marcílio, antes de mais nada meu nome é LEANDRO, Leonardo é o nome do meu irmão .mauri escreveu:LEONARDO,
Com esta merreca de 5 bilhões nós não poderíamos ter lançado nada mesmo, aposto que o investimento total da Italia neste projeto deve ter custado 20 vezes mais que este valor final.
O nosso VLS(50 toneladas) tem um custo de menos de US$100 milhões, nove vezes menos, pode?
E não temos nem esperança disso mudar a curto prazo, pra você ter uma ideia os 5 foguetes do projeto Cruzeiro do Sul devem custar menos que somente 1 foguete Vega.......US$ 750 milhões......Assim não lançaremos nada tão cedo.
Agora é claro que a turma da Dilma vai lançar o Ciclone 4 e vai chover de notícias na imprensa(jornalistas cabeça de bagre) dizendo que lançamos um foguete nacional.
Espere pra ver...
Marcílio Farias
Voltando aos foguetes, o valor total do DESENVOLVIMENTO do Vega é que está nestes US$ 942 milhões, isto não é o custo de cada foguete. Este este custo está na faixa dos US$ 23 milhões (veja no link abaixo).
http://www.spaceflight101.com/vega-info.html
O Brasil até agora gastou cerca de cinco vezes mais do que o que foi despendido pelos italianos e demais europeus para desenvolver o Vega, e mesmo que um dia venha a funcionar o VLS terá uma capacidade de carga 5 vezes menor que a do foguete ítalo-europeu. Se cada VLS viesse a custar sequer perto dos 100 milhões que você mencionou o pessoal envolvido com o PEB deveria ser preso ou internado em um manicômio, o custo máximo admissível para um foguete desta categoria, mesmo um construído artesanalmante como o VLS, estaria na faixa dos 15 a 20 milhões por lançamento.
O custo do programa Cruzeiro do Sul (e não o de cada foguete) era estimado em 750 milhões (pelo menos para o hardaware principal), mas esta era uma estimativa grosseira feita pelos russos, os verdadeiros idealizadores deste programa. Ninguém sério no Brasil aposta um centavo que este programa vá além do VLS-1B, que na verdade não passa de um VLS com os estágios 3 e 4 substituídos por um único estágio de combustível líquido, que hoje está ainda nas etapas iniciais de pesquisa e pelo que sei nem mesmo possui um cronograma definido para o seu lançamento, apenas sonha-se que ele deveria fazer o primeiro vôo lá para 2020. Para os demais foguetes precisaria ser construída uma infra-estrutura de desenvolvimento/construção que ainda sequer foi imaginada. Na verdade existem estudos iniciais de gente do IAE para definir os passos que deveriam ser dados após o VLS-1B, se é que algum dia será dado algum.
Com relação ao Cyclone-4 você está certíssimo, ele será comprado à Ucrânia e virá praticamente pronto para o lançamento, e até o combustível será importado (da China). Mas com certeza o governo e os meios de comunicação vão festejá-lo como uma verdadeira realização nacional, e corremos até o risco de ver o verdadeiro PEB ser fechado (não que se perdesse grande coisa) para liberar verbas para a aquisição de mais Cyclones .
Leandro G. Card
Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Leandro, tive uma discussão dessa com algumas pessoas importantes dentro do CTA semana passada.
Utilizei exatamente esse mesmo argumento que voce esta utilizando, porque até onde eu sei gastamos umas 5x mais que esse valor do Vega ao longo dessas ultimas 4 décadas no nosso programa. Na verdade argumentei que gastamos muito mais que a Coréia do Sul e nao tivemos êxito.
O que eles argumentaram é que esse dado que estamos utilizando foi repassado ao peb como um todo, mas que na divisão quase tudo ficou pra outros projetos e especialmente pro inpe. Que o VLS em si nunca teve uma verba grande e esse seria o principal motivo do fracasso alcançado até agora com o lançador.
Eu compartilho com voce a opinião da dificuldade de traçar um objetivo real pro nosso programa, e o erro de transformar um prototipo num produto. Tive a infeliz idéia de falar isso pra eles, não preciso te dizer como foi a reação né.
Infelizmente eu não estava preparado pra contra argumentar sobre o valores, ja que encontrei eles por um motivo totalmente distinto, e acabei aceitando essa opinião deles.
Uma noticia que me passaram que fiquei surpreso, é que acabaram o desenvolvimento da IMU, esta funcionando bem e ja com tecnologia transferida pra uma empresa em SJC. MAs parece que ainda não tem pedidos por parte do governo.
Abraços,
Anunnarca
Utilizei exatamente esse mesmo argumento que voce esta utilizando, porque até onde eu sei gastamos umas 5x mais que esse valor do Vega ao longo dessas ultimas 4 décadas no nosso programa. Na verdade argumentei que gastamos muito mais que a Coréia do Sul e nao tivemos êxito.
O que eles argumentaram é que esse dado que estamos utilizando foi repassado ao peb como um todo, mas que na divisão quase tudo ficou pra outros projetos e especialmente pro inpe. Que o VLS em si nunca teve uma verba grande e esse seria o principal motivo do fracasso alcançado até agora com o lançador.
