NOTÍCIAS DO RAFALE

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9346 Mensagem por Penguin » Qua Dez 07, 2011 10:56 pm

Projet de loi de finances pour 2012 : Défense : équipement des forces

Projeção da frota de caças da Força Aérea Francesa:
http://www.senat.fr/rap/a11-108-6/a11-108-632.gif

http://www.senat.fr/basile/visio.do?id= ... 2-71718_14

Tradução by Google:
Parece que a partir de 2018, o número de combatentes das forças armadas on-line para se estabilizar em cerca de 230, incluindo o renovado Mirage 2000D e Rafale contratos quinta parcela que é ainda hoje " Hoje apenas uma hipótese. Isto representa uma redução de 15% em relação ao Livro Branco.

Em 2018, durante o comissionamento do primeiro Mirage 2000D atualizado, o exército tem cerca de 140 Rafale online, e em 2020, não haverá mais de 160 completando a frota única outra de Mirage 2000D. No vencimento de 10 anos, o Mirage 2000D representam mais de 25% da frota de batalha.

Em um cenário mais pessimista, devido à sua obsolescência muitas técnicas e operacionais, o Mirage 2000D vai ser retirado de serviço a partir de 2018 se não for renovada. A frota de batalha entrará em colapso em torno de 150 aeronaves em linha com o ar Rafale e marinhos. Em comparação, a Arábia Saudita terá quase 280 aviões de combate moderno e versátil tipo de Typhoon e F15-S com o mesmo período.

Note-se que a postura de segurança francesa permanente e dissuasão monopolizar um avião e potencial técnico equivalente humano de dois esquadrões cada uma, um volume de 80 aeronaves dedicadas à duas missões permanentes. Naquela época, ele ainda vai implantar uma dúzia de caçadores versátil entre os Emirados Árabes Unidos e Djibuti a tomar todos os contratos bilaterais e regionais para a defesa. Se o Mirage 2000D não é restaurada e versátil, todos estes contratos, num total de cerca de 90 aeronaves, o Rafale será realizada por via aérea. Portanto, a Força Aérea não pode mais responder a qualquer estresse externo. Na melhor das hipóteses, poderia fornecer algumas Mirage 2000D no escopo atual e capacidade muito limitada, enquanto o carro-chefe de sua frota, o Rafale seria limitado a missões de proteção do território nacional e pré-posicionamento.

Portanto, é estrategicamente importante ter duas diferentes frotas de combate simultaneamente. Essa complementaridade pode proteger contra os riscos nas frotas curling calendário de substituição, os avanços tecnológicos contra a técnicas brutais contra as rochas ou previsível (prender ou software que requer intervenção séria de vários dias). Toda a frota Eurofighter foi preso na Europa por mais de uma semana após a perda de uma aeronave em Espanha. Dois anos atrás, a USAF tinha sido proibida de voar seus 800 F-15 após duas quebras na célula. Este princípio da dualidade é comumente adotada frotas com os nossos aliados (Estados Unidos: F-15 e F-16 e F-22 e F-35, no Reino Unido: Typhoon e JSF, Itália: JSF e Eurofighter, Espanha: F-18 e Eurofighter ), mas também os russos.

Apenas a renovação de toda a frota a um Mirage 2000D adesão à versatilidade restaurar uma verdadeira flexibilidade operacional e técnica aceitável para enfrentar o longo período de redução temporária no tamanho à frente. Como tal, a Força Aérea tem sempre chamado esta operação "frota de seguro de vida de verdadeiro combate" e insiste que mantém há vários anos que esta é a única forma de não desvalorizar o aviação de combate franceses e para restaurar alguma flexibilidade na gestão, apesar do formato. No entanto, o projeto de renovação do Mirage 2000D seis anos tem sido compensada por quatro anos de elaboração do orçamento anual e agora parece estar em perigo de abandono.

Questões industriais e econômicas

Nos próximos anos, as reduções financeiras no Departamento de Defesa, a grande lacuna entre a produção Rafale, o financiamento para o desenvolvimento de novas funcionalidades e um possível fracasso das exportações para os Emirados Árabes Unidos colocará a indústria nacional em apuros . Eles provavelmente serão incapazes de manter todo o conhecimento atualmente realizada em seus escritórios de design por causa do trabalho.

A renovação do Mirage 2000D oferece indústria francesa a oportunidade de passar por esta dificuldade em manter o desenvolvimento e produção. Isto é especialmente verdadeiro para Thales desenvolveu o radar para a renovação mercados de exportação.

