Irã tem como se defender de Israel?

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marcelo bahia
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2701 Mensagem por marcelo bahia » Ter Nov 08, 2011 1:31 am

Quem "me segura" neste momento?? Não quero ser chato, mas o correto é ME SEGURE! :mrgreen:

Sds.
Clermont escreveu:ME SEGURA!

Por Uri Avnery - 7.11.11.

Todo mundo conhece a cena da escola: um menino pequeno discute com um menino maior. "Me segura," ele grita para os camaradas, "antes que eu quebre a cara dele!"

Nosso governo parece se comportar deste modo. Todo dia, através de todos os canais, ele grita que está partindo, a qualquer instante, para quebrar a cara do Irã.

O Irã está para produzir uma bomba nuclear. Não podemos permitir isto. Portanto, vamos bombardeá-los até virarem destroços.

Benjamin Netanyahu diz em cada um de seus incontáveis discursos, incluindo seu discurso de abertura na sessão de inverno do Knesset. O mesmo para Ehud Barak. Todo comentarista que se dê ao respeito (alguém já viu um que não se dê ao respeito?) escreve sobre isso. A mídia amplifica o som e a fúria.

O Haaretz ilustrou sua imagem da frente com fotos dos sete mais importantes ministros (os "Sete da Segurança") mostrando três deles a favor do ataque, quatro contra.

Um provérbio alemão diz, "Revoluções que são anunciadas de antemão, não ocorrem". O mesmo vale para guerras.

Assuntos nucleares são sujeitos a censura militar muito rígida. Muito, muito rígida em verdade.

Mesmo assim, o censor parece estar sorrindo benignamente. Deixem os meninos, incluíndo o primeiro-ministro e o ministro da defesa (o chefe do censor) brincarem com seus joguinhos.

O respeitado antigo chefe de longa data do Mossad, Meir Dagan, publicamente preveniu contra o ataque, descrevendo-o como "a mais estúpida idéia" que ele jamais ouviu. Ele explicou que considerava seu dever prevenir contra ele, em vista dos planos de Netanyahu e Barak.

Na quarta-feira, houve um crível dilúvio de vazamentos. Israel testou um míssil que pode lançar uma bomba nuclear a mais de 4.800 Km, além de você sabe onde. E nossa força aérea acabou de completar exercícios na Sardenha, numa distância maior do que você sabe onde. E na quinta-feira, o Comando da Frente Metropolitana manteve exercícios de treinamentos por toda a Grande Tel Aviv, com sirenes soando por toda parte. Tudo isto parece indicar que todo este "oba-oba" é um complô. Talvez para assuster e deter os iranianos. Talvez para empurrar os americanos para ações mais extremas. Talvez em coordenação com os americanos de antemão. (Fontes britânicas, também, vazaram que a Marinha Real está treinando para apoiar um ataque americano ao Irã.)

É uma velha tática israelense agir como se estivesse ficando doido ("O patrão ficou doido" é um grito de rotina em nossas feiras, para sugerir que o vendedor de frutas está vendendo com prejuízo) Não vamos mais dar ouvidos aos Estados Unidos. Vamos, apenas, bombardear, bombardear e bombardear.

Bem, vamos ser sérios por um momento.

Israel não atacará o Irã. Ponto.

Alguns podem pensar que eu estou rumando para o limbo. Não deveria eu, pelo menos, adicionar "provavelmente" ou "quase certamente"?

Não, não vou. Eu repito categoricamente: Israel NÃO atacará o Irã.

Desde a aventura de Suez em 1956, quando o presidente Dwight D. Eisenhower lançou um ultimato que parou sua ação, Israel nunca empreendeu qualquer operação militar significativa sem obter o consentimento americano de antemão.

Os Estados Unidos são o único apoiador confiável de Israel no mundo (ao lado, talvez, de Fiji, Micronésia, as Ilhas Marshall e Palau). Destruir este relacionamento significa cortar nossa linha vital. Para fazer isto, você tem de estar mais do que, apenas um pouco doido. Você tem de ser um louco desvairado.

