Governo Dilma Rousseff
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- joao fernando
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Re: Governo Dilma Rousseff
Voltamos ao problema dos carros. Usando o cambio, podemos segurar a inflação de demanda. Mas perdemos empregos (mas se a demanda não é atendida, que emprego será perdido, já que estamos a 100% da produção???)
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
Leandro,LeandroGCard escreveu:Marcelo, a grande maioria dos sistemistas (chamados fornecedores Tier-1, que entregam sistemas completos) como Visteon, ZF, Bosch, Magnetti Marelli, e algumas outras são empresas também multinacionais, da mesma forma que as montadoras (OEM's). Na verdade, embora eu trabalhe na área não me lembro de cabeça de nenhum Tier-1 nacional. Entre os fornecedores destes fornecedores (Tier-2), que entregam as peças mais sofisticadas como amortecedores, pistões, motores, etc... havia alguns nacionais importantes (COFAP, Metal-Leve, Maxion, etc...) mas a maioria foi comprada por multinacionais durante o governo FHC, e hoje sobram muito poucos ainda sob o controle de brasileiros. Apenas quando se chega aos fornecedores de terceiro nível (Tier-3), que entregam peças avulsas com baixo conteúdo tecnológico, é que ainda existe forte participação nacional. São empresas de fundição, estampagem, forjamento, fabricantes de bombas d´água, reservatórios de óleo, molas, parafusos, etc..., que entregam peças sob especificação dos OEM´s, Tier-1 e Tier-2.marcelo bahia escreveu: Continua assim, meu caro!
Leandro G. está equivocado. Não montamos apenas os carros, pois em média 75% das peças que compõem nossos veículos são de produção nacional. Os da Argentina também usam peças brasileiras. O Ágile (made in Argentina), que foi o primeiro carro da GM desenhado lá, não foge à regra, pois também 75% das peças são importadas do Brasil, ou seja, nós importamos o que já exportamos antes. Isso me foi dito por um diretor da GM da Argentina que foi meu aluno de português. Renault, Fiat, VW, etc, abriram centros de desenho e desenvolvimento de veículos no Brasil.
Se você considerar que todo carro é composto por peças, então a participação nacional (em peso) é bem importante, muito poucas peças vem de fora. Mas a produção de simples peças ou sistemas pouco sofisticados agrega muito pouco valor ou conhecimento ao produto final, até porque as especificações delas são definidas pelos sistemistas e pelas montadoras. E estas empresas é que ficam com o filão do dinheiro da venda dos carros. Já os produtores de peças basicamente operam as máquinas para fabricar o que foi projetado em grande parte fora do país. O máximo de desenvolvimento que eles fazem é na construção dos ferramentais e dispositivos de produção (moldes, matrizes, gabaritos de medição, etc...), mas pouco ou nada em termos de produto. Estes fabricantes de peças tem margens e lucro muito estreitas, e mesmo que soubessem como dificilmente teriam capital para tentar vôos mais altos.
O trabalho do segundo link abaixo parece ser justamente sobre como estas informações de engenharia, geradas no s OEM's e Tier-1, são repassadas para os fornecedores Tier-2 e Tier-3.Só para ilustrar:
http://needesign.com/volks-lanca-no-bra ... -veiculos/
E se quiserem aprofundar mais sobre a questão da produção de peças OEM no Brasil, vejam este artigo:
http://www.aedb.br/seget/artigos08/269_SEGET.pdf
Abraço.
Para você ter uma idéia, a empresa em que eu era sócio atendia justamente este centro de desenvolvimento de veículos da VW do Brasil citado no primeiro link, com serviços de digitalização 3D. Para ficar bem claro, o trabalho deles era basicamente de design (carroceria e interior), a plataforma mecânica era totalmente projetada fora. E o trabalho de engenharia era centrado na instalação dos ítens acessórios (faróis, limpeza do para-brisas, bateria, rádio, etc...) no espaço entre a plataforma, a carroceria e o interior. Mas infelizmente os designers fizeram um trabalho bom demais no caso do Fox, que se tornou um sucesso até na Europa, e TODOS OS MELHORES ENGENHEIROS E TÉCNICOS foram transferidos para o centro de design da VW NA ALEMANHA em 2009. Apenas a equipe de acabamento (cores, tecidos, etc...) permanece hoje no Brasil.
