NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
E o Prosub continua de boa. Pelo menos isso, graças a Deus.
"O que tem que ser feito, tem que ser bem feito, tem que ser perfeito.
Uma vez PE, sempre PE!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
BZ!
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Única coisa que podemos comemorar esse ano, e quem sabe no próximo. Ah, tem o Astros 2020 e o KC-390.
O resto, apenas papel, flutuando nos ventos da crise.
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- brasil70
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Boss, a defesa AAe do EB, aparentemente ta saindo, no silencio.
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- Carlos Lima
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Eu já cansei de ver esse filme!Boss escreveu:Única coisa que podemos comemorar esse ano, e quem sabe no próximo. Ah, tem o Astros 2020 e o KC-390.
O resto, apenas papel, flutuando nos ventos da crise.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Prezados senhores,
Abaixo importante artigo referente a contra medida de minas e o Programa Nuclear, notadamente quanto as instalações da nova Base Naval de Submarinos.
O artigo em referencia faz relembrar a importância da guerra de minas e a necessidade de investimento na mesma.
Em minha opinião em paralelo a implantação da nova Base Naval a MB deveria envidar esforços para implantar um esquadrão (4/6 navios) de NCMM na mesma desde o inicio de sua operação.
Em conjunto também já devia ser inciada a construção de um navio especificamente projetado para socorro submarino. Este navio ampliaria a capacidade instalada no FELINTO PERRY ( que e considerado internacionalmente como meio de resgate submarino, orgulho para a MB e o país) possuindo inclusive hangar para o heli embarcado.
Programa Nuclear e as CMM Um Passo a ser Dado em Conjunto
CAPITÃO-TENENTE WILLY DE SOUZA DELLE VIANNA
‘’Com o Programa Nuclear da Marinha, o Brasil está entrando em um seleto grupo de países que possuem submarinos nucleares. Uma vez que a nossa capacidade de persuasão aumentará sobremaneira, e considerando que, dentro deste contexto, o Brasil será detentor de alta tecnologia nuclear, a MB se vê forçada a adotar medidas e políticas voltadas para a proteção dessa poderosa arma, realçando a importância das CMM.’’
De Volta ao Passado
Antes de olharmos para o futuro, precisamos nos lembrar do passado e, com ele, tentarmos entender um pouco mais o poder da GueM. Durante a 2ª GM, cerca de 700 mil minas foram lançadas, destruindo quase dois mil navios e avariando mais outros mil. No Vietnã do Norte, os EUA minaram o porto de Haiphong, mantendo-o fechado por 300 dias, o que causou um prejuízo de milhões para aquela economia. No conflito da libertação do Kuwait, dez navios foram avariados por minas, destacando-se o caso do USS Samuel B. Roberts, que foi avariado por uma mina M-08, tendo o custo do reparo ficado em mais de US$ 95.000.000,00.
Em um mundo cada vez mais voltado para as inovações tecnológicas, a arte da guerra torna-se
um objeto cada vez mais complexo e sutil. Em determinados conflitos, a minagem de portos e
zonas marítimas de grande movimentação ainda constitui uma das maiores preocupações estratégicas de qualquer país. Por isso, com o Programa Nuclear da Marinha, especial atenção deve ser dada às CMM na área da instalação da nova Base de Submarinos a ser construída em Itaguaí. Esta área tornar-se-á estratégica e vital para a segurança nacional.
Olhando para o Horizonte
Temos de observar como os países detentores de capacidade relevante de CMM estão conduzindo seu aperfeiçoamento. Na Inglaterra, o MoD informou, recentemente, que a RN começou a operar oficialmente o sistema de CMM Recce, baseado no UUV Remus 600, produzido pela empresa americana Hydroid. O Recce é um equipamento completamente autônomo, com o formato de um torpedo, que opera entre as profundidades de 30 a 200m, e pode fazer buscas no leito marinho à procura de minas por mais de 20 horas, usando um avançado sistema de navegação, bem como sensores acústicos e batimétricos para detectar e indicar a posição exata das possíveis ameaças. Os dados obtidos, incluindo imagens de alta resolução, são transmitidos para operadores no navio lançador, reduzindo o risco do emprego de mergulhadores, que tradicionalmente executavam essas operações. Além disso, pode ser empregado em operações de reconhecimento, pesquisas hidrográficas e monitoramento ambiental. A Marinha da Suécia, com suas corvetas classe Visby (construídas pela empresa sueca Kockums, uma subsidiária da ThyssenKrupp Marine Systems, da Alemanha), projetadas para realizar operações superfície-superfície, A/S e de CMM, têm o seu conceito de CMM realizado por meio dos ROV. Com este tipo de conceito, um navio-escolta poderá estar sempre pronto a atuar na GueM.
As Marinhas da França, Bélgica e Holanda utilizam o caça-minas da classe Tripartite. A MNF, em 2002 e 2005, modernizou o sistema de detecção de minas dos seus caça-minas, com uma nova suíte de sonares (DUMBM21E e PDVS) produzidos pela Thales Underwater Systems (TUS), sendo o mais efetivo caça-minas disponível na atualidade.
Além desse novo sistema, está sendo estudada a inserção de novas tecnologias e sistemas não-tripulados, aos quais a indústria naval francesa promete trazer um novo conceito de guerra anti-minas dentro dos próximos anos, um ambiente em que as funções de detecção de minas, classificação e neutralização poderão ser executadas de maneira segura e remota por
robôs-submarinos lançados por navios, aviões, helicópteros e submarinos (estes últimos também não-tripulados).
A MEUA está empregando um novo conceito de navios multitarefa, capazes de atuar em diversos tipos de teatro de batalha. O LCS é um navio muito rápido e de pequeno calado, que proporciona grande vigilância e rápida resposta a ataques nas proximidades da costa. A arquitetura dos seus sistemas de combate é aberta, de forma a poder acomodar diferentes tipos de módulos, conforme os requisitos de cada situação. Em uma de suas configurações de operação está um veículo de caça de minas (Remote Minehunting System) capaz de atuar nas CMM.
Sempre Buscando Algo a Mais
A MB tem como seu componente operativo, na área de GueM, a Força de Minagem e Varredura, que é responsável por manter a sua doutrina. Visando adquirir novos meios e equipamentos para capacitação e aprimoramento das técnicas de CMM, a partir do início do ano de 2010, os Navios-Varredores da classe Aratu começaram a operar o VDS SIDESCAN,
disponibilizado pela DHN, a título de experimento. Esse equipamento tem como objetivo mapear o fundo de áreas de interesse dos nossos portos e linhas marítimas ao longo do nosso litoral, a fim de manter um banco de dados para futuras operações de CMM. Os resultados têm se mostrado bastante positivos, contribuindo, dessa forma, para incrementar inovações tecnológicas no adestramento das tripulações e elevar o grau de aprestamento dos nossos meios para um futuro não muito distante.
Um projeto inovador, o SIRI, com 100% de tecnologia nacional, está sendo desenvolvido pela firma Armtec Brasil, em conjunto com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), tendo a participação da MB como consultora técnica. O SIRI é um minirrobô submarino, controlado a distância, utilizado para avaliar o meio ambiente e efetuar algumas operações de inspeção de estruturas submersas, atinge 300m de profundidade e pode perfeitamente ser utilizado nas CMM, a fim de investigar minas.
Conclusão
Diante das perspectivas apontadas para a MB entrar no seleto grupo de países possuidores de um reator nuclear a bordo de submarinos, nossa atenção também deverá estar permanentemente voltada para as CMM, principalmente na entrada e saída dos portos onde navegará o submarino nuclear, para não sermos surpreendidos por uma possível mina adversa. Por isso, em que pese o custo de uma minagem ser relativamente baixo, devemos lembrar que as ações de CMM têm um custo elevado, pois exige o uso de tecnologias avançadas, acompanhadas de um adestramento específico de pessoal. Logo, é recomendável que haja um grande investimento em pessoal e material, para podermos acompanhar o desenvolvimento da GueM junto ao cenário mundial.
Abaixo importante artigo referente a contra medida de minas e o Programa Nuclear, notadamente quanto as instalações da nova Base Naval de Submarinos.
O artigo em referencia faz relembrar a importância da guerra de minas e a necessidade de investimento na mesma.
Em minha opinião em paralelo a implantação da nova Base Naval a MB deveria envidar esforços para implantar um esquadrão (4/6 navios) de NCMM na mesma desde o inicio de sua operação.
Em conjunto também já devia ser inciada a construção de um navio especificamente projetado para socorro submarino. Este navio ampliaria a capacidade instalada no FELINTO PERRY ( que e considerado internacionalmente como meio de resgate submarino, orgulho para a MB e o país) possuindo inclusive hangar para o heli embarcado.
Programa Nuclear e as CMM Um Passo a ser Dado em Conjunto
CAPITÃO-TENENTE WILLY DE SOUZA DELLE VIANNA
‘’Com o Programa Nuclear da Marinha, o Brasil está entrando em um seleto grupo de países que possuem submarinos nucleares. Uma vez que a nossa capacidade de persuasão aumentará sobremaneira, e considerando que, dentro deste contexto, o Brasil será detentor de alta tecnologia nuclear, a MB se vê forçada a adotar medidas e políticas voltadas para a proteção dessa poderosa arma, realçando a importância das CMM.’’
De Volta ao Passado
Antes de olharmos para o futuro, precisamos nos lembrar do passado e, com ele, tentarmos entender um pouco mais o poder da GueM. Durante a 2ª GM, cerca de 700 mil minas foram lançadas, destruindo quase dois mil navios e avariando mais outros mil. No Vietnã do Norte, os EUA minaram o porto de Haiphong, mantendo-o fechado por 300 dias, o que causou um prejuízo de milhões para aquela economia. No conflito da libertação do Kuwait, dez navios foram avariados por minas, destacando-se o caso do USS Samuel B. Roberts, que foi avariado por uma mina M-08, tendo o custo do reparo ficado em mais de US$ 95.000.000,00.
Em um mundo cada vez mais voltado para as inovações tecnológicas, a arte da guerra torna-se
um objeto cada vez mais complexo e sutil. Em determinados conflitos, a minagem de portos e
zonas marítimas de grande movimentação ainda constitui uma das maiores preocupações estratégicas de qualquer país. Por isso, com o Programa Nuclear da Marinha, especial atenção deve ser dada às CMM na área da instalação da nova Base de Submarinos a ser construída em Itaguaí. Esta área tornar-se-á estratégica e vital para a segurança nacional.
Olhando para o Horizonte
Temos de observar como os países detentores de capacidade relevante de CMM estão conduzindo seu aperfeiçoamento. Na Inglaterra, o MoD informou, recentemente, que a RN começou a operar oficialmente o sistema de CMM Recce, baseado no UUV Remus 600, produzido pela empresa americana Hydroid. O Recce é um equipamento completamente autônomo, com o formato de um torpedo, que opera entre as profundidades de 30 a 200m, e pode fazer buscas no leito marinho à procura de minas por mais de 20 horas, usando um avançado sistema de navegação, bem como sensores acústicos e batimétricos para detectar e indicar a posição exata das possíveis ameaças. Os dados obtidos, incluindo imagens de alta resolução, são transmitidos para operadores no navio lançador, reduzindo o risco do emprego de mergulhadores, que tradicionalmente executavam essas operações. Além disso, pode ser empregado em operações de reconhecimento, pesquisas hidrográficas e monitoramento ambiental. A Marinha da Suécia, com suas corvetas classe Visby (construídas pela empresa sueca Kockums, uma subsidiária da ThyssenKrupp Marine Systems, da Alemanha), projetadas para realizar operações superfície-superfície, A/S e de CMM, têm o seu conceito de CMM realizado por meio dos ROV. Com este tipo de conceito, um navio-escolta poderá estar sempre pronto a atuar na GueM.
As Marinhas da França, Bélgica e Holanda utilizam o caça-minas da classe Tripartite. A MNF, em 2002 e 2005, modernizou o sistema de detecção de minas dos seus caça-minas, com uma nova suíte de sonares (DUMBM21E e PDVS) produzidos pela Thales Underwater Systems (TUS), sendo o mais efetivo caça-minas disponível na atualidade.
Além desse novo sistema, está sendo estudada a inserção de novas tecnologias e sistemas não-tripulados, aos quais a indústria naval francesa promete trazer um novo conceito de guerra anti-minas dentro dos próximos anos, um ambiente em que as funções de detecção de minas, classificação e neutralização poderão ser executadas de maneira segura e remota por
robôs-submarinos lançados por navios, aviões, helicópteros e submarinos (estes últimos também não-tripulados).
A MEUA está empregando um novo conceito de navios multitarefa, capazes de atuar em diversos tipos de teatro de batalha. O LCS é um navio muito rápido e de pequeno calado, que proporciona grande vigilância e rápida resposta a ataques nas proximidades da costa. A arquitetura dos seus sistemas de combate é aberta, de forma a poder acomodar diferentes tipos de módulos, conforme os requisitos de cada situação. Em uma de suas configurações de operação está um veículo de caça de minas (Remote Minehunting System) capaz de atuar nas CMM.
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A MB tem como seu componente operativo, na área de GueM, a Força de Minagem e Varredura, que é responsável por manter a sua doutrina. Visando adquirir novos meios e equipamentos para capacitação e aprimoramento das técnicas de CMM, a partir do início do ano de 2010, os Navios-Varredores da classe Aratu começaram a operar o VDS SIDESCAN,
disponibilizado pela DHN, a título de experimento. Esse equipamento tem como objetivo mapear o fundo de áreas de interesse dos nossos portos e linhas marítimas ao longo do nosso litoral, a fim de manter um banco de dados para futuras operações de CMM. Os resultados têm se mostrado bastante positivos, contribuindo, dessa forma, para incrementar inovações tecnológicas no adestramento das tripulações e elevar o grau de aprestamento dos nossos meios para um futuro não muito distante.
Um projeto inovador, o SIRI, com 100% de tecnologia nacional, está sendo desenvolvido pela firma Armtec Brasil, em conjunto com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), tendo a participação da MB como consultora técnica. O SIRI é um minirrobô submarino, controlado a distância, utilizado para avaliar o meio ambiente e efetuar algumas operações de inspeção de estruturas submersas, atinge 300m de profundidade e pode perfeitamente ser utilizado nas CMM, a fim de investigar minas.
Conclusão
Diante das perspectivas apontadas para a MB entrar no seleto grupo de países possuidores de um reator nuclear a bordo de submarinos, nossa atenção também deverá estar permanentemente voltada para as CMM, principalmente na entrada e saída dos portos onde navegará o submarino nuclear, para não sermos surpreendidos por uma possível mina adversa. Por isso, em que pese o custo de uma minagem ser relativamente baixo, devemos lembrar que as ações de CMM têm um custo elevado, pois exige o uso de tecnologias avançadas, acompanhadas de um adestramento específico de pessoal. Logo, é recomendável que haja um grande investimento em pessoal e material, para podermos acompanhar o desenvolvimento da GueM junto ao cenário mundial.
Editado pela última vez por Lord Nauta em Dom Out 09, 2011 4:32 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Prezados senhores,
Abaixo importante artigo referente a contra medida de minas e o Programa Nuclear, notadamente quanto as instalações da nova Base Naval de Submarinos.
O artigo em referencia faz relembrar a importância da guerra de minas e a necessidade de investimento na mesma.
Em minha opinião em paralelo a implantação da nova Base Naval a MB deveria envidar esforços para implantar um esquadrão (4/6 navios) de NCMM na mesma desde o inicio de sua operação.
Em conjunto também já devia ser inciada a construção de um navio especificamente projetado para socorro submarino. Este navio ampliaria a capacidade instalada no FELINTO PERRY ( que e considerado internacionalmente como meio de resgate submarino, orgulho para a MB e o país) possuindo inclusive hangar para o heli embarcado.
Programa Nuclear e as CMM Um Passo a ser Dado em Conjunto
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‘’Com o Programa Nuclear da Marinha, o Brasil está entrando em um seleto grupo de países que possuem submarinos nucleares. Uma vez que a nossa capacidade de persuasão aumentará sobremaneira, e considerando que, dentro deste contexto, o Brasil será detentor de alta tecnologia nuclear, a MB se vê forçada a adotar medidas e políticas voltadas para a proteção dessa poderosa arma, realçando a importância das CMM.’’
De Volta ao Passado
Antes de olharmos para o futuro, precisamos nos lembrar do passado e, com ele, tentarmos entender um pouco mais o poder da GueM. Durante a 2ª GM, cerca de 700 mil minas foram lançadas, destruindo quase dois mil navios e avariando mais outros mil. No Vietnã do Norte, os EUA minaram o porto de Haiphong, mantendo-o fechado por 300 dias, o que causou um prejuízo de milhões para aquela economia. No conflito da libertação do Kuwait, dez navios foram avariados por minas, destacando-se o caso do USS Samuel B. Roberts, que foi avariado por uma mina M-08, tendo o custo do reparo ficado em mais de US$ 95.000.000,00.
Em um mundo cada vez mais voltado para as inovações tecnológicas, a arte da guerra torna-se
um objeto cada vez mais complexo e sutil. Em determinados conflitos, a minagem de portos e
zonas marítimas de grande movimentação ainda constitui uma das maiores preocupações estratégicas de qualquer país. Por isso, com o Programa Nuclear da Marinha, especial atenção deve ser dada às CMM na área da instalação da nova Base de Submarinos a ser construída em Itaguaí. Esta área tornar-se-á estratégica e vital para a segurança nacional.
Olhando para o Horizonte
Temos de observar como os países detentores de capacidade relevante de CMM estão conduzindo seu aperfeiçoamento. Na Inglaterra, o MoD informou, recentemente, que a RN começou a operar oficialmente o sistema de CMM Recce, baseado no UUV Remus 600, produzido pela empresa americana Hydroid. O Recce é um equipamento completamente autônomo, com o formato de um torpedo, que opera entre as profundidades de 30 a 200m, e pode fazer buscas no leito marinho à procura de minas por mais de 20 horas, usando um avançado sistema de navegação, bem como sensores acústicos e batimétricos para detectar e indicar a posição exata das possíveis ameaças. Os dados obtidos, incluindo imagens de alta resolução, são transmitidos para operadores no navio lançador, reduzindo o risco do emprego de mergulhadores, que tradicionalmente executavam essas operações. Além disso, pode ser empregado em operações de reconhecimento, pesquisas hidrográficas e monitoramento ambiental. A Marinha da Suécia, com suas corvetas classe Visby (construídas pela empresa sueca Kockums, uma subsidiária da ThyssenKrupp Marine Systems, da Alemanha), projetadas para realizar operações superfície-superfície, A/S e de CMM, têm o seu conceito de CMM realizado por meio dos ROV. Com este tipo de conceito, um navio-escolta poderá estar sempre pronto a atuar na GueM.
As Marinhas da França, Bélgica e Holanda utilizam o caça-minas da classe Tripartite. A MNF, em 2002 e 2005, modernizou o sistema de detecção de minas dos seus caça-minas, com uma nova suíte de sonares (DUMBM21E e PDVS) produzidos pela Thales Underwater Systems (TUS), sendo o mais efetivo caça-minas disponível na atualidade.
Além desse novo sistema, está sendo estudada a inserção de novas tecnologias e sistemas não-tripulados, aos quais a indústria naval francesa promete trazer um novo conceito de guerra anti-minas dentro dos próximos anos, um ambiente em que as funções de detecção de minas, classificação e neutralização poderão ser executadas de maneira segura e remota por
robôs-submarinos lançados por navios, aviões, helicópteros e submarinos (estes últimos também não-tripulados).
A MEUA está empregando um novo conceito de navios multitarefa, capazes de atuar em diversos tipos de teatro de batalha. O LCS é um navio muito rápido e de pequeno calado, que proporciona grande vigilância e rápida resposta a ataques nas proximidades da costa. A arquitetura dos seus sistemas de combate é aberta, de forma a poder acomodar diferentes tipos de módulos, conforme os requisitos de cada situação. Em uma de suas configurações de operação está um veículo de caça de minas (Remote Minehunting System) capaz de atuar nas CMM.
Sempre Buscando Algo a Mais
A MB tem como seu componente operativo, na área de GueM, a Força de Minagem e Varredura, que é responsável por manter a sua doutrina. Visando adquirir novos meios e equipamentos para capacitação e aprimoramento das técnicas de CMM, a partir do início do ano de 2010, os Navios-Varredores da classe Aratu começaram a operar o VDS SIDESCAN,
disponibilizado pela DHN, a título de experimento. Esse equipamento tem como objetivo mapear o fundo de áreas de interesse dos nossos portos e linhas marítimas ao longo do nosso litoral, a fim de manter um banco de dados para futuras operações de CMM. Os resultados têm se mostrado bastante positivos, contribuindo, dessa forma, para incrementar inovações tecnológicas no adestramento das tripulações e elevar o grau de aprestamento dos nossos meios para um futuro não muito distante.
Um projeto inovador, o SIRI, com 100% de tecnologia nacional, está sendo desenvolvido pela firma Armtec Brasil, em conjunto com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), tendo a participação da MB como consultora técnica. O SIRI é um minirrobô submarino, controlado a distância, utilizado para avaliar o meio ambiente e efetuar algumas operações de inspeção de estruturas submersas, atinge 300m de profundidade e pode perfeitamente ser utilizado nas CMM, a fim de investigar minas.
Conclusão
Diante das perspectivas apontadas para a MB entrar no seleto grupo de países possuidores de um reator nuclear a bordo de submarinos, nossa atenção também deverá estar permanentemente voltada para as CMM, principalmente na entrada e saída dos portos onde navegará o submarino nuclear, para não sermos surpreendidos por uma possível mina adversa. Por isso, em que pese o custo de uma minagem ser relativamente baixo, devemos lembrar que as ações de CMM têm um custo elevado, pois exige o uso de tecnologias avançadas, acompanhadas de um adestramento específico de pessoal. Logo, é recomendável que haja um grande investimento em pessoal e material, para podermos acompanhar o desenvolvimento da GueM junto ao cenário mundial.
Abaixo importante artigo referente a contra medida de minas e o Programa Nuclear, notadamente quanto as instalações da nova Base Naval de Submarinos.
O artigo em referencia faz relembrar a importância da guerra de minas e a necessidade de investimento na mesma.
Em minha opinião em paralelo a implantação da nova Base Naval a MB deveria envidar esforços para implantar um esquadrão (4/6 navios) de NCMM na mesma desde o inicio de sua operação.
Em conjunto também já devia ser inciada a construção de um navio especificamente projetado para socorro submarino. Este navio ampliaria a capacidade instalada no FELINTO PERRY ( que e considerado internacionalmente como meio de resgate submarino, orgulho para a MB e o país) possuindo inclusive hangar para o heli embarcado.
Programa Nuclear e as CMM Um Passo a ser Dado em Conjunto
CAPITÃO-TENENTE WILLY DE SOUZA DELLE VIANNA
‘’Com o Programa Nuclear da Marinha, o Brasil está entrando em um seleto grupo de países que possuem submarinos nucleares. Uma vez que a nossa capacidade de persuasão aumentará sobremaneira, e considerando que, dentro deste contexto, o Brasil será detentor de alta tecnologia nuclear, a MB se vê forçada a adotar medidas e políticas voltadas para a proteção dessa poderosa arma, realçando a importância das CMM.’’
De Volta ao Passado
Antes de olharmos para o futuro, precisamos nos lembrar do passado e, com ele, tentarmos entender um pouco mais o poder da GueM. Durante a 2ª GM, cerca de 700 mil minas foram lançadas, destruindo quase dois mil navios e avariando mais outros mil. No Vietnã do Norte, os EUA minaram o porto de Haiphong, mantendo-o fechado por 300 dias, o que causou um prejuízo de milhões para aquela economia. No conflito da libertação do Kuwait, dez navios foram avariados por minas, destacando-se o caso do USS Samuel B. Roberts, que foi avariado por uma mina M-08, tendo o custo do reparo ficado em mais de US$ 95.000.000,00.
Em um mundo cada vez mais voltado para as inovações tecnológicas, a arte da guerra torna-se
um objeto cada vez mais complexo e sutil. Em determinados conflitos, a minagem de portos e
zonas marítimas de grande movimentação ainda constitui uma das maiores preocupações estratégicas de qualquer país. Por isso, com o Programa Nuclear da Marinha, especial atenção deve ser dada às CMM na área da instalação da nova Base de Submarinos a ser construída em Itaguaí. Esta área tornar-se-á estratégica e vital para a segurança nacional.
Olhando para o Horizonte
Temos de observar como os países detentores de capacidade relevante de CMM estão conduzindo seu aperfeiçoamento. Na Inglaterra, o MoD informou, recentemente, que a RN começou a operar oficialmente o sistema de CMM Recce, baseado no UUV Remus 600, produzido pela empresa americana Hydroid. O Recce é um equipamento completamente autônomo, com o formato de um torpedo, que opera entre as profundidades de 30 a 200m, e pode fazer buscas no leito marinho à procura de minas por mais de 20 horas, usando um avançado sistema de navegação, bem como sensores acústicos e batimétricos para detectar e indicar a posição exata das possíveis ameaças. Os dados obtidos, incluindo imagens de alta resolução, são transmitidos para operadores no navio lançador, reduzindo o risco do emprego de mergulhadores, que tradicionalmente executavam essas operações. Além disso, pode ser empregado em operações de reconhecimento, pesquisas hidrográficas e monitoramento ambiental. A Marinha da Suécia, com suas corvetas classe Visby (construídas pela empresa sueca Kockums, uma subsidiária da ThyssenKrupp Marine Systems, da Alemanha), projetadas para realizar operações superfície-superfície, A/S e de CMM, têm o seu conceito de CMM realizado por meio dos ROV. Com este tipo de conceito, um navio-escolta poderá estar sempre pronto a atuar na GueM.
As Marinhas da França, Bélgica e Holanda utilizam o caça-minas da classe Tripartite. A MNF, em 2002 e 2005, modernizou o sistema de detecção de minas dos seus caça-minas, com uma nova suíte de sonares (DUMBM21E e PDVS) produzidos pela Thales Underwater Systems (TUS), sendo o mais efetivo caça-minas disponível na atualidade.
Além desse novo sistema, está sendo estudada a inserção de novas tecnologias e sistemas não-tripulados, aos quais a indústria naval francesa promete trazer um novo conceito de guerra anti-minas dentro dos próximos anos, um ambiente em que as funções de detecção de minas, classificação e neutralização poderão ser executadas de maneira segura e remota por
robôs-submarinos lançados por navios, aviões, helicópteros e submarinos (estes últimos também não-tripulados).
A MEUA está empregando um novo conceito de navios multitarefa, capazes de atuar em diversos tipos de teatro de batalha. O LCS é um navio muito rápido e de pequeno calado, que proporciona grande vigilância e rápida resposta a ataques nas proximidades da costa. A arquitetura dos seus sistemas de combate é aberta, de forma a poder acomodar diferentes tipos de módulos, conforme os requisitos de cada situação. Em uma de suas configurações de operação está um veículo de caça de minas (Remote Minehunting System) capaz de atuar nas CMM.
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A MB tem como seu componente operativo, na área de GueM, a Força de Minagem e Varredura, que é responsável por manter a sua doutrina. Visando adquirir novos meios e equipamentos para capacitação e aprimoramento das técnicas de CMM, a partir do início do ano de 2010, os Navios-Varredores da classe Aratu começaram a operar o VDS SIDESCAN,
disponibilizado pela DHN, a título de experimento. Esse equipamento tem como objetivo mapear o fundo de áreas de interesse dos nossos portos e linhas marítimas ao longo do nosso litoral, a fim de manter um banco de dados para futuras operações de CMM. Os resultados têm se mostrado bastante positivos, contribuindo, dessa forma, para incrementar inovações tecnológicas no adestramento das tripulações e elevar o grau de aprestamento dos nossos meios para um futuro não muito distante.
Um projeto inovador, o SIRI, com 100% de tecnologia nacional, está sendo desenvolvido pela firma Armtec Brasil, em conjunto com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), tendo a participação da MB como consultora técnica. O SIRI é um minirrobô submarino, controlado a distância, utilizado para avaliar o meio ambiente e efetuar algumas operações de inspeção de estruturas submersas, atinge 300m de profundidade e pode perfeitamente ser utilizado nas CMM, a fim de investigar minas.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
OBERTURA ESPECIAL - Prosub - Naval
10 de Outubro, 2011 - 10:47 ( Brasília )
Marinha - Mais perto do submarino nuclear
Com parceria francesa, Brasil já inicia produção de nova frota de embarcações. Veículo movido a urânio enriquecido deve estar pronto em 2023
A A A
Julio Cabral
Não é de hoje que o Brasil deseja submarinos montados e projetados no país. O primeiro equipamento desse tipo incorporado à Marinha remonta a 1914, mas levou quase 80 anos até que o primeiro navio com capacidade de submergir fosse construído em território nacional. Tratava-se do Tamoio, um IKL-209 de tecnologia alemã, produzido em1993. Agora, passados mais 18 anos, finalmente chegam à superfície os planos de produção de um submarino projetado no país, graças ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) — parceria estratégica entre os governos brasileiro e francês firmada em 2008 e aprovada pelo Senado somente em abril deste ano.
Os franceses dominam a tecnologia de produção de submarinos convencionais e nucleares. A transferência de tecnologia a ser feita diz respeito à classe Scorpène, do estaleiro Direction des Constructions Navales Services (DCNS). O projeto prevê a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR), movidos a motores diesel-elétricos, e um nuclear. Todos serão feitos em novo estaleiro da Itaguaí Construções Navais, criada a partir de uma parceria entre a DCNS e a Norberto Odebrecht. O estaleiro e as demais instalações — que incluem uma base naval, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) e a planta da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal que fará as seções cilíndricas do casco — ficarão prontos em 2015. O custo total do programa está orçado em 6,7 bilhões de euros, o equivalente a R$ 16 bilhões, quase o triplo estimado para o reequipamento completo da Marinha brasileira.
O primeiro casco começou a ser feito em 16 de julho, mas os submarinos vão para a água de maneira escalada, sendo que o primeiro entrará em serviço em 2015. O último será finalizado em 2025, sendo que a conclusão do navio nuclear está prevista para 2023. Na prática, é o final da novela do submarino nuclear, cujo programa ficou praticamente em hibernação entre 1994 e 2006 e voltou à tona graças a descoberta de novas reservas de petróleo, o pré-sal, o que demandará novas exigências da Marinha.
No passado, o afundamento do cruzador argentino Belgrano, em 2 de maio de 1982, pelo submarino nuclear britânico Conqueror, na Guerra das Malvinas, reforçou a necessidade de o Brasil ter armas desse tipo — foi o único ataque de um submarino do tipo a uma embarcação até hoje. Quatro embarcações parecem pouco, mas, segundo a Marinha, com o parque formado e a nacionalização de componentes, será mais fácil fazer outros submarinos. O programa espera capacitar 140 fornecedores locais, que serão responsáveis por cerca de 20% das peças, o equivalente a 36 mil itens, como quadros elétricos, bombas hidráulicas, sistema de combate e de controle e baterias de grande porte. Contudo, todas as empresas serão escolhidas pelos franceses, em razão da experiência do estaleiro.
Brasileirinhos
Os Scorpènes nacionais serão alongados em relação ao original CM-2000, de 62m, projetado em conjunto com a empresa espanhola Izar. O peso vai até as 2 mil toneladas, contra 1.500 do Scorpène original. A propulsão usa quatro geradores movidos a diesel para recarregar as baterias, responsáveis por entregar a energia usada pelos motores elétricos para impulsionar a embarcação. Submerso, o novo submarino brasileiro (S-BR) chega aos 20 nós, o equivalente a 37km/h, que caem para 22km/h na superfície. Em ritmo de cruzeiro, o alcance chega a 12 mil quilômetros, o que diminui para pouco mais de mil quilômetros em navegação submersa, sendo que a profundidade de operação chega aos 350m. Os Scorpènes ainda podem ficar até 50 dias debaixo da água. A tripulação terá pelo menos 32 homens, contingente pequeno em razão da automação dos sistemas de controle e armas. Para se ter ideia, os antigos submarinos da Classe Oberon exigiam 74 tripulantes. Na América do Sul, o Chile já tem duas embarcações do tipo Scorpène, usadas também por outros países, como a Índia e a Malásia.
Em relação ao Scorpène original, com mais de 100m de comprimento e deslocamento de até 6 mil toneladas, a variante nuclear será amplamente modificada em razão do espaço superior exigido pelo núcleo do reator. No caso, o Scorpène servirá apenas como base para o desenho final. Estratégicos, os submergíveis nucleares fazem parte de poucos arsenais no mundo: apenas de China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Surgidos em 1954, quando o norte-americano USS Nautilus foi lançado, os submarinos nucleares são objeto de desejo do Brasil desde 1978, quando também se desenvolveu o programa nuclear nacional. O responsável pela propulsão nuclear do submario é o Centro Tecnológico da Marinha em Iperó, interior paulista, que desenvolve o circuito primário da propulsão, sendo que o combustível (urânio enriquecido) já foi desenvolvido pela instituição.
Ação
Os equipamentos a serem produzidos no Brasil serão de ataque, usados para combater submarinos, embarcações ou outros alvos de superfície. Entre os armamentos, estão seis tubos de torpedos que podem levar 18 torpedos (12 reservas), mísseis antinavio Exocet ou até 30 minas. Toda a manipulação de armas é automatizada. Para diminuir a chance de ser atingido, o casco tem baixo índice de detecção por sonares. A despeito da capacidade de fogo, a dissuasão é o ponto de principal de importância estratégica. A introdução dos S-BRs não tirará os antigos de serviço — quatro submarinos da classe Tupi (IKL-209) e um Tikuna, que ficarão baseados em Itaguaí.
Cada submarino terá aplicações diferentes. Enquanto os convencionais se encarregarão de patrulhar um ponto sempre próximo da costa, o nuclear usará suas vantagens de maior autonomia e capacidade de manter altas velocidades para se deslocar. Algo ideal para a grande extensão de litoral, como destaca a Marinha.
10 de Outubro, 2011 - 10:47 ( Brasília )
Marinha - Mais perto do submarino nuclear
Com parceria francesa, Brasil já inicia produção de nova frota de embarcações. Veículo movido a urânio enriquecido deve estar pronto em 2023
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Julio Cabral
Não é de hoje que o Brasil deseja submarinos montados e projetados no país. O primeiro equipamento desse tipo incorporado à Marinha remonta a 1914, mas levou quase 80 anos até que o primeiro navio com capacidade de submergir fosse construído em território nacional. Tratava-se do Tamoio, um IKL-209 de tecnologia alemã, produzido em1993. Agora, passados mais 18 anos, finalmente chegam à superfície os planos de produção de um submarino projetado no país, graças ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) — parceria estratégica entre os governos brasileiro e francês firmada em 2008 e aprovada pelo Senado somente em abril deste ano.
Os franceses dominam a tecnologia de produção de submarinos convencionais e nucleares. A transferência de tecnologia a ser feita diz respeito à classe Scorpène, do estaleiro Direction des Constructions Navales Services (DCNS). O projeto prevê a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR), movidos a motores diesel-elétricos, e um nuclear. Todos serão feitos em novo estaleiro da Itaguaí Construções Navais, criada a partir de uma parceria entre a DCNS e a Norberto Odebrecht. O estaleiro e as demais instalações — que incluem uma base naval, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) e a planta da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal que fará as seções cilíndricas do casco — ficarão prontos em 2015. O custo total do programa está orçado em 6,7 bilhões de euros, o equivalente a R$ 16 bilhões, quase o triplo estimado para o reequipamento completo da Marinha brasileira.
O primeiro casco começou a ser feito em 16 de julho, mas os submarinos vão para a água de maneira escalada, sendo que o primeiro entrará em serviço em 2015. O último será finalizado em 2025, sendo que a conclusão do navio nuclear está prevista para 2023. Na prática, é o final da novela do submarino nuclear, cujo programa ficou praticamente em hibernação entre 1994 e 2006 e voltou à tona graças a descoberta de novas reservas de petróleo, o pré-sal, o que demandará novas exigências da Marinha.
No passado, o afundamento do cruzador argentino Belgrano, em 2 de maio de 1982, pelo submarino nuclear britânico Conqueror, na Guerra das Malvinas, reforçou a necessidade de o Brasil ter armas desse tipo — foi o único ataque de um submarino do tipo a uma embarcação até hoje. Quatro embarcações parecem pouco, mas, segundo a Marinha, com o parque formado e a nacionalização de componentes, será mais fácil fazer outros submarinos. O programa espera capacitar 140 fornecedores locais, que serão responsáveis por cerca de 20% das peças, o equivalente a 36 mil itens, como quadros elétricos, bombas hidráulicas, sistema de combate e de controle e baterias de grande porte. Contudo, todas as empresas serão escolhidas pelos franceses, em razão da experiência do estaleiro.
Brasileirinhos
Os Scorpènes nacionais serão alongados em relação ao original CM-2000, de 62m, projetado em conjunto com a empresa espanhola Izar. O peso vai até as 2 mil toneladas, contra 1.500 do Scorpène original. A propulsão usa quatro geradores movidos a diesel para recarregar as baterias, responsáveis por entregar a energia usada pelos motores elétricos para impulsionar a embarcação. Submerso, o novo submarino brasileiro (S-BR) chega aos 20 nós, o equivalente a 37km/h, que caem para 22km/h na superfície. Em ritmo de cruzeiro, o alcance chega a 12 mil quilômetros, o que diminui para pouco mais de mil quilômetros em navegação submersa, sendo que a profundidade de operação chega aos 350m. Os Scorpènes ainda podem ficar até 50 dias debaixo da água. A tripulação terá pelo menos 32 homens, contingente pequeno em razão da automação dos sistemas de controle e armas. Para se ter ideia, os antigos submarinos da Classe Oberon exigiam 74 tripulantes. Na América do Sul, o Chile já tem duas embarcações do tipo Scorpène, usadas também por outros países, como a Índia e a Malásia.
Em relação ao Scorpène original, com mais de 100m de comprimento e deslocamento de até 6 mil toneladas, a variante nuclear será amplamente modificada em razão do espaço superior exigido pelo núcleo do reator. No caso, o Scorpène servirá apenas como base para o desenho final. Estratégicos, os submergíveis nucleares fazem parte de poucos arsenais no mundo: apenas de China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Surgidos em 1954, quando o norte-americano USS Nautilus foi lançado, os submarinos nucleares são objeto de desejo do Brasil desde 1978, quando também se desenvolveu o programa nuclear nacional. O responsável pela propulsão nuclear do submario é o Centro Tecnológico da Marinha em Iperó, interior paulista, que desenvolve o circuito primário da propulsão, sendo que o combustível (urânio enriquecido) já foi desenvolvido pela instituição.
Ação
Os equipamentos a serem produzidos no Brasil serão de ataque, usados para combater submarinos, embarcações ou outros alvos de superfície. Entre os armamentos, estão seis tubos de torpedos que podem levar 18 torpedos (12 reservas), mísseis antinavio Exocet ou até 30 minas. Toda a manipulação de armas é automatizada. Para diminuir a chance de ser atingido, o casco tem baixo índice de detecção por sonares. A despeito da capacidade de fogo, a dissuasão é o ponto de principal de importância estratégica. A introdução dos S-BRs não tirará os antigos de serviço — quatro submarinos da classe Tupi (IKL-209) e um Tikuna, que ficarão baseados em Itaguaí.
Cada submarino terá aplicações diferentes. Enquanto os convencionais se encarregarão de patrulhar um ponto sempre próximo da costa, o nuclear usará suas vantagens de maior autonomia e capacidade de manter altas velocidades para se deslocar. Algo ideal para a grande extensão de litoral, como destaca a Marinha.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Militares da Marinha do Brasil atingem 100% de aproveitamento em exercício na França
O grupo de 26 engenheiros da MB após o recebimento
dos certificados de conclusão do módulo 2 do Step 1
Foi concluído mais um módulo do treinamento de transferência de tecnologia em projeto de submarinos convencionais e nuclear pelos engenheiros navais da Marinha do Brasil, em Lorient, na França. Neste 2º módulo, 26 engenheiros realizaram um exercício prático do projeto de um submarino convencional com deslocamento da ordem de 3.000 toneladas, correspondente a um deslocamento intermediário entre o submarino Scorpène e o futuro SN-BR, no qual o grupo obteve a nota máxima, tanto global quanto por quesitos.
Tal avaliação foi feita pelo Chefe do Departamento de Arquitetura de Submarinos do estaleiro da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), o engenheiro Emannuel Chol, e ratificada pelo Diretor de Engenharia de Submarinos da empresa DCNS, Engenheiro General do Armamento Georges Joab.
O resultado confirma que a equipe de engenheiros da Marinha está habilitada a executar o projeto de concepção de um submarino convencional.
Cinco engenheiros do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo foram incorporados a esse grupo, que, atualmente, realiza o módulo 3 do treinamento, voltado exclusivamente para o projeto de submarino nuclear de ataque.
Engenheiros da MB realizando exercício prático de projeto de submarino
O grupo de 26 engenheiros da MB após o recebimento
dos certificados de conclusão do módulo 2 do Step 1
Foi concluído mais um módulo do treinamento de transferência de tecnologia em projeto de submarinos convencionais e nuclear pelos engenheiros navais da Marinha do Brasil, em Lorient, na França. Neste 2º módulo, 26 engenheiros realizaram um exercício prático do projeto de um submarino convencional com deslocamento da ordem de 3.000 toneladas, correspondente a um deslocamento intermediário entre o submarino Scorpène e o futuro SN-BR, no qual o grupo obteve a nota máxima, tanto global quanto por quesitos.
Tal avaliação foi feita pelo Chefe do Departamento de Arquitetura de Submarinos do estaleiro da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), o engenheiro Emannuel Chol, e ratificada pelo Diretor de Engenharia de Submarinos da empresa DCNS, Engenheiro General do Armamento Georges Joab.
O resultado confirma que a equipe de engenheiros da Marinha está habilitada a executar o projeto de concepção de um submarino convencional.
Cinco engenheiros do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo foram incorporados a esse grupo, que, atualmente, realiza o módulo 3 do treinamento, voltado exclusivamente para o projeto de submarino nuclear de ataque.
Engenheiros da MB realizando exercício prático de projeto de submarino
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
BZ para todos(as).
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
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- Boss
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Passo importantíssimo para nossa defesa e para a nossa indústria de defesa.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
"ToT não existe, é mentira".
Entendem porque querem que acreditemos nisso?
Entendem porque querem que acreditemos nisso?
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Transfere, mas tem que ter competência para receber. A MB está demonstrando que tem, daí a conversa muda... Os resultados são realmente impressionantes para esse tempo tão curto. É um orgulho para todos nós!
Quanto a outros processos, os com asas principalmente... Deixa pra lá...
Interessante informação: somaram 5 engenheiros à essa equipe de 26, portanto, já são 31 na França.
[]'s.
Quanto a outros processos, os com asas principalmente... Deixa pra lá...
Interessante informação: somaram 5 engenheiros à essa equipe de 26, portanto, já são 31 na França.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Luiz Bastos
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Realmente a Marinha sabe o que quer. Parabéns !
Se deixarem, a gente chega lá, e rapidinho. Fui
Se deixarem, a gente chega lá, e rapidinho. Fui