Knigh, uma estrutura necessária, como muito bem visualizado por vc, é o que separa as Marinhas, ou melhor as FA, de países sérios de outros.knigh7 escreveu:Mas aí é que está o " romantismo" Carlos.Infelizmente as coisas não são tão simples (ou menos complicadas) como parecem.Carlos Mathias escreveu:Quem abrir mais caixas pretas (e deixá-las abertas), vai levar.
Olhem o PROSUB.
Eu não sei quantas linhas de código fonte tem o AEGIS, ou o SETIS da FREMM francesa ou o SAMP-SD da FREMM italiana, mas seguramente devido a complexidade, não deve ficar muito atrás (aliás, pode ficar a frente) das mais de 2 milhões linhas de código-font e de um caça de 4.5G.
Realmente eu acredito que os franceses podem nos passar as cercas de 2 milhões e 100mil linhas de código-fonte do caça. Só que isso não foi requisito da FAB, porque ela não é doida de querer tudo isso. Esse assunto foi divulgado por um certo jornalista que faz lobby, e também para calar a boca de quem não sabe como as coisas são (mas que são metidos a sabe-tudo) e conquistá-las a favor do produto. O que a FAB quer são os códigos-fontes chave para integração de armamento e aviônica. (e olha, que eu mencionei códigos-fonte CHAVE).
Para nós conseguirmos dominar todos os milhões de códigos-fonte de uma aeronave de caça de 4,5G teríamos de ter uma estrutura próxima ao ao consórcio GIE Rafale, teríamos de levar anos que eles tiveram para ter a profundidade de conhecimento, com milhares de técnicos, o que obviamente não vai ocorrer, tampouco é de interesse da Força.
Aliás, pela vastidão do sistema, até uma rotina operacional incorreta (ou seja, vírus) teríamos dificuldade de encontrar se fossem embutidas nos caças.
Eu não conheço a complexidade de códigos fonte do sistema de combate SUBTICS do Scorpéne. Mas se for próximo de outros sistemas modernos (o que eu acho que deve ser)...tem suas caixas-pretas também...infelizmente
Na MB nós temos o CASOP - Centro de Apoio a Sistemas Operativos - que faz exatamente o necessário.
Ele foi criado com a incorporação das Fragatas Niteroi, com a missão de manter os sistemas, criar novos, fazer upgrades, alinhá-los, etc.
Hoje nossos sistemas são mantidos, alinhados, etc, graças a visão dos homens que na década de 70 do século passado criaram tal organização.
Além do CASOP a MB possui o CASNAV, com outro tipo de missão, mas igualmente vital.
O Padilha já citou um exercício de tiro de superfície nos EUA onde uma Fragata brasileira acertou TODOS os tiros, e uma "chucknoriana" errou TODOS.
Lema do CASOP: "Sistemas Prontos e Alinhados".
Entendam a complexidade de coisa:
O sistema de radares (todos), o sistema de GE, o sistema sonar, os canhões, CME, TUDO necessita estar alinhado.
Se o radar de DT treca um alvo, o tubo do canhão TEM que estar alinhado e apontando para aquele alvo.
O contato sonar TEM que estar na mesma marcação e distância que um contato radar, TEM que estar na mesma marcação MAGE, etc.
Poucos fazem isso.
Uma dúvida que tenho é se existe algo parecido na FAB e no EB.
Se não, é melhor criarem com urgência.