E mais ainda, Israel não pode travar uma guerra sem ilimitado apoio americano, porque nossos aviões e nossas bombas vêm dos Estados Unidos. Durante uma guerra, precisamos de suprimentos, partes sobressalentes, muitos tipos de equipamento. Durante a Guerra do Yom Kippur, Henry Kissinger tinha um "trem aéreo" nos suprindo na hora certa. E esta guerra provavelmente parecerá um piquenique em comparação com uma guerra contra o Irã.

Vamos dar uma olhada no mapa.

Imagem

Isto, à propósito, sempre é recomendado antes de dar início a qualquer guerra.

A primeira característica que salta aos olhos é a estreiteza do Estreito de Hormuz, por onde, um em cada três barris dos suprimentos petrolíferos transportados pelo mar, flui. Quase toda a produção da Arábia Saudita, os Estados do Golfo, Iraque e Irã tem de passar por esta estreita linha.

"Estreito" é uma subestimação. A inteira largura desta via aquática é de cerca de 30 Km. Esta é quase a distância de Gaza até Beer Sheva, que foi atravessada, semana passada pelos primitivos foguetes da Jihad Islâmica.

Quando o primeiro avião israelense entrar no espaço aéreo iraniano, o estreito será fechado. A marinha iraniana está cheia de barcos lança-mísseis, mas eles não serão necessários. Mísseis baseados em terra serão o bastante.

O mundo já está cambaleando à beira de um abismo. A pequena Grécia está ameaçando cair e levar consigo grandes pedaços da economia mundial com ela. A eliminação de quase um quinto do suprimento de petróleo das indústrias nacionais levará a uma catástrofe difícil até de imaginar.

A abrir o estreito pela força exigirá uma grande operação militar (incluindo "colocar coturnos no terreno") que empalidecerá todas os infortúnios americanos no Iraque e Afeganistão. Poderão os Estados Unidos se permitirem isto? Poderá a OTAN? Israel, por si mesmo, não está na mesma liga.

Mas Israel estará muito envolvido na ação, ainda que apenas na ponta receptora.

Numa rara exibição de unidade, todos os chefes de serviços de Israel, incluindo os cabeças do Mossad e Shin Bet, estão publicamente opondo-se a idéia toda. Podemos apenas adivinhar por quê.

Eu não sei, sequer, se a operação é possível de todo. O Irã é um país muito grande, quase do tamanho do Alaska, e as instalações nucleares estão amplamente dispersas e em grande medida, subterrâneas. Mesmo com as bombas especiais de penetração profunda fornecidas pelos Estados Unidos, a operação poderá somente atrasar os esforços iranianos - tais como eles são - apenas por uns poucos meses. O preço pode ser alto demais para resultados tão magros.

E mais, é quase certo que no início de uma guerra, mísseis choverão sobre Israel - não só do Irã, mas também do Hezbollah e talves do Hamas. Não temos defesas adequadas para nossas cidades. A quantidade de morte e destruição será proibitiva.

Repentinamente, a mídia está cheia de histórias sobre nossos três submarinos, logo passando para cinco ou até mesmo seis, se os alemães forem compreensivos e generosos. É abertamente dito que estes nos darão as capacidades de um "segundo ataque" nuclear, se o Irã usar suas (ainda não-existentes) ogivas nucleares contra nós. Mas os iranianos podem também usar armas químicas e outras armas de destruição em massa.

E há o preço político. Há um monte de tensões no mundo islâmico. O Irã está longe de ser popular em muitas partes dele. Mas um assalto israelense contra um grande país muçulmano instantaneamente uniria sunitas e xiitas, do Egito e Turquia até o Paquistã e além. Israel poderia tornar-se uma aldeia numa selva em chamas.

Porém a conversa sobre guerra serve a muitos propósitos, incluindo os da política doméstica.

No último domingo, o movimento de protesto social irrompeu de novo. Após uma pausa de dois meses, uma massa de pessoas reuniu-se na Praça Rabin em Tel Aviv. Isto foi notável, porque neste mesmo dia, foguetes estavam chovendo em vilas próximas a Faixa de Gaza. Até agora, numa tal situação, manifestações sempre eram canceladas. Os problemas de segurança passam por cima de tudo o mais. Não desta vez.

