Irã tem como se defender de Israel?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Nas buenas, mas não é mais fácil fazer que nem os Sérvios? Um índio com um celular perto das bases e...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
terra.com.br
Tensão Israel-Irã ganha novo capítulo antes de relatório da AIEA
06 de novembro de 2011
As tensões entre Israel e Irã envolvendo o programa nuclear iraniano deram um novo passo na última semana. Na quarta-feira, o jornal israelense Ha'aretz afirmou que o governo do país buscava apoio do Conselho de Ministros de Israel para iniciar um ataque às ogivas nucleares do país de Mahmoud Ahmadinejad. A equipe do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que levará em consideração o relatório da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) para avaliar uma possível intervenção.
O Irã não demorou a reagir diante das declarações de Israel. O ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, disse que o país "está preparado para o pior". Enquanto isso, tropas israelenses realizavam manobras militares, simulando ataques aéreos a centros urbanos e testando mísseis. À medida que países ocidentais - como Estados Unidos, França e Reino Unido - engrossavam o tom contra o Irã, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartou qualquer possibilidade de intervir no país persa.
A atitude de Israel em relação a um possível ataque ao Irã levanta questões sobre a legalidade de uma intervenção como essa. Para que ocorra de forma legal, a ação precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU com unanimidade. Entretanto, é muito provável que a Rússia e a China votem contra o ataque - dois países que historicamente resistem em apoiar as sanções ocidentais ao Irã. Assim, Israel - que tem o apoio dos Estados Unidos - iria contra as normas que regem o direito internacional caso decidisse intervir sem o aval da ONU.
Apesar da tensão acirrada, episódios parecidos com esse já foram registrados na história dos conflitos entre Israel e Irã. Segundo o jornal El País, "é uma guerra de nervos que se prolonga desde a revolução iraniana de 1979, e que de vez em quando se sobressai com mais força". O jornal online CBS News destacou que, desde o surgimento de relatos de que o Irã estava envolvido em um programa de enriquecimento de urânio, especialistas e líderes mundiais alertaram o mundo sobre uma possível bomba atômica em pouco tempo. "Dez anos depois: nenhuma bomba", disse o jornal.
Além disso, é improvável que os Estados Unidos, enquanto liderados por Barack Obama, apoiem um ataque israelense ao Irã. Mesmo que o governo atual dos EUA tenha tomado medidas para isolar o país persa com sanções, Obama está em campanha eleitoral - e um de seus feitos mais destacados durante esse período é a retirada das tropas americanas do Iraque até o final deste ano. Segundo o CBS News, desde 2007, o Pentágono envia fortes advertências a Israel para que não ataque o Irã sob quaisquer circunstâncias, já que as consequências seriam muito graves.
Divergências internas
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, receberam recentemente o apoio do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, no plano de ataque ao Irã - ele resistia devido às repercussões que a intervenção poderia ter. No entanto, os três buscam apoio da maioria do Congresso dos Ministros de Israel. Atualmente, o grupo que se opõe ao ataque tem pouco mais da metade dos votos - mas Netanyahu, Barak e Lieberman tentam reverter esse quadro.
Tensão Israel-Irã ganha novo capítulo antes de relatório da AIEA
06 de novembro de 2011
As tensões entre Israel e Irã envolvendo o programa nuclear iraniano deram um novo passo na última semana. Na quarta-feira, o jornal israelense Ha'aretz afirmou que o governo do país buscava apoio do Conselho de Ministros de Israel para iniciar um ataque às ogivas nucleares do país de Mahmoud Ahmadinejad. A equipe do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que levará em consideração o relatório da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) para avaliar uma possível intervenção.
O Irã não demorou a reagir diante das declarações de Israel. O ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, disse que o país "está preparado para o pior". Enquanto isso, tropas israelenses realizavam manobras militares, simulando ataques aéreos a centros urbanos e testando mísseis. À medida que países ocidentais - como Estados Unidos, França e Reino Unido - engrossavam o tom contra o Irã, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartou qualquer possibilidade de intervir no país persa.
