Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3976 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Nov 01, 2011 8:11 am

helio escreveu:Amigos
Volto a esclarecer o que já tinha dito:
É perfeitamente normal uma OM de cavalaria operar com numero incompleto de blindados.
O ideal seriam 28 carros, mas como não dá, serão 13. Eu pessoalmente prefiro isto a ter um esquadrão de M41 preenchendo.

Abraços

Hélio
Hélio,

É normal ou habitual por falta de recursos?

Na hora da necessidade real, considerando o curto tempo para mobilização, de onde virão os meios necessários ao recompletamento das unidades?

Um abraço,

Robson




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3977 Mensagem por Túlio » Ter Nov 01, 2011 8:24 am

CM e JL: a idéia é poupar peso, a blindagem já é - em tese - suficientemente capaz sem adicionar areia, vidro, etc. A idéia do ar comprimido criaria resistência adicional (a flecha querendo entrar, o ar querendo sair) praticamente sem aumento de peso. Uma variação seria usar CO2 sob pressão (como nos extintores de incêndio) nos espaços vazios, sairia igualmente sob pressão mas resfriaria muito mais a ponta do penetrador. Agora imaginem, a cada camada perfurada um ciclo aquecimento/resfriamento, como ficaria a rigidez da ponta da flecha? Aliás, essa do CO2 me apareceu inicialmente como uma idéia de ERA, só que neste caso o CO2 estaria na forma LÍQUIDA: A SHAPED CHARGE impacta e manda seu plasma incandescente, este atinge a ERA, perfura a chapa de cobertura e dá de cara com um monte de CO2 ainda líquido (o plasma viaja a uns belos km/s) a uns 70 graus negativos, isso resfria um bocado e esse tipo munição depende exclusivamente do CALOR para ser efetivo. Daí perfura nova camada e novo ciclo de forte resfriamento, até onde irá? E por não ser EXPLOSIVA, a tendência - novamente em tese - seria a chapa ERA atingida não danificar as demais. Ademais, como um plus, CO2 evita/combate incêndios...

Knight7: na verdade se está justamente discordando do peso e ainda por cima das dimensões. Motivos acima. DUVIDO que os CCs que substituirão Abrams, Leo2 & quetales serão do mesmo peso e tamanho, essa gente viu na prática o que custa abastecer um motor de 1500 HP em campanha e peças para carros assim são necessariamente maiores e mais pesadas/caras, o que complica/encarece a logística. O T-95 é protótipo e segue uma tendência válida PARA A RÚSSIA, com seus imensos espaços abertos e planos, o que absolutamente NÃO É o nosso caso. Não sei de onde tiraste a idéia dos tales 50 anos e discordo frontalmente da aquisição de mais lixo ianque/europeu...

É a minha opinião. 8-]




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3978 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 01, 2011 8:38 am

Reginaldo Bacchi escreveu:Tulio a tecnologia de sinterização do tungstenio para fazer muniçãp APDSFS já é dominada pela Brassinter ha muitos anos.

Em 1987 seus tecnicos fizeram as barras para os protótipos da munição APDSFS da ENGESA para o canhão EC-90 (Cockerill Mk 3).

O diretor tecnico da Brassinter era o engenheiro Luiz Roberto Hegendorn Saião, meu colega de turma na FEI.

Eu assisti os testes da munição na Marambaia.

Bacchi
Olá Bacchi,

Minha dúvida é quanto ao uso de PLACAS de tungstênio em uma blindagem. No processo de sinterização, em que se parte de um material em forma de pó e consegue-se sua aglutinação através de pressão e calor, é possível produzir pequenas peças compactas (como o penetrador da munição flexa) de até alguns Kg de peso. Mas nunca vi este processo aplicado a peças maiores, e muito menos em forma de placas (e uma placa de 500x500x10mm pesaria 50 kg). Não sei se seria possível, e acho que mesmo que fosse o custo de cada placa seria bastante alto. Fora que as placas teriam que ser unidas de alguma forma para formar a estrutura do carro, e como isto seria feito, tungstênio sinterizado aceita solda? Outra dúvida, material sinterizado contuma ser bem mais frágil do que fundido, forjado ou laminado. Um penetrador trabalha basicamente à compressão, então isso não é tão importante, mas uma chapa de blindagem é solicitada em flexão, teria o sinterizado de tungstênio a tenacidade adequada?

