Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3706 Mensagem por Túlio » Seg Set 19, 2011 10:28 pm

Hmmmmmmmmmmmmmm....................brake é freio, to break é frear... :wink: 8-]




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3707 Mensagem por helio » Ter Set 20, 2011 9:15 am

Túlio escreveu:Hélio, a troca da peça principal do M-41 não foi nada lógica: trocou-se uma peça de menor calibre e mais potente por uma de maior calibre e menos potente. Senão vejamos:

M-41 com peça M32 de 76mm, munição HE: velocidade de boca 732 m/s e peso de 11,7 kg.

m-41 com peça Cockerill Mk II (EC-90), munição HE: velocidade de boca 700 m/s e peso de 8,5 kg.

Mais calibre por menos desempenho. Ademais, ambas eram munições pequenas e leves para uso em peças de recuo curto para carros leves. Já o 105 difere bem mais para o 120, tanto na diferença de massa x velocidade/curso de recuo. Assim, para se obter um 120 que se compare a um 105 no quesito compatibilidade com um carro mais leve como o TAM pouco se obterá de vantagem real em poder de fogo e certamente algo se perderá em cadência sustentada (o Auxiliar é gente, ele cansa, POWS!!!). Ademais, as peças que o Bacchi citou certamente podem usar as cargas mais 'ardidas' de 120 como a DM-63 mas...e o TAM? Que efeito terá sobre o carro o disparo de uma munição muitíssimo mais potente do que a que foi projetado para usar? Até que ponto se pode colocar naquela torrezinha um sistema com o dobro ou mais de capacidade de absorção de recuo? Até que ponto se pode alongar o curso do recuo, lembrando que o carro cedo ou tarde terá de efetuar disparos laterais?

Há outro ponto: o Bacchi vai ficar pê da cara de eu estar citando ele sem parar mas não tenho culpa de tomá-lo como REFERÊNCIA - tanto como a ti mesmo, ao Bastos, ao Elígio, ao Guerra - e cito aquelas armas bem mais leves que ele apontou: bueno, uma DM-63 tem sua enorme energia natural de recuo e esta tem de ser dissipada/absorvida de algum modo. Uma peça mais pesada como o Rh-L44/55 ajuda nisso, o recuo tem de 'empurrar' 4,5 t (L44) para trás, parte dele se dissipa aí. O resto é com o amortecimento. Agora vejamos: e uma peça com metade desse peso? As soluções mais óbvias são alongar o curso do recuo e aumentar a capacidade de amortecimento/absorção de energia. Isso tudo implica em estruturas bem maiores e mais pesadas para compensar o que se perdeu no peso (massa) da peça. Não vejo solução para o TAM neste aspecto masss....

Bueno, tu o conheces pessoalmente, eu não! :wink: 8-]


PS.: essa do 'leigo' foi tri. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

PS2.: parte da resposta acima serve também ao FCarvalho. Qual o sentido de mexer NO CALIBRE se se pode mantê-lo porém com peça e munição MUITO melhores, como o citado Rh 105 L/51-30? Devem haver outras peças do tipo também, caso se implique com os Alemães e as modificações no CC serão bem menores do que no caso do 120. Ao menos em tese...

EDIT - pesquisei em diversos sites mas quero fazer menção ao do Professor Expedito Carlos Stephani Bastos sobre a comparação entre o 90 e o 76:

http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/M41.pdf
Tulio
De novo estou respondendo sem o devido conhecimento ao assunto, mas se me permite, atrevo-me a comentar :
A troca dos canhões realizados nos M41 do Uruguai deve ter um motivo. Afinal os canhões originais estavam em ótimo estado( foram vendidos ao Brasil e pagos pela Bernardini)
Embora o canhão colocado tenha menor velocidade de boca e velocidade, pergunto: a que distancia do alvo, um tiro de 90mm(um projétil de maior superficie), embora com menor velocidade é mais vantajoso do que um outro de 76mm(com maior velocidade)?
Seria prioritário para o exercito daquele pais o que? O alcance dos canhões do CC?

Acho que cada tipo de arma tem suas vantagens e desvantagens.
Um revolver por exemplo, temos com vários canos com o mesmo calibe. O cano longo consegue maior precisão a tiros de longa distancia? Com certeza, mas é um trambolho para carregar no corpo.
Mede-se a qualidade do caça pela velocidade maxima que alcança? Sabemos que não,este é apenas um quesito.
Mede-se então a qualidade do canhão somente pelos quesitos que vc mostrou?
Acho que o mais importante que se conseguiu foi o sistema optronico que foi introduzido com este canhão, coisa que acredito não fosse possivel adaptar no canhão original.

