Túlio escreveu:Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...
Novo Fuzil para o EB
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Re: Novo Fuzil para o EB
Tá, mas e sobre este post aqui, Guerra?
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Re: Novo Fuzil para o EB
Aqui a conclusão do primeiro estudo sobre o 5,56 na bda pqdt.
CONCLUSÃO
Esta seção primária tem como finalidade sintetizar os resultados obtidos ao longo da
pesquisa, que, inicialmente, apresentou como objetivo geral a possibilidade de se verificar a
otimização do desempenho operacional das tropas pára-quedistas por meio da utilização do
calibre 5,56 mm.
Acredita-se que o objetivo, por meio dos resultados obtidos, foi plenamente atingido,
principalmente por meio da análise à bibliografia apresentada, da entrevista realizada a um
oficial médico legista da Polícia Militar, conforme Apêndice B, da apreciação das respostas
colhidas em um questionário enviado aos oficiais dos Batalhões de Infantaria Pára-quedista,
conforme Apêndice A, e de um teste de tiro realizado para se comparar a eficácia dos calibres
5,56 e 7,62.
Acerca das operações aeroterrestres, pode-se concluir que a força pára-quedista tem o
apoio logístico como uma de suas maiores deficiências, refletindo diretamente na quantidade
de munição conduzida pelos combatentes. Dois fatores contribuem para esta limitação: a
primeira é a possibilidade que a força pára-quedista possui de atuar isolada distante do fluxo
de suprimento, o que dificulta sobremaneira o ressuprimento. O segundo fator é a grande
dependência da tropa pára-quedista às aeronaves, pois elas estão intimamente ligadas às
condições meteorológicas e à superioridade aérea, fatores estes, muitos incertos durante o
decorrer da operação aeroterrestre. Por isso, a força pára-quedista deve estar apta a suportar
setenta e duas horas sem ressuprimento. No entanto, a Brigada Pára-quedista é empregada
para conquistar pontos importantes onde o inimigo pode atuar a qualquer momento e em
qualquer direção. Sendo assim, para que não se perca a operacionalidade e se possa conquistar
e manter uma cabeça-de-ponte aérea de forma rápida, é necessário que o soldado conduza
54
uma quantidade maior de munição, quando comparada a uma tropa convencional, porém o
grande peso a ser transportado, por ocasião deste acréscimo, dificulta a mobilidade, sendo
necessário a utilização de um calibre mais leve e que proporcione a mesma eficácia que do
7,62.
No tocante a munição, foram analisados, entre os calibres 5,56 mm e 7,62 mm, três
fatores importantes para a tropa pára-quedista, sendo eles o peso, os efeitos e o poder de
parada. No que se refere ao peso, concluiu-se que o cartucho 5,56 possui metade da massa do
7,62, sendo assim um combatente poderia conduzir o dobro de munição, fator extremamente
relevante para a Brigada Pára-quedista, que atua isolada na maioria das missões e que possui
inúmeras restrições quanto seu apoio logístico, como visto anteriormente. No segundo
critério, balística de efeito, foi observado que os calibres apresentam características diferentes,
o 7,62 mm apesar de possuir energia cinética maior e cavitação temporária também maior, sua
trajetória uniforme, no interior do corpo humano, faz com que possua uma cavitação
permanente menor e com isso uma letalidade menor, já o 5,56 mm, devido sua instabilidade
no interior do corpo e sua rotação longitudinal, tende a produzir ferimentos com grau de
letalidade maior. No último critério, poder de parada, concluiu-se que tanto o 7,62 mm quanto
o 5,56 mm apresentam uma eficiência muito boa, com resultados, nas situações em que foram
observados, próximos dos 100%, podendo afirmar que, proporcionalmente, são equivalentes
neste critério.
Com relação ao desempenho operacional da tropa pára-quedista, percebeu-se que
diante dos resultados obtidos por meio das pesquisas de opinião, enviadas aos oficiais dos
Batalhões de Infantaria Pára-quedista, o calibre 5,56 mm tende a aumentar a autoconfiança da
tropa e no que tange a eficácia, os calibres apresentam resultados proporcionalmente iguais,
não vindo a influenciar a variável. Sendo assim, concluiu-se que a utilização do calibre 5,56
mm aumenta a operacionalidade da tropa pára-quedista.
55
Portanto, ao final da pesquisa, percebe-se que todos os objetivos propostos foram
alcançados e conclui-se que o calibre 5,56 mm otimiza o desempenho da tropa pára-quedista,
sendo uma solução moderna e acertada para o Exército Brasileiro.
O presente estudo servirá de pressuposto teórico para o melhoramento da eficiência
das tropas pára-quedistas, no sentido da utilização de uma munição tão eficaz quanto o 7,62 e
mais leve, possibilitando o transporte de uma quantidade maior, amenizando, assim, o
problema referente à necessidade de um possível ressuprimento, caso a tropa oponente atue
sobre a cabeça-de-ponte aérea.
Espera-se que esta pesquisa sirva para suscitar novos e produtivos debates em relação
ao tema estudo, contribuindo para o crescimento e modernização do Exército.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Sobre FM esta perfeito. Não tem mais o que dizer.Túlio escreveu:Tá, mas e sobre este post aqui, Guerra?
Túlio escreveu:Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...
O carregador de 100 seria a solução. A média de disparo do FM é uns 50 tiros. 100 tiros daria uma margem e tanto.
Eu só complementaria dizendo que no caso do lança granada eu daria prioridade para o GL6
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Re: Novo Fuzil para o EB
Mas isso não implicaria em mais um Sd por GC? Ou ele faria parte de uma das ETs?