A GM também montou um centro de desenvolvimento aqui no Brasil, um dos 5 que ela tem no mundo (semana passada mesmo eu estava aplicando um treinamento para alguns engenheiros de lá). Mas novamente, o trabalho deles é design e desenvolvimento de carrocerias, o projeto da plataforma (motor e powertrain, chassis básico e suspensão) vem pronto de fora, geralmente da Opel da Alemanha. Na FIAT também não é muito diferente, embora eles pareçam querer trazer uma parte maior da engenharia para o Brasil hoje nem a própria unidade da FIAT em Betim tem capacidade para desenvolver quase nada, e a parcela (pequena) de engenharia que fazem é subcontratada em escritórios de projeto dedicados ou pertencentes a fornecedores Tier-2 ou mesmo Tier-3, o que tem levado a muitos problemas, pois é um pessoal novo que não está plenamente capacitado. A Ford segue mais ou menos pelo mesmo caminho, perdi muitos projetistas que eu havia acabado de formar para escritórios de projeto que atendem a Ford. As demais montadoras ou trazem tudo pronto de fora ou ainda estão começando a pensar no assunto de nacionalizar a engenharia. Por exemplo, a Renault solicitou ao seu Tier-2 Magneto, uma empresa italiana, que montasse um centro de desenvolvimento de estampados aqui, mas isso só deve começar ano que vem (treinamos semana passada um primeiro projetista deles, aliás bem fraquinho, que está indo para a Itália justamente para trazer algum know-how).
Esta é a realidade da indústria automobilística nacional vista de dentro. Sem dúvida estamos na frente de uma Argentina ou de um México, mas ainda estamos a anos-luz dos países desenvolvidos ou dos que fazem esforços verdadeiros nesta área como Coréia do Sul, Índia e China.
Leandro G. Card
Obrigado pela aula! Retiro o que disse antes, eu estava errado!
Forte abraço.
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
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Re: Governo Dilma Rousseff
Absolutamente normal, estamos todos aqui para aprender . Como esta é a minha área de trabalho posso falar dela com um pouco mais de propriedade. Em outras áreas aprendo com o pessoal que é especialista. Para isso é que vale à pena participar o FDB.marcelo bahia escreveu:Leandro,
Obrigado pela aula! Retiro o que disse antes, eu estava errado!
Forte abraço.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Re: Governo Dilma Rousseff
Dilma abriu a reunião no encontro do fmi , realizado nos EUA, alguns não diziam que ela seria presa se fosse nos EUA
- Boss
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Re: Governo Dilma Rousseff
Nós já perdemos essa corrida.
Montadora nacional só o Eike ainda quer fazer uma, ainda tenho dúvidas se totalmente nacional ou se vai ser apenas uma cessão de terreno no Porto de Açu com uma sociedade acionária "longe" de se poder chamar de nacional. E ainda assim, ele quer fazer carros elétricos apenas.
Era para termos uma nos anos 60~70, estatal, nos moldes da Embraer. Hoje poderia ser líder aqui, no Mercosul e na América Latina, ou ficar entre as primeiras posições nesses países. Teria capital aberto, claro, e privatizada, pois montadora de automóveis eu não considero de interesse nacional suficiente para se manter estatal. Poderiam manter uma golden share e uma participação significante do BNDESPar.
Enfim, cagadas que não se pode corrigir mais. Mesma coisa de querer montar computadores na garagem e virar uma Hewlett Packard hoje.
Montadora nacional só o Eike ainda quer fazer uma, ainda tenho dúvidas se totalmente nacional ou se vai ser apenas uma cessão de terreno no Porto de Açu com uma sociedade acionária "longe" de se poder chamar de nacional. E ainda assim, ele quer fazer carros elétricos apenas.
Era para termos uma nos anos 60~70, estatal, nos moldes da Embraer. Hoje poderia ser líder aqui, no Mercosul e na América Latina, ou ficar entre as primeiras posições nesses países. Teria capital aberto, claro, e privatizada, pois montadora de automóveis eu não considero de interesse nacional suficiente para se manter estatal. Poderiam manter uma golden share e uma participação significante do BNDESPar.
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- Túlio
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Re: Governo Dilma Rousseff
joao fernando escreveu:Desculpe Tulio. O que quis dizer, é que nos livrar da industria sob a bandeira do livre comercio e quetales, é pior que um roubo monetário
Igual ao papo de vender a Petrobrax: fizeram uma divida interna mostruosa, e pra abater e não quitar, venderam a Vale e outras empresas. Melhorou a nossa vida?
Antes podiamos reclamar, hoje, se não pagar a conta de luz, me cortam a luz, já que a Elektro, nem nacional é (tá, não sei de quem é a Elektro, mas a Telefonica é espanhola, e pau no meu traseiro)
Isso pra mim, é roubo
Não me deves desculpas, cupincha, eis que não me ofendeste. Apenas peço como COLEGA para prestares mais atenção ao Regulamento, tri?