Também, muitas pessoas acreditavan que a euforia do festival de Gilad Shalit tinha varrido o protesto da mente do público. Não varreu.

À propósito, algo notável aconteceu: a mídia, após alinhar-se com o movimento de protesto por meses, teve uma mudança de ânimo. Repentinamente, toda ela, incluindo o Haaretz, está metendo a faca nas suas costas. Como se por ordens, todos os jornais escreveram no dia seguinte que "mais de vinte mil" tomaram parte. Bem, eu estava lá e eu tenho alguma noção destas coisas. Haviam, pelo menos 100 mil pessoas lá, a maioria delas jovens. Eu mal podia mover-me.

O protesto não se consumiu por si mesmo, como garante a mídia. Longe disto. Mas qual método melhor para afastar as mentes das pessoas da justiça social do que falar sobre "perigo existencial"?

E mais, as reformas exigidas pelos manifestantes precisarão de dinheiro. Em vista da crise financeira mundial, o governo vigorosamente objeta a aumentar o orçamento público, por temor de prejudicar nosso índice de crédito.

Portanto, de onde poderia sair o dinheiro? Há apenas três fontes plausíveis: os assentamentos (quem se atreveria?), os ortodoxos (idem!) e o enorme orçamento militar.

Mas, à beira da mais crucial guerra em nossa história, quem tocaria nas forças armadas? Nós precisamos de cada shekel para comprar mais aviões, mais bombas, mais submarinos. Escolas e hospitais - ora essa! - tem de esperar.

Assim, Deus abençoe Mahmoud Ahmadinejad. Onde iríamos parar se não fosse ele?




Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2702 Mensagem por Rodrigoiano » Ter Nov 08, 2011 1:41 am

Os serviços secretos de Israel são talvez os melhores do mundo. Suas forças armadas umas das melhores. Já fizeram coisas inimagináveis com sucesso, como a guerra dos seis dias ou o resgate de Entebbe. O Mossad já realizou as mais eficazes ações secretas no mundo, de espiãs gatas (afinal as israelenses são naturalmente belas) a ações de sequestro no exterior. São isentas de erros? Claro que não, vejam o recente episódio - impensável para um serviço secreto - da identificação dos responsáveis por uma ação em Dubai. Mas se alertam para um erro ao se atacar o Irã, é bom as autoridades do país acreditarem. Será uma guerra imprevisível, com baixas que podem ir de locais, para toda a região e até em escala mundial, numa época onde nada quase dá certo nas outrora ricas economias capitalistas ditas de 1° mundo.

O fator surpresa é crucial em um ataque. Anunciar poderia facilitar tanto a defesa quanto o contra-ataque. Já o Irã, por enquanto esta privilegiado, pois nada há de comprovação. Depois das armas de destruição em massa iraquianas que nunca apareceram, fica pouco crível acreditar em um relatório da AIEA. Chegou-se ao ponto de uma suposta tentativa de assassinato de diplomata da Arábia Saudida, em território americano, por traficantes mexicanos a mando do Irã!!!??? Parece coisa de estagiário bêbado da CIA, tanto que se fosse verdade teria repercutido até agora de forma grave, mas, de tal absurdo foi rapidamente esquecido, por todos, até os supostos que iriam ser vitimados (saudidas/americanos).

O Irã se for atacado, ainda por cima nuclearmente, poderá ganhar apoios inesperados mundo afora. Já, se tiver posse já de algum artefato, deverá manter seu seguro até quanto parecer certo o ataque. Um "terremotozinho de causas incertas" entre 4 e 5 graus acalmará a sede dos que querem o atacar. Só sinto um pouco a falta de um padrinho mais forte, como a Rússia (que a meu juízo deveria sim ter vendido os S-300 ao Irã, afinal trata-se de sistema de DEFESA), se bem que as declarações da diplomacia russa de hoje parecem apoiar o Irã, não forte como é o caso da Coréia do Norte e a China, onde a primeira, tem duplo seguro de vida: as nukes e o padrinho amigo ao lado. Israel possui os dois: nukes e o patrinho de estrelas e listras. Mas agirá sozinho sem a permissão deste?? Ainda mais com as consequências gigantescas e nefastas de um ataque ao Irã. Digo muito mais graves, muito piores do que um Irã atômico. Este, mesmo nuclear, mesmo dizendo que o estado judeu deve desaparecer e quetales, jamais atacará primeiro. Nunca atacarão um país com mais de 200 ogivas e sistemas militares modernos. Mas tem o direito de também não ser atacado. E nada melhor para garantir este direito do que ter ogivas nucleares, e meios de levá-las ao destino.

