Irã tem como se defender de Israel?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
É...não sei por que mas passei a ser FAVORÁVEL às nukes do Irã...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
demorou mas viste a luz...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
PUTZ...há que diga que o meu avatar é FEIO mas o TEU, ó...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Túlio escreveu:PUTZ...há que diga que o meu avatar é FEIO mas o TEU, ó...
O avatar dele é 10 mil vezes melhor que o teu
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Túlio escreveu:PUTZ...há que diga que o meu avatar é FEIO mas o TEU, ó...
não gostas não olhes
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Estás a ficaire saidinho, ó Lagarto Portista de Corroios...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Túlio escreveu:Estás a ficaire saidinho, ó Lagarto Portista de Corroios...
demorou mas encontrei...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
a porta de saída é por aquele lado , certo????? bom, então vou andando, gostei muito de vos conhecer, pessoal...abraços e até ao meu regresso...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Que terrível se anuncia esse ano para Israel, parece que vão ter que procurar outro esporte, matar palestinois ficou perigoso.
Saudações
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Pô Tulio, o cara bateu forte agora
P44 escreveu:Túlio escreveu:Estás a ficaire saidinho, ó Lagarto Portista de Corroios...
demorou mas encontrei...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Ciumeiras, nem ligues...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
terra.com.br
Israel diz que decisão de atacar o Irã "está muito distante"
18 de janeiro de 2012 • 08h26 • atualizado às 08h38
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse nesta quarta-feira que qualquer decisão sobre um ataque de Israel ao Irã estava "muito distante."
Barak falou à Rádio do Exército de Israel antes de uma visita ao país esta semana do Chefe das Forças Armadas dos EUA, o general Martin Dempsey, que provocou especulações de que os o governo americano pressionaria Israel a adiar qualquer ação contra o programa nuclear iraniano.
Questionado sobre se os Estados Unidos estariam pedindo a Israel que os avisassem de qualquer ataque contra o Irã, Barak respondeu: "Não tomamos nenhuma decisão de fazer isso," e completou: "Tudo isto é muito remoto."
Barak também insinuou que Israel estava coordenando com os EUA seus planos para lidar com o projeto nuclear do Irã, o qual país percebe como uma ameaça à sua existência. "Não acredito que nossos laços com os EUA estejam em tal nível que eles não tenham ideia do que estamos falando", afirmou o ministro da Defesa.
Quando pressionado sobre quão "remoto" estaria o ataque, se seriam semanas ou meses, Barak respondeu: "Eu não gostaria de fornecer estimativas. Certamente, não é urgente."
O Irã afirma que seu programa nuclear tem apenas motivos pacíficos. Autoridade máxima do Exército norte-americano, Dempsey viajará a Tel-Aviv esta semana para conversas em que o Irã será certamente um dos principais assuntos.
Israel diz que decisão de atacar o Irã "está muito distante"
18 de janeiro de 2012 • 08h26 • atualizado às 08h38
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse nesta quarta-feira que qualquer decisão sobre um ataque de Israel ao Irã estava "muito distante."
Barak falou à Rádio do Exército de Israel antes de uma visita ao país esta semana do Chefe das Forças Armadas dos EUA, o general Martin Dempsey, que provocou especulações de que os o governo americano pressionaria Israel a adiar qualquer ação contra o programa nuclear iraniano.
Questionado sobre se os Estados Unidos estariam pedindo a Israel que os avisassem de qualquer ataque contra o Irã, Barak respondeu: "Não tomamos nenhuma decisão de fazer isso," e completou: "Tudo isto é muito remoto."
Barak também insinuou que Israel estava coordenando com os EUA seus planos para lidar com o projeto nuclear do Irã, o qual país percebe como uma ameaça à sua existência. "Não acredito que nossos laços com os EUA estejam em tal nível que eles não tenham ideia do que estamos falando", afirmou o ministro da Defesa.
