Imprensa vendida
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Re: Imprensa vendida
Matéria da Carta Capital
“Não existe imparcialidade jornalística, nem científica”
Rede Brasil Atual
31 de janeiro de 2011 às 10:47h
Em encontro com blogueiros potiguares, o neurocienista Miguel Nicolelis fala sobre ciência, democracia, política e jornalismo
Por Ricardo Negrão*
Texto enviado pelo blogueiro Alisson Almeida, direto de Natal
Os blogueiros do Rio Grande do Norte fizeram uma prévia do encontro estadual que ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de março. E convidaram o neurocientista Miguel Nicolelis, que aderiu ao Twitter faz pouco tempo. O relato do encontro segue abaixo:
Em encontro com blogueiros potiguares, Nicolelis fala sobre ciência, democracia, política e jornalismo
O movimento dos Blogueiros Progressistas do Rio Grande do Norte recebeu, na noite desta sexta-feira (28), o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke (EUA) e co-fundador do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lilly Safra. O evento, realizado no auditório da Livraria Siciliano (Shopping Midway Mall), serviu como preparação para o 1º Encontro de Blogueiros Progressistas do RN, marcado para os dias 25, 26 e 27 de março.
O tema do bate-papo foi “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. Nicolelis iniciou dizendo que sua participação no evento demonstrava o poder dessas novas formas de comunicação. “Estou no Twitter há apenas 15 dias, mas já estou aqui para falar sobre redes sociais – mesmo sem saber nada sobre isso”, brincou, arrancando risos da plateia.
Em seguida, disse que o título da palestra poderia ser “Eu juro que eu sou eu”, fazendo referência ao debate travado com uma badalada blogueira potiguar, a quem teve que provar que seu recém-criado perfil no Twitter não era um fake.
Nicolelis aproveitou o episódio como gancho para tratar da questão da identidade no contexto das redes sociais. Ele sustentou que o modelo de mundo que conhecemos, bem como nossa identidade, não passa de uma “simulação” do cérebro. Emendou dizendo que a “cultura do ‘eu’ é uma ilusão”.
“Eu me defrontei com essa ilusão ao tentar provar que eu sou eu. Eu me engajei num debate com uma jornalista que foi uma das coisas mais fascinantes. Comecei a falar das minhas opiniões, primeiro sobre a política do RN, mas não funcionou”.
“Pare pra pensar: nós vivemos num mundo em que qualquer um pode ser eu, qualquer um pode assumir qualquer personalidade. O sucesso das redes sociais, em minha opinião de neurocientista, se deve, primeiro, a uma coisa que vou tratar no livro que será lançado no próximo mês. Daqui a algumas centenas de anos não vamos precisar disso aqui, teclado, celular… Nós vamos pensar e nos comunicar, nos amalgamar numa rede conscientemente sem a necessidade dessas coisas pouco eficientes, como os nossos dedos, os teclados… Nós já estamos observando, mesmo com os limites que temos, já vivemos os primórdios de uma sociedade onde a identidade real não faz diferença nenhuma”, discorreu.
O neurocientista destacou que as redes sociais “conseguiram fazer as identidades, às quais a gente se apegou tanto, desaparecerem”. “Você pode assumir o que você sempre quis ser, mas não podia por medo do preconceito. Nós ainda não conseguimos lidar com o fato que as pessoas são de diferentes matizes. As redes têm essa vantagem de permitir que as pessoas possam assumir [suas ideias] livremente”.
“Não existe isso de imparcialidade”
Após discorrer sobre as redes sociais e a dispersão da identidade, Nicolelis afirmou que a ideia da “imparcialidade”, tanto jornalística quanto científica, não passa de “balela”. “Como neurocientistas, estamos cansados de saber que não existe isso de imparcialidade, como pretendem os jornalistas. Não existe imparcialidade nem jornalística nem científica”.
Para comprovar sua sentença, relembrou a cobertura midiática das eleições presidenciais do ano passado, quando a imprensa tradicional, mesmo se dizendo “imparcial”, se alinhou à candidatura do candidato do PSDB/DEM, o ex-governador de São Paulo José Serra.
“O que aconteceu no Brasil na eleição passada foi a demonstração da falácia de certos meios de imprensa e do partidarismo que invadiu essa opinião dita imparcial. Mas o desmentido só ocorreu nesse lugar capilarizado chamado blogosfera. A guerra da informação foi travada aí. A eleição foi ganha na trincheira da blogosfera, porque os desmentidos eram instantâneos”, comentou.
Nicolelis defendeu que a “teia” – termo que disse preferir usar para se referir às redes sociais – que está se formando no Brasil “é um fenômeno mundial de relevância fundamental”. Para ele, a blogosfera teve um papel de destaque nas eleições de 2010.
“Essa teia já ganhou uma eleição do ponto de vista da informação, já derrotou o exército de uma mídia que tem opinião, mas que exerceu essa opinião sem dizer. Aí é que tá o engodo. A opinião é legítima, mas esconder que tem opinião não é”.
Miguel Nicolelis frisou que outro efeito provocado pelo surgimento dessa teia é o fato de considerar “inevitável a quebra do monopólio do conhecimento, da noticia e do fato”. “Cada um de nós pode ser o propagador de um fato, de uma interpretação do fato”.
Mesmo ressaltando sua condição de neófito, Nicolelis demonstrou entusiasmo com o potencial dessa “teia” desembocar no surgimento de um novo modelo de democracia, em que os indivíduos tenham um novo papel.
“A democracia representativa é muito interessante, mas ela faliu, porque o grande objetivo dos representantes dos indivíduos do planeta é representar a si mesmo. Existe um potencial imenso de uma nova democracia, onde os indivíduos tenham um novo papel, em que possam ser agentes atuantes e definidores da nossa cidadania”.
“Não existe imparcialidade jornalística, nem científica”
Rede Brasil Atual
31 de janeiro de 2011 às 10:47h
Em encontro com blogueiros potiguares, o neurocienista Miguel Nicolelis fala sobre ciência, democracia, política e jornalismo
Por Ricardo Negrão*
Texto enviado pelo blogueiro Alisson Almeida, direto de Natal
Os blogueiros do Rio Grande do Norte fizeram uma prévia do encontro estadual que ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de março. E convidaram o neurocientista Miguel Nicolelis, que aderiu ao Twitter faz pouco tempo. O relato do encontro segue abaixo:
Em encontro com blogueiros potiguares, Nicolelis fala sobre ciência, democracia, política e jornalismo
O movimento dos Blogueiros Progressistas do Rio Grande do Norte recebeu, na noite desta sexta-feira (28), o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke (EUA) e co-fundador do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lilly Safra. O evento, realizado no auditório da Livraria Siciliano (Shopping Midway Mall), serviu como preparação para o 1º Encontro de Blogueiros Progressistas do RN, marcado para os dias 25, 26 e 27 de março.
O tema do bate-papo foi “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. Nicolelis iniciou dizendo que sua participação no evento demonstrava o poder dessas novas formas de comunicação. “Estou no Twitter há apenas 15 dias, mas já estou aqui para falar sobre redes sociais – mesmo sem saber nada sobre isso”, brincou, arrancando risos da plateia.
Em seguida, disse que o título da palestra poderia ser “Eu juro que eu sou eu”, fazendo referência ao debate travado com uma badalada blogueira potiguar, a quem teve que provar que seu recém-criado perfil no Twitter não era um fake.
Nicolelis aproveitou o episódio como gancho para tratar da questão da identidade no contexto das redes sociais. Ele sustentou que o modelo de mundo que conhecemos, bem como nossa identidade, não passa de uma “simulação” do cérebro. Emendou dizendo que a “cultura do ‘eu’ é uma ilusão”.
“Eu me defrontei com essa ilusão ao tentar provar que eu sou eu. Eu me engajei num debate com uma jornalista que foi uma das coisas mais fascinantes. Comecei a falar das minhas opiniões, primeiro sobre a política do RN, mas não funcionou”.