O abandono dessa renovação interromperia essa lógica e Thales e seus subcontratados em apuros.




Editado pela última vez por Penguin em Qua Dez 07, 2011 11:23 pm, em um total de 1 vez.
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Justin Case
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9347 Mensagem por Justin Case » Qua Dez 07, 2011 11:20 pm

Amigos,

O nosso amigo Penguin postou o link para a entrevista do Ministro Longuet:

http://www.lcp.fr/emissions/questions-d ... rd-longuet

Tive a oportunidade de ouvi-la toda. É interessante.
O assunto polêmico é tratado (no "timeline") no tempo 38min40seg.
Há que se entender o contexto. Eu não tenho grande intimidade com a língua francesa, mas interpretei assim alguns trechos mais polêmicos:
1. Uma das convidadas comenta o fato de que o Governo avançou suas encomendas, em relação ao que estava previsto, para manter a cadência de produção, na falta de contratos de exportação.
Ela perguntou se, isso iria ocorrer eternamente (o governo francês aumentar suas compras para cobrir a falta de contratos de exportação). Obviamente ele respondeu que não. A produção seria encerrada quando fosse atendida a necessidade francesa.
2. O mediador perguntou quando isso iria ocorrer? Em 2013?
O ministro ficou em dúvida e disse que, de memória, não antes de 2018. Depois comentou várias vezes sobre a longevidade dos programas aeronáuticos.
Todo o trecho foi permeado de elogios à capacidade do Rafale, à necessidade de ter vetores com essas características e, também aos altos custos de sistemas de defesa.
Cada um pode interpretar a entrevista como melhor lhe convier.
Eu sugiro que os colegas assistam ao vídeo e tirem suas próprias conclusões. Um dia ainda teremos um tradutor eletrônico capaz de ler pensamento de entrevistadores e entrevistados.
Pode-se observar também que, após a repercussão da entrevista, foi publicado um esclarecimento, atribuído ao próprio ministro, no qual ele comenta mais detalhadamente sobre o futuro do programa Rafale.

Abraços,

Justin




PRick

Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9348 Mensagem por PRick » Qua Dez 07, 2011 11:34 pm

Justin Case escreveu:Amigos,

O nosso amigo Penguin postou o link para a entrevista do Ministro Longuet:

http://www.lcp.fr/emissions/questions-d ... rd-longuet

Tive a oportunidade de ouvi-la toda. É interessante.
O assunto polêmico é tratado (no "timeline") no tempo 38min40seg.
Há que se entender o contexto. Eu não tenho grande intimidade com a língua francesa, mas interpretei assim alguns trechos mais polêmicos:
1. Uma das convidadas comenta o fato de que o Governo avançou suas encomendas, em relação ao que estava previsto, para manter a cadência de produção, na falta de contratos de exportação.
Ela perguntou se, isso iria ocorrer eternamente (o governo francês aumentar suas compras para cobrir a falta de contratos de exportação). Obviamente ele respondeu que não. A produção seria encerrada quando fosse atendida a necessidade francesa.
2. O mediador perguntou quando isso iria ocorrer? Em 2013?
O ministro ficou em dúvida e disse que, de memória, não antes de 2018. Depois comentou várias vezes sobre a longevidade dos programas aeronáuticos.
Todo o trecho foi permeado de elogios à capacidade do Rafale, à necessidade de ter vetores com essas características e, também aos altos custos de sistemas de defesa.
Cada um pode interpretar a entrevista como melhor lhe convier.
Eu sugiro que os colegas assistam ao vídeo e tirem suas próprias conclusões. Um dia ainda teremos um tradutor eletrônico capaz de ler pensamento de entrevistadores e entrevistados.
Pode-se observar também que, após a repercussão da entrevista, foi publicado um esclarecimento, atribuído ao próprio ministro, no qual ele comenta mais detalhadamente sobre o futuro do programa Rafale.

Abraços,

Justin
O mesmo fenômeno recorrente em que várias mídias, fazem interpretações que poderiam ser definidas como de má vontade, na melhor das hipóteses, ou na pior, como manipulações ou deturpações do que se disse, e isso é feito de forma sistemática, outra prática comum dessa gente, é não dar qualquer importância aos desmentidos de suas invenções. Eles são sempre pouco divulgados, quando são divulgados, infelizmente é um comportamento que tem se espalhado como uma praga. Está cada vez mais difícil de manter informado, diante de tanto lixo acumulado na mídia.