Eu compartilho com voce a opinião da dificuldade de traçar um objetivo real pro nosso programa, e o erro de transformar um prototipo num produto. Tive a infeliz idéia de falar isso pra eles, não preciso te dizer como foi a reação né.
Infelizmente eu não estava preparado pra contra argumentar sobre o valores, ja que encontrei eles por um motivo totalmente distinto, e acabei aceitando essa opinião deles.
Uma noticia que me passaram que fiquei surpreso, é que acabaram o desenvolvimento da IMU, esta funcionando bem e ja com tecnologia transferida pra uma empresa em SJC. MAs parece que ainda não tem pedidos por parte do governo.
Abraços,
Anunnarca
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Olá amigo Annunarca,Anunnarca escreveu:Leandro, tive uma discussão dessa com algumas pessoas importantes dentro do CTA semana passada.
Utilizei exatamente esse mesmo argumento que voce esta utilizando, porque até onde eu sei gastamos umas 5x mais que esse valor do Vega ao longo dessas ultimas 4 décadas no nosso programa. Na verdade argumentei que gastamos muito mais que a Coréia do Sul e nao tivemos êxito.
O que eles argumentaram é que esse dado que estamos utilizando foi repassado ao peb como um todo, mas que na divisão quase tudo ficou pra outros projetos e especialmente pro inpe. Que o VLS em si nunca teve uma verba grande e esse seria o principal motivo do fracasso alcançado até agora com o lançador.
Eu compartilho com voce a opinião da dificuldade de traçar um objetivo real pro nosso programa, e o erro de transformar um prototipo num produto. Tive a infeliz idéia de falar isso pra eles, não preciso te dizer como foi a reação né.
Infelizmente eu não estava preparado pra contra argumentar sobre o valores, ja que encontrei eles por um motivo totalmente distinto, e acabei aceitando essa opinião deles.
Uma noticia que me passaram que fiquei surpreso, é que acabaram o desenvolvimento da IMU, esta funcionando bem e ja com tecnologia transferida pra uma empresa em SJC. MAs parece que ainda não tem pedidos por parte do governo.
Abraços,
Anunnarca
Na verdade esta questão das verbas até hoje dedicadas ao Programa Espacial Brasileiro é de fato complicada, o valor de 5 bilhões é relativo a todo o programa até agora, incluindo as bases de lançamento (CLBI e Alcântara), os laboratórios de desenvolvimento, as bancadas de testes, a fábrica de polibutadieno (que já foi até vendida e fechada), os diversos programas de satélites do IAE (a maioria ainda em ritmo lento de desenvolvimento), e muitos salários do pessoal que trabalha em todas estas instalações ao longo dos últimos 30 ou 40 anos, que é a idade aproximada do nosso programa espacial. Assim dá para perceber que a parte destinada ao VLS em si de fato foi apenas uma parcela deste valor. Já os valores gastos pela Space-X (US$ 500 milhões) ou pelos italianos (US$ 950 milhões) é basicamente o relativo aos foguetes em si (Falcon 9 e Vega respectivamente), pois a maior parte da infra-estrutura de desenvolvimento e construção já estava pronta, bem como já havia pessoal especialista disponível.
De qualquer forma, o valor dedicado especificamente ao VLS (via Sonda-III e IV) ao longo destes 30/40 anos deve também estar na faixa de mais ou menos 1 bilhão, o que não é pouco. E considerando que este foguete tem a capacidade para lançar apenas 300 Kg de carga (contra 1,5 ton do Vega e 10 ton do Falcon 9) fica evidente que o caso brasileiro é de longe o pior de todos em termos de relação custo/benefício. Este argumento ninguém pode negar.
O contra-argumento mais usado usado para justificar este baixo rendimento do PEB quando a questão das verbas é descartada acaba focado nos bloqueios e boicotes internacionais, mas outros países como a índia, o Irã e a Coréia do Norte também foram sujeitos aos mesmos problemas e isto nunca os impediu, muito pelo contrário. O pessoal alega que tais países buscaram apoio da Rússia, coisa que o Brasil não podia fazer, mas aí era uma questão de escolha nacional, se nossos governos preferiram agradar aos americanos e europeus a desenvolver nossa própria tecnologia isto também é nossa falha enquanto nação. Além disso, todos os países citados tinham uma base industrial bem menos desenvolvida do que o Brasil à época em que começaram os seus programas espaciais, e de todos o Brasil deveria ser o que menos necessitaria de ajuda externa. Mas acaba que até hoje ainda somos os mais dependentes dela (inclusive a base industrial tanto da Índia quanto do Irã hoje são tecnologicamente mais avançadas do que a nossa).
