Sucateamento das Forças Armadas
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Amigos
Achei interessante o comentário postado pelo Marino sobre o rancho.
Confirmo o que o Marino descreveu, o que é servido para os marujos é rigorosamente igual para os oficiais e comandantes. No 1ºDistrito Naval, a unica diferença é que existe um salão reservado ao almirantado, com pratos e talheres diferenciados e com toalha de mesa e serviço de taifeiros paramentados como garçons.
Gosto do tema, pois na minha área profissional de hotelaria, lidei muitas vezes com alimentos e Bebidas. Nas muitas vezes que visitei OM das 3 armas, não raro fui convidado para compartilhar a mesa com os militares.
O que notei é que o "chefe da cozinha" da OM é o comandante da unidade, isto é, dependendo da importancia que o comandante dá na alimentação de seus comandados, o rancho pode ser maravilhoso ou mesmo uma catastrofe. Embora concorde que a verba para comprar alimentos é responsavel em boa parte da qualidade da alimentação servida, em alguns casos há uma dedicação maior, apesar de servir a mesma carne vermelha(acem) ou carne branca (frango) , a forma de preparo, seu tempero faz com que uma refeição básica se transforme num manjar.
Me lembro na minha adolescencia, como reporter mirim de um jornal da minha escola, pude dar um passeio a bordo do Submarino Bahia. Foi um passeio na Bahia da Guanabara, navegando na superficie. No interior deste sub da classe Balao da II Guerra, quase 100 homens compartilhavam o seu interior composto de apenas um corredor e 2 latrinas. Eu estava no seu interior, num calor abafante, quando o cozinheiro começou a fritar batatas no minusculo galley. O cheiro da fritura impregnou todo o submarino, apesar das escotilhas abertas.
Ainda jovem, eu pensei : como se permite fazer frituras num local tão insalubre?
Não sei se hoje a alimentação a bordo dos submarinos mudou, mas acho que a função nutricionista não figura nas FA do Brasil.
Tive experiencia também em visitas de OM no exterior, uma delas na Base Aeronaval de Oceana na costa leste dos EUA, aonde me servi num rancho composto de um farto e exagerado buffet de saladas, pratos quentes e sobremesas, refrigerantes e sucos.Nada como ser um pais rico,que mesmo decadente ainda dá valor nos militares.
Abraços
Hélio
Achei interessante o comentário postado pelo Marino sobre o rancho.
Confirmo o que o Marino descreveu, o que é servido para os marujos é rigorosamente igual para os oficiais e comandantes. No 1ºDistrito Naval, a unica diferença é que existe um salão reservado ao almirantado, com pratos e talheres diferenciados e com toalha de mesa e serviço de taifeiros paramentados como garçons.
Gosto do tema, pois na minha área profissional de hotelaria, lidei muitas vezes com alimentos e Bebidas. Nas muitas vezes que visitei OM das 3 armas, não raro fui convidado para compartilhar a mesa com os militares.
O que notei é que o "chefe da cozinha" da OM é o comandante da unidade, isto é, dependendo da importancia que o comandante dá na alimentação de seus comandados, o rancho pode ser maravilhoso ou mesmo uma catastrofe. Embora concorde que a verba para comprar alimentos é responsavel em boa parte da qualidade da alimentação servida, em alguns casos há uma dedicação maior, apesar de servir a mesma carne vermelha(acem) ou carne branca (frango) , a forma de preparo, seu tempero faz com que uma refeição básica se transforme num manjar.
Me lembro na minha adolescencia, como reporter mirim de um jornal da minha escola, pude dar um passeio a bordo do Submarino Bahia. Foi um passeio na Bahia da Guanabara, navegando na superficie. No interior deste sub da classe Balao da II Guerra, quase 100 homens compartilhavam o seu interior composto de apenas um corredor e 2 latrinas. Eu estava no seu interior, num calor abafante, quando o cozinheiro começou a fritar batatas no minusculo galley. O cheiro da fritura impregnou todo o submarino, apesar das escotilhas abertas.
Ainda jovem, eu pensei : como se permite fazer frituras num local tão insalubre?
Não sei se hoje a alimentação a bordo dos submarinos mudou, mas acho que a função nutricionista não figura nas FA do Brasil.
Tive experiencia também em visitas de OM no exterior, uma delas na Base Aeronaval de Oceana na costa leste dos EUA, aonde me servi num rancho composto de um farto e exagerado buffet de saladas, pratos quentes e sobremesas, refrigerantes e sucos.Nada como ser um pais rico,que mesmo decadente ainda dá valor nos militares.
