O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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akivrx78
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3466 Mensagem por akivrx78 » Qui Out 27, 2011 4:13 pm

binfa escreveu:Imagem
Drone Eclipse mais conhecido como "fogo no rabo"

Imagem
Drone Casop

credito: Roberto Caiafa
Observando esta porcaria de drones deve ser melhor um sistema guiado por qualquer coisa menos calor. :roll:


RBS 70 é guiado a laser...
Igla IR
Mistral IR
Stinger IR
Type 91 IIR 1990, versão mais nova 2007 ganhou a capacidade IIR noturna.
A China tem tudo qualquer tipo de modelo...IR, Laser, IIR, Laser semi-ativo, guiado por radar, o EB poderia testar alguns tipos para ver se tem algum que seja bom.


O vídeo é de 1990 quando começaram a desenvolver o substituto do Stinger.

Pelo que eu entendi o sistema IIR funciona da seguinte forma, ele tem a capacidade de na hora de travar o alvo se trava a imagem em IR como se fosse uma foto e esta imagem é transferida ao o míssil que vai buscar o alvo guiado não somente com os sensores captam o calor mas também pelo formato do alvo, o míssil tem câmera CCD na cabeça, a maioria dos misseis de 5 geração dispõem deste sistema de guiagem.




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eligioep
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3467 Mensagem por eligioep » Qui Out 27, 2011 4:24 pm

gogogas escreveu:
Refuerzo artillería antiaérea

El Gobierno alemán ofrece al Ejército de Brasil 36 carros Gepard FLAK 35 mm de KMW

27/10/2011
..............................................
Según el coronel Edison Ferreira, representante de Gehr International, la oportunidad es única por “tratarse de un sistema de armas antiaéreas de tubo autopropulsado eficaz a baja altura y dotado de radares, una capacidad que el Ejército brasileño ha perseguido mucho. El lote de 36 carros propuesta incluye herramientas, bancos, simuladores, lotes de munición en buen número, además de soporte técnico prestado por equipos especializados en Gepard actuando en Santa María, ciudad polo de este tipo de equipos (carros de combate) en el país”.
..............................................
Por acaso, é Coronel da reserva do EB, foi o oficial responsável pelo recebimento dos Leo 1A5 na KMW, em Kassel, de 2009 a 2010, e na reserva desde dezembro/2010.
Atualmente é funcionário da KMW, na Alemanha.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3468 Mensagem por LeandroGCard » Qui Out 27, 2011 4:38 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:
Paulo Bastos escreveu:O Guepard hoje sofre do mesmo mal que invialilizou o Cascavel anti-helicóptero nos anos 80.
Paulo
Matou em cima!!!

Só que o Cascavel anti helicóptero era muito, muito pior!

Só o Dorian Gray gostava dele!

Bacchi
Ô Bacchi,

Daria para contar a história deste Cascavel anti-heli? Se já contou em outro lugar, daria para colocar o link?


Leandro G. Card




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3469 Mensagem por FABIO » Qui Out 27, 2011 4:40 pm

Pelo jeito a compra vai ser feita mesmo, se não já estiver sacramentada :wink:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3470 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Out 27, 2011 5:30 pm

LeandroGCard escreveu:
Ô Bacchi,
Daria para contar a história deste Cascavel anti-heli? Se já contou em outro lugar, daria para colocar o link?
Aí vai:

O Cascavel anti helicóptero.

Tudo começou quando Dorian Gray chegou de uma viagem ao Iraque e declarou que os mesmos queriam uma versão do Cascavel com um canhão de 25 mm para fazer defesa anti helicóptero.

Respondi que o canhão de 25 mm não serviria para esta função, já que os iranianos tinham o Bell mobiliado com o TOW e o mesmo podia ser lançado a 3.750 m de distancia, levando cerca 20 segundos para percorrer esta distancia.

Ou seja, o helicoptero está escondido, determina o alvo, aparece, adquire o alvo, dispara, e se mantém pairando, enquanto guia o míssil até o alvo.