Quando pressionado sobre quão "remoto" estaria o ataque, se seriam semanas ou meses, Barak respondeu: "Eu não gostaria de fornecer estimativas. Certamente, não é urgente."
O Irã afirma que seu programa nuclear tem apenas motivos pacíficos. Autoridade máxima do Exército norte-americano, Dempsey viajará a Tel-Aviv esta semana para conversas em que o Irã será certamente um dos principais assuntos.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
SOB UMA FALSA BANDEIRA.
Por Justin Raimondo - 16.01.12.
Israel terá sucesso em nos arrastar para uma guerra com o Irã?
Se não tiver, não terá sido por falta de esforço. Seu influente "lobby" nos EUA tem agitado por um ataque americano desde o último ano da presidência Bush, quando quase tiveram sucesso em empurrá-lo: felizmente para nós, Bush hesitou, talvez porque não quisesse deixar como legado duas guerras desastrosas e impossíveis de serem vencidas ao invés de uma.
Israel deveria ser a ponta-de-lança, com os EUA fornecendo apoio e reserva, como o Guardian relatou na época:
Impedido de disparar os primeiros tiros da Terceira Guerra Mundial, os israelenses não desistiram. Ao invés, eles voltaram-se para outros meios menos diretos para obter seus objetivos. Como Mark Perry relata em foreignpolicy.com:
Você pode apostar que estes memorandos estão profundamente sepultados - ou então os americanos descobririam que seus leais "aliados" estão tentando implicá-los em crimes de guerra.
O Jundallah é uma organização terrorista, de orientação sunita e vinculado à al-Qaeda, que tem assassinado civis iranianos em ataques à bomba e outros dentro do Irã: seu objetivo ostensivo é "libertar" o Baluquistão iraniano (e paquistanês). De acordo com os memorandos, os israelenses recrutaram estes terroristas, escancaradamente em Londres, onde os operativos do Mossad - posando como oficiais da CIA - encontraram autoridades do Jundallah. "É impressionante que os israelenses tenham pensado que pudessem ir em frente com isso," Perry cita um oficial de inteligência dizendo. "Eles, aparentemente, não estavam nem aí para o que nós achávamos."
Mas é claro que não - e por quê deveriam? Afinal de contas, nós fornecemos passe-livre para eles o tempo todo: quando Jonathan Pollard roubou o que autoridades americanas descrevem como "jóias da coroa" e as repassou para os russos; quando eles roubaram nossos segredos comerciais e militares e os repassaram para a China; quando eles estavam rastreando os conspiradores do 11 de Setembro e não nos contaram que Mohammed Ata e sua turma estavam se preparando. Eles pegam nossa "ajuda externa" com uma das mãos e nos esfaqueiam pelas costas com a outra.
O que fizemos a este respeito, e quais foram as conseqüências para os israelenses?
A resposta é: nada e nenhuma. Nem a história mudou muito desde então. Perry relata:
Oh, bem, eu suponho que você pode chamar o cancelamento destes planejados exercícios militares conjuntos EUA-Israel, mais do que "nada". Embora Washington esteja afirmando que o cancelamento se deve ao desejo de abaixar as tensões na região, isto não os deteve de mandar seus navios para o Golfo Pérsico. Em qualquer caso, o cancelamento da Operação AUSTERE CHALLENGE 12 dificilmente deterá os israelenses de perseguirem seu plano de provocar os iranianos a atacarem instalações e/ou pessoal americano na região. Afinal de contas, já que nunca há quaisquer conseqüências significativas recaindo sobre seu mau-comportamento, o que eles teriam a perder?
Os americanos não ousam vir à público e censurar severamente Tel Aviv: o poderoso "lobby" de Israel arrancaria o escalpo do presidente e o Congresso - acertadamente caracterizado como "território sob ocupação israelense" pelo politicamente incorreto Pat Buchanan - provavelmente aprovaria uma resolução condenando seu próprio presidente se Obama ousasse pisar fora da linha. E então há todo este dinheiro de campanha que os democratas esperam arrecadar nesta preocupante temporada eleitoral: botar os israelenses para fora do ônibus enfureceria os grandes sacos de dinheiro que fazem do apoio incondicional para Israel, o preço de seu apoio.