A atitude de Israel em relação a um possível ataque ao Irã levanta questões sobre a legalidade de uma intervenção como essa. Para que ocorra de forma legal, a ação precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU com unanimidade. Entretanto, é muito provável que a Rússia e a China votem contra o ataque - dois países que historicamente resistem em apoiar as sanções ocidentais ao Irã. Assim, Israel - que tem o apoio dos Estados Unidos - iria contra as normas que regem o direito internacional caso decidisse intervir sem o aval da ONU.
Apesar da tensão acirrada, episódios parecidos com esse já foram registrados na história dos conflitos entre Israel e Irã. Segundo o jornal El País, "é uma guerra de nervos que se prolonga desde a revolução iraniana de 1979, e que de vez em quando se sobressai com mais força". O jornal online CBS News destacou que, desde o surgimento de relatos de que o Irã estava envolvido em um programa de enriquecimento de urânio, especialistas e líderes mundiais alertaram o mundo sobre uma possível bomba atômica em pouco tempo. "Dez anos depois: nenhuma bomba", disse o jornal.
Além disso, é improvável que os Estados Unidos, enquanto liderados por Barack Obama, apoiem um ataque israelense ao Irã. Mesmo que o governo atual dos EUA tenha tomado medidas para isolar o país persa com sanções, Obama está em campanha eleitoral - e um de seus feitos mais destacados durante esse período é a retirada das tropas americanas do Iraque até o final deste ano. Segundo o CBS News, desde 2007, o Pentágono envia fortes advertências a Israel para que não ataque o Irã sob quaisquer circunstâncias, já que as consequências seriam muito graves.
Divergências internas
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, receberam recentemente o apoio do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, no plano de ataque ao Irã - ele resistia devido às repercussões que a intervenção poderia ter. No entanto, os três buscam apoio da maioria do Congresso dos Ministros de Israel. Atualmente, o grupo que se opõe ao ataque tem pouco mais da metade dos votos - mas Netanyahu, Barak e Lieberman tentam reverter esse quadro.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
novo passo na última semana. Na quarta-feira, o jornal israelense Ha'aretz afirmou que o governo do país buscava apoio do Conselho de Ministros de Israel para iniciar um ataque às ogivas nucleares do país de Mahmoud Ahmadinejad.
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Manipulação explícita ou jornalista idiota ?
É difícil digerir esse tipo de notícia, sem vomitar.
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É difícil digerir esse tipo de notícia, sem vomitar.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Alguma possibilidade do Irã já ter a bomba e usar em um de seus mísseis (seja ele nacional ou importado)?
Essa confiança toda faz parecer que há uma carta na manga, não?
Saudações
Essa confiança toda faz parecer que há uma carta na manga, não?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Uma bomba nuclear "suja", talvez...FOXTROT escreveu:Alguma possibilidade do Irã já ter a bomba e usar em um de seus mísseis (seja ele nacional ou importado)?
Essa confiança toda faz parecer que há uma carta na manga, não?
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Israel vai fazer M&Rd@.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
É só dar um XABÚ que nem a Coréia do Norte e kabô-se a treta...
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
A onça só está valente assim porque sabe que eles não tem a bomba.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Exatamente! Por isso mesmo tem pânico em perder o monopólio!
[].
[].
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Exato!
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
O Irã e a perigosa aposta de Israel
Mauro Santayana
Não se trata mais de hipótese: os falcões americanos e o governo britânico estão dispostos a apoiar ação militar de Israel contra o Irã, embora grande parte da opinião pública israelita advirta que essa aventura é arriscada. Aviões militares de Israel fazem manobras no Mediterrâneo, e já se fala no emprego de mísseis de alcance médio contra o suposto inimigo. Seus líderes da extrema-direita, entre eles religiosos radicais, estimulam os cidadãos, com o argumento de que se trata de uma luta de vida ou morte.
Toda cautela é pouca na avaliação política da questão de Israel. Em primeiro lugar há que se separar o povo judaico do sionismo e do Estado de Israel — que parece condenado a sempre fazer guerra. Como disse um de seus grandes pensadores, se todos os estados possuem um exército, em Israel é o exército que possui o estado.
É explicável que, com sua história atribulada e as perseguições sofridas, sobretudo no século 20, sob a brutalidade nazista, os judeus se encontrem na defensiva. Isso, no entanto, não autoriza a insânia de sua política agressiva contra os palestinos em particular, e contra os muçulmanos em geral.