Outro ponto é: Seria necessário realmente partir para o tungstênio? Ele é quase 3 veses mais pesado que o aço, será que uma parede de aço ligado de alta resistência com duas a 3 vezes a espessura não seria até mais forte que uma de tungstênio pelo mesmo peso e muito menor custo?


De qualquer forma, nesta etapa inicial de estudo das tecnologias tudo é válido, é só avaliar os prós e os contras de cada idéia através de experimentos relativamente simples e baratos (e aí talvez algumas universidades pudessem ajudar bastante) e decidir se vale a pena tentar incorporar no projeto ou não.


Abraços a todos,


Leandro G. Card




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3979 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Nov 01, 2011 8:42 am

Túlio escreveu:CM e JL: a idéia é poupar peso, a blindagem já é - em tese - suficientemente capaz sem adicionar areia, vidro, etc. A idéia do ar comprimido criaria resistência adicional (a flecha querendo entrar, o ar querendo sair) praticamente sem aumento de peso. Uma variação seria usar CO2 sob pressão (como nos extintores de incêndio) nos espaços vazios, sairia igualmente sob pressão mas resfriaria muito mais a ponta do penetrador. Agora imaginem, a cada camada perfurada um ciclo aquecimento/resfriamento, como ficaria a rigidez da ponta da flecha? Aliás, essa do CO2 me apareceu inicialmente como uma idéia de ERA, só que neste caso o CO2 estaria na forma LÍQUIDA: A SHAPED CHARGE impacta e manda seu plasma incandescente, este atinge a ERA, perfura a chapa de cobertura e dá de cara com um monte de CO2 ainda líquido (o plasma viaja a uns belos km/s) a uns 70 graus negativos, isso resfria um bocado e esse tipo munição depende exclusivamente do CALOR para ser efetivo. Daí perfura nova camada e novo ciclo de forte resfriamento, até onde irá? E por não ser EXPLOSIVA, a tendência - novamente em tese - seria a chapa ERA atingida não danificar as demais. Ademais, como um plus, CO2 evita/combate incêndios...

Knight7: na verdade se está justamente discordando do peso e ainda por cima das dimensões. Motivos acima. DUVIDO que os CCs que substituirão Abrams, Leo2 & quetales serão do mesmo peso e tamanho, essa gente viu na prática o que custa abastecer um motor de 1500 HP em campanha e peças para carros assim são necessariamente maiores e mais pesadas/caras, o que complica/encarece a logística. O T-95 é protótipo e segue uma tendência válida PARA A RÚSSIA, com seus imensos espaços abertos e planos, o que absolutamente NÃO É o nosso caso. Não sei de onde tiraste a idéia dos tales 50 anos e discordo frontalmente da aquisição de mais lixo ianque/europeu...

É a minha opinião. 8-]
Nas minhas limitações, estou impressionado!
Assim vocês vão acabar "projetando" o nosso futuro MBT, restando apenas montar o protótimpo para os testes.
Parabens!




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3980 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 01, 2011 8:52 am

