CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
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- Andre Correa
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
O pior de tudo, é que sinto uma pena irrevogável pelas crianças que lá estão... penso várias vezes nisso quando vejos meus filhos aqui, a brincar, cheios de brinquedos, roupas quentes, comida e até alguns doces, bolachas, etc... e as x ainda reclamam...
Mas pior ainda é saber que não se pode fazer nada...
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Audaces Fortuna Iuvat
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Praticamente o numero de aeronaves do nosso FX-2 em um unico exercicio...rodrigo escreveu:
26 Falcons bem armados.
- marcelo l.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
http://www.wsws.org/articles/2011/oct20 ... -o15.shtml
Se forem verdadeiros os dados acima e são iguais a vários que circulam a meses na Internet, há uma a crise alimentar jaá que o governo cortou as rações dos 700 gramas de cereais por pessoa por dia, para 200 gramas.
O "grupo de risco" são 6.000.000 pessoas. As chances de qualquer ajuda nesse instante é zero, já que todas negociações partem do zero agora devido a morte do antigo governante.
Se forem verdadeiros os dados acima e são iguais a vários que circulam a meses na Internet, há uma a crise alimentar jaá que o governo cortou as rações dos 700 gramas de cereais por pessoa por dia, para 200 gramas.
O "grupo de risco" são 6.000.000 pessoas. As chances de qualquer ajuda nesse instante é zero, já que todas negociações partem do zero agora devido a morte do antigo governante.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
marcelo l. escreveu:http://www.wsws.org/articles/2011/oct20 ... -o15.shtml
Se forem verdadeiros os dados acima e são iguais a vários que circulam a meses na Internet, há uma a crise alimentar jaá que o governo cortou as rações dos 700 gramas de cereais por pessoa por dia, para 200 gramas.
O "grupo de risco" são 6.000.000 pessoas. As chances de qualquer ajuda nesse instante é zero, já que todas negociações partem do zero agora devido a morte do antigo governante.
Não deve ser bem assim: o governo de lá certamente confiscou - ou melhor, aceitou 'doações patrióticas' - de todos os meios escritos anteriores que mencionavam 700 gramas. Depois de reciclar o papel e a tinta, escreveu E VENDEU:
"NOTA DE FELICIDADE AO JÁ FELIZ E CAMARADA POVO DA CORÉIA DO NORTE: Em saudação e homenagem ao nosso amado e finado camarada presidente, o amado camarada presidente DOBROU as rações de cereais de 100 para 200 gramas por camarada ao dia. Convidamos ainda a todos os Verdadeiros Camaradas Patriotas a fazerem um dia de jejum por semana em sinal de pesar pela morte do amado camarada presidente e outro em júbilo pelo amado camarada presidente que hoje nos guia inabalável na senda da prosperidade e da alegria. Cada camarada vizinho, camarada filho, camarada pai, camarada sogra, camarada tio, seja que camarada for, diabos, deve demonstrar seu reconhecimento pela doação do mais próximo anotando-a e a apresentando ao camarada comissário mais próximo, para que a generosidade da doação seja levada ao conhecimento das bondosas e camaradas autoridades."
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Andre Correa
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
1984 Total, é mais ou menos como vejo a vida cotidiana do povo...
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Cuba e Coréia do norte, paraísos vermelhos na face da terra.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- marcelo l.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Quem usar telefone celular na Corea do Norte será tratado como "criminoso de guerra".
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... inals.html
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... inals.html
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Porra... 100 dias de luto? Esses caras da Coréia são foda HUEHUEHUEHUE
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Mianmar nega tentativa de obter arma nuclear com norte-coreanos.
O presidente birmanês, Thein Sein, negou que o país tente obter armamento atômico com a ajuda da Coreia do Norte, como suspeitam algumas potências ocidentais, em uma entrevista concedida durante uma visita oficial a Cingapura.
"Não compramos armamentos nucleares da Coreia do Norte", afirmou Thein Sein ao jornal "Singapur The Straits Times".