“Pare pra pensar: nós vivemos num mundo em que qualquer um pode ser eu, qualquer um pode assumir qualquer personalidade. O sucesso das redes sociais, em minha opinião de neurocientista, se deve, primeiro, a uma coisa que vou tratar no livro que será lançado no próximo mês. Daqui a algumas centenas de anos não vamos precisar disso aqui, teclado, celular… Nós vamos pensar e nos comunicar, nos amalgamar numa rede conscientemente sem a necessidade dessas coisas pouco eficientes, como os nossos dedos, os teclados… Nós já estamos observando, mesmo com os limites que temos, já vivemos os primórdios de uma sociedade onde a identidade real não faz diferença nenhuma”, discorreu.
O neurocientista destacou que as redes sociais “conseguiram fazer as identidades, às quais a gente se apegou tanto, desaparecerem”. “Você pode assumir o que você sempre quis ser, mas não podia por medo do preconceito. Nós ainda não conseguimos lidar com o fato que as pessoas são de diferentes matizes. As redes têm essa vantagem de permitir que as pessoas possam assumir [suas ideias] livremente”.
“Não existe isso de imparcialidade”
Após discorrer sobre as redes sociais e a dispersão da identidade, Nicolelis afirmou que a ideia da “imparcialidade”, tanto jornalística quanto científica, não passa de “balela”. “Como neurocientistas, estamos cansados de saber que não existe isso de imparcialidade, como pretendem os jornalistas. Não existe imparcialidade nem jornalística nem científica”.
Para comprovar sua sentença, relembrou a cobertura midiática das eleições presidenciais do ano passado, quando a imprensa tradicional, mesmo se dizendo “imparcial”, se alinhou à candidatura do candidato do PSDB/DEM, o ex-governador de São Paulo José Serra.
“O que aconteceu no Brasil na eleição passada foi a demonstração da falácia de certos meios de imprensa e do partidarismo que invadiu essa opinião dita imparcial. Mas o desmentido só ocorreu nesse lugar capilarizado chamado blogosfera. A guerra da informação foi travada aí. A eleição foi ganha na trincheira da blogosfera, porque os desmentidos eram instantâneos”, comentou.
Nicolelis defendeu que a “teia” – termo que disse preferir usar para se referir às redes sociais – que está se formando no Brasil “é um fenômeno mundial de relevância fundamental”. Para ele, a blogosfera teve um papel de destaque nas eleições de 2010.
“Essa teia já ganhou uma eleição do ponto de vista da informação, já derrotou o exército de uma mídia que tem opinião, mas que exerceu essa opinião sem dizer. Aí é que tá o engodo. A opinião é legítima, mas esconder que tem opinião não é”.
Miguel Nicolelis frisou que outro efeito provocado pelo surgimento dessa teia é o fato de considerar “inevitável a quebra do monopólio do conhecimento, da noticia e do fato”. “Cada um de nós pode ser o propagador de um fato, de uma interpretação do fato”.
Mesmo ressaltando sua condição de neófito, Nicolelis demonstrou entusiasmo com o potencial dessa “teia” desembocar no surgimento de um novo modelo de democracia, em que os indivíduos tenham um novo papel.
“A democracia representativa é muito interessante, mas ela faliu, porque o grande objetivo dos representantes dos indivíduos do planeta é representar a si mesmo. Existe um potencial imenso de uma nova democracia, onde os indivíduos tenham um novo papel, em que possam ser agentes atuantes e definidores da nossa cidadania”.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Imprensa vendida
Só rasgando a Constituição.
Sandro Vaia - 9.09.11.
O barulho de sempre.
O 4º Congresso do PT voltou a cumprir o seu papel de animar a torcida e prometer despejar os raios de trovões de sua ira militante sobre os suspeitos de sempre: a imprensa, à qual eles acrescentam o gentil e desproporcionado epíteto de “golpista”, como se ela tivesse poder para tanto.
O Congresso foi anunciado como um urro, ainda sob o efeito da capa da revista “Veja” denunciando as reuniões secretas do ex-ministro José Dirceu num quarto de hotel em Brasília, e terminou em miado, graças à ação de alguns moderados e do bom senso do governo, que através da palavra do ministro Paulo Bernardo teve a lucidez de esclarecer que partido e governo são coisas diferentes.
Por que essa recorrência do PT em flertar com aquilo que alguém apelidou,com rara infelicidade, de “controle social da imprensa”?