Sobre a HP de garagem:
MOMENTO DOIDOLO:
Ei, tigrada, para quem entende de hardware de CPU-MB/nanotecnologias/materiais, tenho umas idéias bem legais...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Governo Dilma Rousseff
Nós já perdemos essa corrida.
Recriar uma industria nunca ta fora de cogitação pra um país com o orçamento do brasil. A questão é que envolve custos que o Estado brasileiro simplesmente nao quer pagar. (Desoneração fiscal e vantagens de competição ao menos nos anos iniciais até algum mercado estar assegurado para poder andar com as proprias pernas, foi assim que a China e India asseguraram suas fabricas nacionais nesses ultimos 10 anos).
Existem brasileiros com dinheiro hoje que se vc oferecer as condições certas abrem qualquer negocio privado ou semi-privado pro estado. Mas não existe força politica pra isso ainda mais com a industria brasileira tendo que encarar as mesmas regras e condições das internacionais sendo que tem uma força milhares de vezes inferior.
Se nao me engano existe apenas 1 brasileira hoje que faz carros de luxo com alta performance. Por ser um nicho (E pelas peças serem todas dos concorrentes) ela ta sobrevivendo.
- Boss
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Re: Governo Dilma Rousseff
Bem, o Eike diz que vai criar uma.
Se ele acha que vinga, quem sou eu para achar que vai dar errado.
Aliás, deveríamos ter mais Eikes aqui. Um só é pouco.
Acho que o problema em se criar uma agora está em várias partes. Fazer a marca ser aceita para o povo, equilibrar os benefícios para a montadora nacional sem prejudicar as estrangeiras a ponto de colocar em risco os empregos que elas proporcionam, não estar muito defasada tecnologicamente, fazê-la capaz de desenvolver seus produtos, etc. Dinheiro não é o problema, o BNDES está aí, mas o resto...
Se ele acha que vinga, quem sou eu para achar que vai dar errado.
Aliás, deveríamos ter mais Eikes aqui. Um só é pouco.
Acho que o problema em se criar uma agora está em várias partes. Fazer a marca ser aceita para o povo, equilibrar os benefícios para a montadora nacional sem prejudicar as estrangeiras a ponto de colocar em risco os empregos que elas proporcionam, não estar muito defasada tecnologicamente, fazê-la capaz de desenvolver seus produtos, etc. Dinheiro não é o problema, o BNDES está aí, mas o resto...
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Re: Governo Dilma Rousseff
Possivel fazer é, o maior problema acho que seria a pressão que o governo iria receber das montadoras estrangeiras.
O Troll é sutil na busca por alimento.
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
O empresário que fez as acusação é aquele condenado por receptação de carros roubados que no Jornal Nacional foi elevado à categoria de baluarte dos interesses nacionais. Nada como um dia depois do outro! Estou buscando nos grandes meios de comunicação esta ata do processo movido contra ele, mas infelizmente não consigo encontrar. Achei apenas nos "blogs sujos":
Contexto Livre
Empresário se retrata na Justiça por acusações feitas contra o PT em 2010
Editado pela última vez por marcelo bahia em Ter Set 20, 2011 1:10 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Nossa "Proba Imprensa Gloriosa", conhecida pela imponente sigla PIG, fará jús a seu viés de isenção pura e ilibada como sempre. Temos que entender, nobres confrades, que a denúncia do nobilíssimo "Consultor" (segunda a Fôia de Sum Paulo), falou o que falou pelo puro e honesto interesse da Nação. À este impoluto senhor, pelos relevantes préstimos à democracia e pelo ativo combate que por suas palavras honestas permitiram ser feito contra as malévolas colunas lulodilmopetistas-bolivarianochavistas-cubanocomunistas usurpadores do poder supremo que é e sempre será por direito de nosso sempre eterno e sublime 'Almirante do Tietê', seu lugar é entre os mais elevados postos da sacro-santa hierarquia dos "homens bons". Alvíssaras!!
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Editado pela última vez por DELTA22 em Ter Set 20, 2011 12:42 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Governo Dilma Rousseff
História da marca FNMBoss escreveu:Nós já perdemos essa corrida.
Montadora nacional só o Eike ainda quer fazer uma, ainda tenho dúvidas se totalmente nacional ou se vai ser apenas uma cessão de terreno no Porto de Açu com uma sociedade acionária "longe" de se poder chamar de nacional. E ainda assim, ele quer fazer carros elétricos apenas.