"Estas afirmações não têm fundamento e são baseadas na desconfiança de alguns países ocidentais", disse.
A comunidade internacional manifesta inquietação com os vínculos entre o regime de Naypyidaw e Pyongyang, em particular com a possibilidade de um programa nuclear, apesar dos desmentidos dos birmaneses.
Durante uma visita histórica a Mianmar em dezembro, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu ao regime de Mianmar o corte dos "vínculos ilegais" com a Coreia do Norte.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... anos.shtml
O presidente birmanês, Thein Sein, negou que o país tente obter armamento atômico com a ajuda da Coreia do Norte, como suspeitam algumas potências ocidentais, em uma entrevista concedida durante uma visita oficial a Cingapura.
"Não compramos armamentos nucleares da Coreia do Norte", afirmou Thein Sein ao jornal "Singapur The Straits Times".
"Estas afirmações não têm fundamento e são baseadas na desconfiança de alguns países ocidentais", disse.
A comunidade internacional manifesta inquietação com os vínculos entre o regime de Naypyidaw e Pyongyang, em particular com a possibilidade de um programa nuclear, apesar dos desmentidos dos birmaneses.
Durante uma visita histórica a Mianmar em dezembro, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu ao regime de Mianmar o corte dos "vínculos ilegais" com a Coreia do Norte.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... anos.shtml
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Coreia do Norte aceitou ajuda da China, diz jornal japonês.
Longos comboios de caminhões chineses com arroz entraram na Coreia do Norte depois que Pequim aceitou, segundo a imprensa japonesa, conceder uma ajuda em alimentos a Pyongyang.
Desde 9 de janeiro, milhares de caminhões transportaram arroz para a Coreia do Norte, que sofre com uma falta crônica de alimentos, anunciou Do Hee-Yoon, membro da Coalizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pessoas Sequestradas e Refugiados Norte-Coreanos, um grupo com sede em Seul.
O jornal "Tokyo Shimbun" informou, na edição da última segunda-feira, que depois do anúncio da morte Kim Jong-Il, Pequim decidiu entregar a Coreia do Norte cerca de 500 mil toneladas de comida e 250 mil toneladas de combustível.
Além da ajuda humanitária, a China aumentou 62% o comércio com a Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os minerais são o principal produto de exportação norte-coreano para o país vizinho, segundo um estudo da Associação Internacional de Comércio da Coreia do Sul.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... ones.shtml
Longos comboios de caminhões chineses com arroz entraram na Coreia do Norte depois que Pequim aceitou, segundo a imprensa japonesa, conceder uma ajuda em alimentos a Pyongyang.
Desde 9 de janeiro, milhares de caminhões transportaram arroz para a Coreia do Norte, que sofre com uma falta crônica de alimentos, anunciou Do Hee-Yoon, membro da Coalizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pessoas Sequestradas e Refugiados Norte-Coreanos, um grupo com sede em Seul.
O jornal "Tokyo Shimbun" informou, na edição da última segunda-feira, que depois do anúncio da morte Kim Jong-Il, Pequim decidiu entregar a Coreia do Norte cerca de 500 mil toneladas de comida e 250 mil toneladas de combustível.
Além da ajuda humanitária, a China aumentou 62% o comércio com a Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os minerais são o principal produto de exportação norte-coreano para o país vizinho, segundo um estudo da Associação Internacional de Comércio da Coreia do Sul.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... ones.shtml
- rodrigo
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Notícia requentada. A CN só existe, há muitas décadas, sustentada pela China.FoxHound escreveu:Coreia do Norte aceitou ajuda da China, diz jornal japonês.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Mantendo as aparências em Pyongyang.
Quando Kim Jong-un fez sua estreia como aparente herdeiro norte-coreano em setembro de 2010, ele se parecia muito com seu avô, o mais próximo que os norte-coreanos tinham de um deus, a ponto das autoridades de inteligência sul-coreanas terem notado que muitos norte-coreanos, ao verem o jovem pela primeira vez na televisão, caíram em lágrimas.