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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9349 Mensagem por knigh7 » Qui Dez 08, 2011 1:33 am

Penguin escreveu:Projet de loi de finances pour 2012 : Défense : équipement des forces

Projeção da frota de caças da Força Aérea Francesa:
http://www.senat.fr/rap/a11-108-6/a11-108-632.gif

http://www.senat.fr/basile/visio.do?id= ... 2-71718_14
Por esse quadro, que está na página do Senado francês, o número de unidades planejadas do Rafale é cerca de 180 mesmo.




PRick

Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9350 Mensagem por PRick » Qui Dez 08, 2011 2:01 am

knigh7 escreveu:
Penguin escreveu:Projet de loi de finances pour 2012 : Défense : équipement des forces

Projeção da frota de caças da Força Aérea Francesa:
http://www.senat.fr/rap/a11-108-6/a11-108-632.gif

Por esse quadro, que está na página do Senado francês, o número de unidades planejadas do Rafale é cerca de 180 mesmo.
Não, para variar existe um enorme desconhecimento, está se falando ali apenas da AdLA, e não se fala da Marine, quer dizer, são Rafales terrestres, o número de Rafales terrestres será no total 230 no máximo, o resto são modelos navais, chegando aos 286.

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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9351 Mensagem por helio » Qui Dez 08, 2011 8:45 am

Deu no Estadão de hoje:

Sem contrato com FAB, Rafale pode ser extinto
Governo francês estuda cancelar produção se não fechar venda de caças para o Brasil

JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Com seu avião encalhado, o governo francês abre uma polêmica ao romper um tabu e admitir que considera encerrar a produção do caça Rafale. O jato foi considerado pelo governo brasileiro como o favorito para vencer a licitação aberta para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Mas até hoje, a Dassault, fabricante do Rafale, não conseguiu um só comprador fora da França para seu modelo, em mais de uma década de produção e milhões de euros gastos em lobby.
As declarações foram feitas pelo ministro da Defesa, Gerard Longuet, e abriram imediatamente um debate no país. Horas depois, o ministro foi obrigado a emitir um comunicado para retificar sua avaliação e prometer publicamente que o avião continuaria sendo fabricado até 2030, pelo menos para suprir as forças aéreas francesas.
Mas a crise já havia sido instalada. A declaração que criou a polêmica foi a de que se o país não encontrasse compradores para seu caça, não teria outra alternativa senão a de fechar a linha de produção. "Se a Dassault não vender seu aparelho ao exterior, a cadeia (de produção) será encerrada", disse o ministro. Segundo ele, se nenhum modelo for vendido, os jatos em fabricação hoje e que estão programados para ser entregues em 2018 serão os últimos a ser produzidos.
Longuet foi obrigado a corrigir suas declarações, insistindo que, mesmo sem vender um só jato ao exterior, a Dassault continuará sua linha de produção até 2030 para fornecer os aviões aos militares franceses.
Questionado sobre a falta de comprador, o ministro admitiu que o avião francês é mais caro que o norte-americano e que a produção em escala dos Estados Unidos reduz o custo do concorrente. Duzentos aviões Rafale foram encomendados pelo governo francês em 15 anos, enquanto os americanos produziram 3 mil.
As decepções no campo francês se acumulam. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar que havia fechado o acordo com a França, o que depois jamais foi confirmado. O avião também não está entre os favoritos para os militares brasileiros. Há um mês, foi a vez do governo dos Emirados Árabes afirmar que a negociação mostrava que o avião francês "não era competitivo" e seu preço era "irrealizável".
Mas a gota d'água que fez explodir o debate foi a decisão da Suíça de abandonar sua ideia de comprar o Rafale e optar pelo modelo sueco, que também concorre na licitação brasileira. Berna, apesar de acumular reservas bilionárias e não estar sendo afetada pela crise econômica, optou por um avião que economizaria aos cofres públicos US$ 1 bilhão.
Para manter a linha de produção em funcionamento, o governo francês foi obrigado em 2010 a encomendar 11 novos caças à Dassault. Além do Brasil, a grande esperança dos franceses é de ganhar a licitação aberta na Índia para a compra de 126 caças, no valor de US$ 8 bilhões.
O ministro, porém, garantiu que a manutenção dos aviões em utilização hoje será assegurada pela Dassault pelos próximos anos. Segundo ele, "o fim será para o construtor, não para o usuário" que terá o avião em mãos por até 40 anos.
Repercussão. Diante da polêmica, a Dassault se recusou a comentar a declaração do ministro. Mas nem a empresa e nem o governo tem consigo evitar comentários na imprensa francesa ridicularizando a falta de capacidade do país de vender seus aparelhos. Programas de humor falam sobre o problema do Rafale, enquanto cartunistas usam os aviões não vendidos para atacar a falta de competitividade da indústria francesa.
Nos últimos meses, porém, o governo francês insiste que foi a capacidade militar do Rafale que garantiu que os ataques da OTAN sobre a Líbia tivessem resultados positivos.