Era para termos uma nos anos 60~70, estatal, nos moldes da Embraer. Hoje poderia ser líder aqui, no Mercosul e na América Latina, ou ficar entre as primeiras posições nesses países. Teria capital aberto, claro, e privatizada, pois montadora de automóveis eu não considero de interesse nacional suficiente para se manter estatal. Poderiam manter uma golden share e uma participação significante do BNDESPar.
Enfim, cagadas que não se pode corrigir mais. Mesma coisa de querer montar computadores na garagem e virar uma Hewlett Packard hoje.
Fonte: http://alfafnm.wordpress.com/historia-da-fnm/
Por: José C. Reinert.
A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi iniciada em 1940, no governo de Getúlio Vargas, na cidade de Duque de Caxias-RJ, distrito de Xerém. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, tendo sido oficialmente fundada em 13/06/42, para a construção de motores aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar. Era a época da IIa. Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no nordeste brasileiro, o governo norte americano deu incentivos financeiros e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
A produção de fato começou apenas em 1946, quando o maquinário ficou pronto, e pouquíssimas unidades de motores de avião chegaram a ser construídos pela FNM pois, com o fim da guerra, os mesmos já estavam ultrapassados e se tornaram obsoletos. Nesta época a FNM já era chamada de “cidade dos motores”.
Inicia-se então um período de reformulação, e como as excelentes máquinas importadas para a fabricação daqueles motores facilmente se adaptavam a vários outros tipos de produção, iniciou-se a fabricação de geladeiras, compressores, bicicletas, tampinhas de garrafas e peças para trem, fazendo-se também serviços de revisão de motores de avião. Isso até 1948.
No começo de 1949 a FNM firmou contrato com a Italiana Isotta Fraschini para a fabricação de um caminhão Diesel de 7,5 lt, inicialmente apenas montado aqui, mas com projeto de nacionalização progressiva. Até o fim daquele ano foram entregues 200 desses caminhões, denominados FNM IF-D-7300 para 7.500 kg. Mas já em 1950 a Isotta, que enfrentava dificuldades financeiras em casa, veio a encerrar as suas atividades.
Em vista disso, pouco tempo depois (ainda em 1950) a FNM firmou um novo acordo, com a também italiana Alfa Romeo, pelo qual seriam fabricados os caminhões Alfa Romeo, e também chassis para ônibus, sob licença da marca italiana. Os caminhões seriam denominados FNM-Alfa Romeo D-9.500, e seriam equipados com motor de 130 CV, tendo uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg, se acoplado a uma carreta de dois eixos).
Já em 1951 começou a produção do FNM D-9,500, mas a sua comercialização só se daria no início de 1952. Graças a suas características de grande robustez, foi imediatamente muito bem aceito no mercado. Além disso, era o único caminhão a possuir uma espaçosa cabine leito dotada de duas camas, ideal para longas viagens, que então duravam de semanas a meses.
Já em 1958 a FNM lançava o modelo D-11.000, com motor de 11 litros e potência de 150 CV, a qual seria aumentada para 175 CV em 1967. Em 21 de abril de 1960, em comemoração à fundação de Brasília, a FNM lança o 1º automóvel da sua linha, derivado do Alfa Romeo 2000, e denominado FNM JK. Posteriormente ele seria substituído pelo modelo FNM 2150, e mais tarde pelo Alfa Romeo 2300.
- Em 1968 a fábrica foi vendida para a Alfa Romeo italiana, numa das primeiras privatizações do país;
- Em 1972, lançou os novos caminhões FNM 180 e 210, com 180 CV e 215 CV, respectivamente;
- Em 1973 a FIAT compra 43% das ações da Alfa Romeo, e em 1976 assume o total controle acionário. A Fiat continuou produzindo os FNM 180 e 210 até 1979, quando os substituiu pelo FIAT 190;
- Em 1985, já administrada pela Iveco (empresa italiana do grupo FIAT) e com o declínio acentuado na venda de caminhões, encerra as suas atividades no Brasil.
Abaixo, um foto atual da fábrica, cuja estrutura foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
Fotos funcionários chegando na fábrica.
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
Bastaria ter aplicado o "modelo" chinês!Boss escreveu:Nós já perdemos essa corrida.
Montadora nacional só o Eike ainda quer fazer uma, ainda tenho dúvidas se totalmente nacional ou se vai ser apenas uma cessão de terreno no Porto de Açu com uma sociedade acionária "longe" de se poder chamar de nacional. E ainda assim, ele quer fazer carros elétricos apenas.