“O regime deseja que seu povo veja Kim Jong-un como o Grande Líder Kim Il-sung reencarnado”, disse Kim Kwang-in, chefe do Centro de Estratégia para a Coreia do Norte, uma organização de pesquisa com sede em Seul, que reúne informação a partir de fontes dentro da Coreia do Norte.
“Eles o engordaram e lhe deram um amplo treinamento –e também cirurgia plástica, alguns até mesmo diriam– para torná-lo igual ao seu avô.”
Independente de a demonstração de júbilo em 2010 ter sido genuína ou uma propaganda orquestrada pelo Estado, ela marcou o início do que Kim e outros analistas daqui chamam de “política de avatar” na Coreia do Norte.
Desde sua elevação à liderança após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro, Kim Jong-un tem se apresentado como uma quase réplica de seu avô, Kim Il-sung –na forma como bate palmas, caminha com os ombros jogados para trás e exibe barriga, costeleta, queixo duplo e bochechas semelhantes.
A embalagem de Kim como personificação do ainda amplamente reverenciado presidente fundador da Coreia do Norte sugere uma máquina bem lubrificada em funcionamento para criar um novo líder.
Que tipo de líder ele será –figurativo, outro Kim Jong-il ou um Deng Xiaoping norte-coreano– permanece tema de especulação febril em Seul. Por ora, a estratégia de Kim de assumir a personalidade de seu avô e explorar a nostalgia pelo “Grande Líder” para justificar e consolidar sua sucessão dinástica reflete a magreza de seu próprio currículo, assim como a extensão das sombras de seu avô e pai, sob as quais ele deve governar.
“Quando os norte-coreanos veem Kim Jong-un, eles pensam em Kim Il-jung quando tinha 33 anos”, disse An Chan-il, um ex-oficial do exército norte-coreano.
An, 57 anos, se referia a quando Kim Il-sung, um líder guerrilheiro que lutava pela independência coreana, entrou em Pyongyang no final do domínio colonial japonês em 1945, se apresentando como um libertador sorridente. Na verdade, foram os americanos e os soviéticos que libertaram a Coreia do Japão e a dividiram entre eles.
“Após as dificuldades dos últimos anos, os norte-coreanos anseiam por outro libertador”, disse An, que desertou para a Coreia do Sul em 1979 e trabalhou como analista do governo em Seul até abrir seu próprio grupo de pesquisa, o Instituto Mundial para Estudos da Coreia do Norte, em 2010.
Kim Jong-il foi um mestre da propaganda que dirigiu vários filmes. Sua última obra pode ter sido escolher Kim Jong-un como um sucessor que herdou a política de seu pai, mas a face de seu avô. Kim Jong-il sabia que, diferente de Kim Il-sung, ele e sua aparência simples, em forma de pera, eram detestados por muitos norte-coreanos (ele já chamou a si mesmo de “um anão feio”, segundo sul-coreanos que o conheceram).
Desde a morte de Kim Jong-il, a imprensa estatal norte-coreana jurou que Kim Jong-un seguirá fielmente o lema de seu pai, a política dos “militares em primeiro lugar”. Essa abordagem dá prioridade máxima à alocação de recursos para as forças armadas, o elemento central dos esforços do pai, e agora do filho, para manter a unidade interna.
Mas os 17 anos de governo de Kim Jong-il foram marcados por inundações, secas, fome em massa e aprofundamento das sanções internacionais em resposta ao seu programa de armas nucleares. Em público, ele frequentemente parecia rígido e distante. Generais servis mantinham uma distância deferente dele. Poucos norte-coreanos comuns alguma vez o ouviram falar.
Em comparação, Kim Jong-un exibe uma postura confiante que lembra a de seu avô, que é frequentemente descrito nos livros escolares norte-coreanos e murais como um líder cercado por crianças e trabalhadores. A fisionomia jovem de Kim como novo construtor de nação surge enquanto o regime prometia ao seu povo há muito sofredor “uma nação forte e próspera”.
