TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Justin Case
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63796 Mensagem por Justin Case » Ter Jan 17, 2012 6:40 pm

Penguin escreveu:
Justin Case escreveu: Amigos, bom dia.

Para mim, o custo para transferência ou compartilhamento de tecnologia é irrisório, comparado com o que foi despendido para desenvolvê-la. É só uma questão de decisão.

Se o receptor tiver estrutura, realmente o custo de transferência é irrisório para ele.
Mas o custo de desenvolvimento não é.
Não raro, os bens intangíveis (tecnológicos) valem mais e são mais estratégicos que os bens tangíveis (máquinas e equipamentos).


Numa oferta de venda, o que custa mesmo é hardware e homem-hora. No final, é a qualidade e a efetividade do sistema que exigem investimento. A ToT é fator de convencimento e de parceria.
Abraços,

Depende do que se queira em termos de contrapartida.
Ninguém cede cetos conhecimentos sem ônus. Outros nem pensar.

[]s


Justin
Penguin, boa tarde.

Obrigado por concordar comigo.
Como você disse, tecnologia é um bem INTANGÍVEL, de altíssimo valor.
Por ser intangível, independentemente do seu valor, ninguém tem que tirar dinheiro do caixa para transferir ou compartilhar essa tecnologia. É uma questão de DECISÃO, como eu havia sugerido.
Se alguém tem um produto de maior custo, nada impede que decida compartilhar seu conhecimento tecnológico como meio para viabilizar sua solução.
Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63797 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 17, 2012 7:32 pm

helio escreveu:Nós nunca produzimos nada maior do que o EMB190. Não temos tecnologia para fazer as estruturas e tampouco as asas em material composto, fator essencial para fazer aviões de grande porte. De nada adianta ter capacidade de fazer aviões de combate se sequer teomos condições de produzir motores de avião. Fazer IRAN em F5 é coisa de criança comparado a um F18 que tem inumeras partes feitas de material composto. Visitei a Boeing, Dassault e Saab e sinceramente os processos de fabricação da EMBRAER estão muito, mas muito atrasados, se vão produzir caças terão que fazer grandes mudanças.
Olá amigo Hélio,

Como você sabe, Boeing , Dassault e etc... não produzem materiais compostos, e o desenvolvimento que fizeram de componentes usando este tipo de material duvido muitíssimo que a Embraer não possa fazer sem problemas. Eu estagiei lá na década de 80, e ela já naquele tempo desenvolveu diversos detalhes e toda a manufatura do flap do MD-111, uma peça enorme de material composto, maior do que a semi-asa de um BEM-145. A enorme quantidade de novos projetos desenvolvidos pela empresa desde então não me leva a acreditar que seu departamento de engenharia tenha “desaprendido” muita coisa nestes últimos 20 anos.

Com relação aos aviões grandes já estamos desenvolvendo agora um avião maior que o EMB-190 (MTOW de até 82 ton, contra 52 do 195 segundo o próprio site da Embraer, quase 60% de aumento e chegando ao mesmo peso do 737), sem que tenha havido nenhuma definição sobre o F-X. E não me consta que o atraso ou eventual cancelamento do programa de caças terá a menor influência no cronograma do KC-390. Dizer que precisaríamos das tecnologias do FX para fazer mais do que isso é contradizer as declarações da própria empresa.

Pelo seu comentário sobre as fábricas da Boeing, Dassault e SAAB imaginei que apesar de costumar visitar indústrias você não possua formação na área de engenharia industrial, pois não? Eu tenho uma certa experiência no ramo, e posso te garantir que o aspecto diferente de muitas linhas da Embraer com relação às demais empresas (com muito mais postos de trabalho manual por exemplo) não significa de forma alguma atraso tecnológico, mas sim uma adequação das linhas à escala de produção das companhias. A Boeing entregou mais de 470 aviões de transporte em 2011, a Airbus mais de 500, enquanto a Embraer entregou, somando as linhas de derivados do EMB-145 e do EMB-170, um total de 73. Dá para perceber a brutal diferença na escala de produção? Esta diferença é que faz com que na análise fria dos números uma Boeing ou uma Airbus percebam um grande retorno em automação, ao passo que na Embraer tais investimentos jamais se pagariam em um prazo razoável, e por isso não são realizados quando não absolutamente necessários para garantir a qualidade (você tem alguma dúvida de que a qualidade dos aviões da Embraer é pelo menos tão boa quanto a dos aviões da Boeing e da Airbus?). Além disso, a Embraer se orgulha da capacidade que tem de customizar de seus aviões (um dos diferenciais de mercado com que ela conta) ao passo que as outras duas procuram sempre que possível encaixar os pedidos de seus clientes em padrões pré-estabelecidos. Mas isto nem de longe significa atraso tecnológico por parte da Embraer, da mesma forma que a linha de automóveis Rolls&Royce, também bastante manual e aparentemente “primitiva” não significa que seus carros são tecnologicamente menos avançados do que um Gol, cuja linha é cheia de robôs e automatismos mil.