Abraços
Hélio
- guilhermecn
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Reportagem sobre a questão das ONGs na Amazônia:
General Lessa denuncia que a Amazônia já tem mais de 100 mil ONGs, que exercem um poder paralelo na região.
Faz sucesso na internet uma entrevista do general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, ex-chefe do Comando Militar da Amazônia, concedida há três anos à repórter Márcia Brasil, do jornal carioca O Dia, mas que continua cada vez mais atual, porque o governo não tomou a menor providência..
O militar denuncia a existência de um ‘Estado paralelo’ na Região Norte do País, dominado informalmente por Organizações Não-Governamentais (ONGs), que controlam a entrada e a saída de pessoas na Amazônia, sem a chancela do governo brasileiro.
Segundo o general Lessa, só na região da Amazônia, já existiem mais de 100 mil ONGs. A maioria não é fiscalizada e atua livremente na região. Especialista em assuntos da Amazônia desde que entrou para a reserva, em 2001, o general Lessa já esteve à frente do Comando Militar da Amazônia, do Comando Militar do Leste e foi presidente do Clube Militar.
Qual o principal problema da Amazônia hoje?
É o vazio de poder motivado pela ausência do Estado. O Estado brasileiro não se faz presente na Amazônia. Naquela área enorme, as fronteiras são muito permeáveis, e o dispositivo militar que existe nas fronteiras é fraco — de vigilância, apenas. A Polícia Federal na área é muito fraca, e o Estado não se faz presente na suas funções básicas, como promover educação, saúde, e políticas de desenvolvimento sustentável. Como o Estado está ausente, outros querem tomar o poder do Estado. E quem quer tomar esse poder? As ONGs. E querem já há muito tempo.
Quantas ONGs existem na Amazônia hoje?
Estima-se que o Brasil tenha 276 mil ONGs. Na Amazônia, são mais de cem mil. Mas essas cem mil ONGs atuam sozinhas. Elas atuam livremente, sem fiscalização. O governo não sabe quem as apóia nem como elas são orçamentadas. Elas não prestam contas para ninguém. E dominam territórios fisicamente.
Como assim?
É outro Estado paralelo. É o Estado paralelo da Região Norte. Tem parte da Amazônia que você só entra se a ONG deixar. Eu só entrei em algumas áreas controladas por ONGs fardado. Parte dessas terras elas compraram, parte elas controlam a população, particularmente os índios. E controlam até o fluxo nos rios. O Rio Negro é um exemplo. Nem como turista você entra nessas áreas. Não entra!
O senhor poderia explicar melhor esse controle?
Você pode chegar como cidadã brasileira e navegar para alcançar o alto do Rio Negro. Chegando lá, em determinado ponto tem um tipo de posto de controle dessa ONG. Ela pergunta onde a senhora vai. Então você responde: vou subir um pouco mais o rio. Eles insistem e perguntam: quer falar com quem? Eles respondem: não, a senhora não pode passar daqui não. E não vão lhe deixar entrar.
O senhor quer dizer que existem áreas na Amazônia que não são reservas indígenas, bases militares, nem grandes propriedades privadas, mas que são restritas ao cidadão comum?
Sim. São restritas. Mamirauá (reserva florestal entre os rios Solimões e Japurá, no Amazonas), região que é muito apreciada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo seu sucessor Lula, é uma delas, só para dar um exemplo. O dois ex-chefes da República estiveram lá em navios da Marinha. Ali você não entra. A região é cheia de estrangeiros lá dentro, a título de pesquisadores. E quem não é da área não entra. Mas muitas outras áreas da Amazônia também são restritas. E eu estou falando em áreas de reservas florestal. Quando você fala em reservas indígenas, a restrição é pior. Porque, pelas regras da Funai, o não-índio não pode entrar em terras indígenas.
Então isso pode indicar que quem atua no tráfico de armas, de munição e de drogas pode se aproveitar dessa situação?
A Amazônia é uma área ainda hoje praticamente fora de controle. Pode entrar de tudo nessas áreas. Com a chegada do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), houve uma redução expressiva do tráfico de entorpecentes pelo ar. Porque há o receio da Lei do Abate. Mas aumentou muito o tráfico de drogas terrestre e fluvial, pelos rios. Junto com isso, vão as armas. Porque se você leva tóxico, você pode levar armas e munição. E também não podemos esquecer a proximidade dos acampamentos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Qual a influência da guerrilha colombiana na Amazônia brasileira hoje?