O carro anti helicóptero, percebendo o disparo, deve fazer a aquisição do helicóptero, abrir fogo e destruir o helicóptero (ou pelo menos fazer com que o atirador seja perturbado o suficiente para abandonar o controle do míssil) antes do míssil atingir o alvo.

Argumentei que o 25 mm quase não chegava nesta distancia e o “First Hit Probability” era próximo de zero.

Falei também que os alemães tinham estudado este assunto e a Thyssen Henschel tinha feito uma proposta com um 57 mm montado no chassi do Marder (O exército alemão não se interessou por esta oferta).

A OTO-Melara projetou e construíu o OTOMat com o canhão naval de 76 mm, também para esta finalidade.

Falei que como mínimo poderíamos oferecer o Oerlikon KAD de 35 mm. O seu “First Hit Probability” a 3.750 m era baixo, mas pelo menos era factível. Em suma, algo melhor que o 25 mm!

Dorian Gray me respondeu que eu devia parar de bater punhetas (palavras textuais) e que e iriamos com o 25 mm, mais precipuamente o Oerlikon KBA.

Eu e o Engenheiro Ricardo Nicolau Schiesser fomos a Oerlikon, pegamos os desenhos de instalação da arma, e Schiesser projetou a integração da mesma na torre ENGESA de 90 mm, devidamente modificada.

Pronto a torre, veio uma delegação do exército iraquiano para aprovar o projeto.

De uma maneira altamente cientifica, a ENGESA preparou uns balões de cerca de 1 metro de diâmetro erguidos a uns 2.000 metros, que foram destruídos a tiros.

A delegação iraquiana declarou que o sistema não satisfazia suas exigências e encerrou o assunto.

Nunca na minha vida tive tanta razão!!!

Bacchi




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3471 Mensagem por LeandroGCard » Qui Out 27, 2011 6:34 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:
LeandroGCard escreveu:
Ô Bacchi,
Daria para contar a história deste Cascavel anti-heli? Se já contou em outro lugar, daria para colocar o link?
Aí vai:

O Cascavel anti helicóptero.

Tudo começou quando Dorian Gray chegou de uma viagem ao Iraque e declarou que os mesmos queriam uma versão do Cascavel com um canhão de 25 mm para fazer defesa anti helicóptero.

Respondi que o canhão de 25 mm não serviria para esta função, já que os iranianos tinham o Bell mobiliado com o TOW e o mesmo podia ser lançado a 3.750 m de distancia, levando cerca 20 segundos para percorrer esta distancia.

Ou seja, o helicoptero está escondido, determina o alvo, aparece, adquire o alvo, dispara, e se mantém pairando, enquanto guia o míssil até o alvo.

O carro anti helicóptero, percebendo o disparo, deve fazer a aquisição do helicóptero, abrir fogo e destruir o helicóptero (ou pelo menos fazer com que o atirador seja perturbado o suficiente para abandonar o controle do míssil) antes do míssil atingir o alvo.

Argumentei que o 25 mm quase não chegava nesta distancia e o “First Hit Probability” era próximo de zero.

Falei também que os alemães tinham estudado este assunto e a Thyssen Henschel tinha feito uma proposta com um 57 mm montado no chassi do Marder (O exército alemão não se interessou por esta oferta).

A OTO-Melara projetou e construíu o OTOMat com o canhão naval de 76 mm, também para esta finalidade.

Falei que como mínimo poderíamos oferecer o Oerlikon KAD de 35 mm. O seu “First Hit Probability” a 3.750 m era baixo, mas pelo menos era factível. Em suma, algo melhor que o 25 mm!

Dorian Gray me respondeu que eu devia parar de bater punhetas (palavras textuais) e que e iriamos com o 25 mm, mais precipuamente o Oerlikon KBA.