Mas apesar disso tudo ser verdade a grande falha do PEB está mesmo na sua total falta de objetivos após a desistência da construção de mísseis nucleares. O VLS, que era para ser apenas uma experiência acadêmica no caminho do domínio da tecnologia espacial, se converteu no próprio objetivo do programa em si, e isso até hoje é o maior limitante ao nosso progresso. Mas nenhuma opção real foi proposta de fato até agora, e por isso o pessoal do IAE fica nervoso quando se questiona este ponto e não deixa a conversa prosseguir por aí. Este é o motivo principal de eu ter concluído que o melhor seria encerrar totalmente o programa agora (descartando o VLS e tudo o que deriva dele) e desviar as atividades do IAE para outras áreas, justamente para "limpar o caminho" e permitir que alguns anos depois o programa pudesse ser retomado em outras bases, por outras instituições e outras pessoas, para ssim quem sabe ter alguma chance de sucesso algum dia.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Gastos com sistema de localização por satélite russo aumentarão em 2012
15/02/2012
Iliá Krâmnik, especial para Gazeta Russa
Os gastos com a manutenção e desenvolvimento do sistema Glonass irão crescer significativamente nos próximos anos.
http://gazetarussa.com.br/assets/images ... ss-468.jpg
Preparativos para o lançamento de três satélites Glonass-M (novembro de 2011) Foto: RIA Nóvosti / Serguêi Kazak
As falhas que marcaram as atividades do setor espacial russo em 2011 não desanimaram a Agência Espacial Russa (Roskosmos) de prosseguir seus trabalhos para a construção de um sistema nacional de navegação via satélite concebido para ser uma alternativa eficaz ao GPS (Sistema de Posicionamento Global) norte-americano. A constelação de satélites do sistema Glonass já está em órbita.
Mais do que isso, os gastos com a manutenção e desenvolvimento do sistema irão crescer significativamente nos próximos anos. Se, no período entre 2001 e 2011, o programa federal da Glonass absorveu 107 bilhões de rublos (cerca de US$ 4 bilhões), os investimentos previstos para o período entre 2012 e 2020 serão da ordem de 347 bilhões de rublos (mais de US$ 11 bilhões).
A maior parte desses recursos será destinada à manutenção do grupo de satélites: serão lançados 13 satélites Glonass-M (o principal tipo de satélite usado no sistema russo) e 22 satélites da versão modernizada Glonass-K. Os satélites modernizados têm sua vida útil aumentada de dois ou três anos para sete anos na versão Glonass-M e para dez anos na versão Glonass-K, e uma precisão de posicionamento inferior a três metros.
Um elemento importante do sistema, destinado a melhorar sua precisão, serão as chamadas estações terrestres de correção diferencial e três satélites retransmissores em órbita geoestacionária. Esse sistema permite melhorar a precisão do posicionamento mediante o fornecimento de informações adicionais.
As estações terrestres localizam os satélites do sistema Glonass e transmitem, através de um satélite retransmissor, informações adicionais para os receptores dos usuários finais. Essas informações permitem atingir uma precisão de dezenas de centímetros no posicionamento. Até 2020, pretende-se atingir uma precisão de 0,6 metros contra os 0,7 metros no GPS.
Pelo menos 16 estações desse tipo serão instaladas na Rússia e duas na Antártida, nas bases antárticas russas Bellinshausen e Novolázarevskaia. As novas estações serão instalados em uma área entre o Brasil e a Indonésia para cobrir todo o hemisfério sul e promover o sistema Glonass na região atualmente dominada pelo GPS norte-americano.
Benefícios
Assim como o GPS, o sistema Glonass foi projetado a pedido de militares e a possibilidade de uso comercial passou a ser discutida só há alguns anos.
Os primeiros dispositivos comerciais ligados ao Glonass apareceram no fim de 2009.
Em 2011, as receitas da operadora de navegação NIS Glonass foram, de acordo com estimativas preliminares, de 3,3 bilhões de rublos (cerca de US$ 111 milhões), ultrapassando 4,5 vezes o resultado do ano anterior. O resultado financeiro depende também do desenvolvimento de projetos relacionados com a navegação por satélite, cujo número deverá aumentar.
“A partir deste ano, o sistema terá como motores adicionais de crescimento os programas regionais de implantação do Glonass que já foram aprovados em 15 unidades da Federação russa e em outras 46 se encontram em vias de elaboração”, disse, em um encontro com jornalistas, o diretor-geral da companhia NIS Glonass, Aleksânder Gurkó.
A maior parte dos programas de implantação do sistema se destina ao uso civil. A fase seguinte começará com o aumento da precisão do sistema. Quando for atingida uma precisão de menos de um metro, será possível utilizar o Glonass para o monitoramento das unidades industriais sujeitas a oscilações como pontes, arranha-céus e outras instalações.
Um sistema de navegação preciso é capaz de detectar oscilações e informar os centros de controle. Equipamentos capazes de se relacionar com os dois sistemas de navegação por satélite existentes serão instalados nas novas pontes de Vladivostok (no Extremo Oriente da Rússia) a serem construídas por ocasião da cúpula da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) que se realizará na Rússia em 2012.