Acho portanto válido, os estudos para colocar um canhão de 120mm no TAM. Com certeza neste estudo será avaliado as vantagens e desvantagens. Não podemos descartar qualquer estudo.
Caso contrário nunca poderiamos ter testado um M113 com motor de um Chevrolet Silverado capotado.

Embora alguns aqui desdenham o TAM, a Argentina, não fosse pela grave crise politica e economica que enfrenta há uma década, estaria DÉCADAS A FRENTE do Brasil em projetos de blindados.
Há 30 anos atrás já planejaram numa familia de blindados sobre esteiras. Não se tratavam de utopias como o nosso Osório(algo muito caro para o EB), e sim um CC com a possibilidade de ser fábricado em grandes quantidades, além de uma família de VBTP com o mesmo chassis e motorização. O Brasil em plena segunda década do século 21 é incapaz de fazer isto, enfrenta um pesadelo logistico e depende de importados.
Aquilo que se tem defendido e discutido nos posts sobre o FX2, de obter a prioridade na obtenção de tecnologia, MESMO QUE ISTO não represente ter equipamento de ponta, não é enxergado aqui.
Eu neste quesito tiro o chapéu para a Argentina, pois com crise ou sem crise conseguem manter operacionais um blindado nacional, com vários componentes vitais construidos naquele país, desde a munição até o instrumento ótico do canhão, enquanto nós aqui ficamos lamentando que calhambeques como o Leo 1Be que adquirimos uma década depois que os TAM já estavam operacionais, tem que ser desativados por falta de componentes!

Abraço

Hélio




Carlos Mathias

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3708 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Set 20, 2011 9:35 pm

Aquilo que se tem defendido e discutido nos posts sobre o FX2, de obter a prioridade na obtenção de tecnologia, MESMO QUE ISTO não represente ter equipamento de ponta, não é enxergado aqui.
Mas nem lá é, não mesmo! :?




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3709 Mensagem por Guerra » Ter Set 20, 2011 9:38 pm

helio escreveu:Embora alguns aqui desdenham o TAM, a Argentina, não fosse pela grave crise politica e economica que enfrenta há uma década, estaria DÉCADAS A FRENTE do Brasil em projetos de blindados.
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Dentro do contexto geral eu até concordo, embora acredite que se não fosse pela mesma crise que derrubou os projetos argentinos teriamos OSORIO, charrua etc. Outra coisa é o TAM como CC. É um CC limitado. Um quebra galho. Uma VBTP com canhão.
Há 30 anos atrás já planejaram numa familia de blindados sobre esteiras. Não se tratavam de utopias como o nosso Osório(algo muito caro para o EB), e sim um CC com a possibilidade de ser fábricado em grandes quantidades, além de uma família de VBTP com o mesmo chassis e motorização. O Brasil em plena segunda década do século 21 é incapaz de fazer isto, enfrenta um pesadelo logistico e depende de importados.
Eu concordo. Mas se é para comparar, a Argentina não é tão esperta assim. Lá se vão 30 anos e eles falando em colocar um canhão de 120 numa VBTP? Porque eles não projetam um CC novo, que era o que eles sempre planejaram para o futuro?
Aquilo que se tem defendido e discutido nos posts sobre o FX2, de obter a prioridade na obtenção de tecnologia, MESMO QUE ISTO não represente ter equipamento de ponta, não é enxergado aqui.
Tá, os argentinos tiveram uma visão fantastica quando adotaram o TAM. E agora tem uma VBTP com canhão 105 e querem colocar um canhão de 120. E nós estamos projetando uma VBTP, estamos pensando em colocar um canhão 105. Para se igualar aos argentinos é só colocar um120 na mesma VBTP.