Este tipo de percepção sua é (infelizmente) muito comum no Brasil, onde as pessoas, inclusive a maioria dos profissionais da área industrial, se impressiona muito com o aspecto e os equipamentos da linha de produção, e confunde estes fatores com competência em engenharia. Esta visão é falsa, mas é bem difícil de se mudar. Uma parte das nossas dificuldades nas áreas de manufatura em geral com relação à outros países vem daí.

Com relação aos caças em si também se tem uma circunstância parecida, o máximo que a Embraer já conseguiu fazer em termos de aviões de combate modernos (o Tucano e o ST obviamente estão em outra categoria, onde aliás a Embraer provou recentemente estar melhor que os americanos) foi parte de 56 AMX, fora a reforma de pequenos lotes de peças de museu. De qualquer forma, aqui sim alguma transferência de tecnologia poderia ser útil, inclusive muito mais na área de projetos do que na de manufatura. Mas aí vem a questão: Vamos fabricar caças? Os 60 ou 70 aviões realmente modernos que são o máximo concebível que a FAB poderia operar justificariam os investimentos e o esforço?
Os motores são para mim um dos pontos mais importantes para manter a operacionalidade dos caças. Veja o caso dos A4 da MB, ficaram anos no chão por absoluta falta de empresa nacional que revisasse os motores, e veja são motores da década de sessenta!!!!
Novamente, vamos fazer caças? Se não, porque sequer discutir a fabricação de motores para eles?

O que poderíamos fazer seria um contrato com os fornecedores dos aviões do FX (Dassault, Boeing e SAAB não produzem motores) para termos algo como tivemos na época do AMX, os equipamentos e as informações necessárias para fazer pelo menos uma manutenção de certo nível aqui (aliás, não me lembro de ver ninguém discutindo isso por aqui). Mais do que isso serviria exatamente para que?

Sendo assim, se tirarmos os pontos desnecessários, o que resta de Tot´s para discutir? Porque colocar tanta importância neste item, e inclusive pagar bem mais caro por isso?

Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63798 Mensagem por Boss » Ter Jan 17, 2012 7:39 pm

Dall escreveu:
Carlos Mathias escreveu:
Mas resta saber se o Brasil quer ter um Chile como modelo a ser perseguido em termos industriais, ou um EUA.
Os chilenos que não me apedrejem :mrgreen: , o modelo deles é perfeito para eles, para a realidade deles e etc.
Só não acho que seja o nosso caso.

O modelo chileno de industria de defesa é muito mais sofisticado do que muitos imaginam.

Conte-nos mais.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63799 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 17, 2012 8:10 pm

