Hader escreveu:
Sobre blindagem: não esqueçam que as proteções ativas estão evoluindo muito. Carros mais leves e com estes sistemas serão tão ou mais hábeis a sobreviver no TO que um mastodonte beberrão e complexo.
Outra coza: muito se pesquisa sobre propulsão híbrida diesel-elétrica para carros de combate. Pensem nisso.
[]'s
P.S. - O Túlio quase descreveu um carro de combate russo...
Só
quase! Na realidade minhas idéias sobre blindagens são um pouco - apenas um pouco - diferentes das usuais. Como eu, Túlio, faria a torre (vou me limitar à parte frontal para não fazer um post quilométrico):
TORRE PROPRIAMENTE DITA, DE DENTRO PARA FORA (os valores são arbitrários e subordinar-se-iam ao peso máximo admissível no projeto)
:
PRIMEIRA CAMADA - 10mm tungstênio, 30mm cerâmica, 50mm aço de alta dureza.
SEGUNDA CAMADA - 100mm ar.
TERCEIRA CAMADA - 40mm aço média dureza.
QUARTA CAMADA - 70mm ar.
QUINTA CAMADA - 30 mm aço alta dureza.
SEXTA CAMADA - 80mm ar.
SÉTIMA CAMADA - 20mm aço média dureza.
OITAVA CAMADA - 90mm ar.
NONA CAMADA - 10mm aço alta dureza.
Repito, são valores arbitrários. Como está daria uma parede frontal de mais de meio metro com inclinação de uns 55/60 graus mas uns dois terços do peso seriam apenas AR!
Agora, imaginemos como aconteceria com um impacto frontal de munição cinética (APFSDS): a flecha chegaria, digamos, a 1,5 km/s. Bateria na nona camada que, pelo ângulo de inclinação, estaria oferecendo uns 20mm de aço e não apenas 10. Esta seria penetrada e a resultante do embate seria a perfuração e derretimento da parte da blindagem impactada. Os estilhaços resultantes se espalhariam por toda parte na oitava camada, oca, ao invés de seguirem em linha reta numa sem espaçamento. A seguir a flecha, já tendo perdido alguma energia/velocidade, iria embater contra a sétima chapa, mais 'mole', de 20mm (na prática, uns 40, pela angulação) e provocaria ainda mais derretimento e espalhamento de estilhaços através da sexta camada (ar) enquanto seguiria para a quinta (30=60mm, alta dureza). Durante este processo a própria flecha estaria perdendo, além de velocidade/energia,
DUREZA, pois estaria cada vez mais aquecida e metal, quanto mais aquece, mais mole/menos duro fica. Isso prosseguiria (com o risco de os constantes embates contra chapas bem inclinadas desviarem a flecha, o que a tornaria cada vez menos efetiva. Supondo-se que passasse por todas e atravessasse os derradeiros 10 cm de ar, encontraria diante de si uma única chapa de 50=100mm de aço de alta dureza; se passasse, ainda teria pela frente 30=60mm de cerâmica e, tendo sucesso, teria diante de si 10=20mm de tungstênio, só que numa temperatura muito menor que a do penetrador. Teria que ser uma SENHORA flecha...
Além de ter de atravessar antes pelo menos UM obstáculo:
A BLINDAGEM MODULAR. Sobre a qual também tenho certas idéias. Mas fica para outro post, não quero cansar os colegas com meus devaneios...