Gde abraço a todos!




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2703 Mensagem por romeo » Ter Nov 08, 2011 5:15 am

Muito bom post, Rodrigo.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2704 Mensagem por romeo » Ter Nov 08, 2011 6:08 am





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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2705 Mensagem por FOXTROT » Ter Nov 08, 2011 8:23 am

Belo post Rodrigoiano!

Quanto ao S-300, a Rússia pode não ter vendido ao Irã, mas isso não quer dizer que o Irã não recebeu esse sistema por outras fontes, só o Kasaquistão recebeu várias unidades nos últimos anos.

Saudações




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2706 Mensagem por FOXTROT » Ter Nov 08, 2011 8:49 am

terra.com.br

Ministro israelense refuta especulação sobre ataque ao Irã
08 de novembro de 2011


O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, refutou nesta terça-feira especulações de que Israel pretenda atacar instalações nucleares do Irã, ao dizer que o país não decidiu embarcar em nenhuma operação militar.
"A guerra não é um piquenique. Nós queremos um piquenique. Nós não queremos uma guerra", disse Barak à Rádio Israel, num momento em que se aguarda esta semana um relatório da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) sobre a atividade nuclear iraniana.

"(Israel) não decidiu ainda embarcar em nenhuma operação militar'', afirmou Barak, refutando especulações da mídia israelense de que ele e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu haviam tomado a decisão sobre o ataque.

Mas Barak declarou que Israel tem de se preparar para "situações desconfortáveis" e assumir a responsabilidade pela própria segurança.

Todas as opções para deter as ambições nucleares do Irã deveriam estar abertas, disse ele.

A previsão, de modo geral, é que o relatório da AIEA fortaleça as suspeitas de que o Irã esteja tentando fabricar armas nucleares, apesar das declarações do governo iraniano de que seu programa de enriquecimento de urânio tem como finalidade a geração de energia.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2707 Mensagem por Penguin » Ter Nov 08, 2011 9:10 am

Sarkozy called Israeli PM Netanyahu 'liar'
http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-15635476

French President Nicolas Sarkozy called Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu a "liar" in remarks to US President Barack Obama overheard by journalists.

"I can't stand him anymore, he's a liar," Mr Sarkozy said in French.

"You may be sick of him, but me, I have to deal with him every day," Mr Obama replied.

The exchange at the G20 summit was quoted by a French website, Arret sur Images, and confirmed by other media.

The remarks - during a private conversation - were overheard by a few journalists last week but were not initially reported, the BBC's Christian Fraser in Paris says.

Journalists at the bilateral press conference had been handed translation boxes but had been told not to plug in their headphones until the backroom conversation had finished. But those who did heard the revealing comments.

For several days there was media silence in France about the exchange - a decision had been taken not to embarrass the French president, our correspondent says.

A correspondent for Le Monde newspaper referred to the conversation without the quotes.

But Israeli newspapers have reported it in full.

It is said Mr Obama was taking Mr Sarkozy to task for voting in favour of the Palestinian bid for full membership of the UN cultural organisation, Unesco, a bid that was approved despite American opposition.

The remarks indicate a breakdown of trust with the Israeli leader which could have wider implications for the Middle East peace process, our




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2708 Mensagem por rodrigo » Ter Nov 08, 2011 11:43 am

A economia não está pra guerra. Ou está? E a eleição nos EUA é ano que vem.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2709 Mensagem por FOXTROT » Ter Nov 08, 2011 12:31 pm

terra.com.br

Ahmadinejad afirma que Irã não precisa de bomba nuclear para enfrentar EUA
08 de novembro de 2011 • 12h11