A política belicista de Israel, alimentada pelos fundamentalistas, e estimulada pelos interesses norte-americanos, tem impedido a paz na região. Os palestinos são tão semitas quanto os judeus, embora muitos dos judeus procedentes da Europa não sejam semitas em sua origem étnica, posto que convertidos a partir do século 8. Os dois povos poderiam viver em paz se o processo de ocupação da Palestina pelos judeus europeus tivesse seguido outra orientação.
Mas o passado não pode ser mudado. Sendo assim, é tempo para o entendimento entre os dois povos — mas para parcelas das elites de Israel e seus patrocinadores americanos, a guerra é um excelente negócio. Sem a guerra, a receita de Israel — um território pobre de petróleo, tão próximo das mais pejadas jazidas do mundo — seria insuficiente para manter seu poderoso e bem remunerado exército e suas elites dirigentes, contra as quais começam a mover-se também os indignados, e com razão.
Israel nasceu sob o ideal de um sistema socialista baseado na solidariedade dos kibbutzim, mas hoje não se distingue mais dos países capitalistas. Os ensandecidos partidários da ação militar contra Teerã talvez imaginem que essa iniciativa tolha o reconhecimento do Estado da Palestina pela ONU, mas deixam de atentar para os grandes riscos da operação, apontados pelos judeus de bom-senso.
Em primeiro lugar há uma questão ética em jogo, que o mundo já medita há muito tempo: por que Israel pôde desenvolver as suas armas nucleares, e os outros países da região não podem investigar o aproveitamento do conhecimento nuclear para fins pacíficos?
Em visão mais radical, mas nem por isso contrária à ética: por que Israel dispõe de 200 ogivas nucleares e os outros países não podem dispor de armas atômicas? O que os faz tão diferentes dos outros? Se o Estado de Israel se sente ameaçado pelos vizinhos, os vizinhos também têm suas razões para se sentirem ameaçados por Israel.
Façamos um rápido exercício lógico sobre as consequências de um ataque aéreo — que já não se trata de hipótese, mas de timing — de Israel às instalações nucleares do Irã. Como irão reagir a Rússia e a China e, antes das duas grandes potências, o que fará a Turquia? A Grã-Bretanha, segundo informou ontem The Guardian, já está estudando participar de uma expedição contra o Irã, e só o governo dos Estados Unidos — exceto alguns falcões — está relutante.
Haveria, assim, uma aliança inicial entre Sarkozy, Cameron e Netanyahu contra o Irã. Talvez os europeus e os próprios norte-americanos vejam nesse movimento uma forma de superar o acelerado descontentamento de seus povos contra a submissão dos estados aos banqueiros larápios.
O encontro de um bode expiatório, como parece a propósito a antiga Pérsia, poderia ser uma forma de buscar a unidade interna de ingleses, franceses, norte-americanos — e judeus. É ingenuidade imaginar que o provável ataque se concentrará nas instalações de pesquisa nuclear. Uma vez iniciada a agressão, ela não se limitará a nada, e se repetirá o holocausto da Líbia, com seus milhares de mortos e feridos, em nome dos “direitos humanos” dos ricos.
O mapa geopolítico de hoje é um pouco diferente do que era em 1948 e 1967, quando se criou o Estado de Israel e quando ele se ampliou para além das fronteiras estabelecidas pela comunidade internacional.
É assustador pensar em uma Terceira Guerra Mundial, com novos atores em cena, entre eles possuidores das armas apocalípticas, como a China, o Paquistão e a Índia. Diante da insanidade de certos chefes de Estado de nosso tempo, é uma terrível probabilidade — e com todas as consequências impensáveis.
Fonte: Jornal do Brasil
http://planobrasil.com/2011/11/06/o-ira ... de-israel/
Mauro Santayana
Não se trata mais de hipótese: os falcões americanos e o governo britânico estão dispostos a apoiar ação militar de Israel contra o Irã, embora grande parte da opinião pública israelita advirta que essa aventura é arriscada. Aviões militares de Israel fazem manobras no Mediterrâneo, e já se fala no emprego de mísseis de alcance médio contra o suposto inimigo. Seus líderes da extrema-direita, entre eles religiosos radicais, estimulam os cidadãos, com o argumento de que se trata de uma luta de vida ou morte.