Sorrindo, provando sopa na cozinha da escola, dando braços aos trabalhadores, subindo em um tanque com soldados, abraçando os jovens pilotos correndo na direção de seu peito em lágrimas e aproximando generais experientes do exército para lhes dar alguns conselhos, Kim Jong-un parece em casa em seu novo papel como “eobeoi” nacional, ou “pai”, como seu avô e os antigos reis coreanos eram tratados pelos seus súditos.
Mas as coisas em Pyongyang podem não estar transcorrendo tão bem quanto parece.
Lee Han-woo, um editor do jornal sul-coreano de circulação em massa, “Chosun Ilbo”, e que escreveu livros sobre os antigos reis coreanos, disse que a Coreia do Norte compartilha semelhanças com a dinastia Yi, que governou a Coreia por cinco séculos, até o Japão anexar o país em 1910. Doze dos 27 reis da monarquia assumiram o trono quando ainda eram adolescentes e quatro na faixa dos 20 anos.
Os reis jovens dependiam de regentes ou ministros mais velhos até consolidarem sua própria autoridade ou serem vítimas de golpes palacianos. O tio de um jovem rei usurpou o trono, o meio-irmão de outro rei foi suspeito de envenená-lo para tomar o poder, e vassalos destronaram um rei tirano e colocaram em seu lugar um de seus meio-irmãos.
Essas histórias ajudam a instigar a queda dos sul-coreanos por fofocas palacianas cercando Kim Jong-un, que se acredita que tenha pouco menos de 30 anos e possui um tio influente, Jang Song-taek. Jang serve como mentor de Kim, mas suas ambições fora isso estão envoltas em mistério.
Kim também tem um meio-irmão, Kim Jong-nam, que vive em um semiexílio na China e conversa regularmente com jornalistas do Japão, o inimigo jurado da Coreia do Norte, para prever a ruína do governo de seu meio-irmão. Suas críticas ousadas a Kim Jong-un alimentaram a especulação de que a China e certos generais em Pyongyang possam estar protegendo ele como uma opção, caso as coisas deem errado na sucessão de Kim Jong-un. Oficialmente, Pequim expressou apoio a Kim Jong-un.
Cheong Seong-chang, um analista do Instituto Sejong, disse acreditar que Kim Jong-un já tinha se estabelecido solidamente como sucessor antes da morte de seu pai. Os generais que sua mãe, Ko Young-hee, ajudou a promover antes de sua morte em 2004 o apoiaram, disse Cheong. Mas outros acreditam que Kim é pouco mais que uma figura decorativa, com o verdadeiro poder pertencendo ao seu tio, Jang.
Por ora, Kim parece ser uma figura representativa de seu avô e pai mortos, dizem muitos analistas. Na dinastia híbrida stalinista-confuciana criada por seu avô e pai, ele é apresentado como tendo o direito divino de governar devido aos seus laços de sangue com Kim Il-sung. Isso também significa que ele pode colocar em risco sua própria legitimidade como líder se rejeitar as políticas de seu pai e tentar introduzir mudanças radicais. Esse mesmo temor assombra a elite, cujos interesses, enraizados em seus laços com a família Kim, também são conferidos pela hereditariedade.
“Independente de qual possa ser a agenda pessoal dos elementos-chave, Kim Jong-un e a nomenclatura de Pyongyang estão no mesmo barco, com seu destino atado pelo senso mútuo de crise”, disse Kim Kwang-in.
A coesão interna da Coreia do Norte começou a enfraquecer durante a fome dos anos 90, quando o Estado fracassou em fornecer rações e deixou que as famílias se virassem por conta própria.
O regime não perdeu tempo com o jovem Kim. Desde o funeral de seu pai, ele tem visitado uma unidade militar a cada quatro ou cinco dias, se apresentando como um comandante competente e que se importa, acentuando aquela que talvez seja sua qualificação mais importante como líder, que ele mais se parece com seu avô do que com seu pai impopular.