Abraços

Hélio




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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9352 Mensagem por Penguin » Qui Dez 08, 2011 9:39 am

..




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9353 Mensagem por knigh7 » Qui Dez 08, 2011 11:24 am

PRick escreveu:
knigh7 escreveu: Por esse quadro, que está na página do Senado francês, o número de unidades planejadas do Rafale é cerca de 180 mesmo.
Não, para variar existe um enorme desconhecimento, está se falando ali apenas da AdLA, e não se fala da Marine, quer dizer, são Rafales terrestres, o número de Rafales terrestres será no total 230 no máximo, o resto são modelos navais, chegando aos 286.

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Menciona o componente aéreo (da caça) e também se refere aos Rafales da Marine Nationale:

La flotte de combat s'écroulera aux alentours de 150 avions en ligne en comptant les Rafale air et marine.

Mas pode ser que o quadro se refira apenas a AdlA.




PRick

Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9354 Mensagem por PRick » Qui Dez 08, 2011 12:53 pm

knigh7 escreveu:
PRick escreveu: Não, para variar existe um enorme desconhecimento, está se falando ali apenas da AdLA, e não se fala da Marine, quer dizer, são Rafales terrestres, o número de Rafales terrestres será no total 230 no máximo, o resto são modelos navais, chegando aos 286.

[]´s
Menciona o componente aéreo (da caça) e também se refere aos Rafales da Marine Nationale:

La flotte de combat s'écroulera aux alentours de 150 avions en ligne en comptant les Rafale air et marine.

Mas pode ser que o quadro se refira apenas a AdlA.
Sim o quadro se refere apenas a AdLA, quanto ao resto o Ministro já veio a público e desmentiu o boato que o Estadão, rebate adicionando o lobie e as mentiras de sempre, eles não perdem o jeito são calhordas o tempo inteiro, agem como mafiosos sempre, não tem a menor ideia do que seja informação honesta. Não leio mais esse tipo de lixo ideológico nunca mais!!!

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Editado pela última vez por PRick em Qui Dez 08, 2011 2:53 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9355 Mensagem por DELTA22 » Qui Dez 08, 2011 1:08 pm

helio escreveu:Deu no Estadão de hoje:

Sem contrato com FAB, Rafale pode ser extinto
Governo francês estuda cancelar produção se não fechar venda de caças para o Brasil

(...)

Abraços

Hélio
Ao contrário do título da reportagem, a "bola" não está com o Brasil, está com a Índia. Suponhamos que a Índia não escolha o Rafale e o Brasil sim, aí eu me preocuparia...

Nossa compra é ridícula perto do que a Índia pagará pelos 126 caças planejados. Segundo li, seriam algo em torno de US$ 20 bilhões independente do caça escolhido. Perto desse montante e do número de aeronaves, a encomenda brasileira seria apenas um alento temporário que não tiraria o risco de fechamento da linha de produção no futuro e o que isso pode causar para um sistema de armas é desastroso, exemplos não faltam.

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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9356 Mensagem por NovaTO » Qui Dez 08, 2011 1:43 pm

Para a Dassault/França, restam duas bolas, talvez três :lol: :mrgreen: Índia e Brasil. EAU ainda não totalmente descartado, mas no mês passado o que deveria ser alegria virou incerteza total.

Sobre o Rafale ser extinto, eu diria que é possível. Talvez o número de encomendas chegue a 200 e pare por ae. UCAVs e UAS como o NeuroN, Heron e outros complementarão os caças.

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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9357 Mensagem por helio » Qui Dez 08, 2011 2:02 pm

DELTA22 escreveu:
helio escreveu:Deu no Estadão de hoje:

Sem contrato com FAB, Rafale pode ser extinto
Governo francês estuda cancelar produção se não fechar venda de caças para o Brasil

(...)