Eu neste quesito tiro o chapéu para a Argentina, pois com crise ou sem crise conseguem manter operacionais um blindado nacional, com vários componentes vitais construidos naquele país, desde a munição até o instrumento ótico do canhão, enquanto nós aqui ficamos lamentando que calhambeques como o Leo 1Be que adquirimos uma década depois que os TAM já estavam operacionais, tem que ser desativados por falta de componentes!
Calma, Helio. Nós vamos ter uma familia de blindados médios igual aos argentinos. Qualquer coisa metemos um canhão em cima do guarani e esta resolvido o problema dos RCB.
No quesito gambiarra não tem exército melhor que o nosso. Lembro de um exemplo que deram aqui sobre uma tentativa de colocar um MRT 81 num blindado e ele afundou. Vai precisar acontecer isso com os TAMs para os argentinos acordarem para realidade.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3710 Mensagem por helio » Ter Set 20, 2011 10:17 pm

Guerra escreveu:
helio escreveu:Embora alguns aqui desdenham o TAM, a Argentina, não fosse pela grave crise politica e economica que enfrenta há uma década, estaria DÉCADAS A FRENTE do Brasil em projetos de blindados.
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Dentro do contexto geral eu até concordo, embora acredite que se não fosse pela mesma crise que derrubou os projetos argentinos teriamos OSORIO, charrua etc. Outra coisa é o TAM como CC. É um CC limitado. Um quebra galho. Uma VBTP com canhão.
Desculpe Guerra,mas nunca teriamos nem o Osório e muito menos o Charrua
Leia o artigo do Bacchi sobre o Osório e entenderá o que estou falando. O Osório não deu certo pois a ENGESA deu um passo maior que a perna, só isto. Como projeto era bom, mas fruto da megalomania dos Whitaker.
O Charrua NUNCA foi desejo do EB, foi baseado no M74, um VBTP que nunca foi plenamente utilizado pelo EB. O projeto comeu tanto dinheiro da Motopeças que sonhava em vender ao EB (que na verdade NUNCA QUIS) e hoje ao mencionar industria bélica, o dono da Motopeças tem um surto de catapora.
Se o TAM for um quebra galho como vc escreveu, vamos cvomparar:
a Argentina fabrica mais de 300 CC na sua industria nacional e o Brasil adquire 10 anos depois uma centena de Leopard 1Be em péssimo estado da Bélgica com baixissimo indice de operacionalidade. Quem é o guebra galho???? o Leopard 1BE capenga ou o TAM (por favor não confunda os Leo 1BE com os 1A5 recém incorporados)[
Há 30 anos atrás já planejaram numa familia de blindados sobre esteiras. Não se tratavam de utopias como o nosso Osório(algo muito caro para o EB), e sim um CC com a possibilidade de ser fábricado em grandes quantidades, além de uma família de VBTP com o mesmo chassis e motorização. O Brasil em plena segunda década do século 21 é incapaz de fazer isto, enfrenta um pesadelo logistico e depende de importados.
Eu concordo. Mas se é para comparar, a Argentina não é tão esperta assim. Lá se vão 30 anos e eles falando em colocar um canhão de 120 numa VBTP? Porque eles não projetam um CC novo, que era o que eles sempre planejaram para o futuro?
eles bem que desejam projetar um cc novo, mas o governo Kirchner ignora as FA. Fazer o que?
Aquilo que se tem defendido e discutido nos posts sobre o FX2, de obter a prioridade na obtenção de tecnologia, MESMO QUE ISTO não represente ter equipamento de ponta, não é enxergado aqui.
Tá, os argentinos tiveram uma visão fantastica quando adotaram o TAM. E agora tem uma VBTP com canhão 105 e querem colocar um canhão de 120. E nós estamos projetando uma VBTP, estamos pensando em colocar um canhão 105. Para se igualar aos argentinos é só colocar um120 na mesma VBTP.
Eu acho que vc não está lendo com atenção meus posts.
Eu escrevi apenas que EXISTEM ESTUDOS para equipar os TAM com canhão de 120mm.
Estudos por estudos nós temos inumeros e muito mais esdruxulo que do TAM. Passaria horas enumerando projetos deste tipo feitos pelo Brasil, mas veja NÃO PASSARAM DE ESTUDOS.

Eu neste quesito tiro o chapéu para a Argentina, pois com crise ou sem crise conseguem manter operacionais um blindado nacional, com vários componentes vitais construidos naquele país, desde a munição até o instrumento ótico do canhão, enquanto nós aqui ficamos lamentando que calhambeques como o Leo 1Be que adquirimos uma década depois que os TAM já estavam operacionais, tem que ser desativados por falta de componentes!
Calma, Helio. Nós vamos ter uma familia de blindados médios igual aos argentinos. Qualquer coisa metemos um canhão em cima do guarani e esta resolvido o problema dos RCB.
No quesito gambiarra não tem exército melhor que o nosso. Lembro de um exemplo que deram aqui sobre uma tentativa de colocar um MRT 81 num blindado e ele afundou. Vai precisar acontecer isso com os TAMs para os argentinos acordarem para realidade.
Comforme escreví acima, existem projetos esdruxulos aos montes no Brasil e que custou caro e não deu em nada. O projeto do blindado sobre esteiras com morteiro que afundou é tipico. Trata-se de um chassis imitando o M113 em escala reduzida com suspensão de perereca e motor dianteiro.
Aliás a Argentina possui veículos semelhantes com morteiro de 120mm sobre chassis Marder.....e funcionam direitinho e não afundam o chassis.