Eu e o Engenheiro Ricardo Nicolau Schiesser fomos a Oerlikon, pegamos os desenhos de instalação da arma, e Schiesser projetou a integração da mesma na torre ENGESA de 90 mm, devidamente modificada.

Pronto a torre, veio uma delegação do exército iraquiano para aprovar o projeto.

De uma maneira altamente cientifica, a ENGESA preparou uns balões de cerca de 1 metro de diâmetro erguidos a uns 2.000 metros, que foram destruídos a tiros.

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É, as vezes temos que engolir alguns sapos mesmo, já passei por coisas parecidas também.

Obrigado pelas informações e um grande abraço,


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3472 Mensagem por helio » Qui Out 27, 2011 6:40 pm

LeandroGCard escreveu:
Reginaldo Bacchi escreveu: Aí vai:

O Cascavel anti helicóptero.

Tudo começou quando Dorian Gray chegou de uma viagem ao Iraque e declarou que os mesmos queriam uma versão do Cascavel com um canhão de 25 mm para fazer defesa anti helicóptero.

Respondi que o canhão de 25 mm não serviria para esta função, já que os iranianos tinham o Bell mobiliado com o TOW e o mesmo podia ser lançado a 3.750 m de distancia, levando cerca 20 segundos para percorrer esta distancia.

Ou seja, o helicoptero está escondido, determina o alvo, aparece, adquire o alvo, dispara, e se mantém pairando, enquanto guia o míssil até o alvo.

O carro anti helicóptero, percebendo o disparo, deve fazer a aquisição do helicóptero, abrir fogo e destruir o helicóptero (ou pelo menos fazer com que o atirador seja perturbado o suficiente para abandonar o controle do míssil) antes do míssil atingir o alvo.

Argumentei que o 25 mm quase não chegava nesta distancia e o “First Hit Probability” era próximo de zero.

Falei também que os alemães tinham estudado este assunto e a Thyssen Henschel tinha feito uma proposta com um 57 mm montado no chassi do Marder (O exército alemão não se interessou por esta oferta).

A OTO-Melara projetou e construíu o OTOMat com o canhão naval de 76 mm, também para esta finalidade.

Falei que como mínimo poderíamos oferecer o Oerlikon KAD de 35 mm. O seu “First Hit Probability” a 3.750 m era baixo, mas pelo menos era factível. Em suma, algo melhor que o 25 mm!

Dorian Gray me respondeu que eu devia parar de bater punhetas (palavras textuais) e que e iriamos com o 25 mm, mais precipuamente o Oerlikon KBA.

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Pronto a torre, veio uma delegação do exército iraquiano para aprovar o projeto.

De uma maneira altamente cientifica, a ENGESA preparou uns balões de cerca de 1 metro de diâmetro erguidos a uns 2.000 metros, que foram destruídos a tiros.

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Obrigado pelas informações e um grande abraço,


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Bacchi
O nome do caboclo era realmente Dorian Grey ou é uma gozação de sua parte?

Hélio




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3473 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Out 27, 2011 6:55 pm

helio escreveu:
Bacchi
O nome do caboclo era realmente Dorian Grey ou é uma gozação de sua parte?
Dorian Gray é um personagem de Oscar Wilde.

Como eu falo mal da pessoa não quero dizer o nome real da mesma.

Adotei o pseudonimo de Dorian Gray para ele.

Dorian Gray na novela é um personagem repugnante, amoral, que vende a alma ao diabo para não perder sua beleza.

Lembra muito o homem da minha narrativa.

Bacchi




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3474 Mensagem por P. K. Liulba » Qui Out 27, 2011 7:27 pm

Não sei quem é esse camarada ("Dorian Gray"), que se mostrou impositivo e dono de uma verdade tão absoluta, que se fez insensível às ponderações dos técnicos que o cercavam, mas...