Ainda que as Farc estejam enfrentando um problema bastante difícil agora, o que mantém a sua sustentação basicamente é o narcotráfico. Eles estão assaltando pouco, sequestrando pouco. Essas são as grandes fontes de renda das Farc, junto com o narcotráfico. Como esses crimes estão sendo pouco praticados em razão da pressão das Forças Armadas colombianas, o narcotráfico é o que garante o sustento dos guerrilheiros. A proximidade com as nossas fronteiras facilita a entrada da cocaína que eles produzem. No retorno, eles levam suprimentos em geral, como alimentos e remédios, produtos para misturar com a cocaína e, muitas vezes, munição brasileira. Agora, indício de movimentação de guerrilheiros colombianos em solo brasileiro só existe em dois locais: São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas.
Qual a situação dessas 276 mil ONGs que existem em território brasileiro?
Desse total, 29 mil recebem recursos federais. Das 100 mil localizadas na Amazônia, apenas 320 estão cadastradas pelo governo federal. É um quadro de total descontrole. Vale destacar também que, em 2002, o número dessas organizações no País era de 22 mil. Já em 2006, pulou para 260 mil. Um aumento de 1.181% em apenas dois anos. E todos esses dados são públicos. Estão no site do Siaf (Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro).
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=28025
General Lessa denuncia que a Amazônia já tem mais de 100 mil ONGs, que exercem um poder paralelo na região.
Faz sucesso na internet uma entrevista do general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, ex-chefe do Comando Militar da Amazônia, concedida há três anos à repórter Márcia Brasil, do jornal carioca O Dia, mas que continua cada vez mais atual, porque o governo não tomou a menor providência..
O militar denuncia a existência de um ‘Estado paralelo’ na Região Norte do País, dominado informalmente por Organizações Não-Governamentais (ONGs), que controlam a entrada e a saída de pessoas na Amazônia, sem a chancela do governo brasileiro.
Segundo o general Lessa, só na região da Amazônia, já existiem mais de 100 mil ONGs. A maioria não é fiscalizada e atua livremente na região. Especialista em assuntos da Amazônia desde que entrou para a reserva, em 2001, o general Lessa já esteve à frente do Comando Militar da Amazônia, do Comando Militar do Leste e foi presidente do Clube Militar.
Qual o principal problema da Amazônia hoje?
É o vazio de poder motivado pela ausência do Estado. O Estado brasileiro não se faz presente na Amazônia. Naquela área enorme, as fronteiras são muito permeáveis, e o dispositivo militar que existe nas fronteiras é fraco — de vigilância, apenas. A Polícia Federal na área é muito fraca, e o Estado não se faz presente na suas funções básicas, como promover educação, saúde, e políticas de desenvolvimento sustentável. Como o Estado está ausente, outros querem tomar o poder do Estado. E quem quer tomar esse poder? As ONGs. E querem já há muito tempo.
Quantas ONGs existem na Amazônia hoje?
Estima-se que o Brasil tenha 276 mil ONGs. Na Amazônia, são mais de cem mil. Mas essas cem mil ONGs atuam sozinhas. Elas atuam livremente, sem fiscalização. O governo não sabe quem as apóia nem como elas são orçamentadas. Elas não prestam contas para ninguém. E dominam territórios fisicamente.
Como assim?
É outro Estado paralelo. É o Estado paralelo da Região Norte. Tem parte da Amazônia que você só entra se a ONG deixar. Eu só entrei em algumas áreas controladas por ONGs fardado. Parte dessas terras elas compraram, parte elas controlam a população, particularmente os índios. E controlam até o fluxo nos rios. O Rio Negro é um exemplo. Nem como turista você entra nessas áreas. Não entra!
O senhor poderia explicar melhor esse controle?
Você pode chegar como cidadã brasileira e navegar para alcançar o alto do Rio Negro. Chegando lá, em determinado ponto tem um tipo de posto de controle dessa ONG. Ela pergunta onde a senhora vai. Então você responde: vou subir um pouco mais o rio. Eles insistem e perguntam: quer falar com quem? Eles respondem: não, a senhora não pode passar daqui não. E não vão lhe deixar entrar.
O senhor quer dizer que existem áreas na Amazônia que não são reservas indígenas, bases militares, nem grandes propriedades privadas, mas que são restritas ao cidadão comum?