Toda cautela é pouca na avaliação política da questão de Israel. Em primeiro lugar há que se separar o povo judaico do sionismo e do Estado de Israel — que parece condenado a sempre fazer guerra. Como disse um de seus grandes pensadores, se todos os estados possuem um exército, em Israel é o exército que possui o estado.
É explicável que, com sua história atribulada e as perseguições sofridas, sobretudo no século 20, sob a brutalidade nazista, os judeus se encontrem na defensiva. Isso, no entanto, não autoriza a insânia de sua política agressiva contra os palestinos em particular, e contra os muçulmanos em geral.
A política belicista de Israel, alimentada pelos fundamentalistas, e estimulada pelos interesses norte-americanos, tem impedido a paz na região. Os palestinos são tão semitas quanto os judeus, embora muitos dos judeus procedentes da Europa não sejam semitas em sua origem étnica, posto que convertidos a partir do século 8. Os dois povos poderiam viver em paz se o processo de ocupação da Palestina pelos judeus europeus tivesse seguido outra orientação.
Mas o passado não pode ser mudado. Sendo assim, é tempo para o entendimento entre os dois povos — mas para parcelas das elites de Israel e seus patrocinadores americanos, a guerra é um excelente negócio. Sem a guerra, a receita de Israel — um território pobre de petróleo, tão próximo das mais pejadas jazidas do mundo — seria insuficiente para manter seu poderoso e bem remunerado exército e suas elites dirigentes, contra as quais começam a mover-se também os indignados, e com razão.
Israel nasceu sob o ideal de um sistema socialista baseado na solidariedade dos kibbutzim, mas hoje não se distingue mais dos países capitalistas. Os ensandecidos partidários da ação militar contra Teerã talvez imaginem que essa iniciativa tolha o reconhecimento do Estado da Palestina pela ONU, mas deixam de atentar para os grandes riscos da operação, apontados pelos judeus de bom-senso.
Em primeiro lugar há uma questão ética em jogo, que o mundo já medita há muito tempo: por que Israel pôde desenvolver as suas armas nucleares, e os outros países da região não podem investigar o aproveitamento do conhecimento nuclear para fins pacíficos?
Em visão mais radical, mas nem por isso contrária à ética: por que Israel dispõe de 200 ogivas nucleares e os outros países não podem dispor de armas atômicas? O que os faz tão diferentes dos outros? Se o Estado de Israel se sente ameaçado pelos vizinhos, os vizinhos também têm suas razões para se sentirem ameaçados por Israel.
Façamos um rápido exercício lógico sobre as consequências de um ataque aéreo — que já não se trata de hipótese, mas de timing — de Israel às instalações nucleares do Irã. Como irão reagir a Rússia e a China e, antes das duas grandes potências, o que fará a Turquia? A Grã-Bretanha, segundo informou ontem The Guardian, já está estudando participar de uma expedição contra o Irã, e só o governo dos Estados Unidos — exceto alguns falcões — está relutante.
Haveria, assim, uma aliança inicial entre Sarkozy, Cameron e Netanyahu contra o Irã. Talvez os europeus e os próprios norte-americanos vejam nesse movimento uma forma de superar o acelerado descontentamento de seus povos contra a submissão dos estados aos banqueiros larápios.
O encontro de um bode expiatório, como parece a propósito a antiga Pérsia, poderia ser uma forma de buscar a unidade interna de ingleses, franceses, norte-americanos — e judeus. É ingenuidade imaginar que o provável ataque se concentrará nas instalações de pesquisa nuclear. Uma vez iniciada a agressão, ela não se limitará a nada, e se repetirá o holocausto da Líbia, com seus milhares de mortos e feridos, em nome dos “direitos humanos” dos ricos.
O mapa geopolítico de hoje é um pouco diferente do que era em 1948 e 1967, quando se criou o Estado de Israel e quando ele se ampliou para além das fronteiras estabelecidas pela comunidade internacional.
É assustador pensar em uma Terceira Guerra Mundial, com novos atores em cena, entre eles possuidores das armas apocalípticas, como a China, o Paquistão e a Índia. Diante da insanidade de certos chefes de Estado de nosso tempo, é uma terrível probabilidade — e com todas as consequências impensáveis.