Além disso, nos próximos anos, deverão ser implementados dois projetos estrategicamente importantes para o país e suas Forças Armadas. Trata-se do início da produção em série de munições guiadas por satélite e desenvolvimento de um sistema unificado de controle de unidades táticas. Faz muitos anos que os EUA desenvolvem sistemas teleguiados e de controle com base em seu sistema GPS. Portanto, a experiência norte-americana pode vir a ser útil à Rússia.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14205.html
15/02/2012
Iliá Krâmnik, especial para Gazeta Russa
Os gastos com a manutenção e desenvolvimento do sistema Glonass irão crescer significativamente nos próximos anos.
http://gazetarussa.com.br/assets/images ... ss-468.jpg
Preparativos para o lançamento de três satélites Glonass-M (novembro de 2011) Foto: RIA Nóvosti / Serguêi Kazak
As falhas que marcaram as atividades do setor espacial russo em 2011 não desanimaram a Agência Espacial Russa (Roskosmos) de prosseguir seus trabalhos para a construção de um sistema nacional de navegação via satélite concebido para ser uma alternativa eficaz ao GPS (Sistema de Posicionamento Global) norte-americano. A constelação de satélites do sistema Glonass já está em órbita.
Mais do que isso, os gastos com a manutenção e desenvolvimento do sistema irão crescer significativamente nos próximos anos. Se, no período entre 2001 e 2011, o programa federal da Glonass absorveu 107 bilhões de rublos (cerca de US$ 4 bilhões), os investimentos previstos para o período entre 2012 e 2020 serão da ordem de 347 bilhões de rublos (mais de US$ 11 bilhões).
A maior parte desses recursos será destinada à manutenção do grupo de satélites: serão lançados 13 satélites Glonass-M (o principal tipo de satélite usado no sistema russo) e 22 satélites da versão modernizada Glonass-K. Os satélites modernizados têm sua vida útil aumentada de dois ou três anos para sete anos na versão Glonass-M e para dez anos na versão Glonass-K, e uma precisão de posicionamento inferior a três metros.
Um elemento importante do sistema, destinado a melhorar sua precisão, serão as chamadas estações terrestres de correção diferencial e três satélites retransmissores em órbita geoestacionária. Esse sistema permite melhorar a precisão do posicionamento mediante o fornecimento de informações adicionais.
As estações terrestres localizam os satélites do sistema Glonass e transmitem, através de um satélite retransmissor, informações adicionais para os receptores dos usuários finais. Essas informações permitem atingir uma precisão de dezenas de centímetros no posicionamento. Até 2020, pretende-se atingir uma precisão de 0,6 metros contra os 0,7 metros no GPS.
Pelo menos 16 estações desse tipo serão instaladas na Rússia e duas na Antártida, nas bases antárticas russas Bellinshausen e Novolázarevskaia. As novas estações serão instalados em uma área entre o Brasil e a Indonésia para cobrir todo o hemisfério sul e promover o sistema Glonass na região atualmente dominada pelo GPS norte-americano.
Benefícios
Assim como o GPS, o sistema Glonass foi projetado a pedido de militares e a possibilidade de uso comercial passou a ser discutida só há alguns anos.
Os primeiros dispositivos comerciais ligados ao Glonass apareceram no fim de 2009.
Em 2011, as receitas da operadora de navegação NIS Glonass foram, de acordo com estimativas preliminares, de 3,3 bilhões de rublos (cerca de US$ 111 milhões), ultrapassando 4,5 vezes o resultado do ano anterior. O resultado financeiro depende também do desenvolvimento de projetos relacionados com a navegação por satélite, cujo número deverá aumentar.
“A partir deste ano, o sistema terá como motores adicionais de crescimento os programas regionais de implantação do Glonass que já foram aprovados em 15 unidades da Federação russa e em outras 46 se encontram em vias de elaboração”, disse, em um encontro com jornalistas, o diretor-geral da companhia NIS Glonass, Aleksânder Gurkó.
A maior parte dos programas de implantação do sistema se destina ao uso civil. A fase seguinte começará com o aumento da precisão do sistema. Quando for atingida uma precisão de menos de um metro, será possível utilizar o Glonass para o monitoramento das unidades industriais sujeitas a oscilações como pontes, arranha-céus e outras instalações.
Um sistema de navegação preciso é capaz de detectar oscilações e informar os centros de controle. Equipamentos capazes de se relacionar com os dois sistemas de navegação por satélite existentes serão instalados nas novas pontes de Vladivostok (no Extremo Oriente da Rússia) a serem construídas por ocasião da cúpula da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) que se realizará na Rússia em 2012.
Além disso, nos próximos anos, deverão ser implementados dois projetos estrategicamente importantes para o país e suas Forças Armadas. Trata-se do início da produção em série de munições guiadas por satélite e desenvolvimento de um sistema unificado de controle de unidades táticas. Faz muitos anos que os EUA desenvolvem sistemas teleguiados e de controle com base em seu sistema GPS. Portanto, a experiência norte-americana pode vir a ser útil à Rússia.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14205.html
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Leandro,
Se você acha que 5 bilhões é muito pra todo o nosso Programa Espacial, então deve está escandalizado com 6 bilhões destinados para o programa de submarinos da Marinha, sem falar nos outros 2 bilhões já gastos no programa de submarinos com os alemães.