Túlio escreveu:CM e JL: a idéia é poupar peso, a blindagem já é - em tese - suficientemente capaz sem adicionar areia, vidro, etc. A idéia do ar comprimido criaria resistência adicional (a flecha querendo entrar, o ar querendo sair) praticamente sem aumento de peso. Uma variação seria usar CO2 sob pressão (como nos extintores de incêndio) nos espaços vazios, sairia igualmente sob pressão mas resfriaria muito mais a ponta do penetrador. Agora imaginem, a cada camada perfurada um ciclo aquecimento/resfriamento, como ficaria a rigidez da ponta da flecha? Aliás, essa do CO2 me apareceu inicialmente como uma idéia de ERA, só que neste caso o CO2 estaria na forma LÍQUIDA: A SHAPED CHARGE impacta e manda seu plasma incandescente, este atinge a ERA, perfura a chapa de cobertura e dá de cara com um monte de CO2 ainda líquido (o plasma viaja a uns belos km/s) a uns 70 graus negativos, isso resfria um bocado e esse tipo munição depende exclusivamente do CALOR para ser efetivo. Daí perfura nova camada e novo ciclo de forte resfriamento, até onde irá? E por não ser EXPLOSIVA, a tendência - novamente em tese - seria a chapa ERA atingida não danificar as demais. Ademais, como um plus, CO2 evita/combate incêndios...
Túlio, os gases comprimidos se resfriam ao se expandir, e na velocidade do impacto de um penetrador de munição flexa o CO2 não teria tempo para isso, então seu poder de resfriamento seria praticamente desprezível. A flexa iria simplesmente perfurar o CO2 ou qualquer outro gás como se fosse um fluído incompressível e atingir a camada de blindagem seguinte antes mesmo que o gás "percebesse o que o atingiu".

Eu certa vez vi estudos sobre esta questão de impactos de alta velocidade, e nestas condições os materiais se comportam de formas muito estranhas. O aço se comporta como líquido, produzindo até efeitos de refração, alguns líquidos se comportam como borracha, e por aí vai. Mas de qualquer forma vale à pena pensar e testar todas as idéias nesta fase, já me mostraram também coisas bem interessantes. Certa feita o coronel Gélio Fregapani me contou que em testes que ele solicitou o material que mostrou mais resistência na confecção de capacetes militares, mais até que o kevlar, foi a fibra de côco impregnada com sei lá que resina sintética. E era também um dos materiais mais leves testados! Então, qualquer idéia vale.

Um abraço,


Leandro G. Card




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3981 Mensagem por helio » Ter Nov 01, 2011 8:54 am

RobsonBCruz escreveu:
helio escreveu:Amigos
Volto a esclarecer o que já tinha dito:
É perfeitamente normal uma OM de cavalaria operar com numero incompleto de blindados.
O ideal seriam 28 carros, mas como não dá, serão 13. Eu pessoalmente prefiro isto a ter um esquadrão de M41 preenchendo.

Abraços

Hélio
Hélio,

É normal ou habitual por falta de recursos?

Na hora da necessidade real, considerando o curto tempo para mobilização, de onde virão os meios necessários ao recompletamento das unidades?

Um abraço,

Robson
Robson
Para voce ter uma idéia do que estou falando vou citar fatos historicos:
A UNICA OCASIÃO que as nossas OM de cavalaria e infantaria equipados com blindados esteve completo foi na segunda metade da década de 40, quando quantidades maciças de equipamento foram recebidas. Nesta época cada BCC(batalhão de Carros de Combate) possuiam 53 CCM distribuidos em 3 esquadrões + 1 esquadrão de CCL. Cada esquadrão tinha 3 pelotões com 5 carros( hoje é somente 4) + 2 carros para o comandante e sub do esquadrão . Além destes cada BCC tinha um CC para o comandante e outro para o sub da OM.
Na infantaria haviam os BCCL(batalhão de Carro de combate Leve) com 3 companhias de 17 CCL totalizando também 53 CCL.
Tinhamos também os RRecMec(Regimento de reconhecimento mecanizado) equipados com 2 esquadrões de CC e 2 esquadrões de blindados ( CCL + M3 Scout Car) em alguns casos com T-17 Deerhound. Cada OM de cavalaria e infantaria mecanizada também possuia alguns meia lagarte e é claro veiculos de apoio( jeep,ambulancia,cisterna,caminhões, La France,etc...)
Tinhamos também EsqRecMec e REsI, os EsqRecMec com Stuart e Scout Car e o REsI com um esquadrão completo de CCM.
Já no inicio dos anos 50 o 2º e o 3º BCC estavam capengas de CCM e operavam quase somente com os CCL. Os CCM eram os M3A3 e M3A5 Lee e os CCL os M3/M3A1 Stuart
Como não houve aquisição de CC mais modernos até 1960 (quando vieram os primeiros M41) a força de blindados foi decrescendo.
Uma coisa Robson é no papel , a outra é na realidade.
Não é só no EB que vimos isto, é muito mais fácil de identificar isto nas nossas unidades de caça da FAB, cuja quantidade deles diminui a cada atrito, e a demora para repor é grande, ou as vezes nem acontece.