Abraços

Hélio
Ao contrário do título da reportagem, a "bola" não está com o Brasil, está com a Índia. Suponhamos que a Índia não escolha o Rafale e o Brasil sim, aí eu me preocuparia...

Nossa compra é ridícula perto do que a Índia pagará pelos 126 caças planejados. Segundo li, seriam algo em torno de US$ 20 bilhões independente do caça escolhido. Perto desse montante e do número de aeronaves, a encomenda brasileira seria apenas um alento temporário que não tiraria o risco de fechamento da linha de produção no futuro e o que isso pode causar para um sistema de armas é desastroso, exemplos não faltam.

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Delta
Não é somente o Raphale que está em risco, a decisão da Suiça de adquirir o mais barato,talvez mostre o reflexo de uma tendencia mundial diante da crise economica.
As fábricas que tem um portfolio pequeno de produtos (Dassault e Saab por exemplo) necessitam desdobrar ainda mais para vencer as disputas. Com certeza deve ter acendido a luz amarela para estas duas fábricas, e a venda para a Suiça foi um alento para os suecos.
Somente países que tem um orçamento grandioso para as FA e/ou aqueles que estão em conflito podem se dar ao luxo de adquirir caças com alto custo operacional, isto sem contar que muitos destes paises fabricam seus proprios caças.
Para mim, se a India não optar pelo Raphale, a Dassault e seus fornecedores precisam mudar sua politica de preços, senão, ao contrário de seus predecessores que foram notáveis exportadores, o Raphael vai terminar a sua carreira sem ter conseguido exportar para ninguém.

Abraços

Hélio




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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9358 Mensagem por P44 » Qui Dez 08, 2011 2:23 pm

Longuet Says Rafale Production Will Stop If No Export Orders


(Source: France Info radio; posted Dec. 7, 2011)


(Issued in French only; unofficial translation by defense-aerospace.com)



French Defence Minister Gerard Longuet announced Dec. 7 that production of the Dassault Rafale combat aircraft will be stopped if the aircraft does not sell abroad. Answering a question during the "Questions Info" radio program, he said the decision would be made once the French armed forces had received the 180 Rafales they have on order.

The Minister of Defence has thus unsheathed the sword of Damocles, and is now holding it over the Rafale’s cockpit, said one observer as Longuet warned that “if Dassault does not sell any Rafales overseas, then the production line will be closed.”

The minister said any decision to stop production would not be taken until 2018 at the earliest, once the French armed forces have received all of their own aircraft, and this “leaves Dassault with a considerable margin” to win export orders.

And he immediately added that the existing Rafale fleet would continue to be maintained and supported during their entire operational life, or about forty years. This ensures that industry will be provided for, he added, as sustainment of a combat aircraft accounts for about two-thirds of its total life-cycle costs.

France’s 2008 Defence White Paper Defence 2008 calls for delivery of a total of 286 Rafale aircraft to the French air force and naval aviation, but only 180 have been ordered to date.

Longuet’s statement is seen in some quarters as a new threat to the Rafale program, and follows two weeks of bad news on the export front: Switzerland last week said it had selected the less capable, but cheaper, Saab Gripen as its next-generation fighter. The previous week, the United Arab Emirates criticized Dassault’s negotiating stance, and implied it would look elsewhere, while news from two other prospective markets, Brazil and India, is not very encouraging.

Gérard Longuet believes that pricing is the Achilles heel of the Rafale, whose capabilities are widely recognized. Dassault Aviation hoped that operations in Libya, by showcasing the aircraft’s outstanding performance and emphasizing its capabilities, would have encouraged customers to ignore its price, but these hopes have now been shown to be unfounded.


(EDITOR’S NOTE: Obviously surprised by the widespread attention given to his remarks, Longuet later said he had been misunderstood. He told Agence France Presse that "production for the French military will not stop before 2030," and that "deliveries to the [French] military will continue substantially beyond 2020.”
He also implied that industry would win additional upgrade work by noting that, “in parallel, the aircraft will evolve between 2020 and 2030."
Nonetheless, Longuet’s comments will probably not help the Rafale’s export prospects. They also will not encourage a sceptical Dassault, which is already unwilling to invest more money to win export sales in the absence of effective government support, to step up its efforts.
More to follow on this subject.)