“Parece que o DNA saltou do avô para o neto, pulando o pai”, disse Lee Yun-keol, o biólogo norte-coreano que desertou para a Coreia do Sul em 2006 e agora lidera o Centro de Serviço de Informações Estratégicas sobre a Coreia do Norte, uma organização de pesquisa privada. “Então agora temos um novo líder que se parece com seu avô. Mas isso não muda muita coisa no Norte.”
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... gyang.html
Quando Kim Jong-un fez sua estreia como aparente herdeiro norte-coreano em setembro de 2010, ele se parecia muito com seu avô, o mais próximo que os norte-coreanos tinham de um deus, a ponto das autoridades de inteligência sul-coreanas terem notado que muitos norte-coreanos, ao verem o jovem pela primeira vez na televisão, caíram em lágrimas.
“O regime deseja que seu povo veja Kim Jong-un como o Grande Líder Kim Il-sung reencarnado”, disse Kim Kwang-in, chefe do Centro de Estratégia para a Coreia do Norte, uma organização de pesquisa com sede em Seul, que reúne informação a partir de fontes dentro da Coreia do Norte.
“Eles o engordaram e lhe deram um amplo treinamento –e também cirurgia plástica, alguns até mesmo diriam– para torná-lo igual ao seu avô.”
Independente de a demonstração de júbilo em 2010 ter sido genuína ou uma propaganda orquestrada pelo Estado, ela marcou o início do que Kim e outros analistas daqui chamam de “política de avatar” na Coreia do Norte.
Desde sua elevação à liderança após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro, Kim Jong-un tem se apresentado como uma quase réplica de seu avô, Kim Il-sung –na forma como bate palmas, caminha com os ombros jogados para trás e exibe barriga, costeleta, queixo duplo e bochechas semelhantes.
A embalagem de Kim como personificação do ainda amplamente reverenciado presidente fundador da Coreia do Norte sugere uma máquina bem lubrificada em funcionamento para criar um novo líder.
Que tipo de líder ele será –figurativo, outro Kim Jong-il ou um Deng Xiaoping norte-coreano– permanece tema de especulação febril em Seul. Por ora, a estratégia de Kim de assumir a personalidade de seu avô e explorar a nostalgia pelo “Grande Líder” para justificar e consolidar sua sucessão dinástica reflete a magreza de seu próprio currículo, assim como a extensão das sombras de seu avô e pai, sob as quais ele deve governar.
“Quando os norte-coreanos veem Kim Jong-un, eles pensam em Kim Il-jung quando tinha 33 anos”, disse An Chan-il, um ex-oficial do exército norte-coreano.
An, 57 anos, se referia a quando Kim Il-sung, um líder guerrilheiro que lutava pela independência coreana, entrou em Pyongyang no final do domínio colonial japonês em 1945, se apresentando como um libertador sorridente. Na verdade, foram os americanos e os soviéticos que libertaram a Coreia do Japão e a dividiram entre eles.
“Após as dificuldades dos últimos anos, os norte-coreanos anseiam por outro libertador”, disse An, que desertou para a Coreia do Sul em 1979 e trabalhou como analista do governo em Seul até abrir seu próprio grupo de pesquisa, o Instituto Mundial para Estudos da Coreia do Norte, em 2010.
Kim Jong-il foi um mestre da propaganda que dirigiu vários filmes. Sua última obra pode ter sido escolher Kim Jong-un como um sucessor que herdou a política de seu pai, mas a face de seu avô. Kim Jong-il sabia que, diferente de Kim Il-sung, ele e sua aparência simples, em forma de pera, eram detestados por muitos norte-coreanos (ele já chamou a si mesmo de “um anão feio”, segundo sul-coreanos que o conheceram).
Desde a morte de Kim Jong-il, a imprensa estatal norte-coreana jurou que Kim Jong-un seguirá fielmente o lema de seu pai, a política dos “militares em primeiro lugar”. Essa abordagem dá prioridade máxima à alocação de recursos para as forças armadas, o elemento central dos esforços do pai, e agora do filho, para manter a unidade interna.