Teerã, 8 Nov 2011 (AFP) -O Irã não precisa da bomba atômica para enfrentar Washington e seus aliados, advertiu nesta terça-feira o presidente Mahmud Ahmadinejad, às vésperas da publicação pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de um relatório que confirma as suspeitas ocidentais sobre uma atividade nuclear militar iraniano.
"Os Estados Unidos, que possuem 5.000 bombas atômicas, nos acusam sem pudor de fabricar a bomba atômica, mas devem saber que para cortar a mão que estenderam sobre o mundo não vamos precisar da bomba atômica", disse Ahmadinejad.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2710 Mensagem por Enlil » Ter Nov 08, 2011 2:39 pm

Um dos principais motivos de não quererem um Irã com armas nucleares é que as potências ocidentais terão que esquecer o sonho de um dia derrubar o regime de Teerã, "a la Iraque", e por mão nas únicas reservas de petróleo do Oriente Médio que não estão em seu poder.




[]'s.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2711 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Nov 08, 2011 2:48 pm

Quem tem, não mexe com quem tem, pq da merda.

Quem tem, não quer que quem não tenha passe a ter, pq da merda.

Quem não tem, fica com medo de ter, pq quem tem não quer q ninguem mais tenha, pq da merda.

Ja q o resultado de tudo é merda, ou todos tem ou ninguem tem...

Se o Irã quer ter eu sou a favor, pq eu tbm quero que o meu Brasil tenha... Se todos os paises do mundo (até mesmo Trindad e Tobaco) tivessem na haveria guerra.

Olha que blz.

:mrgreen:




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2712 Mensagem por Túlio » Ter Nov 08, 2011 2:53 pm

Creio ser FATO que um ataque ao Irã precipitaria de vez uma corrida nuclear pelo mundo, ninguém ia querer ser O PRÓXIMO - e isso NOS inclui... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2713 Mensagem por Enlil » Ter Nov 08, 2011 2:57 pm

O tio "Il", que de bobo não tem nada, já relatou que após a invasão do Iraque a única segurança efetiva da CN contra uma operação similar seria possuir uma nuke!

Esse é o melhor "seguro de vida" que um país pode ter. Pura e simplesmente não querem que o Irã tenha um programa nuclear de qualquer natureza; quem domina o ciclo, para o fim pacifico que seja, domina a tecnolgia militar para fazer uma nuke, simples.



[]'s.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2714 Mensagem por Enlil » Ter Nov 08, 2011 2:58 pm

Túlio escreveu:Creio ser FATO que um ataque ao Irã precipitaria de vez uma corrida nuclear pelo mundo, ninguém ia querer ser O PRÓXIMO - e isso NOS inclui... 8-]
:wink:.

Devemos dar graças aos EUA por isso!



[].




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#2715 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 08, 2011 3:17 pm

A maior preocupação do mundo ocidental com a relação à possibilidade do Irã fabricar bombas nucleares é que depois uma ou mais delas "inadvertidamente" caia nas mãos de algum grupo de terroristas ou criminosos e acabe sendo contrabandeada para dentro de algum país da Europa ou da América do Norte. Esta perspectiva inclusive faria com que o próprio regime dos aiatolás iranianos tivesse que passar a ser protegido pelo ocidente contra uma "primavera persa" (o oposto do que aconteceu na Líbia ou na Síria), pois a derrubada desordenada do regime poderia eliminar qualquer controle oficial sobre as ogivas, aumentando a possibilidade de algumas delas serem desviadas.

O segundo motivo é a possibilidade de que a nuclearização do Irã leve a uma corrida nuclear em todo o oriente médio (Turquia, Arábia Saudita e Egito seriam sérios candidatos a entrar nesta), e depois por todo o globo, o que complicaria sobremaneira o cenário geopolítico e multiplicaria muitas vezes o risco da perda de controle de alguma bomba nuclear.

Mas é muito difícil justificar tanta pressão contra a nuclearização do Irã quando ele tem à sua volta uma Israel e um Paquistão, ambos nações hostis a ele e nuclearizadas com todo o apoio do ocidente, sem falar das ogivas das demais potências nucleares que desde a revolução contra o regime corrupto do Xá (a rigor um primeiro movimento da primavera árabe) sempre que possível tomaram ações agressivas contra o país.


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