Talvez a atitude dele em impor o desenvolvimento do Cascavel dotado de canhão de tiro rápido de 25mm, tenha se dado pelo histórico do ZSU/4 - Shilka, que então se encontrava em operação em várias forças pelo mundo, e era dotada de uma quadra de 23mm. O detalhe irônico é que justamente neste período, que a "Shilka" encontrava-se em vias de ser substituída, visto que as novas ameaças se mostravam acima da capacidade do sistema em dar-lhes combate. Por isso nasceu o Tunguska equipado com canhões de 30mm e novos sistemas, cujo desenvolvimento contínuo culminou no Pantsir (combinação de tiro rápido e mísseis).

Em resumo: o gestor criticado não percebeu, que um sistema no auge é justamente aquele que está prestes a entrar em obsolência.




Editado pela última vez por P. K. Liulba em Qui Out 27, 2011 7:45 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3475 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Out 27, 2011 7:41 pm

P. K. Liulba escreveu:Não sei quem é esse camarada, que se mostrou impositivo e dono de uma verdade tão absoluta, que se fez insensível às ponderações dos técnicos que o cercavam, mas...

Talvez a atitude dele em impor o desenvolvimento do Cascavel dotado de canhão de tiro rápido de 25mm, tenha se dado pelo histórico do ZSU/4 - Shilka, que então se encontrava em operação em várias forças pelo mundo, e era dotada de uma quadra de 23mm. O detalhe irônico é que justamente neste período, que a "Shilka" encontrava-se em vias de ser substituída, visto que as novas ameaças se mostravam acima da capacidade do sistema em dar-lhes combate. Por isso nasceu o Tunguska equipado com canhões de 30mm e novos sistemas, cujo desenvolvimento contínuo culminou no Pantsir (combinação de tiro rápido e mísseis).

Em resumo: o gestor criticado não percebeu, que um sistema no auge é justamente aquele que está prestes a entrar em obsolência.
O Cascavel anti helicóptero tinha 1 (um) canhão de 25 mm.

Bacchi




P. K. Liulba

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3476 Mensagem por P. K. Liulba » Qui Out 27, 2011 7:49 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:
P. K. Liulba escreveu:Não sei quem é esse camarada, que se mostrou impositivo e dono de uma verdade tão absoluta, que se fez insensível às ponderações dos técnicos que o cercavam, mas...

Talvez a atitude dele em impor o desenvolvimento do Cascavel dotado de canhão de tiro rápido de 25mm, tenha se dado pelo histórico do ZSU/4 - Shilka, que então se encontrava em operação em várias forças pelo mundo, e era dotada de uma quadra de 23mm. O detalhe irônico é que justamente neste período, que a "Shilka" encontrava-se em vias de ser substituída, visto que as novas ameaças se mostravam acima da capacidade do sistema em dar-lhes combate. Por isso nasceu o Tunguska equipado com canhões de 30mm e novos sistemas, cujo desenvolvimento contínuo culminou no Pantsir (combinação de tiro rápido e mísseis).

Em resumo: o gestor criticado não percebeu, que um sistema no auge é justamente aquele que está prestes a entrar em obsolência.
O Cascavel anti helicóptero tinha 1 (um) canhão de 25 mm.

Bacchi
Ah sim... Um só canhão. E provavelmente sem o suporte de um sistema dedicado (radar/direção de tiro/ação automatizada)...
Estou certo?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3477 Mensagem por osolamaalua » Qui Out 27, 2011 8:03 pm

Com certeza o Igla foi lançado de maneira incorreta pelo atirador do EB, ele tem um sistema que deve ser alternado (chama-se modo de aproximação) e infelizmente o EB ainda não entende isso muito bem. Quanto ao Gepard, se vir modernizado com o sistema correto ele pode realizar a defesa antimisseis dos blindados.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3478 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Out 27, 2011 8:13 pm

P. K. Liulba escreveu:
Ah sim... Um só canhão. E provavelmente sem o suporte de um sistema dedicado (radar/direção de tiro/ação automatizada)...
Estou certo?
Certíssimo.