Somente um vôo do Space Shuttle custava por volta 1,5 Bilhão, o custo total da participação brasileira no Programa AMX foi de 2,5 bilhões, meu amigo, pelos retornos de tecnologias indiretas que já obtivemos, apesar de não termos alcançado o objetivo final, esse investimento foi plenamente satisfatório no que diz respeito custo x benefício.
Hoje possuímos a tecnologia básica de construção de satélite, a tecnologia básica de fabricação de combustível de veículos lançadores de satélite, cerca de 3.000 técnicos especialista em tecnologias aeroespaciais, domínio do uso de centro de lançamentos e capacidade de rastreamento, um programa de veículos suborbitais e microgravidade de reconhecimento internacional, domínios de banco de testes de ensaio e propulsão de motores aeronáuticos, o maior laboratório de integração e teste de satélite do hemisfério sul, domínio da tecnologia de uso de túnel do vento hipersônico, laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação, entre muitas outras que não lembro agora.....
Quanto ao VLS, o custo total dos 3 lançadores, pelo meus cálculos, ficou mesmo em torno de 300 milhões, agora não tenho dados pra lhe provar, alias aposto que nem a AEB tem!!
Quanto ao VEGA, parece ser mesmo um foguete de um bom custo benefício.
Saudações amigas e desculpa-me pela troca dos nomes da mensagem anterior.
Mauri
Se você acha que 5 bilhões é muito pra todo o nosso Programa Espacial, então deve está escandalizado com 6 bilhões destinados para o programa de submarinos da Marinha, sem falar nos outros 2 bilhões já gastos no programa de submarinos com os alemães.
Somente um vôo do Space Shuttle custava por volta 1,5 Bilhão, o custo total da participação brasileira no Programa AMX foi de 2,5 bilhões, meu amigo, pelos retornos de tecnologias indiretas que já obtivemos, apesar de não termos alcançado o objetivo final, esse investimento foi plenamente satisfatório no que diz respeito custo x benefício.
Hoje possuímos a tecnologia básica de construção de satélite, a tecnologia básica de fabricação de combustível de veículos lançadores de satélite, cerca de 3.000 técnicos especialista em tecnologias aeroespaciais, domínio do uso de centro de lançamentos e capacidade de rastreamento, um programa de veículos suborbitais e microgravidade de reconhecimento internacional, domínios de banco de testes de ensaio e propulsão de motores aeronáuticos, o maior laboratório de integração e teste de satélite do hemisfério sul, domínio da tecnologia de uso de túnel do vento hipersônico, laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação, entre muitas outras que não lembro agora.....
Quanto ao VLS, o custo total dos 3 lançadores, pelo meus cálculos, ficou mesmo em torno de 300 milhões, agora não tenho dados pra lhe provar, alias aposto que nem a AEB tem!!
Quanto ao VEGA, parece ser mesmo um foguete de um bom custo benefício.
Saudações amigas e desculpa-me pela troca dos nomes da mensagem anterior.
Mauri
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Boa noite Mauri,mauri escreveu:Leandro,
Se você acha que 5 bilhões é muito pra todo o nosso Programa Espacial, então deve está escandalizado com 6 bilhões destinados para o programa de submarinos da Marinha, sem falar nos outros 2 bilhões já gastos no programa de submarinos com os alemães.
Somente um vôo do Space Shuttle custava por volta 1,5 Bilhão, o custo total da participação brasileira no Programa AMX foi de 2,5 bilhões, meu amigo, pelos retornos de tecnologias indiretas que já obtivemos, apesar de não termos alcançado o objetivo final, esse investimento foi plenamente satisfatório no que diz respeito custo x benefício.
Na verdade eu não acho que os 5 bilhões gastos nestes 30/40 anos do PEB tenham sido muito, o que eu acho é que os RESULTADOS OBTIDOS É QUE FORAM MUITO PEQUENOS considerando os gastos e o tempo dispendidos. E mesmo que algum dia um ou dois VLS venham a funcionar e colocar alguns pequenos satélites em órbita ainda será muito pouco, dada a pequena capacidade de carga deste foguete. Os demais programas que você citou terminaram ou terminarão com sistemas úteis em uso (AMX, submarinos IKL, novos sub´s e sub nuclear, etc...), mas o VLS ainda será apenas um projeto acadêmico basicamente sem valor prático. A função dele era formar uma geração de engenheiros e cientistas com conhecimentos de projeto, construção e operação de foguetes e seus subsistemas, mas este objetivo sequer foi alcançado (muitos sistemas tiveram que ser adquiridos fora, como as plataformas inerciais e os computadores de bordo, e nenhuma operação bem-sucedida chegou a ser realizada). E após tanto tempo a grande maioria do pessoal que chegou a ser formado já se aposentou ou está em vias de se aposentar, então a maior parte do que se ganhou já está perdido, e teremos que começar muita coisa de novo do zero.
