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Mensagem
por pt » Qua Out 26, 2011 8:36 am
Não podem fazer grande coisa, mas a realidade é a que é.
E a presente situação pode ser vista no passado sempre que o império se interessou pela expansão marítima.
No entanto, a China nunca conseguiu vencer o Japão. Várias dinastias tentaram e todas foram derrotadas.
A China sob domínio mongol fez a tentativa mais conhecida que resultou numa catástrofe em que uma tempestade destruiu 75% da esquadra mongol.
Deste esse tempo os japoneses chamaram a esse vento, Kamikaze. Vento Divino.
A sul, a China com todo o seu poder nunca conseguiu ultrapassar o Vietname. A Sudoeste está a cordilheira dos Himalaias e por detrás, uma potência nuclear chamada India.
No seu auge de poder naval, a China podia até ter dominado completamente o Indico, aliando-se ao sultão em Malaca.
A India era um nanico naval, porque por razões religiosas só as castas mais baixas podiam ir para o mar. As castas mais altas e ricas não investiam em navios e os vários estados indianos estavam desunidos e em guerra entre si.
Neste inicio do século XXI, pela primeira vez, a expansão naval chinesa para o Indico, enfrenta uma India com "dentes" no mar.
Depois disso, há um fator completamente novo neste jogo, quando comparado com o que acontecia até ao século XVI: O continente americano.
Longe da China, e podendo apoiar tanto o Japão quanto a India, a America pode jogar em duas frentes.
No passado como hoje, o Império do Meio tem muitos trunfos. Mas também nunca teve tantos entraves externos.
E depois, claro, há o problema de sempre. Internamente um país que tem que garantir a coesão interna através da força, terá sempre, sempre, sempre, um calcanhar de Aquiles que pode ser aproveitado pelos seus adversários.
E se a China faz demasiada pressão, pode forçar uma aliança entre países vizinhos (Japão, Taiwan, Coreia do Sul, Filipinas, Vietname) que representam uma autêntica cadeia de forças que rodeia a China.
A China pode ter a mais poderosa marinha em termos de navios, mas tecnologicamente o Japão e a Coreia do Sul não são de menosprezar. Depois, claro, há a esquadra americana, que desequilibra qualquer balanço de poder.