Abraços
Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3982 Mensagem por Túlio » Ter Nov 01, 2011 9:27 am

Leandro, uma busca rápida no Google mostrou fornecedores de chapas/placas de tungstênio de alta pureza inclusive em tamanhos maiores do que o que citaste. Por exemplo:

http://portuguese.alibaba.com/product-g ... 27303.html

Não achei nada sobre soldagem, mas e a colagem metal-metal?

Ademais, sobre teu post acima, isso valeria para quantas camadas? A redução de velocidade/energia ao atravessar sucessivas camadas não influiria no comportamento da flecha E DO CO2?

UM ADENDO: quando falei em aço de média dureza, quis dizer um multilaminado (uns 2mm por chapa) de aço mais duro com outro menos duro.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3983 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 01, 2011 9:33 am

Túlio escreveu:Leandro, uma busca rápida no Google mostrou fornecedores de chapas/placas de tungstênio de alta pureza inclusive em tamanhos maiores do que o que citaste. Por exemplo:

http://portuguese.alibaba.com/product-g ... 27303.html

Não achei nada sobre soldagem, mas e a colagem metal-metal?

Ademais, sobre teu post acima, isso valeria para quantas camadas? A redução de velocidade/energia ao atravessar sucessivas camadas não influiria no comportamento da flecha E DO CO2?
Então OK, é só testar e ver se vale à pena.

Grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3984 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 01, 2011 9:41 am

Túlio escreveu:Ademais, sobre teu post acima, isso valeria para quantas camadas? A redução de velocidade/energia ao atravessar sucessivas camadas não influiria no comportamento da flecha E DO CO2?
Túlio, Aqui acho que não faria muita diferença o número de camadas em termos de velocidade. Ou a munição flexa vai atravessar a blindagem em décimos de milésimo de segundo ou vai parar (ou ser desintegrada) neste tempo. Em qualquer caso o gás só iria expandir em alguns décimos de segundo, intervalo várias ordens de grandeza acima do tempo em que uma flexa viajando a mais de 1500m/s atravessa uma blindagem de 200mm.

Leandro G. Card




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3985 Mensagem por Túlio » Ter Nov 01, 2011 9:49 am

Outra possibilidade é o DIAMANTE SINTÉTICO desenvolvido no Brasil com tecnologia Nacional (Unicamp) e produzido pela empresa Clorovale.

http://www.redetec.org.br/inventabrasil/brocdia.htm

Segundo o texto, se produz peças de variados formatos e tamanho, por que não CHAPAS/PLACAS? É o material mais duro existente na natureza e a quantidade produzida - lei de mercado - influi decisivamente no preço final. Outro caso a pensar...

Um exemplo: logo que lançados, monitores LCD para PC eram caros pra burro, hoje até um pé-rapado que nem eu tem e custou uma merreca... :wink: 8-]




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3986 Mensagem por Hader » Ter Nov 01, 2011 10:02 am

Túlio, não é possível fazer placas com este material. Existem outras opções muito mais baratas e simples.

Para leitura eu aconselho:

Advances In Ceramic Armor Vi (eBook)
Ceramic Engineering And Science Proceedings
Formato do ficheiro: Pdf
Páginas:259Editor:John Wiley & Sons
ISBN:9780470943991
Coleção:Ceramic Engineering And Science Proceedings

Na verdade é uma série de artigos sobre o assunto (existem vários volumes, este é o 6). A coleção Ceramic Engineering And Science Proceedings é muito rica.