Sim. São restritas. Mamirauá (reserva florestal entre os rios Solimões e Japurá, no Amazonas), região que é muito apreciada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo seu sucessor Lula, é uma delas, só para dar um exemplo. O dois ex-chefes da República estiveram lá em navios da Marinha. Ali você não entra. A região é cheia de estrangeiros lá dentro, a título de pesquisadores. E quem não é da área não entra. Mas muitas outras áreas da Amazônia também são restritas. E eu estou falando em áreas de reservas florestal. Quando você fala em reservas indígenas, a restrição é pior. Porque, pelas regras da Funai, o não-índio não pode entrar em terras indígenas.
Então isso pode indicar que quem atua no tráfico de armas, de munição e de drogas pode se aproveitar dessa situação?
A Amazônia é uma área ainda hoje praticamente fora de controle. Pode entrar de tudo nessas áreas. Com a chegada do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), houve uma redução expressiva do tráfico de entorpecentes pelo ar. Porque há o receio da Lei do Abate. Mas aumentou muito o tráfico de drogas terrestre e fluvial, pelos rios. Junto com isso, vão as armas. Porque se você leva tóxico, você pode levar armas e munição. E também não podemos esquecer a proximidade dos acampamentos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Qual a influência da guerrilha colombiana na Amazônia brasileira hoje?
Ainda que as Farc estejam enfrentando um problema bastante difícil agora, o que mantém a sua sustentação basicamente é o narcotráfico. Eles estão assaltando pouco, sequestrando pouco. Essas são as grandes fontes de renda das Farc, junto com o narcotráfico. Como esses crimes estão sendo pouco praticados em razão da pressão das Forças Armadas colombianas, o narcotráfico é o que garante o sustento dos guerrilheiros. A proximidade com as nossas fronteiras facilita a entrada da cocaína que eles produzem. No retorno, eles levam suprimentos em geral, como alimentos e remédios, produtos para misturar com a cocaína e, muitas vezes, munição brasileira. Agora, indício de movimentação de guerrilheiros colombianos em solo brasileiro só existe em dois locais: São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas.
Qual a situação dessas 276 mil ONGs que existem em território brasileiro?
Desse total, 29 mil recebem recursos federais. Das 100 mil localizadas na Amazônia, apenas 320 estão cadastradas pelo governo federal. É um quadro de total descontrole. Vale destacar também que, em 2002, o número dessas organizações no País era de 22 mil. Já em 2006, pulou para 260 mil. Um aumento de 1.181% em apenas dois anos. E todos esses dados são públicos. Estão no site do Siaf (Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro).
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=28025
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Estadão, 20/12/2011
Surfando na onda do relatório
Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva
As vulnerabilidades da defesa nacional apontadas em relatório do ministério da defesa, recémdivulgadas pelo Estadão, merecem uma análise, ainda que sucinta, do cenário político-militar mundial e
seus reflexos para o Brasil.
Os conflitos não têm mais limites geográficos, distinguindo-se apenas em amplitude e
intensidade. Do Oriente Médio e da Ásia Central se expandem para o entorno chinês, a África e espaços
oceânicos adjacentes e chegarão à América do Sul. O progresso diminuiu as distâncias e facilitou a
projeção das potências para acessar e manter a presença em regiões de recursos vitais. Para isso
exercem pressões político-econômicas e empregam poder militar de forma indireta (cooperação e
dissuasão) ou direta (dissuasão, coação e ato de força), a fim de se imporem a oponentes mais fracos e
limitarem a influência de potências rivais.
Existe um eixo de poder, que conduz os destinos do mundo, onde estão China, Rússia, EUA,
União Europeia (UE) e Japão. Por estarem em constantes disputas, mantêm poder militar capaz de
apoiar o Estado na satisfação de interesses em âmbito global. A queda da URSS permitiu a expansão
norte-americana e da UE no Leste Europeu e na Ásia Central, e a dos EUA no Oriente Médio. Porém a
ascensão da China, a recuperação da Rússia, decisões estratégicas equivocadas no Oriente Médio e na
Ásia Central e a crise econômica limitaram a liberdade de ação mundial dos EUA e da UE.
A Rússia tenta reverter o processo de encolhimento sofrido na Europa Oriental e na Ásia Central.