Fonte: Jornal do Brasil
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Eu ja penso o contrarioHader escreveu:A onça só está valente assim porque sabe que eles não tem a bomba.
Penso que eles tão latindo tanto e tanto sem morder pq desconfiam ou tem a certeza que eles tem alguns brinquedos.
No meu mundinho penso que se Israel tivesse tanta certeza da ausencia "ainda" das nukes...ja tava cheio de F-16 no espaço aereo Iraniano.
Vendo essas briga ai me lembra uma coisa...
Vc esta andando na rua calmamente e de repende vem um Cachorrão enorme desesperado (Israel) ao seu encontro latindo e rosnando...vc fica ali em pé batendo o pé (Irã) e dizendo sai, sai, sai e batendo o pé, sai sai...
Fato é...o primeiro que demonstrar medo se lasca...
O cachorro enorme geralmente ganha, mas que ele leva alguns belos bicudos e perde alguns dentes...isso é certo.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Rússia: ataque de Israel ao Irã seria erro muito grave
07 de novembro de 2011 • 07h41 • atualizado às 07h46
A Rússia advertiu nesta segunda-feira Israel que um ataque contra o Irã seria um "erro muito grave" capaz de provocar mais conflitos e causar vítimas civis. "Seria um erro muito grave com consequências imprevisíveis", disse o chanceler russo Serguei Lavrov após a ameaça do presidente israelense Shimon Peres de que um ataque contra o Irã é uma opção cada vez mais provável.
"Não pode existir nenhuma solução militar para o problema nuclear iraniano, como não pode existir para nenhum outro problema do mundo contemporâneo", completou Lavrov. "Qualquer conflito deve ser resolvido exclusivamente por meios aprovados pela comunidade internacional, de acordo com a Carta das Nações Unidas", destacou Lavrov.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Ahmadinejad faz advertência contra ataque ao Irã
07 de novembro de 2011 • 08h21
CAIRO, Egito, 7 Nov 2011 (AFP) -O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad declarou que Estados Unidos e Israel desejam atacar o Irã para combater a crescente influência da República Islâmica e advertiu contra qualquer agressão ao país, em uma entrevista ao jornal egípcio Al-Akhbar.
"O Irã aumentou suas capacidades e continua progredindo, e por esta razão é capaz de rivalizar com o mundo. Agora Israel e o Ocidente, em especial os Estados Unidos, temem as capacidades e o papel do Irã", disse Ahmadinejad.
"Buscam apoio internacional para suprimir a influência (do Irã). Os arrogantes devem saber que o Irã não permitirá esta agressão", completou.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgará na terça-feira um relatório sobre o controverso programa nuclear iraniano, em um contexto de ameaça israelense de intervenção militar contra o Irã.
Segundo fontes diplomáticas ocidentais, a AIEA deve publicar na terça-feira um relatório com dados que respaldam as suspeitas sobre o caráter militar do programa nuclear iraniano, apesar dos desmentidos do governo de Teerã, que admite apenas objetivos civis.
Ahmadinejad faz advertência contra ataque ao Irã
07 de novembro de 2011 • 08h21
CAIRO, Egito, 7 Nov 2011 (AFP) -O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad declarou que Estados Unidos e Israel desejam atacar o Irã para combater a crescente influência da República Islâmica e advertiu contra qualquer agressão ao país, em uma entrevista ao jornal egípcio Al-Akhbar.
"O Irã aumentou suas capacidades e continua progredindo, e por esta razão é capaz de rivalizar com o mundo. Agora Israel e o Ocidente, em especial os Estados Unidos, temem as capacidades e o papel do Irã", disse Ahmadinejad.
"Buscam apoio internacional para suprimir a influência (do Irã). Os arrogantes devem saber que o Irã não permitirá esta agressão", completou.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgará na terça-feira um relatório sobre o controverso programa nuclear iraniano, em um contexto de ameaça israelense de intervenção militar contra o Irã.
Segundo fontes diplomáticas ocidentais, a AIEA deve publicar na terça-feira um relatório com dados que respaldam as suspeitas sobre o caráter militar do programa nuclear iraniano, apesar dos desmentidos do governo de Teerã, que admite apenas objetivos civis.
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