Por quê deveriam os israelenses preocuparem-se que suas ações colocam militares dos Estados Unidos em risco, provocando ataques de represália de Teerã? Ataques iranianos contra elementos militares americanos estacionados no Iraque poderiam facilmente infligir milhares de baixas e isto é, especialmente, verdadeiro agora que capacidade americana está consideravelmente reduzida - mas isto seria problema dos americanos. Os israelenses, por sua parte, tinham a perfeita operação "bandeira falsa" em movimento: nem os iranianos nem a cúpula do Jundallah sabiam de onde o apoio estava vindo.
O líder do Jundallah, Abdolmalek Rigi, foi capturado pelos iranianos e executado no verão de 2010: antes que fosse liquidado, entretanto, ele deu uma entrevista para a mídia iraniana no curso da qual relembrou um encontro em 2007 no Marrocos com um grupo de indivíduos, supostamente "autoridades da OTAN". "Quando pensamos nisso," disse Rigi, "chegamos à conclusão de que eles ou eram americanos agindo sob cobertura da OTAN ou israelenses."
Rigi era apenas outro peão no jogo tanto quanto diz respeito aos israelenses: eles não escolhem muito os tipos de aliados que recrutam. Rigi, pessoalmente, assassinou seu cunhado por desobedecer ordens, cortando fora sua cabeça, enquanto as câmeras de Dan Rather filmavam. Seqüestros são uma predileção do Jundallah, juntamente com decapitações filmadas. Os israelenses tem toda uma coleção de tipos charmosos: eles estão armando e treinando os separatistas do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), que conduzem ataques terroristas contra alvos civis na Turquia, e estão fazendo o mesmo com o Mujahedin-e-Khalq (MEK), um esquisito culto marxista antigamente escorado por Saddam Hussein, que tem levado à cabo ataques terroristas no Irã.
Estes são os aliados e procuradores da "única democracia no Oriente Médio"!
O objetivo tático por trás do apoio israelense para o Jundalllah é simples: aumentar as tensões entre os EUA e o Irã, levando-nos mais longe na estrada para a guerra. Quando Rigi foi capturado e "confessou" na televisão iraniana, ele afirmou ser um instrumento da CIA e declarou ter estado recentemente numa base militar americana no Afeganistão: sem dúvida os israelenses ficaram bem contentes com seu "aluno". Ele aprendeu bem suas lições.
O patrocínio israelense do Jundallah, do PKK e do MEK, aponta totalmente para a perspectiva estratégica de Tel Aviv, e esta é uma política de semear o caos onde e sempre que possível. Se a idéia é atomizar os vizinhos de Israel e reduzi-los a condição de caos interno, então certamente este é o meio mais garantido de conseguir isto: patrocinando toda seita separatista e violentamente louca que aceite seu dinheiro.
"Carregados com dólares americanos e exibindo passaportes dos EUA," como Perry colocou, os israelenses chegaram em Londres em busca de recrutas. Nós sabemos de onde vieram estes dólares americanos - direto dos bolsos dos contribuintes americanos, que são forçados a entregarem mais de três bilhões de dólares todo ano, em "ajuda externa" para Israel. Mas e quanto a estes passaportes americanos? Talvez tenham saído do mesmo lugar de onde saem passaportes roubados na Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Irlanda, França e alhures, embora nenhuma menção seja jamais feita sobre quaisquer passportes "clonados" americanos - mas isto não significa que isto não aconteça.
Os israelenses não podem pegar o Irã por sua própria conta: eles precisam que os EUA desfechem o golpe fatal e executem um programa de "mudança de regime" no terreno. Então, e apenas então, seu objetivo de hegemonia regional será realizado. É por isto que eles mobilizaram todos os seus recurtos, incluindo seus numerosos e ruidosos aliados políticos nos Estados Unidos, para empurrar de lado todos os obstáculos e provocar uma troca de tiros entre os EUA e o Irã. Que um tal evento leve à um colapso econômico que tornará o atual parecer uma relativa prosperidade, é irrelevante, da perspectiva estreita de um nacionalista hidrófobo israelense. E este são, precisamente, aqueles que estão fazendo política em Israel nos dias de hoje: o mais extremista governo ultranacionalista de direita desde a fundação do estado judaico.
Para estes extremistas, os americanos são um obstáculo antes do que um valioso aliado. E eles tem um poder crescente em Israel, no governo e na sociedade mais ampla. Fundamentalistas estão pressionando pela separação de sexos, e os poderosos partidos religiosos estão em campanha para a expansão dos "assentamentos", isto é, mais provocações visando o desenraízamento dos palestinos.
Não seria a hora para dar uma segunda olhada em nosso "relacionamento especial" com Israel? Enquanto agentes israelenses clandestinamente buscam incitar os povos do Oriente Médio - incluindo os iranianos - contra nós, alguém poderia se admirar, como estes analistas de inteligência citados acima: mas de que lado estes caras estão, afinal?
A resposta é: do próprio lado deles. A questão que a garimpagem de Perry busca levantar na mente de cada americano é: quando vamos começar a ficar do nosso próprio lado?
Por Justin Raimondo - 16.01.12.
Israel terá sucesso em nos arrastar para uma guerra com o Irã?
Se não tiver, não terá sido por falta de esforço. Seu influente "lobby" nos EUA tem agitado por um ataque americano desde o último ano da presidência Bush, quando quase tiveram sucesso em empurrá-lo: felizmente para nós, Bush hesitou, talvez porque não quisesse deixar como legado duas guerras desastrosas e impossíveis de serem vencidas ao invés de uma.
Israel deveria ser a ponta-de-lança, com os EUA fornecendo apoio e reserva, como o Guardian relatou na época:
"Israel pensou seriamente nesta primavera em desfechar um ataque militar sobre as instalações nucleares do Irã, mas foi informado pelo presidente George W. Bush que ele não daria apoio e não esperava rever esta posição pelo resto de sua presidência, fontes diplomáticas superiores contaram ao Guardian."
Impedido de disparar os primeiros tiros da Terceira Guerra Mundial, os israelenses não desistiram. Ao invés, eles voltaram-se para outros meios menos diretos para obter seus objetivos. Como Mark Perry relata em foreignpolicy.com:
"Enterrados fundo nos arquivos dos serviços de inteligência estão uma série de memorandos, escritos durante os últimos anos da administração do presidente George W. Bush, que descrevem como os oficiais do Mossad israelense recrutaram operativos pertencentes ao grupo terrorista Jundallah, passando-se por agentes americanos. De acordo com duas autoridades da inteligência americana, os israelenses, carregados de dólares americanos e exibindo passaportes dos EUA, posavam como oficiais da CIA ao recrutar operativos do Jundallah - o que é comumente chamado de operação 'bandeira falsa' ".
Você pode apostar que estes memorandos estão profundamente sepultados - ou então os americanos descobririam que seus leais "aliados" estão tentando implicá-los em crimes de guerra.
O Jundallah é uma organização terrorista, de orientação sunita e vinculado à al-Qaeda, que tem assassinado civis iranianos em ataques à bomba e outros dentro do Irã: seu objetivo ostensivo é "libertar" o Baluquistão iraniano (e paquistanês). De acordo com os memorandos, os israelenses recrutaram estes terroristas, escancaradamente em Londres, onde os operativos do Mossad - posando como oficiais da CIA - encontraram autoridades do Jundallah. "É impressionante que os israelenses tenham pensado que pudessem ir em frente com isso," Perry cita um oficial de inteligência dizendo. "Eles, aparentemente, não estavam nem aí para o que nós achávamos."
Mas é claro que não - e por quê deveriam? Afinal de contas, nós fornecemos passe-livre para eles o tempo todo: quando Jonathan Pollard roubou o que autoridades americanas descrevem como "jóias da coroa" e as repassou para os russos; quando eles roubaram nossos segredos comerciais e militares e os repassaram para a China; quando eles estavam rastreando os conspiradores do 11 de Setembro e não nos contaram que Mohammed Ata e sua turma estavam se preparando. Eles pegam nossa "ajuda externa" com uma das mãos e nos esfaqueiam pelas costas com a outra.
O que fizemos a este respeito, e quais foram as conseqüências para os israelenses?
A resposta é: nada e nenhuma. Nem a história mudou muito desde então. Perry relata:
"Uma autoridade de alto nível da administração prometeu 'tirar as luvas' com Israel... mas os Estados Unidos não fizeram nada - um resultado que a autoridade atribuiu à 'inércia política e burocrática' ".
No fim, a autoridade observou, 'simplesmente era mais fácil nada fazer do que, sabe, balançar o barco'. Mesmo assim, pelo menos à curto prazo, esta mesma autoridade observou, a operação do Mossad detonou um debate divisivo entre a equipe de segurança nacional de Bush, colocando estes que se admiram 'mas de qual lado estes caras [em Israel] estão' contra estes que argumentam que 'o inimigo do meu inimigo é meu amigo' ".
Oh, bem, eu suponho que você pode chamar o cancelamento destes planejados exercícios militares conjuntos EUA-Israel, mais do que "nada". Embora Washington esteja afirmando que o cancelamento se deve ao desejo de abaixar as tensões na região, isto não os deteve de mandar seus navios para o Golfo Pérsico. Em qualquer caso, o cancelamento da Operação AUSTERE CHALLENGE 12 dificilmente deterá os israelenses de perseguirem seu plano de provocar os iranianos a atacarem instalações e/ou pessoal americano na região. Afinal de contas, já que nunca há quaisquer conseqüências significativas recaindo sobre seu mau-comportamento, o que eles teriam a perder?
Os americanos não ousam vir à público e censurar severamente Tel Aviv: o poderoso "lobby" de Israel arrancaria o escalpo do presidente e o Congresso - acertadamente caracterizado como "território sob ocupação israelense" pelo politicamente incorreto Pat Buchanan - provavelmente aprovaria uma resolução condenando seu próprio presidente se Obama ousasse pisar fora da linha. E então há todo este dinheiro de campanha que os democratas esperam arrecadar nesta preocupante temporada eleitoral: botar os israelenses para fora do ônibus enfureceria os grandes sacos de dinheiro que fazem do apoio incondicional para Israel, o preço de seu apoio.
Por quê deveriam os israelenses preocuparem-se que suas ações colocam militares dos Estados Unidos em risco, provocando ataques de represália de Teerã? Ataques iranianos contra elementos militares americanos estacionados no Iraque poderiam facilmente infligir milhares de baixas e isto é, especialmente, verdadeiro agora que capacidade americana está consideravelmente reduzida - mas isto seria problema dos americanos. Os israelenses, por sua parte, tinham a perfeita operação "bandeira falsa" em movimento: nem os iranianos nem a cúpula do Jundallah sabiam de onde o apoio estava vindo.
O líder do Jundallah, Abdolmalek Rigi, foi capturado pelos iranianos e executado no verão de 2010: antes que fosse liquidado, entretanto, ele deu uma entrevista para a mídia iraniana no curso da qual relembrou um encontro em 2007 no Marrocos com um grupo de indivíduos, supostamente "autoridades da OTAN". "Quando pensamos nisso," disse Rigi, "chegamos à conclusão de que eles ou eram americanos agindo sob cobertura da OTAN ou israelenses."
Rigi era apenas outro peão no jogo tanto quanto diz respeito aos israelenses: eles não escolhem muito os tipos de aliados que recrutam. Rigi, pessoalmente, assassinou seu cunhado por desobedecer ordens, cortando fora sua cabeça, enquanto as câmeras de Dan Rather filmavam. Seqüestros são uma predileção do Jundallah, juntamente com decapitações filmadas. Os israelenses tem toda uma coleção de tipos charmosos: eles estão armando e treinando os separatistas do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), que conduzem ataques terroristas contra alvos civis na Turquia, e estão fazendo o mesmo com o Mujahedin-e-Khalq (MEK), um esquisito culto marxista antigamente escorado por Saddam Hussein, que tem levado à cabo ataques terroristas no Irã.
Estes são os aliados e procuradores da "única democracia no Oriente Médio"!
O objetivo tático por trás do apoio israelense para o Jundalllah é simples: aumentar as tensões entre os EUA e o Irã, levando-nos mais longe na estrada para a guerra. Quando Rigi foi capturado e "confessou" na televisão iraniana, ele afirmou ser um instrumento da CIA e declarou ter estado recentemente numa base militar americana no Afeganistão: sem dúvida os israelenses ficaram bem contentes com seu "aluno". Ele aprendeu bem suas lições.
O patrocínio israelense do Jundallah, do PKK e do MEK, aponta totalmente para a perspectiva estratégica de Tel Aviv, e esta é uma política de semear o caos onde e sempre que possível. Se a idéia é atomizar os vizinhos de Israel e reduzi-los a condição de caos interno, então certamente este é o meio mais garantido de conseguir isto: patrocinando toda seita separatista e violentamente louca que aceite seu dinheiro.
"Carregados com dólares americanos e exibindo passaportes dos EUA," como Perry colocou, os israelenses chegaram em Londres em busca de recrutas. Nós sabemos de onde vieram estes dólares americanos - direto dos bolsos dos contribuintes americanos, que são forçados a entregarem mais de três bilhões de dólares todo ano, em "ajuda externa" para Israel. Mas e quanto a estes passaportes americanos? Talvez tenham saído do mesmo lugar de onde saem passaportes roubados na Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Irlanda, França e alhures, embora nenhuma menção seja jamais feita sobre quaisquer passportes "clonados" americanos - mas isto não significa que isto não aconteça.
Os israelenses não podem pegar o Irã por sua própria conta: eles precisam que os EUA desfechem o golpe fatal e executem um programa de "mudança de regime" no terreno. Então, e apenas então, seu objetivo de hegemonia regional será realizado. É por isto que eles mobilizaram todos os seus recurtos, incluindo seus numerosos e ruidosos aliados políticos nos Estados Unidos, para empurrar de lado todos os obstáculos e provocar uma troca de tiros entre os EUA e o Irã. Que um tal evento leve à um colapso econômico que tornará o atual parecer uma relativa prosperidade, é irrelevante, da perspectiva estreita de um nacionalista hidrófobo israelense. E este são, precisamente, aqueles que estão fazendo política em Israel nos dias de hoje: o mais extremista governo ultranacionalista de direita desde a fundação do estado judaico.
Para estes extremistas, os americanos são um obstáculo antes do que um valioso aliado. E eles tem um poder crescente em Israel, no governo e na sociedade mais ampla. Fundamentalistas estão pressionando pela separação de sexos, e os poderosos partidos religiosos estão em campanha para a expansão dos "assentamentos", isto é, mais provocações visando o desenraízamento dos palestinos.
Não seria a hora para dar uma segunda olhada em nosso "relacionamento especial" com Israel? Enquanto agentes israelenses clandestinamente buscam incitar os povos do Oriente Médio - incluindo os iranianos - contra nós, alguém poderia se admirar, como estes analistas de inteligência citados acima: mas de que lado estes caras estão, afinal?
A resposta é: do próprio lado deles. A questão que a garimpagem de Perry busca levantar na mente de cada americano é: quando vamos começar a ficar do nosso próprio lado?