Esse é o maior medo, a repercussão econômica. Eu não acredito na eficiência de nenhum dos meios ofensivos/defensivos do Irã, mas é inegável que o conflito trará mais desgraça no cenário econômico mundial.Brasileiro escreveu:Até haver um mínimo de controle já terá decorrido tempo suficiente para um certo impacto nos preços do petróleo e outros indicadores econômicos, negativamente.E depois, tem também o perigo das minas. E retirá-las, a ponto de tornar o mar seguro à navegação de petroleiros, leva um tempo bem razoável.
Nessa hipótese, existem bases disponíveis à OTAN em quase todos os países vizinhos. Kuwait, Qatar, Arábia Saudita, Iraque, Afeganistão, Turquia. Uzbequistão já provou que não existe assunto que $$ não resolva. Indo um pouco além, a base de Diego Garcia possui uma frota considerável.Brasileiro escreveu:Os satélites e E-8 podem ajudar a encontrar as posições dos mísseis. Mas quem irá atacá-las se o NAe estará inutilizável? Pelo menos num primeiro momento ninguém.
Eu concodaria com a hipótese se não fossem duas questões:Brasileiro escreveu:É mais fácil bloquear os petroleiros depois de "fritar" a frota da OTAN do que o contrário. Só num primeiro instante, quantos navios eles podem colocar a pique? Uns 4, 5, 6? Isso significa cerca de 500 a 1000 pessoas entre apenas 50 e 100 km da costa iraniana, em botes salva-vidas, totalmente vulneráveis a serem "resgatadas" e virarem prisioneiras por tempo indefinido ou até que sejam invadidos por terra (acho que nem Obama considera essa possibilidade, de tão tenebrosa, dada toda essa situação na economia e no mundo). Isso é altamente indesejável.
Primeiro, para atingir a OTAN nessa escala, somente se o ataque fosse israelense, e sem conhecimento dos EUA e aliados. E a resposta iraniana um contragolpe contra todos, o que afundaria sua possibilidade de sobrevivência a zero. Não consigo imaginar que a 5ª frota e aliados estejam, desde o início da crise, navegando alegremente no Golfo, com a guarda baixa e dentro do alcance dos iranianos.
Segundo, imaginar que americanos e aliados não estejam preparados para esse cenário não é muito fácil. São marinhas que participaram de praticamente todos os conflitos navais nos últimos 100 anos. Pioneiras no emprego e defesa contra todos os tipos de ameaça naval existente. E primariamente com defesas (o que nas Malvinas revelou que não eram 100%) contra armas antinavio de origem russa e de boa qualidade.
O lançamento de um MAN é complicado. Tem que travar no alvo, derrotar as interferências e evitar ser encontrado por causa das emissões. Isso é um lançamento, imagine vários.Brasileiro escreveu:Os navios da OTAN estarão antecipadamente no mar: mais fácil ainda. É só fazer o "ataque de abelhas". Se você lança 5 mísseis contra um NAe, um deles vai acertar. Quantos mísseis antinavio o Irã terá a disposição para lançar no primeiro minuto? Uns 100?