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/articl ... sales.html




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9359 Mensagem por Justin Case » Qui Dez 08, 2011 2:42 pm

helio escreveu:
DELTA22 escreveu:Ao contrário do título da reportagem, a "bola" não está com o Brasil, está com a Índia. Suponhamos que a Índia não escolha o Rafale e o Brasil sim, aí eu me preocuparia...

Nossa compra é ridícula perto do que a Índia pagará pelos 126 caças planejados. Segundo li, seriam algo em torno de US$ 20 bilhões independente do caça escolhido. Perto desse montante e do número de aeronaves, a encomenda brasileira seria apenas um alento temporário que não tiraria o risco de fechamento da linha de produção no futuro e o que isso pode causar para um sistema de armas é desastroso, exemplos não faltam.

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Não é somente o Raphale que está em risco, a decisão da Suiça de adquirir o mais barato,talvez mostre o reflexo de uma tendencia mundial diante da crise economica.
As fábricas que tem um portfolio pequeno de produtos (Dassault e Saab por exemplo) necessitam desdobrar ainda mais para vencer as disputas. Com certeza deve ter acendido a luz amarela para estas duas fábricas, e a venda para a Suiça foi um alento para os suecos.
Somente países que tem um orçamento grandioso para as FA e/ou aqueles que estão em conflito podem se dar ao luxo de adquirir caças com alto custo operacional, isto sem contar que muitos destes paises fabricam seus proprios caças.
Para mim, se a India não optar pelo Raphale, a Dassault e seus fornecedores precisam mudar sua politica de preços, senão, ao contrário de seus predecessores que foram notáveis exportadores, o Raphael vai terminar a sua carreira sem ter conseguido exportar para ninguém.

Abraços

Hélio
Amigos,

Algumas opiniões, sujeitas à contestações:

1. Quem faz qualquer processo de seleção ou licitação elabora os requisitos "por baixo" de modo a não eliminar os concorrentes.
É a única maneira de manter a competição e obter redução de preços. Normalmente, permitir a participação de um concorrente de classe inferior é bom para regular o certame. Evidentemente, o que o cliente realmente necessita está acima do que foi colocado nos requisitos. Essa conclusão de "pega o mais barato porque todos atendem" não é regra saudável.
2. Em época de crise prolongada, é possível que seja necessário reduzir as dotações orçamentárias. Nesse caso, países com necessidade de defesa ou dissuasão não podem "empurrar com a barriga" ou "escolher o mais barato".
O mais lógico, nessa situação, seria manter a escolha naquele que melhor atende e ajustar o número de aeronaves no primeiro lote. Quando a situação orçamentária melhorar, contratam-se novos lotes.
3. Se um avião tem raio de ação de 1000 milhas e esse é o valor ideal, não adianta ter dois que cheguem a 800 milhas. Se é necessário decolar e interceptar alvos em uma condição determinada, não adianta ter caças que só cheguem lá após a morte da Inês.
Se um avião tem radar que enxerga 20% milhas mais longe e míssil com maior alcance, não adianta ter o dobro de aviões menores. Vão ser derrubados quase todos. Isso é dissuasão, e custa caro. Mas não é necessário um grande número de aeronaves.

Quanto à fala do Sr. Longuet, volto a sugerir que assistam ao vídeo da entrevista do ministro francês, no link postado pelo Penguin. Lá poderão verificar o contexto da conversa e entender que o "encerrar" a produção foi resposta a uma pergunta bem específica, que não está apresentada na imprensa sensacionalista (se a França iria continuar indefinidamente a comprar aviões da Dassault para completar os 11 aviões anuais ideais na cadência de produção). Ele respondeu que não, que a linha encerraria, nesse caso, após completadas as encomendas francesas. Não poderia haver outro tipo de resposta.

Sobre os preços, não creio que seja resultado de uma política deliberada para perder concorrências. Produtos bons CUSTAM mais, produtos de menor escala CUSTAM mais e produtos europeus CUSTAM mais que os americanos. Se alguém não se encaixa nessa regra, tem propaganda a mais ou desempenho a menos.

Abraços,

Justin




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Re: NOTÍCIAS DO RAFALE

#9360 Mensagem por kekosam » Qui Dez 08, 2011 3:43 pm

Leia hoje, no clauidiohumberto.com... :mrgreen:

08/12/2011 | 00:00
Mico aéreo

O governo francês tenta empurrar os aviões de combate Rafale ao Brasil porque, do contrario, terá de arcar com a compra de 180 a 286 unidades até 2021, a um custo que pode chegar a 40 bilhões de euros.




Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
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