A função dele não era de fazer busca de alvo aereo.

Sua função era: detetado um helicóptero lançando um missil anti carro guiado, destrui-lo ou incapacitar o atirador antes do míssil atingir o alvo.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3479 Mensagem por Paulo Bastos » Qui Out 27, 2011 8:29 pm

osolamaalua escreveu:Com certeza o Igla foi lançado de maneira incorreta pelo atirador do EB, ele tem um sistema que deve ser alternado (chama-se modo de aproximação) e infelizmente o EB ainda não entende isso muito bem. Quanto ao Gepard, se vir modernizado com o sistema correto ele pode realizar a defesa antimisseis dos blindados.
Desculpe, a indagação, mas o que lhe faz ter tanta certeza que o que causou os erros foram os militares do EB e não o sistema em si? Pelo que sei é um sistema eletro-mecânico dotado de tecnologia sofisticada e passível de falhas, ou não?

Muitas vezes temos uma visão preconceituosa dos militares do EB porque comparamos todos aos conscritos que todos os anos adentram em suas fileiras, porem existe uma boa parcela de militares de carreira que são profissionais e daqueles que se esforçam para melhorar ainda mais sua profissão. No caso da operação de sistemas mais sofisticados e complexos, são exatamente esses profissionais, e não os conscritos, que os operam.

Irei copiar um trecho que escrevi ontem em outro tópico:
Devido ao fato utilizarmos do grosso das tropas do EB advirem de processos de conscritos, que impede uma melhor capacitação dessa mão de obra, todos os sistemas mais complexos são operados e manutenidos por graduados e/ou oficiais de carreira, portanto oriundos de cursos especializados e de estágios probatórios.

No caso dos sistemas de Msl AAe IGLA-S, esses militares são capacitados pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (Es A Cos AAe), localizada no Rio de Janeiro, em um curso montado, por força do contrato de aquisição, pela equipe da Rosoboronexport, utilizando os simuladores 9F874. Que fique bem claro que esse curso foi montado, bem como o pessoal foi capacitado, baseado na documentação fornecida pela empresa e com a orientação de seus técnicos, que por sinal também são professores no curso, conforme contrato firmado entre o EB e a empresa, ou seja, tudo isso é pago.

A utilização de simuladores auxilia em muito a capacitação dos militares, pois o tiro real desse sistema é muito caro, fazendo que cada disparo ocorra mediante um grande processo de planejamento para o maior aproveitamento possível...
Veja bem, não estou afirmando que não foi erro dos militares, mas sim que existe uma grande possibilidade de falha no sistema, tanto quanto no processo de disparo. Como disse antes, uma dos problemas alegados pelo EB é o baixo índice de acerto desses mísseis em testes, cerca de 50%. Se analisarmos que no dia anterior houve 7 disparos com 5 acertos, índice tido como bom pelo fabricante, e no outro dia foram 4 disparos e nenhum acerto, chegamos ao numero de 11 disparos e 5 acertos, ou seja, o numero que o EB alega estar ocorrendo com freqüência em seus testes, ou seja, apesar de parecer isso não foi um caso isolado, só que essa informação não é divulgada, tanto que o unico lugar que lerão sobre essas falhas, pelo menos agora, é aqui.

Será que se o mesmo incidente ocorresse com os MISTRAL do CFN, que a MB alega ter uma eficiência de 100% nos testes, essa questão de falta de treinamento seria tão acentuada ou iríamos questionar o sistema em si, seu fabricante e o suporte prestado por ele?


Abraços,
Paulo




“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as idiotas cheias de certezas” – Henry Charles Bukowski jr
Carlos Mathias

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#3480 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Out 27, 2011 8:51 pm

Aguarde-se então as justificativas, se houverem, de ambas as partes.

Mas eu ainda acho muito estranho 70% de acerto num dia e 100% de erro no outro.

Se fossem 75% de erro, 50%...Mas 100%?

Sei lá, só eu que penso assim?




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