[]'s




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3987 Mensagem por Túlio » Ter Nov 01, 2011 10:07 am

Não é possível até passar a ser, Hader véio. Só agora se começa a mexer a sério com diamantes sintéticos, como dizer que daqui a dez anos não se terá novas aplicações e novos meios de produzi-las? Lembras do cromo? Era conhecido há séculos mas ninguém sabia direito o que fazer com ele. Hoje está em almas de canos de armas, ligas e muitos outros usos. O cromo continua o mesmo, o que mudou foi a tecnologia de seu emprego e isso à custa de muita P&D.

Quanto à cerâmica, tenho tantas reservas que nem sei me explicar direito. O fato de ser um material de 'tiro único', ou seja, acertou/fragmentou/se tornou inútil já me deixa de pé atrás... :wink: 8-]




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3988 Mensagem por LeandroGCard » Ter Nov 01, 2011 10:19 am

Túlio escreveu:Outra possibilidade é o DIAMANTE SINTÉTICO desenvolvido no Brasil com tecnologia Nacional (Unicamp) e produzido pela empresa Clorovale.

http://www.redetec.org.br/inventabrasil/brocdia.htm

Segundo o texto, se produz peças de variados formatos e tamanho, por que não CHAPAS/PLACAS? É o material mais duro existente na natureza e a quantidade produzida - lei de mercado - influi decisivamente no preço final. Outro caso a pensar...
Sobre esta questão dos diamantes eu ia falar o que o Hader já colocou, ele teria basicamente o efeito das cerâmicas que já são usadas para este tipo de aplicação (diamantes são como vidro, muito duros ao desgaste, mas se partem facilmente ao impacto).

A limitação das cerâmicas (tiro único) é a mesma de eventuais sistemas com gás ou líquido nos espaços vazios da blingagem, só funcionaria da primeira vez, assim como a blindagem reativa, e depois teria que ser substituída. O projeto de aplicação da blindagem externa deveria prever a facilidade desta substituição, usando conceitos como blocos de geometria padrão e fixação rápida.

Um exemplo: logo que lançados, monitores LCD para PC eram caros pra burro, hoje até um pé-rapado que nem eu tem e custou uma merreca... :wink: 8-]
Falando em monitores, uma idéia que já ronda minha mente há algum tempo seria a substituição dos periscópios tradicionais usados pelos tripulantes do MBT por sistemas de visão sintética (câmeras e monitores de tela plana). Isso simplificaria bastante a estrutura, facilitaria a instalação da blindagem e permitiria campos de visão muito mais amplos, melhorando em muito a consciência situacional da equipe do carro. Além disso seria muito mais fácil incorporar sistemas de amplificação de luz, infravermelho, zoom, etc... .

Acho que a maior dificuldade seria desenvolver estruturas para as telas que suportassem as vibrações e impactos típicos da operação de um tanque de guerra, mas acho que os elementos das telas em si (principalmente as de LED) são bastante resistentes a esforços deste tipo.


Leandro G. Card




Editado pela última vez por LeandroGCard em Ter Nov 01, 2011 10:20 am, em um total de 1 vez.
Hader

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3989 Mensagem por Hader » Ter Nov 01, 2011 10:19 am

Mas a placa de diamante seria o mesmo. Quebraria com o impacto. A idéia da cerâmica/diamante é um material não sensível à temperatura e duro o suficiente para "usinar" o projétil.

Pelo que eu conheço do processo de produção do diamante industrial made in Unicamp, as limitações para fazer placas seriam grandes. Mas não posso dizer que seria impossível. Conheço o pai da criança. Vou perguntar para ele...

Abraços índio véio.




Hader

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3990 Mensagem por Hader » Ter Nov 01, 2011 10:20 am

Eu e o Leandro postamos juntos... Desculpe a redundância Leandro. Não foi intencional.

[]'s




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