Na vazia Sibéria, a ameaça vem de 100 milhões de chineses na fronteira e do expansionismo econômico
amarelo. A aproximação com os EUA e aliados poderá ser necessária para preservar aquela região, cuja
exploração será mais viável e rendosa com o aquecimento global. Trata-se de uma aliança decisiva para
os EUA fecharem o cerco estratégico à China com a presença da aliança ocidental na Ásia Central e a
dos aliados Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Austrália, Filipinas e Índia, no Pacífico e no Índico. daí o
esforço chinês para ampliar e projetar seu poder naval no Oriente Médio e nos Oceanos Índico e
Pacífico, incluindo o Mar da China, rotas vitais para suas riquezas e importações, particularmente do
petróleo da África e do Oriente Médio.
Na Ásia Central a China leva vantagem por afinidades históricas, pela projeção cooperativa, e
não impositiva, como é a dos EUA, e por não estar envolvida em conflito armado. A aliança ocidental
está num atoleiro no Afeganistão e no Paquistão, tendo poucas chances de vitória total. Terá de limitar
seus objetivos, contentando-se em dividir a presença e a influência com potências rivais e apenas reduzir
o poder do Taleban naqueles países.
A Ásia Central e o Oriente Médio são áreas de certa forma interdependentes e onde estão os
conflitos de mais difícil solução. No Oriente Médio os EUA, que chegaram a ter a Arábia Saudita, o
Iraque e o Irã como aliados, estavam reduzidos nos anos 1990 à Arábia Saudita, então ameaçada por
Saddam Hussein e pelo fundamentalismo islâmico. Um sucesso no Iraque em 2003 reverteria a situação,
mas ele não veio como almejado. O novo Iraque não é inimigo, mas a retirada militar dos EUA ensejará a
possibilidade de ascensão do Irã como potência regional dominante, o que contraria um objetivo
fundamental da política externa norte-americana em todos os continentes. Por outro lado, a transferência
do esforço de guerra para o Afeganistão não evoluiu como desejado, pois a vitória parece impossível e já
foi decidida a retirada militar. Embora a maior ameaça aos interesses dos EUA ainda seja o Irã, o futuro
do mundo árabe ficou mais difícil de determinar com os movimentos contra regimes até há pouco tempo
estáveis.
Quais os reflexos político-militares para o Brasil se os EUA e aliados perderem espaços nessas
áreas para seus rivais regionais e globais?
Entre as prioridades de nossa diplomacia e de nossa defesa estão o Atlântico Sul e a África,
onde a influência crescente da China levou os EUA a criarem o Comando da África e a reativarem a 4.ª
Frota. A propósito, um documento oficial dos EUA sobre mobilidade estratégica destaca a importância de
uma base no saliente nordestino brasileiro. Os conflitos chegaram ao nosso entorno. O insucesso ou
êxito limitado dos EUA e aliados em áreas distantes resultarão em pressões para impor condições que
assegurem o acesso privilegiado às riquezas da América do Sul e do Atlântico Sul. A região é a maior
reserva mundial de recursos naturais, tem um mercado promissor, a China investe forte na área e alguns
vizinhos atraem a Rússia, a China e o Irã no campo militar. Os EUA reagirão à penetração de rivais em
sua área de influência e tudo isso afeta a liderança do Brasil no processo de integração regional e na
defesa de seu patrimônio e de sua soberania. A Unasul não garantirá os nossos interesses, portanto,
temos de ser uma potência autônoma.
Não são os vizinhos a razão para reforçar o poder militar do País, e sim sua ascensão como
potência econômica global, a participação destacada no comércio mundial e a cobiça por nossos
recursos e posição geoestratégica. Tudo isso tirou o Brasil da posição periférica e o colocou em rotas de
cooperação e conflito com o eixo do poder em áreas regionais e extrarregionais, na disputa por recursos,
interesses e direitos, pois ao eixo não interessam novos sócios. Como na China, no século 21, em vez de
entrarem em conflitos desgastantes, as potências rivais poderão unir-se para pressionar e ameaçar o
País.
O tempo estratégico não se mede por anos, mas por décadas. Decisões tomadas hoje têm
consequências no futuro e, quando erradas, trazem perdas desastrosas, pois a correção só produz
resultados em médio ou longo prazo. Os governos brasileiros, desde os anos 90, trocaram a opção de
Brasil potência pela de global trader, confundiram nação com mercado, aceitaram limitações ao
desenvolvimento científico-tecnológico militar, negociaram a soberania na Amazônia e tornaram o País
um indigente militar.