Mas os 17 anos de governo de Kim Jong-il foram marcados por inundações, secas, fome em massa e aprofundamento das sanções internacionais em resposta ao seu programa de armas nucleares. Em público, ele frequentemente parecia rígido e distante. Generais servis mantinham uma distância deferente dele. Poucos norte-coreanos comuns alguma vez o ouviram falar.
Em comparação, Kim Jong-un exibe uma postura confiante que lembra a de seu avô, que é frequentemente descrito nos livros escolares norte-coreanos e murais como um líder cercado por crianças e trabalhadores. A fisionomia jovem de Kim como novo construtor de nação surge enquanto o regime prometia ao seu povo há muito sofredor “uma nação forte e próspera”.
Sorrindo, provando sopa na cozinha da escola, dando braços aos trabalhadores, subindo em um tanque com soldados, abraçando os jovens pilotos correndo na direção de seu peito em lágrimas e aproximando generais experientes do exército para lhes dar alguns conselhos, Kim Jong-un parece em casa em seu novo papel como “eobeoi” nacional, ou “pai”, como seu avô e os antigos reis coreanos eram tratados pelos seus súditos.
Mas as coisas em Pyongyang podem não estar transcorrendo tão bem quanto parece.
Lee Han-woo, um editor do jornal sul-coreano de circulação em massa, “Chosun Ilbo”, e que escreveu livros sobre os antigos reis coreanos, disse que a Coreia do Norte compartilha semelhanças com a dinastia Yi, que governou a Coreia por cinco séculos, até o Japão anexar o país em 1910. Doze dos 27 reis da monarquia assumiram o trono quando ainda eram adolescentes e quatro na faixa dos 20 anos.
Os reis jovens dependiam de regentes ou ministros mais velhos até consolidarem sua própria autoridade ou serem vítimas de golpes palacianos. O tio de um jovem rei usurpou o trono, o meio-irmão de outro rei foi suspeito de envenená-lo para tomar o poder, e vassalos destronaram um rei tirano e colocaram em seu lugar um de seus meio-irmãos.
Essas histórias ajudam a instigar a queda dos sul-coreanos por fofocas palacianas cercando Kim Jong-un, que se acredita que tenha pouco menos de 30 anos e possui um tio influente, Jang Song-taek. Jang serve como mentor de Kim, mas suas ambições fora isso estão envoltas em mistério.
Kim também tem um meio-irmão, Kim Jong-nam, que vive em um semiexílio na China e conversa regularmente com jornalistas do Japão, o inimigo jurado da Coreia do Norte, para prever a ruína do governo de seu meio-irmão. Suas críticas ousadas a Kim Jong-un alimentaram a especulação de que a China e certos generais em Pyongyang possam estar protegendo ele como uma opção, caso as coisas deem errado na sucessão de Kim Jong-un. Oficialmente, Pequim expressou apoio a Kim Jong-un.
Cheong Seong-chang, um analista do Instituto Sejong, disse acreditar que Kim Jong-un já tinha se estabelecido solidamente como sucessor antes da morte de seu pai. Os generais que sua mãe, Ko Young-hee, ajudou a promover antes de sua morte em 2004 o apoiaram, disse Cheong. Mas outros acreditam que Kim é pouco mais que uma figura decorativa, com o verdadeiro poder pertencendo ao seu tio, Jang.
Por ora, Kim parece ser uma figura representativa de seu avô e pai mortos, dizem muitos analistas. Na dinastia híbrida stalinista-confuciana criada por seu avô e pai, ele é apresentado como tendo o direito divino de governar devido aos seus laços de sangue com Kim Il-sung. Isso também significa que ele pode colocar em risco sua própria legitimidade como líder se rejeitar as políticas de seu pai e tentar introduzir mudanças radicais. Esse mesmo temor assombra a elite, cujos interesses, enraizados em seus laços com a família Kim, também são conferidos pela hereditariedade.
“Independente de qual possa ser a agenda pessoal dos elementos-chave, Kim Jong-un e a nomenclatura de Pyongyang estão no mesmo barco, com seu destino atado pelo senso mútuo de crise”, disse Kim Kwang-in.