Com relação aos próprios Space Shuttles, o custo por lançamento deles também era um séríssimo problema, e na verdade foi O PRINCIPAL MOTIVO dos avanços dos EUA e da própria humanidade no espaço terem praticamente estancado após a sua entrada em operação. Este foi um grave erro que não temos condições de repetir. Para mais detalhes sobre as naves americanas veja o meu texto no link abaixo:
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1963615
E em quase todos estes campos estamos ainda atrás de outros países que começaram depois de nós, investiram menos e já obtiveram resultados.Hoje possuímos a tecnologia básica de construção de satélite, a tecnologia básica de fabricação de combustível de veículos lançadores de satélite, cerca de 3.000 técnicos especialista em tecnologias aeroespaciais, domínio do uso de centro de lançamentos e capacidade de rastreamento, um programa de veículos suborbitais e microgravidade de reconhecimento internacional, domínios de banco de testes de ensaio e propulsão de motores aeronáuticos, o maior laboratório de integração e teste de satélite do hemisfério sul, domínio da tecnologia de uso de túnel do vento hipersônico, laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação, entre muitas outras que não lembro agora.....
É mais do que óbvio que se você gasta vários bilhões ao longo de décadas em qualquer programa alguma coisa é forçosamente criada, mas a verdadeira questão é se o que foi criado teve um custo razoável e alguma utilidade prática. E até agora a resposta a ambas as questões é não. Temos uma infra-estrutura que conta com laboratórios, equipamentos, bases de lançamento e milhares de pessoas, e até o momento não conseguimos colocar nenhum satélite em órbita com foguetes próprios, fomos vergonhosamente expulsos do programa da ISS, atrasamos o programa de satélites CERBS do qual participamos com a China (e já fomos até delicadamente ameaçados de expulsão deste programa também) todos os programas nacionais estão atrasados no mínimo vários anos e nos mais adiantados temos que adquirir boa parte dos sistemas mais importantes fora do país, até mesmo da Argentina, que tem uma base industrial bem menor que a nossa e investiu muitíssimo menos em seu programa espacial!
Não é normal gastar tanto tempo e dinheiro com tanta coisa e não ter praticamente nenhuma realização para mostrar, além de foguetes de sondagem que na verdade só obtém algum sucesso porque outros países pararam de fabricá-los devido à falta de demanda. É evidente que há alguma coisa muito errada com o Programa Espacial Brasileiro, e ele precisaria de uma correção radical de rumo. Mas com o desinteresse dos sucessivos governos que tivemos a respeito desta questão a análise crítica do PEB é sempre deixada para os próprios técnicos responsáveis por ele, e aí é óbvio que a conclusão é de que está tudo muito bem e a falta de resultados é consequência apenas da carência de verbas, de boicotes internacionais, de sabotagem , etc... . Assim o programa continua andando em círculos e não chega a lugar nenhum. Por isso minha opinião, volto a dizer, é que seria melhor encerrar tudo, passar uma borracha no passado e voltar novamente mais à frente, quando for possível partir de uma nova base totalmente desvinculada da atual, que está irremediavelmente viciada.
Com a forma de trabalho da AEB e do IAE e os enormes intervalos entre os lançamentos é evidente que os custos de cada VLS acabaram ficando extremamente altos, muitíssimo acima do que seria razoável. Basta pegar por exemplo o salário do pessoal diretamente envolvido com a construção do foguete, digamos umas 300 pessoas a cada momento (uma estimativa baixa) e assumirmos um custo médio de R$ 5.000, 00 por pessoa/mês (menos do que custa um projetista com formação apenas técnica em qualquer empresa). E ao longo dos 4 anos de intervalo típico entre um lançamento e outro já teriam sido gastos 72 milhões só em pagamento de salários! Assim é realmente impossível custear um programa espacial decente, a primeira coisa que se deve fazer ao definir um programa destes é justamente determinar quantos lançamentos serão feitos por ano, e dimensionar a infra-estrutura e o pessoal a partir daí. Idealmente até o projeto do lançador deveria ser influenciado pela taxa de lançamentos. Mas sendo um programa puramente acadêmico o PEB jamais funcionou assim, por isso estes custos de lançamento astronômicos, totalmente fora da realidade. Mas o custo real direto de uma campanha de lançamento do VLS, considerando apenas as horas efetivamente dedicadas e os insumos diretos, estaria na faixa dos 20 ou trinta milhões, o que ainda seria muito caro para um foguete desta categoria, mas já menos absurdo do que o custo contando toda a ociosidade que o programa permite. Este é mais um exemplo das distorções que serão praticamente impossíveis de resolver no PEB, e mais uma das razões de eu achar que melhor seria encerrar tudo e recomeçar novamente do zero daqui a alguns anos.Quanto ao VLS, o custo total dos 3 lançadores, pelo meus cálculos, ficou mesmo em torno de 300 milhões, agora não tenho dados pra lhe provar, alias aposto que nem a AEB tem!!
Abraços,
Leandro G. Card
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Leandro,
Eu acredito profundamente que o nosso problema não é de gestão ou planejamento, seja técnico ou político, é principalmente de questões orçamentárias.
Está faltando uma vontade política para que os orçamentos públicos sejam mais generosos com o Programa Espacial Brasileiro e não é de agora que isso vem acontecendo, o próprio relatório inconclusivo do acidente com o último VLS, vem nos mostrar que a explosão do lançador e consequentemente a causa morte dos nossos técnicos foi uma dieta orçamentaria que causou improvisos técnicos totalmente irresponsáveis.
