helio escreveu:RicardoRicardo Rosa escreveu: Bom dia a todos,
Também achei (Golpe Militar de 1964). Na minha opinião é uma mancha que precisa ser apagada das Forças Armadas.
Abraços.
Não considero uma mancha a ser apagada. SE fossemos adotar esta medida a todos os golpes de estado e tentativas de golpe, em nossa historia contemporânea (século XX) não haveria removedor suficiente para tanta mancha.
O golpe de 1964, faz parte legítima da nossa história. Os movimentos das unidades dos militares da época se concentraram contra a cidade do Rio de Janeiro. Tropas de São Paulo e Minas Gerais rumaram para confrontar com as tropas do Rio. O confronto não aconteceu pois houve mediação entre as facções na AMAN. Houve também saída de tropas em Recife.
Durante as pesquisas que fiz sobre os Stuart no EB, de 1944 a 1980 defrontei com quase uma dezena de vezes que estes blindados sairam às ruas para algum tipo de confronto. Nem estou computando as vezes que só utilizaram M8, M4 ou M41.
Abraços
Hélio
Bom dia a todos,
Hélio, concordo com as suas observações, porém, o meu ponto de vista é com relação a todos os Golpes de Estado que varreram o nosso País e outras nações, principalmente ao longo da história do nosso continente. Tenho plena convicção que foram fatores indeléveis na história e formação do nosso e outros povos, entretanto, não concordo com comemorações e enaltecimentos relacionados a tais tristes fatos, principalmente nas nossas Forças Armadas (o Exército Brasileiro, até pouco tempo atrás, comemorava com pompa o Golpe de 64). Com relação a mediação entre as facções na AMAN, em 1964, essa história me foi contada pelo Tenente R/2 Monteiro, Presidente do Consellho Nacional de Oficiais da Reserva - CNOR, na época em que realizei o projeto de reestruturação do Museu do Oficial R/2 no CPOR/RJ. Acredito no fato, porém, na minha opinião o maior protagonista, à época, foi o Presidente João Goulart (Jango) que tinha condições de resistir ao golpe (algumas guarnições fiéis das FA's no RJ, forças auxiliares e simpatizantes civis), entretanto não o fez com receio de mergulhar o País em uma guerra civil (as piores guerras são as travadas entre irmãos). Não estou defendendo o Presidente Jango, até mesmo porque, a própria historiografia oficial o considera inseguro e inábil, porém, a minha maior crítica vai com relação aos militares da época que, literalmente rasgaram a Constituição da República Federativa do Brasil, documento magno que juraram defender e a traição imposta ao seu comandante supremo, no caso o Presidente da República. Hélio, assim como eu, acredito que a área de História também o fascina, entretanto, vou ficando por aqui. AH, antes de terminar, lembrei também daquela história, em 64, da possibilidade do bombardeio por caças de Santa Cruz da coluna do Gen. Mourão que se dirigia de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, parece que quem não autorizou o ataque foi próprio João Goulart.
Um grande abraço.