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Re: Novo Fuzil para o EB
Não. O granadeiro continua sendo o 5º esclarecedor. Ele levaria o fuzil e o lança granada.Túlio escreveu:Mas isso não implicaria em mais um Sd por GC? Ou ele faria parte de uma das ETs?
Parece desgastante levar duas armas, mas todo mundo leva peso extra. O atirador vai levar peso do FM mais munição. Lá se vão três homens (granadeiro + 2 AT). Ainda temos uns 5 ALAC, as granadas do GL6, e mais munição da MAG.
Mas tb tem a facilidade de se fazer rodizio de função e material.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Como rodízio de FUNÇÃO? Um Atirador de GL-6 ou Mtr não é especializado?
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Re: Novo Fuzil para o EB
Sim. Esse pessoal tem prioridade no uso dessas armas, mas todos tem que passar por todas as funções do GC. Isso é para evitar a fadiga.Túlio escreveu:Como rodízio de FUNÇÃO? Um Atirador de GL-6 ou Mtr não é especializado?
Vou dar como exemplo o 1º esclarecedor. O 1º esclarecedor em todas as formações do GC (menos em linha claro) ele é sempre o homem que esta na frente. Imagina deixar só um homem sempre como homem que vai na frente. O cara não aguenta.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Eu acho que não. O Haiti é uma boa experiência para o EB, mas para adoção de calibre eu acho dificil.marcelo bahia escreveu: A experiência do EB no Haiti deve estar sendo um laboratório para a adoção, ou não, do 5,56 como calibre padrão. O DOPAZ, por exemplo, sempre luta a curtas ou médias distâncias e se vale de caçadores para disparos a distâncias superiores. O inimigo idem."
Ali é uma situação muito limitada. No final o que pesa é tática na sua forma mais simples. São as situações ofensivas ou defensivas num contexto de emprego geral do EB com todas as 5 armas (inf, cav, art, eng e com).
O problema esta em se aproximar para usar o 5,56. Na guerra moderna as distancias sao quilometricas. 40 quilometros e atropa já sofre interferência do inimigo. Até chegar na distancia de utilização do 5,56 para dispara um tiro de precisão no inimigo muita coisa rola debaixo dessa ponte.Não falta potência ao 5,56 para combater na distância para a qual ele foi pensado.
O que vc disse é verdade, mas ai entra de novo um caso especifico. O Vietna foi um combate a resitência. Num contexto de guerra convencional o que vale para infantaria é tão antigo como a guerra. É cerrar sobre o inimigo utilizando fogo e movimento e destruir ou capturar. Se o cara vai estar morto ou ferido isso pouco importa, porque uma vez que o pelotão alcançou um objetivo, geralmente ele já que esta partindo para outra. O inimigo que morreu vira relatório, o inimigo ferido ou capturado é enviado para retaguarda. E assim o pau vai comendo.Ademais, lembre-se que não ferir mortalmente um combatente opositor pode ser vantagem numa guerra. Para cada ferido se necessita de pelo menos outros dois para levá-lo. No Vietnã as armadilhas preparadas pelos Vietcongues quase nunca eram feitas para matar, eram feitas para ferir e infeccionar e assim retirar a moral dos americanos.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Certeza sobre o que o EB vai fazer eu não sei. O fato é que se fosse ficar no 7,62 não estaria desenvolvendo o 5,56, mas o mesmo se aplica ao 7,62. Acho que vamos acabar ficando com os dois por um bom tempo.dalton romao escreveu:mas afinal, guerra, você acha que o exército vai de 5.56 ou de 7.62?
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Re: Novo Fuzil para o EB
É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Guerra, aquela citação do relatório da Brigada Paraquedista sobre o calibre 5,56, onde tu conseguistes?
Abraços!
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Re: Novo Fuzil para o EB
Não é tão simples assim, gil. Não é só uma decisão de qual calibre vamos usar. Tem muita coisa que envolve essa decisão.gil eanes escreveu:É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
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Re: Novo Fuzil para o EB
É disso que falo: como fica o GC?
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Re: Novo Fuzil para o EB
Sim Guerra. Tens razão. Mas o que eu digo é que já se foi tempo suficiente para o EB ter todos os subsídios para a decisão. E já os tem há muito tempo. Eu já ouvia falar disso desde antes da época da FT-90 (Jurassic Park)!!!O que parece é que não há um prazo definido para que se apresente a solução. E aí a coisa nunca tem fim e os documentos vão criando vida própria. Mesmo que não se implementem o que for decidido por falta de recursos e ou por uma outra série de fatores a grande questão a ser respondida é: "O EB vai do que? 7,62mm ou 5,56mm?Guerra escreveu:Não é tão simples assim, gil. Não é só uma decisão de qual calibre vamos usar. Tem muita coisa que envolve essa decisão.gil eanes escreveu:É muito tempo para decidir este ou aquele. O EB é muito moroso. Batam logo o martelo e o resto se acerte depois. É muito estudo, muito relatório, comissões e reuniões, que tomam vida própria e no fim o foco vai se perdendo. Mas pra decidir 7,62 ou 5,56??? Isto não é novidade nem no EB, nem nas FFAA, nem no Brasil nem no mundo. E não vão chegar a conclusão do que é melhor. É uma discussão de quem nasceu primeiro..... Só falta alguém dizer vai ser este ou vai ser aquele e pronto! Porque? Por que eu quis. Tive que decidir e decidi.
Obs: Digo que o restante se ajeita pois ninguém tá pensando no "soldadinho"! Isto é balela. O que for decidido a tropa vai usar.