Surfando na onda do relatório
Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva
As vulnerabilidades da defesa nacional apontadas em relatório do ministério da defesa, recémdivulgadas pelo Estadão, merecem uma análise, ainda que sucinta, do cenário político-militar mundial e
seus reflexos para o Brasil.
Os conflitos não têm mais limites geográficos, distinguindo-se apenas em amplitude e
intensidade. Do Oriente Médio e da Ásia Central se expandem para o entorno chinês, a África e espaços
oceânicos adjacentes e chegarão à América do Sul. O progresso diminuiu as distâncias e facilitou a
projeção das potências para acessar e manter a presença em regiões de recursos vitais. Para isso
exercem pressões político-econômicas e empregam poder militar de forma indireta (cooperação e
dissuasão) ou direta (dissuasão, coação e ato de força), a fim de se imporem a oponentes mais fracos e
limitarem a influência de potências rivais.
Existe um eixo de poder, que conduz os destinos do mundo, onde estão China, Rússia, EUA,
União Europeia (UE) e Japão. Por estarem em constantes disputas, mantêm poder militar capaz de
apoiar o Estado na satisfação de interesses em âmbito global. A queda da URSS permitiu a expansão
norte-americana e da UE no Leste Europeu e na Ásia Central, e a dos EUA no Oriente Médio. Porém a
ascensão da China, a recuperação da Rússia, decisões estratégicas equivocadas no Oriente Médio e na
Ásia Central e a crise econômica limitaram a liberdade de ação mundial dos EUA e da UE.
A Rússia tenta reverter o processo de encolhimento sofrido na Europa Oriental e na Ásia Central.
Na vazia Sibéria, a ameaça vem de 100 milhões de chineses na fronteira e do expansionismo econômico
amarelo. A aproximação com os EUA e aliados poderá ser necessária para preservar aquela região, cuja
exploração será mais viável e rendosa com o aquecimento global. Trata-se de uma aliança decisiva para
os EUA fecharem o cerco estratégico à China com a presença da aliança ocidental na Ásia Central e a
dos aliados Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Austrália, Filipinas e Índia, no Pacífico e no Índico. daí o
esforço chinês para ampliar e projetar seu poder naval no Oriente Médio e nos Oceanos Índico e
Pacífico, incluindo o Mar da China, rotas vitais para suas riquezas e importações, particularmente do
petróleo da África e do Oriente Médio.
Na Ásia Central a China leva vantagem por afinidades históricas, pela projeção cooperativa, e
não impositiva, como é a dos EUA, e por não estar envolvida em conflito armado. A aliança ocidental
está num atoleiro no Afeganistão e no Paquistão, tendo poucas chances de vitória total. Terá de limitar
seus objetivos, contentando-se em dividir a presença e a influência com potências rivais e apenas reduzir
o poder do Taleban naqueles países.
A Ásia Central e o Oriente Médio são áreas de certa forma interdependentes e onde estão os
conflitos de mais difícil solução. No Oriente Médio os EUA, que chegaram a ter a Arábia Saudita, o
Iraque e o Irã como aliados, estavam reduzidos nos anos 1990 à Arábia Saudita, então ameaçada por
Saddam Hussein e pelo fundamentalismo islâmico. Um sucesso no Iraque em 2003 reverteria a situação,
mas ele não veio como almejado. O novo Iraque não é inimigo, mas a retirada militar dos EUA ensejará a
possibilidade de ascensão do Irã como potência regional dominante, o que contraria um objetivo
fundamental da política externa norte-americana em todos os continentes. Por outro lado, a transferência
do esforço de guerra para o Afeganistão não evoluiu como desejado, pois a vitória parece impossível e já
foi decidida a retirada militar. Embora a maior ameaça aos interesses dos EUA ainda seja o Irã, o futuro
do mundo árabe ficou mais difícil de determinar com os movimentos contra regimes até há pouco tempo
estáveis.
Quais os reflexos político-militares para o Brasil se os EUA e aliados perderem espaços nessas
áreas para seus rivais regionais e globais?