Abraços
hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3711 Mensagem por Túlio » Ter Set 20, 2011 11:06 pm

helio escreveu: Eu escrevi apenas que EXISTEM ESTUDOS para equipar os TAM com canhão de 120mm.
Estudos por estudos nós temos inumeros e muito mais esdruxulo que do TAM. Passaria horas enumerando projetos deste tipo feitos pelo Brasil, mas veja NÃO PASSARAM DE ESTUDOS.

A meu ver, isso mata a questão!

Não obstante, que eu saiba o TAM foi desenvolvido nos anos 70 pelos ALEMÃES com assistência Argentina (recebendo ToT), tendo inclusive um projeto similar sido oferecido A NÓS (fuente: UFJF Defesa), que recusamos para desenvolver sozinhos! O caso se parece um pouco com o do Pampa, um Alpha Jet menor e monomotor (só que este, até onde eu saiba, jamais nos foi oferecido). Tanto que os três primeiros TAM foram feitos NA ALEMANHA (fuente: Área Militar)!

Concordo integralmente com o caso do Osório, ao menos até certo ponto: foi o Waterloo do sr. Whitaker Ribeiro. Deveria ter mesmo se concentrado em aperfeiçoar o que fazia de melhor e hoje não estaríamos tendo de pagar estrangeiros para desenvolver nosso carro sobre rodas. De qualquer modo, enquanto o TAP (Tanque Argentino Pesado) jamais passou de charla, o Osório chegou a dois protótipos e ambos feitos AQUI, mesmo à custa da quebra da ENGESA. A TAMSE quebrou igualmente e sem TAP, também jamais tendo desenvolvidos carros similares ao Cascavel/Urutu...

Mas houve o TAMOYO, que era/seria equivalente ao TAM e sem pitaco de estrangeiro algum. Devo admitir que não sei de interesse concreto do EB por nenhum dos dois carros (Osório e Tamoyo) mas isso não desmente nossa capacidade de DESENVOLVER e FAZER (inegavelmente superior à dos Argentinos), apenas nossa capacidade/interesse de COMPRAR!

Concluindo: o TAM é praticamente tão Argentino quanto o AV-8B é ianque. Com a diferença que o TAM é um Marder ENFRAQUECIDO na blindagem (TAM 30t/ can 105mm, Marder IFV 32t/ can 25mm) enquanto o AV-8B foi MELHORADO em relação ao projeto original...




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3712 Mensagem por helio » Qua Set 21, 2011 9:53 am

Tulio
O TAM é um projeto 90% alemão, adaptados para os requisitos dos argentinos. Tal qual o Guarani que é um projeto com essencia italiana da IVECO, adaptado para os requisitos brasileiros.
O Pampa também é um projeto alemão, mas especialmente adaptado para os requisitos argentinos.
O TAM é um projeto inteligente, pois se por um lado o CC não tem o mesmo "peso" ,possibilitou a fabricação de toda uma família de blindados, resolvendo em grande parte a logistica, coisa que ainda estamos implementando.
Quanto a questão Osório X Tamoyo, analisando os fatos ocorridos tenho o seguinte parecer:
O Tamoyo tecnológicamente era inferior ao Osório, entretanto atendia os requisitos do EB.
Embora a Bernardini tivesse muito mais expertise que a ENGESA em projetar e fabricar blindados sobre esteiras, a modernidade e imponencia do Osório impressionou muito mais o EB.
Com a vã esperança de obter 1 Osório a cada 10 exportados, o EB preferiu aguardar pelo Osório.
O Tamoyo foi tão desprezado pelo EB, que sequer chegou a ser avaliado oficialmente pelo EB. Quando a Bernardini quis fazer os testes, o EB quis até cobrar pela cessão de técnicos para este fim.
Embora a Bernardini tivesse feito a modernização de muitos blindados como os M41, X1A2 e muitos protótipos, não poderia ser comparada com a capacidade de produção e expertise no comercio exterior da ENGESA.
Conforme os vários engenheiros militares e empresários da época que eu,o Paulo e o Bacchi entrevistamos, a verdade é que até a ~20 anos atrás, parte dos projetos não eram requisitados oficialmente pelo EM do EB. Muitos foram idealizados e desenvolvidos por iniciativa própria dos comandantes do Pq de São Paulo(desativado após a criação do CTEX). Mesmo depois da criação do CTEX, muitos projetos não tinham muita lógica, uma delas o muito citado aqui VBTP e porta-morteiros desenvolvido de um perereca.
Tivemos também inumeros projetos que foram desenvolvidoas a partir de uma simples sugestão de altos oficiais do Iraque, durante as inumeras visitas àquele país pela nossa industria bélica. Veja bem: não foi solocitação do Exercito Iraquiano, simplesmente sugestões de altos oficiais.
Imagine quanto se gastou em dinheiro desenvolvendo tais sugestões e que não deram em nada.
Não estou dizendo com isto que se a Argentina tivesse uma ENGESA lá, teria desenvolvido melhor que nós, acho sim que cometeriam os mesmos equívocos. Entretanto o fato de projetar uma familia de blindados, foi uma iniciativa inteligente, e tenho certeza que caso tivessem em situação economica e politica diferentes estariam desenvolvendo um novo blindado.