Era para termos uma nos anos 60~70, estatal, nos moldes da Embraer. Hoje poderia ser líder aqui, no Mercosul e na América Latina, ou ficar entre as primeiras posições nesses países. Teria capital aberto, claro, e privatizada, pois montadora de automóveis eu não considero de interesse nacional suficiente para se manter estatal. Poderiam manter uma golden share e uma participação significante do BNDESPar.
Enfim, cagadas que não se pode corrigir mais. Mesma coisa de querer montar computadores na garagem e virar uma Hewlett Packard hoje.
Inicialmente se condicionaria a entrada destas montadoras à associação com empresas estatais, à abertura de centros de P&D no Brasil, à rotação dos executivos de 1º linha vindos de fora, etc, etc. Chamaríamos, sei lá, de Ford do Brasil S.A. com a "Embrav 1" como sócia da empresa. Enquanto isto a "Embraven" entraria como sócia da GM do Brasil S.A. e assim por diante. Depois que aprendéssemos todas as manhas pro desenho e construção de carros, desfaríamos as sociedades e criaríamos uma empresa nacional de capital aberto com carros copiados dessas empresas. Esta nova montadora rebiria grandes subsídios e insentivos fiscais temporários. O problema seria estar preparado para sofrer as represárias.
Sds.
Editado pela última vez por marcelo bahia em Ter Set 20, 2011 12:59 pm, em um total de 1 vez.
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
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- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
DELTA22 escreveu:Nossa "Proba Imprensa Gloriosa", conhecida pela imponente sigla PIG, fará jús a seu viés de isenção pura e ilibada como sempre. Temos que entender, nobres confrades, que a denúncia do nobilíssimo "Consultor" (segunda a Fôia de Sum Paulo), falou o que falou pelo puro e honesto interesse da Nação. À este impoluto senhor, pelos relevantes préstimos à democracia e pelo ativo combate que por suas palavras honestas permitiram ser feito contra as malévolas colunas lulodilmopetistas-bolivarianochavistas-cubanocomunistas usurpadores do poder supremo que é e sempre será por direito de nosso sempre eterno e sublime 'Almirante do Tietê', seu lugar é entre os mais elevados postos da sacro-santa hierarquia dos "homens bons". Alvíssaras!!
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Re: Governo Dilma Rousseff
De boa, mas já temos engenheiros capazes de fazer um carro. Ai basta granamarcelo bahia escreveu:Bastaria ter aplicado o "modelo" chinês!Boss escreveu:Nós já perdemos essa corrida.
Montadora nacional só o Eike ainda quer fazer uma, ainda tenho dúvidas se totalmente nacional ou se vai ser apenas uma cessão de terreno no Porto de Açu com uma sociedade acionária "longe" de se poder chamar de nacional. E ainda assim, ele quer fazer carros elétricos apenas.
Era para termos uma nos anos 60~70, estatal, nos moldes da Embraer. Hoje poderia ser líder aqui, no Mercosul e na América Latina, ou ficar entre as primeiras posições nesses países. Teria capital aberto, claro, e privatizada, pois montadora de automóveis eu não considero de interesse nacional suficiente para se manter estatal. Poderiam manter uma golden share e uma participação significante do BNDESPar.
Enfim, cagadas que não se pode corrigir mais. Mesma coisa de querer montar computadores na garagem e virar uma Hewlett Packard hoje.
Se condicionaria a entrada destas montadoras à associação com estatais de capital aberto e à abertura de centros de P&D no Brasil, à rotação dos executivos de 1º linha vindos de fora, etc. Chamaríamos, sei lá, de Ford do Brasil S.A. com a "Embrav 1" como sócia da empresa. Enquanto isto a "Embraven" entraria como sócia da GM do Brasil S.A. e assim por diante. Depois que aprendéssemos todas as manhas pro desenho e construção de carros, desfaríamos as sociedades e criaríamos uma empresa nacional de capital aberto com carros copiados dessas empresas. O problema seria estar preparado para sofrer as represárias.
Sds.
Gurgel não me deixa mentir. Mas como ele era uma mula de teimoso, deu no que deu
Fox. Brasilia. Gol. De que me lembro de momento, são todos projetos made in Brazil desde o começo
Assim, temos como fazer carros Tupis de boa. Basta grana
Ps - Eike tinha a JPX que vendeu jipes pras FA´s
PS2 - Eike se quiser, monta uma fabrica 100% nacional, facil facil. Mas alguem compraria um carro dele???
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG