Interessante analogia.Bender escreveu:As FAs chilenas não dependem de políticos nem de governo,por isso esta questão não pode ser comparada e tratada como entre: governo responsável do chile vs governo irresponsável do Brasil,eles tem uma garantia constitucional de recursos estabelecida pela ditadura Pinochet,cag@m para os políticos.Penguin escreveu:
Eu colocaria a situação da seguinte forma:
- Para um país sulamericano, com uma população de 17 milhões e um PIB de USD 260bi, as forças armadas chilenas estão muito bem equipadas. As FA são encaradas com seriedade pelos políticos de todas as matizes.
- Para um país sulamericano, com uma população de 190 milhões e um PIB de USD 2.450bi, as forças armadas brasileiras estão sub-equipadas. Há conversa de mais e ação de menos por parte dos políticos. O setor militar é sempre alvo de contingenciamentos e descontinuidades de recursos.
Por esse raciocínio a India que tem 1.210.193.422 habitantes,efetivo de cerca de 1 milhão e 300 mil homens e tem um orçamento de defesa de 34,8 U$bilhões e o Paquistão do lado gasta pouco? ou o Brasil com 190 milhões de habitantes e orçamento em 2010 de 28 U$bilhões gasta muito?
Porque a India além de bomba atômica é muito mais bem equipada que nós,onde a conta não fecha para nós?
SDS.
Em relação a Índia (gastos militares USD35-40bi) o Paquistão (USD 5bi) gasta pouco.
Em relação ao Brasil (USD28bi) o Chile (USD6bi) gasta pouco.
Se não fosse a ajuda dos EUA e agora às armas nucleares, o Paquistão não teria chances militarmente contra a Índia.
O Paquistão (190mi hab., PIB de USD175bi) possui um PIB nominal menor do que o Chile (17bi hab., PIB de USD260bi) e 10 vezes ou mais menor do que o da Índia. No passado a ajuda externa equilibrou as coisas. Hoje apenas as armas nucleares equilibram as coisas entre os dois vizinhos.
Os gastos militares anuais do Paquistão (USD 5bi) são menores do que os chilenos (USD6bi).
Como um país muito pobre em termos per capita, os salários são extremamente mais baixos e não há nada parecido ao sistema de aposentadorias que disfrutam os militares chilenos (assim como o povo chileno).
Além disso, o Paquistão recebeu mais de USD 15bi em ajuda militar dos EUA (fundo perdido), apenas nos últimos 10 anos. Tirando os F-16, só havia velharia no inventario da PAF. Agora estão recebendo subsídios chineses, por motivos óbvios (o inimigo no meu inimigo é meu amigo).
Como o Chile comparado ao Paquistão, o Brasil possui salários muito superiores aos indianos, e um sistema de aposentadoria não existente na Índia. Adicionalmente, a India destina quase 3% do seu PIB à defesa. O Brasil destina quase a metade. Se destinássemos 0,5% a mais (chegando a 2% do PIB), apenas para novos investimentos, teríamos disponíveis anualmente USS12bi extra! Em 10 anos os planos de reequipamentos das FA poderiam ser realizados integralmente, sobrando com folga recursos para P&D nacional e custeio desses novos equipamentos.
Ficam duas questões:
1) Como convencer "os homens que controlam o cofre" a aumentar os gastos militares em 0,5% do PIB? Como há deficit nas contas públicas (incluindo o pagamento de juros) e os gastos públicos aumentam sempre, de que pasta se retiraria esse 0,5% extra? Acho que uma redução no número de ministérios e uma diminuição no número de cargos de confiança dariam com sobras e o país ainda agradeceria.
2) Como garantir que esse valor extra se destine apenas a novos investimentos e seu correspondente custeio e não a salários?
Equivoca-se com relação a Lei do Cobre. A «Ley reservada del cobre», entrou em vigor em 1 de janeiro de 1958. Muito antes do Golpe e de Pinochet (1973). O que motivou a criação da «Ley reservada del cobre» foi o incidente "del islote Snipe" (no Canal de Beagle):
http://es.wikipedia.org/wiki/Incidente_del_islote_SnipePara compensar la disparidad numérica entre ambas flotas, el gobierno de Carlos Ibáñez del Campo promulgó la Ley Reservada del Cobre (Ley N° 13196) que destinó una parte de las ganancias provenientes de la explotación del cobre en Chile al presupuesto de defensa; por este hecho, se conoció también a esta norma como «Ley de las Fragatas».
Nem mesmo incidentes traumáticos podem mudar a forma como os políticos encaram a defesa. No Chile funcionou. Na Argentina não (Malvinas). A 2GM e o incidente das lagostas parece que em nada sensibilizou os políticos daqui.
[]s