Todos sabem que governos e imprensa, de um modo geral, mesmo nos países de tradição democrática, mantém relações tensas e estão longe de cultivar grandes amizades. E , na verdade, quanto menos íntimos forem, melhor para a sociedade.
Uma das anedotas históricas do período de ditadura militar,foi a cândida declaração do então presidente, general Costa e Silva,num jantar com a condessa Pereira Carneiro, proprietária do “Jornal do Brasil”, jornal muito influente na época: “Nós não gostamos de crítica construtiva. Gostamos de elogios mesmo”.
Os regimes autoritários podem se dar ao luxo de dizer como é que a imprensa deve se comportar.
Não foi por acaso que exatamente nesta semana, Cuba retirou as credenciais do jornalista espanhol Mauricio Vincent, do “El País”, que trabalhava na ilha desde 1991, e o Irã descredenciou Ángeles Espinoza, do mesmo jornal, e pelos mesmos motivos: não escrever o que os governos queriam.
Nos regimes democráticos, é mais difícil. As liberdades são garantidas pelas constituições. Os governos sabem disso, mas os militantes fingem desconhecer. A Constituição de 1988 deixou vários artigos sem regulamentação, muitos deles na área de comunicações.
Por leniência do Legislativo, essa regulamentação vem sendo adiada indefinidamente, ou por falta de coragem de enfrentar um tema espinhoso, ou por falta de idéias mais claras.
Quando fala em “regulação da mídia”, o PT confunde de propósito a necessidade de um marco regulatório das comunicações com uma vaga e indefinida ameaça de interferência em conteúdos. Não foi por acaso que o presidente do partido, Rui Falcão, só garantiu que não há nenhum plano de controlar conteúdos dois dias depois que a confusão se instalou, e provavelmente aconselhado por alguém de coturno mais alto.
É bem verdade também que boa parte das empresas de comunicação, com escasso interesse na regulamentação, não manifesta grande empenho em esclarecer essa ambigüidade.
Manter a ameaça pairando no ar como uma espada de Dâmocles é uma tática autoritária, que tem um antídoto infalível: o respeito à Constituição. Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
Sandro Vaia - 9.09.11.
O barulho de sempre.
O 4º Congresso do PT voltou a cumprir o seu papel de animar a torcida e prometer despejar os raios de trovões de sua ira militante sobre os suspeitos de sempre: a imprensa, à qual eles acrescentam o gentil e desproporcionado epíteto de “golpista”, como se ela tivesse poder para tanto.
O Congresso foi anunciado como um urro, ainda sob o efeito da capa da revista “Veja” denunciando as reuniões secretas do ex-ministro José Dirceu num quarto de hotel em Brasília, e terminou em miado, graças à ação de alguns moderados e do bom senso do governo, que através da palavra do ministro Paulo Bernardo teve a lucidez de esclarecer que partido e governo são coisas diferentes.
Por que essa recorrência do PT em flertar com aquilo que alguém apelidou,com rara infelicidade, de “controle social da imprensa”?
Todos sabem que governos e imprensa, de um modo geral, mesmo nos países de tradição democrática, mantém relações tensas e estão longe de cultivar grandes amizades. E , na verdade, quanto menos íntimos forem, melhor para a sociedade.
Uma das anedotas históricas do período de ditadura militar,foi a cândida declaração do então presidente, general Costa e Silva,num jantar com a condessa Pereira Carneiro, proprietária do “Jornal do Brasil”, jornal muito influente na época: “Nós não gostamos de crítica construtiva. Gostamos de elogios mesmo”.
Os regimes autoritários podem se dar ao luxo de dizer como é que a imprensa deve se comportar.
Não foi por acaso que exatamente nesta semana, Cuba retirou as credenciais do jornalista espanhol Mauricio Vincent, do “El País”, que trabalhava na ilha desde 1991, e o Irã descredenciou Ángeles Espinoza, do mesmo jornal, e pelos mesmos motivos: não escrever o que os governos queriam.