Entre as prioridades de nossa diplomacia e de nossa defesa estão o Atlântico Sul e a África,
onde a influência crescente da China levou os EUA a criarem o Comando da África e a reativarem a 4.ª
Frota. A propósito, um documento oficial dos EUA sobre mobilidade estratégica destaca a importância de
uma base no saliente nordestino brasileiro. Os conflitos chegaram ao nosso entorno. O insucesso ou
êxito limitado dos EUA e aliados em áreas distantes resultarão em pressões para impor condições que
assegurem o acesso privilegiado às riquezas da América do Sul e do Atlântico Sul. A região é a maior
reserva mundial de recursos naturais, tem um mercado promissor, a China investe forte na área e alguns
vizinhos atraem a Rússia, a China e o Irã no campo militar. Os EUA reagirão à penetração de rivais em
sua área de influência e tudo isso afeta a liderança do Brasil no processo de integração regional e na
defesa de seu patrimônio e de sua soberania. A Unasul não garantirá os nossos interesses, portanto,
temos de ser uma potência autônoma.
Não são os vizinhos a razão para reforçar o poder militar do País, e sim sua ascensão como
potência econômica global, a participação destacada no comércio mundial e a cobiça por nossos
recursos e posição geoestratégica. Tudo isso tirou o Brasil da posição periférica e o colocou em rotas de
cooperação e conflito com o eixo do poder em áreas regionais e extrarregionais, na disputa por recursos,
interesses e direitos, pois ao eixo não interessam novos sócios. Como na China, no século 21, em vez de
entrarem em conflitos desgastantes, as potências rivais poderão unir-se para pressionar e ameaçar o
País.
O tempo estratégico não se mede por anos, mas por décadas. Decisões tomadas hoje têm
consequências no futuro e, quando erradas, trazem perdas desastrosas, pois a correção só produz
resultados em médio ou longo prazo. Os governos brasileiros, desde os anos 90, trocaram a opção de
Brasil potência pela de global trader, confundiram nação com mercado, aceitaram limitações ao
desenvolvimento científico-tecnológico militar, negociaram a soberania na Amazônia e tornaram o País
um indigente militar.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Notícia quente:
Governo cria grupo para planejar reforma nas Forças Armadas até 2031
Plano deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio de 2012.
Programa abordará recuperação de equipamentos e novas aquisições.
Do G1, em Brasília
O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para planejar o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras considerando os próximos 20 anos - até 2031. A instituição do grupo foi oficializada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União".
A portaria visa a elaboração do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (Paed), que deverá analisar pesquisa, desenvolvimento, manutenção operativa, recuperação da capacidade operacional, harmonização de projetos, preferência de aquisição de produtos de defesa no Brasil e transferência de tecnologia, quando a aquisição ocorrer no exterior.
Conforme o texto, o Paed deverá observar uma projeção de curto prazo, até 2015, de médio prazo, de 2016 a 2023, e de longo prazo, de 2024 a 2031.
saiba mais
Dilma defende 'aparelhamento' das Forças Armadas
50% temem que Brasil seja atacado por causa da Amazônia, diz Ipea
O grupo que será criado terá 60 dias para apresentar a metodologia do Paed. Devem participar o chefe de Logística das Forças Armadas, a Secretaria de Produtos de Defesa, além de representantes de outras pastas, conforme a portaria.
O texto estipula ainda que o plano seja apresentado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, até 31 de maio de 2012.
Presidente Dilma
Na segunda-feira (19), durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aparelhamento das Forças Armadas.
"Prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis. (...) O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forcas Armadas equipadas e qualificadas para cumprimento de suas funções", afirmou a presidente em discurso para um público formado por militares e seus familiares.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na semana passada mostrou que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Fonte: G1 política
Governo cria grupo para planejar reforma nas Forças Armadas até 2031
Plano deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio de 2012.
Programa abordará recuperação de equipamentos e novas aquisições.
Do G1, em Brasília
O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para planejar o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras considerando os próximos 20 anos - até 2031. A instituição do grupo foi oficializada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União".
A portaria visa a elaboração do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (Paed), que deverá analisar pesquisa, desenvolvimento, manutenção operativa, recuperação da capacidade operacional, harmonização de projetos, preferência de aquisição de produtos de defesa no Brasil e transferência de tecnologia, quando a aquisição ocorrer no exterior.
Conforme o texto, o Paed deverá observar uma projeção de curto prazo, até 2015, de médio prazo, de 2016 a 2023, e de longo prazo, de 2024 a 2031.
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Dilma defende 'aparelhamento' das Forças Armadas
50% temem que Brasil seja atacado por causa da Amazônia, diz Ipea
O grupo que será criado terá 60 dias para apresentar a metodologia do Paed. Devem participar o chefe de Logística das Forças Armadas, a Secretaria de Produtos de Defesa, além de representantes de outras pastas, conforme a portaria.