Veja os dados abaixo que encontrei na net e logo depois uma reportagem do supernovas e logo fica claro o nosso problema, enquanto aqui no Brasil, o orçamento tem girado em torno de US$ 100 a 130 milhões, na Índia é de cerca US$ 1 bilhão a cada ano, com está miséria orçamentária nunca lançaremos nada, mesmo que tenhamos estruturas e corpo técnico capazes.
Evolução dos Programas Espaciais Civis no Mundo
PAÍS ............. 2003 ...... 2004 ....... 2005 ....... 2006 ....... 2007 ............ 2008
BRASIL ................. 31 ...... 71 ........ 103 ....... 120 ........ 122 ............ 116
CHINA ...................913 ...... 960 ........1.082 ....... 1.161 .........1.231 ............1.300
COREIA DO SUL ....... 114 ..... 150 ........ 186 ........ 331 ......... 317 ......... 317
ÍNDIA ..................... 489 ...... 561 ........ 610 ......... 662 ......... 926 ......... 966
Fontes: EuroConsult, 2008; AEB/Siafi-Liquidado/Em U$ milhões
PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO NECESSITA DE R$ 10 BILHOES
15/07/2011. Em conferencia realizada na 63ª Reuniao Anual da SBPC, o presidente da Agencia Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, fez um diagnostico do Programa Nacional de tividades Espaciais (PNAE), apontando desafios entre os quais a necessidade de investimentos na ordem de R$ 10 bilhoes ate' 2020. "O PNAE deve ser considerado um programa de Estado e nao de governo, mas como o Ministerio de Ciencia e Tecnologia tem restricoes orcamentarias, e' preciso atrair a iniciativa privada, mostrando nossa performance e a possibilidade de negocio, por exemplo, a geracao de valor agregado aos produtos. Entre as propostas apresentadas, esta' a criacao de uma nova agencia espacial brasileira, fruto da fusao da AEB com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dominar as tecnologias criticas (giroscopios, acelerometros, sensores opticos, propulsao liquida, etc); integrar politicas publicas como a de defesa; desenvolver recursos humanos; estimular a criacao de empresas integradoras; incentivar a cooperacao com universidades; organizar o setor e definir uma gestao eficiente tambem fazem parte do elenco de propostas apresentadas por Raupp. Coletar dados, prever indices pluviometricos, catastrofes, condicoes do solo, lancar satelites, desenvolver comunicacao estrategica, aumentar a qualificacao tecnica e gerar empregos tambem sao aspectos relevantes do PNAE. Na Europa, a area emprega 28 mil tecnicos e nos Estados Unidos 70 mil, so' no governo. O programa espacial brasileiro teve inicio em 1979 e produziu, desde entao, um satelite a cada 4,4 anos. Hoje, temos um veiculo suborbital (USB-30), 2 satelites de coleta de dados (SCDs) e 2 satelites CBERS. O lancamento do proximo CBERS esta' previsto para o ano que vem.
Mauri
Eu acredito profundamente que o nosso problema não é de gestão ou planejamento, seja técnico ou político, é principalmente de questões orçamentárias.
Está faltando uma vontade política para que os orçamentos públicos sejam mais generosos com o Programa Espacial Brasileiro e não é de agora que isso vem acontecendo, o próprio relatório inconclusivo do acidente com o último VLS, vem nos mostrar que a explosão do lançador e consequentemente a causa morte dos nossos técnicos foi uma dieta orçamentaria que causou improvisos técnicos totalmente irresponsáveis.
Veja os dados abaixo que encontrei na net e logo depois uma reportagem do supernovas e logo fica claro o nosso problema, enquanto aqui no Brasil, o orçamento tem girado em torno de US$ 100 a 130 milhões, na Índia é de cerca US$ 1 bilhão a cada ano, com está miséria orçamentária nunca lançaremos nada, mesmo que tenhamos estruturas e corpo técnico capazes.