Nos regimes democráticos, é mais difícil. As liberdades são garantidas pelas constituições. Os governos sabem disso, mas os militantes fingem desconhecer. A Constituição de 1988 deixou vários artigos sem regulamentação, muitos deles na área de comunicações.
Por leniência do Legislativo, essa regulamentação vem sendo adiada indefinidamente, ou por falta de coragem de enfrentar um tema espinhoso, ou por falta de idéias mais claras.
Quando fala em “regulação da mídia”, o PT confunde de propósito a necessidade de um marco regulatório das comunicações com uma vaga e indefinida ameaça de interferência em conteúdos. Não foi por acaso que o presidente do partido, Rui Falcão, só garantiu que não há nenhum plano de controlar conteúdos dois dias depois que a confusão se instalou, e provavelmente aconselhado por alguém de coturno mais alto.
É bem verdade também que boa parte das empresas de comunicação, com escasso interesse na regulamentação, não manifesta grande empenho em esclarecer essa ambigüidade.
Manter a ameaça pairando no ar como uma espada de Dâmocles é uma tática autoritária, que tem um antídoto infalível: o respeito à Constituição. Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
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Re: Imprensa vendida
Esse é o verdadeiro golpe.Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
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Re: Imprensa vendida
Para quem vive na epoca do tacape colocando a culpa de todos os males do Brasil na imprensa já é uma grande evolução.GustavoB escreveu:“Não existe imparcialidade jornalística, nem científica”
Descobriu a pólvora!
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Re: Imprensa vendida
Belo texto.Clermont escreveu:Só rasgando a Constituição.
Sandro Vaia - 9.09.11.
O barulho de sempre.
O 4º Congresso do PT voltou a cumprir o seu papel de animar a torcida e prometer despejar os raios de trovões de sua ira militante sobre os suspeitos de sempre: a imprensa, à qual eles acrescentam o gentil e desproporcionado epíteto de “golpista”, como se ela tivesse poder para tanto.
O Congresso foi anunciado como um urro, ainda sob o efeito da capa da revista “Veja” denunciando as reuniões secretas do ex-ministro José Dirceu num quarto de hotel em Brasília, e terminou em miado, graças à ação de alguns moderados e do bom senso do governo, que através da palavra do ministro Paulo Bernardo teve a lucidez de esclarecer que partido e governo são coisas diferentes.
Por que essa recorrência do PT em flertar com aquilo que alguém apelidou,com rara infelicidade, de “controle social da imprensa”?
Todos sabem que governos e imprensa, de um modo geral, mesmo nos países de tradição democrática, mantém relações tensas e estão longe de cultivar grandes amizades. E , na verdade, quanto menos íntimos forem, melhor para a sociedade.
Uma das anedotas históricas do período de ditadura militar,foi a cândida declaração do então presidente, general Costa e Silva,num jantar com a condessa Pereira Carneiro, proprietária do “Jornal do Brasil”, jornal muito influente na época: “Nós não gostamos de crítica construtiva. Gostamos de elogios mesmo”.
Os regimes autoritários podem se dar ao luxo de dizer como é que a imprensa deve se comportar.
Não foi por acaso que exatamente nesta semana, Cuba retirou as credenciais do jornalista espanhol Mauricio Vincent, do “El País”, que trabalhava na ilha desde 1991, e o Irã descredenciou Ángeles Espinoza, do mesmo jornal, e pelos mesmos motivos: não escrever o que os governos queriam.
Nos regimes democráticos, é mais difícil. As liberdades são garantidas pelas constituições. Os governos sabem disso, mas os militantes fingem desconhecer. A Constituição de 1988 deixou vários artigos sem regulamentação, muitos deles na área de comunicações.
Por leniência do Legislativo, essa regulamentação vem sendo adiada indefinidamente, ou por falta de coragem de enfrentar um tema espinhoso, ou por falta de idéias mais claras.
Quando fala em “regulação da mídia”, o PT confunde de propósito a necessidade de um marco regulatório das comunicações com uma vaga e indefinida ameaça de interferência em conteúdos. Não foi por acaso que o presidente do partido, Rui Falcão, só garantiu que não há nenhum plano de controlar conteúdos dois dias depois que a confusão se instalou, e provavelmente aconselhado por alguém de coturno mais alto.