O texto estipula ainda que o plano seja apresentado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, até 31 de maio de 2012.
Presidente Dilma
Na segunda-feira (19), durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aparelhamento das Forças Armadas.
"Prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis. (...) O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forcas Armadas equipadas e qualificadas para cumprimento de suas funções", afirmou a presidente em discurso para um público formado por militares e seus familiares.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na semana passada mostrou que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Fonte: G1 política
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Esse "aparelhamento" pode ter outras conotações?
O termo correto deveria não deveria ser reequipamento / modernização???
O termo correto deveria não deveria ser reequipamento / modernização???
- guilhermecn
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
A Dilma usou um termo estranho, mas deu a entender que a Dilma defende FAs mais bem equipadas.NovaTO escreveu:Esse "aparelhamento" pode ter outras conotações?
O termo correto deveria não deveria ser reequipamento / modernização???
Vamos ver no que vai dar. Infelizmente o Brasil é pouco pragmático. Espero que com a Dilma isso seja diferente...
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Só o que falta, começar a "aparelhar" as FFAA...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Vamos aguardar o ano que vem. Existe a perspectiva de ser um bom ano...
Abraços
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Muito bom.guilhermecn escreveu:Notícia quente:
Governo cria grupo para planejar reforma nas Forças Armadas até 2031
Plano deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio de 2012.
Programa abordará recuperação de equipamentos e novas aquisições.
Do G1, em Brasília
O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para planejar o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras considerando os próximos 20 anos - até 2031. A instituição do grupo foi oficializada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União".
A portaria visa a elaboração do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (Paed), que deverá analisar pesquisa, desenvolvimento, manutenção operativa, recuperação da capacidade operacional, harmonização de projetos, preferência de aquisição de produtos de defesa no Brasil e transferência de tecnologia, quando a aquisição ocorrer no exterior.
Conforme o texto, o Paed deverá observar uma projeção de curto prazo, até 2015, de médio prazo, de 2016 a 2023, e de longo prazo, de 2024 a 2031.
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Dilma defende 'aparelhamento' das Forças Armadas
50% temem que Brasil seja atacado por causa da Amazônia, diz Ipea
O grupo que será criado terá 60 dias para apresentar a metodologia do Paed. Devem participar o chefe de Logística das Forças Armadas, a Secretaria de Produtos de Defesa, além de representantes de outras pastas, conforme a portaria.
O texto estipula ainda que o plano seja apresentado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, até 31 de maio de 2012.
Presidente Dilma
Na segunda-feira (19), durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aparelhamento das Forças Armadas.
"Prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis. (...) O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forcas Armadas equipadas e qualificadas para cumprimento de suas funções", afirmou a presidente em discurso para um público formado por militares e seus familiares.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na semana passada mostrou que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Fonte: G1 política
Mais planejamento, mais planos e mais siglas.
Abs,
- osolamaalua
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Se existe os planos estratégicos e o Plano de Defesa Nacional para que mais estudos:
1- Para ganhar mais um ano sem fazer nada.
2- Para gastar mais algumas dezenas de resmas de papel e se pagar algums boas quantidades de diárias para a milhares de visitas resultantes.
1 + 2 = a nada.
Esse País não é sério.
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- jumentodonordeste
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Pelo menos nós temos os planos...
Antes nem sabiam o que diabos era defesa e exército, para o senhor presidente era apenas um monte de carinha que ficava alinhado quando ele andava ou recebia alguma autoridade.
Sei lá, jesus walks e eu tenho fé.
Antes nem sabiam o que diabos era defesa e exército, para o senhor presidente era apenas um monte de carinha que ficava alinhado quando ele andava ou recebia alguma autoridade.
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
Se fazem, tá uma merda.
Se não fazem, tá duas merdas.
Não tem sapato que sirva.
Aliás, tem que serve sim, o sapato ...
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- Túlio
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Re: Sucateamento das Forças Armadas
osolamaalua escreveu:Se existe os planos estratégicos e o Plano de Defesa Nacional para que mais estudos:
1- Para ganhar mais um ano sem fazer nada.
2- Para gastar mais algumas dezenas de resmas de papel e se pagar algums boas quantidades de diárias para a milhares de visitas resultantes.
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Esse País não é sério.
Ué, então nem vais analisar os outros quatro pontos?
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