Justin Case escreveu:
helio escreveu:Amigos
ToT....ToT.....ToT, se fala muito nisto aqui, tudo isto para alcançar uma independencia tecnoligica na produção de equipamento militar.
OK, teoricamente acho corretíssimo este papo.
Entretanto temos que estar cientes que com a globalização, pouquissimos e seletos países tem independencia completa em seus equipamentos, mesmo porque a sua completa produção se torna tão caro ou até diria impossivel de fazer.
Hoje a grande maioria dos produtos tem componentes que vieram de varios paises, mesmo os produtos estanudenses tem componentes feitos no oriente.
Israel, com sua pujante industria bélica, ainda depende (e muito) de armamento estadunidense.
A propria França com toda politca de independencia tecnologica, recorre por praticidade a equipamentos estrangeiros (o Hawkeye por exemplo)
A Russia com certeza é o melhor exemplo de independencia, mas a que custo?
Gostaria de esclarecer que a ideía de fabricar um caça brasileiro,para mim é uma grande utopia. Temos milhares de prioridades antes de entrar numa empreitada destas, que exige bilhões de verba, e ainda disputar um mercado hiper-concorrido. Ainda por cima, vimos os paises desenvolvidos desenvolver os VANT, como forma de substituir os caças no futuro.
Então o Tot não é importante? Muito pelo contrário, necessitamos de tecnologia, mas as prioridades não serão de obtermos a independencia tecnologica para fabricar um caça no futuro, mas sim de aproveitar a tecnologia (motores, material composto, por exemplo) que poderão ser aproveitados em outros produtos da nossa industria aeronautica. Temos também a necessidade de obter tecnologia eltronica para armamentos embarcados, mas a transferencia IRRESTRITA que alguns competidores oferecem, NÃO É tão importante , e ISTO tem ENCARECIDO as propostas.
Garanto que se pedirmos transferencia de tecnologia em itens pontuais, o preço da proposta do Rafale cairá substancialmente.

Abraços

Hélio
Amigos, bom dia.

Para mim, o custo para transferência ou compartilhamento de tecnologia é irrisório, comparado com o que foi despendido para desenvolvê-la. É só uma questão de decisão.
Numa oferta de venda, o que custa mesmo é hardware e homem-hora. No final, é a qualidade e a efetividade do sistema que exigem investimento. A ToT é fator de convencimento e de parceria.
Abraços,

Justin
Justin, concordo com o Hélio. Basta vc pegar o caso recente do PROSUB: o valor cobrado pela transferência de tecnologia foi de 908.508.000,00 de Euros. O total do contrato foi de 6.690.333.000,00 Euros.
De ToT foi quase 1 Bi de Euros!
É claro que parte de transf. de tecnologia entram como off set, mas se avançarmos nesse quesito, certamente será cobrado, e muito, de nós qualquer que seja o país vencedor.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63800 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 17, 2012 8:36 pm

Luís Henrique escreveu:Aliás Knigh7,

Se você ver alguns posts meu mais antigos, verá que eu apesar de várias brincadeiras, sempre reconheci que o Super Hornet é um caça fantástico.

Ele tem a cara do Brasil. Eu gostaria que a Embraer produzisse um caça equivalente após realizar engenharia reversa em um SH.
Como caça eu gosto muito. É um caça médio/pesado.
Tem mais alcance, sensores maiores, é pior no dogfight, manobra pouco, tem pouca aceleração, razão de subida, mas compensa no combate BVR possuindo os melhores sensores, etc.

O que eu não gosto é da proposta americana.
Não da para existir uma boa parceria entre um país em desenvolvimento e a Super Potência Mundial.
Eles NÃO PRECISAM de nós. Eles NÃO PRECISAM do nosso dinheiro para míseros 36 caças. Nem que fosse 120.
Eles produzem aos MILHARES.
Já, outros países PRECISAM de nós. Por isto, oferecem MUITO MAIS.

O SH não atende à END. Não teremos tot nenhuma. Não conseguiremos projetar um caça de 5ª geração com ajuda americana. Nem em SONHO.
Luís Henrique,

Os americanos fizeram parceria no caso do JSF. É claro que eles pegaram a maior fatia do desenvolvimento, mas que há vários parceiros estrangeiros nesse programa, há.

No caso dos americanos não atenderem a END:

A Boeing nos ofereceu parceria no desenvolvimento do ADF, o que eles chamam de 6a geração. Não sei até que ponto nossa responsabilidade chegaria, mas vale ressaltar que em termos de aeronaves supersônicas furtivas, a gente sabe relativamente pouco. :mrgreen:
Os americanos concordaram em tansferir as ToT requeridas.


O Jobim disse que quem mais atende a END são os franceses. Pode ser mesmo. Existe uma pontuação nas avaliações. Mas não que os americanos não atendam.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63801 Mensagem por Justin Case » Ter Jan 17, 2012 8:56 pm

knigh7 escreveu:
Justin Case escreveu:
Amigos, bom dia.