A coesão interna da Coreia do Norte começou a enfraquecer durante a fome dos anos 90, quando o Estado fracassou em fornecer rações e deixou que as famílias se virassem por conta própria.
O regime não perdeu tempo com o jovem Kim. Desde o funeral de seu pai, ele tem visitado uma unidade militar a cada quatro ou cinco dias, se apresentando como um comandante competente e que se importa, acentuando aquela que talvez seja sua qualificação mais importante como líder, que ele mais se parece com seu avô do que com seu pai impopular.
“Parece que o DNA saltou do avô para o neto, pulando o pai”, disse Lee Yun-keol, o biólogo norte-coreano que desertou para a Coreia do Sul em 2006 e agora lidera o Centro de Serviço de Informações Estratégicas sobre a Coreia do Norte, uma organização de pesquisa privada. “Então agora temos um novo líder que se parece com seu avô. Mas isso não muda muita coisa no Norte.”
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Coreia do Norte construiu base naval em sua fronteira sul.
http://m.ruvr.ru/data/2012/02/09/124965 ... 5f2f_o.jpg
A Coreia do Norte construiu uma base naval para aerobarcos. A nova base pode abrigar 60 a 70 embarcações, anunciou hoje uma fonte junto do governo sul-coreano.
Após a análise das fotografias obtidas via satélite, chegamos à conclusão que a Coreia do Norte construiu uma base para aerobarcos na zona de Koampho, na província de Hwanghae Sul, adiantou a fonte.
Esta localidade fica praticamente junto à linha divisória norte que serve de fato como fronteira marítima entre o Norte e o Sul no Mar Amarelo. Em 1999, 2002 e 2009, nesta região se travaram violentos confrontos entre lanchas de patrulha dos dois países, tendo as duas partes sofrido perdas em efetivos e em material.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/09/65680125.html
http://m.ruvr.ru/data/2012/02/09/124965 ... 5f2f_o.jpg
A Coreia do Norte construiu uma base naval para aerobarcos. A nova base pode abrigar 60 a 70 embarcações, anunciou hoje uma fonte junto do governo sul-coreano.
Após a análise das fotografias obtidas via satélite, chegamos à conclusão que a Coreia do Norte construiu uma base para aerobarcos na zona de Koampho, na província de Hwanghae Sul, adiantou a fonte.
Esta localidade fica praticamente junto à linha divisória norte que serve de fato como fronteira marítima entre o Norte e o Sul no Mar Amarelo. Em 1999, 2002 e 2009, nesta região se travaram violentos confrontos entre lanchas de patrulha dos dois países, tendo as duas partes sofrido perdas em efetivos e em material.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
http://www.theaustralian.com.au/news/wo ... 6265838117
Behind the military figures who advise North Korea's Kim Jong-un
WHEREVER North Korea's young new leader goes, they're there: a group of greying military and political officials who shadow Kim Jong-un as he visits army bases, attends concerts and tours schools.
As Kim Jong-un steps into the role of "supreme commander" less than two months after his father's death, these officials can be seen in the background. They listen attentively as their leader speaks during "guidance visits" and stand at his side during group photos, smiling and clapping.
Since Kim Jong-il died of a heart attack in December, Kim Jong-un has assumed the mantle of leadership with apparent confidence. But this aging circle of advisers is never far behind, lending the young man gravitas and experience while making clear that he has the backing of the powerful military.
cont.
Behind the military figures who advise North Korea's Kim Jong-un
WHEREVER North Korea's young new leader goes, they're there: a group of greying military and political officials who shadow Kim Jong-un as he visits army bases, attends concerts and tours schools.
As Kim Jong-un steps into the role of "supreme commander" less than two months after his father's death, these officials can be seen in the background. They listen attentively as their leader speaks during "guidance visits" and stand at his side during group photos, smiling and clapping.
Since Kim Jong-il died of a heart attack in December, Kim Jong-un has assumed the mantle of leadership with apparent confidence. But this aging circle of advisers is never far behind, lending the young man gravitas and experience while making clear that he has the backing of the powerful military.
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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