É bem verdade também que boa parte das empresas de comunicação, com escasso interesse na regulamentação, não manifesta grande empenho em esclarecer essa ambigüidade.
Manter a ameaça pairando no ar como uma espada de Dâmocles é uma tática autoritária, que tem um antídoto infalível: o respeito à Constituição. Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
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Re: Imprensa vendida
O controle que a esquerda quer é imediato, ao invés de apostar na educação como cimento do futuro. E imediatismo não costuma terminar bem.Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Imprensa vendida
O problema da educação não é de esquerda ou de direita , não é prioridade para a classe politica em geral , moro no estado mais rico do pais e a educação publica é um lixo , minha esposa é professora .rodrigo escreveu:O controle que a esquerda quer é imediato, ao invés de apostar na educação como cimento do futuro. E imediatismo não costuma terminar bem.Controle de conteúdos na mídia, só rasgando a Constituição ou escrevendo outra.
Re: Imprensa vendida
Protesto chique e o fracasso do Cansei
Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar “contra tudo o que está aí”. Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
Era a mesma turma chique do “Cansei”, um “movimento cívico” criado em julho de 2007, para protestar contra o “caos aéreo”, pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
De outro líder do “Cansei”, o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal “Valor”:
“Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”.
O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. “O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo”.
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.
Em tempo (atualizado às 19h12):
No final da tarde desta quarta-feira, 7 de setembro de 2011, os números sobre o tamanho das manifestações em São Paulo variavam nos portais da grande mídia, que ajudaram a promover os protestos na avenida Paulista.
Segundo a “Veja”, em nova manifestação promovida à tarde, no mesmo local, havia entre 2 e 4 mil pessoas no protesto, dependendo do informante e do blogueiro.
No portal da “Folha”, o maior jornal do país, a multidão de protestantes chegou ao máximo de 700 manifestantes, em seus diferentes informes ao longo do dia.
Até o final da tarde, segundo o portal do “Estadão”, um dos mais empenhados promotores das manifestações na avenida Paulista, em nenhum momento, até as 19 horas, o protesto passou de 500 participantes.
Seja como for, foi bem menos gente do que o registrado na maior manifestação do fracassado “Cansei”, promovida no dia 17 de agosto de 2007, na praça da Sé, em São Paulo, com o apoio da Febraban (a federação dos bancos) e da Abert ( a associação das grandes emissoras de televisão), entre outras mais de 60 entidades da “sociedade civil organizada”.
Segundo a Polícia Militar, havia 5 mil pessoas naquele dia em São Paulo protestando contra o “caos aéreo” do governo Lula e outras mazelas nacionais.
A grande imprensa brasileira, que se uniu para promover o golpe militar de 1964 e eleger Fernando Collor em 1989, parece ter perdido seu poder de mobilização. E seus blogueiros, colunistas e editores amestrados continuam latindo para cada vez menos gente.
Conversa Afiada reproduzindo texto do blog do Miro e do Balaio do Kotscho
Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar “contra tudo o que está aí”. Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
Era a mesma turma chique do “Cansei”, um “movimento cívico” criado em julho de 2007, para protestar contra o “caos aéreo”, pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
De outro líder do “Cansei”, o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal “Valor”:
“Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”.
O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. “O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo”.
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.
Em tempo (atualizado às 19h12):
No final da tarde desta quarta-feira, 7 de setembro de 2011, os números sobre o tamanho das manifestações em São Paulo variavam nos portais da grande mídia, que ajudaram a promover os protestos na avenida Paulista.
Segundo a “Veja”, em nova manifestação promovida à tarde, no mesmo local, havia entre 2 e 4 mil pessoas no protesto, dependendo do informante e do blogueiro.
No portal da “Folha”, o maior jornal do país, a multidão de protestantes chegou ao máximo de 700 manifestantes, em seus diferentes informes ao longo do dia.
Até o final da tarde, segundo o portal do “Estadão”, um dos mais empenhados promotores das manifestações na avenida Paulista, em nenhum momento, até as 19 horas, o protesto passou de 500 participantes.