Para mim, o custo para transferência ou compartilhamento de tecnologia é irrisório, comparado com o que foi despendido para desenvolvê-la. É só uma questão de decisão.
Numa oferta de venda, o que custa mesmo é hardware e homem-hora. No final, é a qualidade e a efetividade do sistema que exigem investimento. A ToT é fator de convencimento e de parceria.
Abraços,

Justin
Justin, concordo com o Hélio. Basta vc pegar o caso recente do PROSUB: o valor cobrado pela transferência de tecnologia foi de 908.508.000,00 de Euros. O total do contrato foi de 6.690.333.000,00 Euros.
De ToT foi quase 1 Bi de Euros!
É claro que parte de transf. de tecnologia entram como off set, mas se avançarmos nesse quesito, certamente será cobrado, e muito, de nós qualquer que seja o país vencedor.
Boa idéia, Knigh7.

A gente poderia sugerir isso para a Dassault:
Refaz a oferta, coloca 1 bi ou o necessário como valor da transferência de tecnologia e passa a ter o avião mais barato do processo de seleção.
Pode ser que dê certo! :lol:
Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63802 Mensagem por Justin Case » Ter Jan 17, 2012 9:06 pm

Ah, pensando bem...

Já pensou se o Brasil diz que não quer mais a tecnologia, que quer comprar apenas o avião?
Não daria certo. Iria faltar dinheiro para pagar os custos.

E com o Gripen? O Brasil poderia dizer que quer só o avião, de prateleira, sem participação. Deveria ficar baratinho, mas quem iria pagar o desenvolvimento, quem iria criar o avião para vender apenas 36?

Ih, já me perdi nas idéias. É melhor deixar as ofertas como estão e decidir com base nos compromissos já estabelecidos.

Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63803 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 17, 2012 9:44 pm

Justin Case escreveu:
knigh7 escreveu: Justin, concordo com o Hélio. Basta vc pegar o caso recente do PROSUB: o valor cobrado pela transferência de tecnologia foi de 908.508.000,00 de Euros. O total do contrato foi de 6.690.333.000,00 Euros.
De ToT foi quase 1 Bi de Euros!
É claro que parte de transf. de tecnologia entram como off set, mas se avançarmos nesse quesito, certamente será cobrado, e muito, de nós qualquer que seja o país vencedor.
Boa idéia, Knigh7.

A gente poderia sugerir isso para a Dassault:
Refaz a oferta, coloca 1 bi ou o necessário como valor da transferência de tecnologia e passa a ter o avião mais barato do processo de seleção.
Pode ser que dê certo! :lol:
Abraço,

Justin
Entendi onde vc quer chegar: as ofertas são avaliadas e comparadas globalmente.

Mas aí esvazia o argumento de alguns de que uma proposta X é mais cara porque tem maior ToT, não? :wink:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63804 Mensagem por wl3 » Ter Jan 17, 2012 10:01 pm

Me espanta a Embraer lidar a tantos anos com o F5 e com AMX e não ter um projeto mesmo que baseado nos dois com melhorias de nivel considerável. Afinal como é dito por tantos o F5 é um excelente caça só que antigo se for feito um projeto novo em cima dele , com certeza teríamos uma aeronave a ser conciderada.
E mais a Nortrhop e outras empresas americanas da área , assim como a fabricante dos famosos MIGs russos estão aparentemente fora dos novos projetos e poderiam ser parceiros do Brasil num projeto próprio.
Enquanto isso , compra F18 , Mig 31, su 27 , 30 , 35 para servir de novo tampão e modelo para o projeto !




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63805 Mensagem por Justin Case » Ter Jan 17, 2012 10:04 pm

Knigh7,

No final, dá no mesmo: Vale a pena pagar mais caro porque o produto é da classe superior e vem com a tecnologia.

Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63806 Mensagem por Túlio » Ter Jan 17, 2012 10:09 pm

wl3 escreveu:Me espanta a Embraer lidar a tantos anos com o F5 e com AMX e não ter um projeto mesmo que baseado nos dois com melhorias de nivel considerável. Afinal como é dito por tantos o F5 é um excelente caça só que antigo se for feito um projeto novo em cima dele , com certeza teríamos uma aeronave a ser conciderada.
E mais a Nortrhop e outras empresas americanas da área , assim como a fabricante dos famosos MIGs russos estão aparentemente fora dos novos projetos e poderiam ser parceiros do Brasil num projeto próprio.
Enquanto isso , compra F18 , Mig 31, su 27 , 30 , 35 para servir de novo tampão e modelo para o projeto !

BEM VINDO, colega! A treta não é A EMBRAER, é que todo projeto eminentemente MILITAR tem de ser bancado pelo governo e isso de caças não é muito popular em Brasília, aparentemente...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63807 Mensagem por Boss » Ter Jan 17, 2012 10:36 pm

O modelo de caça para a Embraer tem que seguir o do KC-390, guardando as diferenças.

Aproveita o nosso poder político-econômico na América do Sul/Latina, e até mesmo na África Sul-Ocidental , e traz mais gente para comprar o tal caça da Embraer.

Não precisa depender somente das compras da FAB.

Talvez se a Embraer jogasse o projeto viável na mesa do MD, não pudesse sair até umas 250 unidades. O KC-390 saiu e não se fala em atrasos e derivados.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63808 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jan 17, 2012 10:43 pm

LeandroGCard escreveu:
helio escreveu:Nós nunca produzimos nada maior do que o EMB190. Não temos tecnologia para fazer as estruturas e tampouco as asas em material composto, fator essencial para fazer aviões de grande porte. De nada adianta ter capacidade de fazer aviões de combate se sequer teomos condições de produzir motores de avião. Fazer IRAN em F5 é coisa de criança comparado a um F18 que tem inumeras partes feitas de material composto. Visitei a Boeing, Dassault e Saab e sinceramente os processos de fabricação da EMBRAER estão muito, mas muito atrasados, se vão produzir caças terão que fazer grandes mudanças.
Olá amigo Hélio,

Como você sabe, Boeing , Dassault e etc... não produzem materiais compostos, e o desenvolvimento que fizeram de componentes usando este tipo de material duvido muitíssimo que a Embraer não possa fazer sem problemas. Eu estagiei lá na década de 80, e ela já naquele tempo desenvolveu diversos detalhes e toda a manufatura do flap do MD-111, uma peça enorme de material composto, maior do que a semi-asa de um BEM-145. A enorme quantidade de novos projetos desenvolvidos pela empresa desde então não me leva a acreditar que seu departamento de engenharia tenha “desaprendido” muita coisa nestes últimos 20 anos.

Com relação aos aviões grandes já estamos desenvolvendo agora um avião maior que o EMB-190 (MTOW de até 82 ton, contra 52 do 195 segundo o próprio site da Embraer, quase 60% de aumento e chegando ao mesmo peso do 737), sem que tenha havido nenhuma definição sobre o F-X. E não me consta que o atraso ou eventual cancelamento do programa de caças terá a menor influência no cronograma do KC-390. Dizer que precisaríamos das tecnologias do FX para fazer mais do que isso é contradizer as declarações da própria empresa.

Pelo seu comentário sobre as fábricas da Boeing, Dassault e SAAB imaginei que apesar de costumar visitar indústrias você não possua formação na área de engenharia industrial, pois não? Eu tenho uma certa experiência no ramo, e posso te garantir que o aspecto diferente de muitas linhas da Embraer com relação às demais empresas (com muito mais postos de trabalho manual por exemplo) não significa de forma alguma atraso tecnológico, mas sim uma adequação das linhas à escala de produção das companhias. A Boeing entregou mais de 470 aviões de transporte em 2011, a Airbus mais de 500, enquanto a Embraer entregou, somando as linhas de derivados do EMB-145 e do EMB-170, um total de 73. Dá para perceber a brutal diferença na escala de produção? Esta diferença é que faz com que na análise fria dos números uma Boeing ou uma Airbus percebam um grande retorno em automação, ao passo que na Embraer tais investimentos jamais se pagariam em um prazo razoável, e por isso não são realizados quando não absolutamente necessários para garantir a qualidade (você tem alguma dúvida de que a qualidade dos aviões da Embraer é pelo menos tão boa quanto a dos aviões da Boeing e da Airbus?). Além disso, a Embraer se orgulha da capacidade que tem de customizar de seus aviões (um dos diferenciais de mercado com que ela conta) ao passo que as outras duas procuram sempre que possível encaixar os pedidos de seus clientes em padrões pré-estabelecidos. Mas isto nem de longe significa atraso tecnológico por parte da Embraer, da mesma forma que a linha de automóveis Rolls&Royce, também bastante manual e aparentemente “primitiva” não significa que seus carros são tecnologicamente menos avançados do que um Gol, cuja linha é cheia de robôs e automatismos mil.