Abraços

Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3713 Mensagem por Paulo Bastos » Qua Set 21, 2011 10:03 am

helio escreveu:Tulio
O TAM é um projeto 90% alemão, adaptados para os requisitos dos argentinos. Tal qual o Guarani que é um projeto com essencia italiana da IVECO, adaptado para os requisitos brasileiros.
Desculpa Helio, existe um porem aí que vai contra algumas coisas.

O TAM é um derivado direto de um projeto pronto da Thyssen Henschel e o Guarani é um blindado novo, desenvolvido conforme os requisitos definidos pelo EB a cerca de 10 anos e desenvolvido por engenheiros e técnicos italianos e brasileiros, sob a supervisão de militares do EB.

Isso tem que ficar claro, senão vai continuar prevalecendo aquela idéia que o Guarani é um derivado pobre do SuperAV tão propalado por um certo "especialista" que atualmente defendo o Piranha :roll:

Abraços,
Paulo




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3714 Mensagem por helio » Qua Set 21, 2011 10:25 am

Aí é que está Paulo
Uma coisa é fabricar sob licença um projeto estrangeiro( Xavante, Fokker S11, Jeep Willys) a outra é encomendar um projeto para outro país. O Pampa foi encomendado, de acordo com requisitos da Argentina, e o TAM, embora fosse um projeto alemão foi criado para atender os requisitos da Argentina.
Por questões contratuais, era permitido que a Alemanha tentasse exportar o mesmo produto a outros países, chegando na época inclusive ser oferecido ao Brasil.
O TAM não foi exportado para qualquer outro pais e sequer foi utilizado pela Alemanha.

Abraços

Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3715 Mensagem por Paulo Bastos » Qua Set 21, 2011 10:32 am

Sim, isso é verdade Hélio, mas existe uma diferença.

Antes de ele ser oferecido a Argentina, respeitando seus requisitos, a Thyssen-Henschel já tinha o TH-301, que atendia quase a totalidade deles, e este foi apenas adaptado, caso parecido com o AMX, onde a FAB ja entrou no meio de um projeto.

No caso do Guarani ele esta sendo desenvolvido desde sua concepção de acordo com os requisitos definidos pelo CTEx e utilizando a expertise da IVECO.

Abraços,
Paulo




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3716 Mensagem por helio » Qua Set 21, 2011 10:45 am

Paulo Bastos escreveu:Sim, isso é verdade Hélio, mas existe uma diferença.

Antes de ele ser oferecido a Argentina, respeitando seus requisitos, a Thyssen-Henschel já tinha o TH-301, que atendia quase a totalidade deles, e este foi apenas adaptado, caso parecido com o AMX, onde a FAB ja entrou no meio de um projeto.

No caso do Guarani ele esta sendo desenvolvido desde sua concepção de acordo com os requisitos definidos pelo CTEx e utilizando a expertise da IVECO.