Seja como for, foi bem menos gente do que o registrado na maior manifestação do fracassado “Cansei”, promovida no dia 17 de agosto de 2007, na praça da Sé, em São Paulo, com o apoio da Febraban (a federação dos bancos) e da Abert ( a associação das grandes emissoras de televisão), entre outras mais de 60 entidades da “sociedade civil organizada”.
Segundo a Polícia Militar, havia 5 mil pessoas naquele dia em São Paulo protestando contra o “caos aéreo” do governo Lula e outras mazelas nacionais.
A grande imprensa brasileira, que se uniu para promover o golpe militar de 1964 e eleger Fernando Collor em 1989, parece ter perdido seu poder de mobilização. E seus blogueiros, colunistas e editores amestrados continuam latindo para cada vez menos gente.
Conversa Afiada reproduzindo texto do blog do Miro e do Balaio do Kotscho
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Re: Imprensa vendida
GustavoB escreveu:Protesto chique e o fracasso do Cansei
Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar “contra tudo o que está aí”. Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
Era a mesma turma chique do “Cansei”, um “movimento cívico” criado em julho de 2007, para protestar contra o “caos aéreo”, pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
De outro líder do “Cansei”, o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal “Valor”:
“Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”.
O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. “O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo”.
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.
Em tempo (atualizado às 19h12):
No final da tarde desta quarta-feira, 7 de setembro de 2011, os números sobre o tamanho das manifestações em São Paulo variavam nos portais da grande mídia, que ajudaram a promover os protestos na avenida Paulista.
Segundo a “Veja”, em nova manifestação promovida à tarde, no mesmo local, havia entre 2 e 4 mil pessoas no protesto, dependendo do informante e do blogueiro.
No portal da “Folha”, o maior jornal do país, a multidão de protestantes chegou ao máximo de 700 manifestantes, em seus diferentes informes ao longo do dia.
Até o final da tarde, segundo o portal do “Estadão”, um dos mais empenhados promotores das manifestações na avenida Paulista, em nenhum momento, até as 19 horas, o protesto passou de 500 participantes.
Seja como for, foi bem menos gente do que o registrado na maior manifestação do fracassado “Cansei”, promovida no dia 17 de agosto de 2007, na praça da Sé, em São Paulo, com o apoio da Febraban (a federação dos bancos) e da Abert ( a associação das grandes emissoras de televisão), entre outras mais de 60 entidades da “sociedade civil organizada”.
Segundo a Polícia Militar, havia 5 mil pessoas naquele dia em São Paulo protestando contra o “caos aéreo” do governo Lula e outras mazelas nacionais.
A grande imprensa brasileira, que se uniu para promover o golpe militar de 1964 e eleger Fernando Collor em 1989, parece ter perdido seu poder de mobilização. E seus blogueiros, colunistas e editores amestrados continuam latindo para cada vez menos gente.
Conversa Afiada reproduzindo texto do blog do Miro e do Balaio do Kotscho
Também neh, se nem os indignados deste forum se dispuseram a ir as ruas...
É que, sabe como é, são CANSADOS, digitar é mais fácil que andar, andar, andar...
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Re: Imprensa vendida
A marcha dos excluídos aqui da minha cidade (300 mil hab.) tinha mais gente que esse Cansei ai.
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Re: Imprensa vendida
Bem, alguns indignados não podem protestar por serem militares, mas para o desespero daqueles que defedem governos corruptos e suas gangues não são proibidos e nem se cansam de digitar, digitar, digitar... Mas para falar a verdade eu não tenho coragem de ir as ruas nem se pudesse. Do jeito que anda o fanatismo da militância em defender a revolução, eu é que não me arrisco.xatoux escreveu:Também neh, se nem os indignados deste forum se dispuseram a ir as ruas...
É que, sabe como é, são CANSADOS, digitar é mais fácil que andar, andar, andar...
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Re: Imprensa vendida
Um coisa eu nãoe stou entendendo. Quem deveria estar ofedindo com a macrha contra a corrupção não são os corruptos?GustavoB escreveu:Protesto chique e o fracasso do Cansei
Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar “contra tudo o que está aí”. Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
Era a mesma turma chique do “Cansei”, um “movimento cívico” criado em julho de 2007, para protestar contra o “caos aéreo”, pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
De outro líder do “Cansei”, o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal “Valor”:
“Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”.
O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. “O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo”.
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.
Em tempo (atualizado às 19h12):
No final da tarde desta quarta-feira, 7 de setembro de 2011, os números sobre o tamanho das manifestações em São Paulo variavam nos portais da grande mídia, que ajudaram a promover os protestos na avenida Paulista.
Segundo a “Veja”, em nova manifestação promovida à tarde, no mesmo local, havia entre 2 e 4 mil pessoas no protesto, dependendo do informante e do blogueiro.
No portal da “Folha”, o maior jornal do país, a multidão de protestantes chegou ao máximo de 700 manifestantes, em seus diferentes informes ao longo do dia.
Até o final da tarde, segundo o portal do “Estadão”, um dos mais empenhados promotores das manifestações na avenida Paulista, em nenhum momento, até as 19 horas, o protesto passou de 500 participantes.
Seja como for, foi bem menos gente do que o registrado na maior manifestação do fracassado “Cansei”, promovida no dia 17 de agosto de 2007, na praça da Sé, em São Paulo, com o apoio da Febraban (a federação dos bancos) e da Abert ( a associação das grandes emissoras de televisão), entre outras mais de 60 entidades da “sociedade civil organizada”.
Segundo a Polícia Militar, havia 5 mil pessoas naquele dia em São Paulo protestando contra o “caos aéreo” do governo Lula e outras mazelas nacionais.
A grande imprensa brasileira, que se uniu para promover o golpe militar de 1964 e eleger Fernando Collor em 1989, parece ter perdido seu poder de mobilização. E seus blogueiros, colunistas e editores amestrados continuam latindo para cada vez menos gente.
Conversa Afiada reproduzindo texto do blog do Miro e do Balaio do Kotscho
Partidos serios e honestos como PSDB e PT não deveriam estar tão revoltados com a inicitiva popular (não vou chamar de movimento para ofender a militância).
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Re: Imprensa vendida
Mas voltando ao assunto da midia que esta a venda
PEtrobras e BB custeiam revista acusada de "pró-Dilma", diz jornal
19 de outubro de 2010 • 09h30
A edição deste mês da Revista do Brasil, ligada à Central Única do Trabalhador (CUT), e que foi proibida de circular pela Justiça Eleitoral por apresentar conteúdo favorável à campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff, teve anúncios pagos pela estatal Petrobras e pelo Banco do Brasil, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (19).
A revista, que apresenta tiragem de 360 mil exemplares por mês, foi proibida de circular na última segunda-feira (18) pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Joelson Dias, mas já teve todas as suas revistas distribuídas, de acordo com o responsável pela publicação, Paulo Salvador. Segundo reportagem do jornal, a estatal e o banco confirmaram que são anunciantes da revista, mas não repassaram o valor que pagam.
Procurado pelo jornal, Paulo Salvador disse que a revista "não é da CUT", que apenas tem "afinidades" com a central. Segundo o responsável pela revista, a publicação conta com mais anunciantes públicos do que privados, e não acha que apresente conflitos o fato de receber recurso público e ter sua revista contestada por suposta campanha em favor da presidenciável petista. Em resposta ao jornal, o Banco do Brasil afirmou que "os critérios para veiculação de anúncios estão ancorados no relacionamento com os públicos da revista" e a Petrobras afirmou que veicula anúncios e campanhas em diferentes meios de comunicação, para fortalecer sua imagem. Segundo o jornal, a estatal disse que "a veiculação de anúncios na Revista do Brasil possibilita à companhia divulgar suas ações para um público formador de opinião dos principais sindicatos de todo o país".
A decisão de proibir a circulação da revista atende um pedido da coligação encabeçada pela candidatura de José Serra (PSDB) à presidência. O ministro responsável entendeu que a revista ligada à CUT faz uma defesa aberta da candidatura de Dilma, fato proibido pela Lei Eleitoral - sindicatos não podem contribuir, direta ou indiretamente, com campanhas políticas. A revista traz matérias como "A vez de Dilma - o país está bem perto de seguir mudando para melhor".
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!