Evolução dos Programas Espaciais Civis no Mundo
PAÍS ............. 2003 ...... 2004 ....... 2005 ....... 2006 ....... 2007 ............ 2008
BRASIL ................. 31 ...... 71 ........ 103 ....... 120 ........ 122 ............ 116
CHINA ...................913 ...... 960 ........1.082 ....... 1.161 .........1.231 ............1.300
COREIA DO SUL ....... 114 ..... 150 ........ 186 ........ 331 ......... 317 ......... 317
ÍNDIA ..................... 489 ...... 561 ........ 610 ......... 662 ......... 926 ......... 966
Fontes: EuroConsult, 2008; AEB/Siafi-Liquidado/Em U$ milhões
PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO NECESSITA DE R$ 10 BILHOES
15/07/2011. Em conferencia realizada na 63ª Reuniao Anual da SBPC, o presidente da Agencia Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, fez um diagnostico do Programa Nacional de tividades Espaciais (PNAE), apontando desafios entre os quais a necessidade de investimentos na ordem de R$ 10 bilhoes ate' 2020. "O PNAE deve ser considerado um programa de Estado e nao de governo, mas como o Ministerio de Ciencia e Tecnologia tem restricoes orcamentarias, e' preciso atrair a iniciativa privada, mostrando nossa performance e a possibilidade de negocio, por exemplo, a geracao de valor agregado aos produtos. Entre as propostas apresentadas, esta' a criacao de uma nova agencia espacial brasileira, fruto da fusao da AEB com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dominar as tecnologias criticas (giroscopios, acelerometros, sensores opticos, propulsao liquida, etc); integrar politicas publicas como a de defesa; desenvolver recursos humanos; estimular a criacao de empresas integradoras; incentivar a cooperacao com universidades; organizar o setor e definir uma gestao eficiente tambem fazem parte do elenco de propostas apresentadas por Raupp. Coletar dados, prever indices pluviometricos, catastrofes, condicoes do solo, lancar satelites, desenvolver comunicacao estrategica, aumentar a qualificacao tecnica e gerar empregos tambem sao aspectos relevantes do PNAE. Na Europa, a area emprega 28 mil tecnicos e nos Estados Unidos 70 mil, so' no governo. O programa espacial brasileiro teve inicio em 1979 e produziu, desde entao, um satelite a cada 4,4 anos. Hoje, temos um veiculo suborbital (USB-30), 2 satelites de coleta de dados (SCDs) e 2 satelites CBERS. O lancamento do proximo CBERS esta' previsto para o ano que vem.
Mauri
Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Ai que ta Mauri, vocês dois estão falando a mesma coisa mas não se entendem.
Tanto eu, quanto o Leandro, concordamos que a verba destinada é pouca.
O que acontece é que essa verba ja vem sendo destinada ha muito tempo, muito antes que todos esses paises que você comparou, e nunca houve um objetivo claro. A verba é muito dispersada em varias frentes distintas e acaba se perdendo.
Dentre tudo isso que voce citou de conquistas no ramo espacial, me fala o que realmente transformamos num produto que trouxe beneficio pro pais ? O VSB-30 que é feito no estado da arte até hoje ? Uma propulsão Solida que nunca chegou no espaço ? Um tunel de vento hipersonico pra testar prototipos ? Uma plataforma de Satelites atrasada em relação ao mundo ?
Eh obvio que a verba é pouca, mas se a pouca verba que vem, é pulverizada em varias frentes, isso é pior ainda.
Fora esse efetivo gigante, que o Leando mesmo citou, que gera muitos custos.
Eu nunca trabalhei no inpe, não gosto de falar sobre uma situação que não vivi. Mas amigos que trabalham ha anos dentro do instituto, me disseram que por varios anos não tiveram projetos concretos e muitos deles saiam do pais pra fazer algum curso de pos, e outros passavam os dias jogando cartas. Não é uma situação que eu tenha visto com meus olhos, mas não tenho porque duvidar disso.
Procure alguém que trabalhe no INPE ou em algum instituto do CTA, e converse em off. Todos batem na mesma tecla, os institutos são desorganizados, voltados pra trabalho academico (Na verdade tudo que envolve academia é desorganizado).
Outra coisa, esse efetivo que voce disse de 3 mil funcionarios capacitados em ciencias espaciais, voce acredita nisso ?
Meus 2 cents. Organize o programa, os institutos, ache um foco, dai sim peça verba de 10 Bilhões.
Tanto eu, quanto o Leandro, concordamos que a verba destinada é pouca.
O que acontece é que essa verba ja vem sendo destinada ha muito tempo, muito antes que todos esses paises que você comparou, e nunca houve um objetivo claro. A verba é muito dispersada em varias frentes distintas e acaba se perdendo.
Dentre tudo isso que voce citou de conquistas no ramo espacial, me fala o que realmente transformamos num produto que trouxe beneficio pro pais ? O VSB-30 que é feito no estado da arte até hoje ? Uma propulsão Solida que nunca chegou no espaço ? Um tunel de vento hipersonico pra testar prototipos ? Uma plataforma de Satelites atrasada em relação ao mundo ?
Eh obvio que a verba é pouca, mas se a pouca verba que vem, é pulverizada em varias frentes, isso é pior ainda.
Fora esse efetivo gigante, que o Leando mesmo citou, que gera muitos custos.
Eu nunca trabalhei no inpe, não gosto de falar sobre uma situação que não vivi. Mas amigos que trabalham ha anos dentro do instituto, me disseram que por varios anos não tiveram projetos concretos e muitos deles saiam do pais pra fazer algum curso de pos, e outros passavam os dias jogando cartas. Não é uma situação que eu tenha visto com meus olhos, mas não tenho porque duvidar disso.
Procure alguém que trabalhe no INPE ou em algum instituto do CTA, e converse em off. Todos batem na mesma tecla, os institutos são desorganizados, voltados pra trabalho academico (Na verdade tudo que envolve academia é desorganizado).
Outra coisa, esse efetivo que voce disse de 3 mil funcionarios capacitados em ciencias espaciais, voce acredita nisso ?
Meus 2 cents. Organize o programa, os institutos, ache um foco, dai sim peça verba de 10 Bilhões.