Abraços,
Paulo
Paulo
Acho que a gente tem que analisar a época que cada um foi desenvolvido.
Hoje através da tecnologia da informática, é possivel fazer com muito menos custo/hora. É muito mais simples atender os requisitos de uma encomenda e sem deixar de ser considerado um projeto novo.
Acredito que na época do TAM, as coisas eram muito mais difíceis, inclusive sem a existencia da Internet, o desenvolvimento conjunto era muito mais difícil. Mesmo assim adaptações foram feitas no projeto com engenheiros argentinos para poder ser produzido no país.
A Thyssen já tinha a família Marder de VBTP, atender um requisito de uma familia de blindados foi fácil. Estou fora de casa, preciso consultar o Jane´s da época,mas tenho quase certeza que o prototipo que vc citou, até o pedido da TAM estava só no papel vegetal e maquete.
O AMX é um caça especificamente projetado para a Itália, que graças ao interesse do Brasil em produzir, teve participação de parte do projeto(30%) da EMBRAER.
Acredito que o TAM tenha bem menos que 30% de participação por parte dos argentinos, mas não foi uma simples produção sob licença de um produto consagrado da Alemanha

Abraços
Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3717 Mensagem por Paulo Bastos » Qua Set 21, 2011 11:02 am

Sim Hélio, Você tambem tem razão, mas acho que aqui estamos em um impasse por conta de uma questão de ponto de vista. Porem o fato é que hoje, passados muitos anos desde sua concepção, projeto, fabricação e utilização, ninguém nega o fato do TAM ser um veículo argentino e que ajudou em muito a criar uma "mentalidade" de se produzir blindado localmente, pena que ela não foi aproveitada.

Abraços,
Paulo




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3718 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qua Set 21, 2011 2:08 pm

Tulio e Helio,

Na discussão de vocês sobre os M41 uruguaios e brasileiros eu fiquei com a impressão que vocês acham que os M41 modificados no Uruguai tem o canhão Cockerill Mk 3 (EC-90).

Eles foram repotencializados pelo exército uruguaio com o Cockerill Mk 8 (o mesmo que o EB pretende montar no VBTP-MR Guarani) que é bem superior ao Mk 3.

Para ajudadar na discussão estou anexando tabela sobre o canhão de 76 mm M32 original do M41 e sobre o Cockerill Mk 3 e Mk 8.

Tabela de munição para o M41

Canhão de 76 mm M32

Modelo Tipo Projetil Penetrador Veloc. de boca Alcance

M339 AP-T ------ 6,6 kg 975 m/seg

M319 HVAP-T ------ 3,2 kg 1.262 m/seg

M352 HE ------ 0,66 kg Comp. B 732 m/seg 14.300 m



Canhão Cockerill Mk 3

M616A1 HE ------ 1,0 kg Comp. B 700 m/seg 2.200 m

M625A1 HESH ------ 1,3 kg Comp. A-3 800 m/seg ??????

EQ APDSFS 3,23 kg 2,06 kg 1.150 m/seg



Canhão Cockerill Mk 8

M691A2 HESH ------ 1,9 kg Comp. A-3 703 m/seg 7.500 m

M690A1 APDSFS 3,6 kg 2,3 kg (estimado) 1.330 m/seg


O termo Projetil se refere ao Penetrador+Sabot para as munições APDSFS.

O peso em kg na coluna Penetrador se refere ao peso da carga explosiva na cabeça de guerra da granada HE e HESH.

EQ quer dizer Engesa Quimica – foi a munição APDSFS projetada pela ENGESA que foi testada, mas não chegou a entrar em produção.

O valor da energia cinética (1/2MV2) para as munições AP-T, HVAP-T e APDSFS é:

M339 AP-T = 3.130.000 kgxm2/seg2

M319 HVAP-T = 2.550.000 kgxm2/seg2

EQ = 1.360.000 kgxm2/seg2

M690A1 APDSFS = 2.034.000 kgxm2/seg2

Como comparação um APDSFS de canhão 105 mmL7/M68 tem energia cinética variando entre 3.500.000 e 4.000.000 kgxm2/seg2

Bacchi




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3719 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qua Set 21, 2011 2:09 pm

Ficou uma porcaria.

Desculpem.

Pano rapido!

Bacchi




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#3720 Mensagem por Paulo Bastos » Qua Set 21, 2011 2:32 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:Eles foram repotencializados pelo exército uruguaio com o Cockerill Mk 8 (o mesmo que o EB pretende montar no VBTP-MR Guarani) que é bem superior ao Mk 3.

Para ajudadar na discussão estou anexando tabela sobre o canhão de 76 mm M32 original do M41 e sobre o Cockerill Mk 3 e Mk 8.
Bacchi, acho que você se confundiu. O Canhão que equipa os M41A1 UR é o Cockerill MK IV.

Abraços,
Paulo




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