Este tipo de percepção sua é (infelizmente) muito comum no Brasil, onde as pessoas, inclusive a maioria dos profissionais da área industrial, se impressiona muito com o aspecto e os equipamentos da linha de produção, e confunde estes fatores com competência em engenharia. Esta visão é falsa, mas é bem difícil de se mudar. Uma parte das nossas dificuldades nas áreas de manufatura em geral com relação à outros países vem daí.

Com relação aos caças em si também se tem uma circunstância parecida, o máximo que a Embraer já conseguiu fazer em termos de aviões de combate modernos (o Tucano e o ST obviamente estão em outra categoria, onde aliás a Embraer provou recentemente estar melhor que os americanos) foi parte de 56 AMX, fora a reforma de pequenos lotes de peças de museu. De qualquer forma, aqui sim alguma transferência de tecnologia poderia ser útil, inclusive muito mais na área de projetos do que na de manufatura. Mas aí vem a questão: Vamos fabricar caças? Os 60 ou 70 aviões realmente modernos que são o máximo concebível que a FAB poderia operar justificariam os investimentos e o esforço?
Os motores são para mim um dos pontos mais importantes para manter a operacionalidade dos caças. Veja o caso dos A4 da MB, ficaram anos no chão por absoluta falta de empresa nacional que revisasse os motores, e veja são motores da década de sessenta!!!!
Novamente, vamos fazer caças? Se não, porque sequer discutir a fabricação de motores para eles?

O que poderíamos fazer seria um contrato com os fornecedores dos aviões do FX (Dassault, Boeing e SAAB não produzem motores) para termos algo como tivemos na época do AMX, os equipamentos e as informações necessárias para fazer pelo menos uma manutenção de certo nível aqui (aliás, não me lembro de ver ninguém discutindo isso por aqui). Mais do que isso serviria exatamente para que?

Sendo assim, se tirarmos os pontos desnecessários, o que resta de Tot´s para discutir? Porque colocar tanta importância neste item, e inclusive pagar bem mais caro por isso?

Um grande abraço,

Leandro G. Card
Concordo plenamente com o Leandro,

Eu na minha pouca experiência de já ter trabalhado com muita gente desses fabricantes citados e projetos relacionados eu digo que a Embraer levando-se em conta o tipo de aeronaves que fabrica, inova como ninguém e em muitas coisas está ali juntinho em termos de inovação, além de ser referência em termos de integradora de projetos (coisa que a Boeing anda apanhando muito no momento).

Um profissional com o CV com o nome Embraer escrito normalmente é ultra bem-visto no mercado de trabalho aeroespacial.

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63809 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 17, 2012 10:53 pm

Justin Case escreveu:Knigh7,

No final, dá no mesmo: Vale a pena pagar mais caro porque o produto é da classe superior e vem com a tecnologia.

Abraço,

Justin
Agora mesmo estou debatendo um sistema que considero o Super Hornet superior ao Rafale (e já debati sobre outros pontos).

Cada aeronave da Short List tem suas vantagens e desvantagens frente as outras. Disso eu não tenho dúvidas.

Que a parte técnica juntamente com a política cheguem a um termo (se já não chegou) quanto a melhor proposta.

Abraços




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#63810 Mensagem por Boss » Ter Jan 17, 2012 11:00 pm

knigh7 escreveu:A Boeing nos ofereceu parceria no desenvolvimento do ADF, o que eles chamam de 6a geração. Não sei até que ponto nossa responsabilidade chegaria, mas vale ressaltar que em termos de aeronaves supersônicas furtivas, a gente sabe relativamente pouco. :mrgreen:
Os americanos concordaram em tansferir as ToT requeridas.
Não sabia dessa proposta de parceria.

Tem algum PDF/derivado com a proposta da Boeing ?




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