Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
Giro , giro , era o Atlântida ser vendido aos Espanhois e ELES encorporarem-no na Armada deles!
Triste sina ter nascido português
- manuel.liste
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Re: Noticias de Portugal
¿Pero ese navío no es un ferry? La Armada no utiliza ferriesP44 escreveu:Giro , giro , era o Atlântida ser vendido aos Espanhois e ELES encorporarem-no na Armada deles!
Que yo sepa, el ENVC no es español ni va a serlo.
- soultrain
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Re: Noticias de Portugal
cabeça de martelo escreveu:chaimites escreveu:Encontra-se atracado no cais comercial de Viana do Castelo, o navio “E-Ship 1”, pertencente à empresa alemã Enercon, um dos maiores fabricantes a nível mundial de turbinas eólicas e com várias fábricas em Viana.
É o primeiro no mundo movido por fonte híbrida (energia eólica e diesel). As quatro torres cilíndricas instaladas no convés, com vinte e sete metros de altura cada uma, captam a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio.
Com 130 metros de comprimento, 22 de largura e 10 de calado, o navio foi concebido para evitar desperdícios energéticos e vai carregar, no porto de Viana do Castelo, três torres de aerogeradores, com mais de 80 metros de altura, com destino à Lituânia.
“Era um desejo nosso ter este navio, que é o embaixador da empresa, em Viana, onde estão a sede e as fábricas do grupo. Finalmente foi possível concretizar essa vontade agora”, disse Francisco Laranjeira.
Aquela multinacional alemã tem em funcionamento cinco unidades industriais em Viana do Castelo, distribuídas pelo Parque Empresarial da Praia Norte e Parque Empresarial de Lanheses, que empregam cerca de mil trabalhadores entre fábricas de pás de rotor, torres de betão, mecatrónica e aerogeradores.
Movido a energia eólica? O primeiro? Estes jornalistas... Navios a vela ???? Este navio não usa energia eólica, como se pode ver bem na foto, usa o efeito Magnus, com aqueles mastros. Os mastros rodam sobre esse efeito e produzem energia.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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- cabeça de martelo
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Re: Noticias de Portugal
Salvo erro quem inventou este sistema de propulsão foi o Jacques Cousteau.É o primeiro no mundo movido por fonte híbrida (energia eólica e diesel).
- soultrain
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Re: Noticias de Portugal
Todos os navios à vela tem um motor auxiliar...
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- cabeça de martelo
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- cabeça de martelo
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Re: Noticias de Portugal
manuel.liste escreveu:¿Pero ese navío no es un ferry? La Armada no utiliza ferriesP44 escreveu:Giro , giro , era o Atlântida ser vendido aos Espanhois e ELES encorporarem-no na Armada deles!
Que yo sepa, el ENVC no es español ni va a serlo.
c... escreveu:Existem três grupos - um português, um espanhol e outro asiático - interessados em adquirir os Estaleiros Navais de Viana do Castelo , Um dos grupos está disponível para adquirir a totalidade do capital da empresa de Viana. As três propostas apresentam diferentes ideias para o futuro dos estaleiros.
quanto a popostas de parceria tirando a prime yates e moçambique que e do conhecimento publico, apenas tenho conhecimento de uma parceria com a Siemens para construção de platafomas off-shore de produção de enegia eólica.
- cabeça de martelo
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Re: Noticias de Portugal
Exportações para o Brasil cresceram mais de 50% até Julho
A fugir da crise na Europa, os empresários portugueses focaram-se no mercado brasileiro, o que levou a uma alta de 50,6% nas exportações para o Brasil, apenas nos primeiros sete meses do ano. De acordo com Arlindo Varela, representante da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, o crescimento ocorreu em função de um "redireccionamento" das exportações portuguesas, tradicionalmente voltadas para os parceiros europeus.
"Portugal sempre teve como foco de seu comércio exterior a União Europeia, com praticamente 80% de suas exportações destinadas aos parceiros europeus. Agora, com a redução do consumo nesses países, devido à crise, isso despertou o interesse em expandir as vendas no Brasil", explicou Varela à Lusa.
Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, o volume total negociado entre os dois países, no primeiro semestre deste ano, foi de 1,32 mil milhões de dólares (cerca de 574 mil milhões de euros), o que representou uma alta de 52 por cento em relação ao montante contabilizado no ano primeiro semestre do ano passado.
"O aumento ocorreu dos dois lados. Tanto Brasil exportou mais para Portugal, quanto Portugal exportou mais para o Brasil. Nossa balança comercial sempre fica superavitária para o Brasil, porém, proporcionalmente, tem havido um aumento maior das exportações portuguesas", destaca.
A considerar os sete primeiros meses do ano, de janeiro a julho, houve um aumento de 52,91% nas exportações brasileiras para Portugal, acompanhados de uma alta de 50,64% das exportações portuguesas para o Brasil.
O crescimento expressivo - que ele vê como uma tendência a ser esperada também para os próximos meses - teve ainda mais peso para Portugal, proporcionalmente, durante o passado.
Em 2010, as exportações portuguesas para o Brasil cresceram em 33%, em relação a 2009, enquanto as exportações brasileiras para Portugal aumentaram em 18%, na mesma base comparativa.
Varela explicou que os empresários portugueses tanto passaram a explorar mais os mercados nos quais já actuavam -- com destaque para produtos básicos e alimentos, como azeite, vinhos e bacalhau - como começaram a buscar outros nichos, até então pouco explorados.
"O Conselho realizou uma pesquisa e formulou uma lista dos mercados em que havia potencial de crescimento para produtos portugueses. São produtos que Portugal produz e o Brasil consome, mas ainda não compravam de fabricantes portugueses", explica.
A lista à qual se refere possui quase 50 itens que vão desde peixes secos e salgados (além do bacalhau) até peças de aparelhos eléctricos e electrónicos. A intenção é seguir o ritmo e buscar ainda novos sectores inexplorados.
Para tanto, ele lembra que no próximo dia 16 se realizará, no Rio de Janeiro, o 6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal, que conta com o apoio do Conselho das Câmaras portuguesas.
O evento, que se tem realizado a cada dois anos, servirá como plataforma de debate para discutir as oportunidades de negócios entre os dois países, com foco nas potencialidades que virão a partir dos dois grandes eventos desportivos que o Brasil sediará em 2014 e 2016.
Lusa
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Re: Noticias de Portugal
Isto aqui é tudo muito bonito e tal, mas, para mim, com pouco significado, enquanto não se resolver problemas que considero estruturais, se bem que já vi demagogos e estúpidos, principalmente, estúpidos a dizer que são conjunturais , como por exemplo: a mediocridade das nossa agricultura, o nosso grau de auto-aprovisionamento, no ramo agro-alimentar, é de apenas 71,5, ou seja para paparmos temos de importar os outros 28,5 %, e escusado que se não se comer nada feito; segundo ponto, a modernização/reconversão do nosso tecido industrial, neste momento a nossa industria, ou o que resta dela, dedica-se a produtos de baixo valor acrescentado e tenta competir com países em desenvolvimento, que não tem protecção social para os trabalhadores, com salários anedóticos, com horários ainda mais parvos, são, objectivamente maquinas de produzir, impossível de competir, ou seja ou reconvertemos a nossa industria, ou sucumbimos, ora esta "mudança", só se faz se houver um sistema de ensino capaz de formar trabalhadores competentes, e com qualificações, para poder produzir estes tais produtos com um maior VA. Isto para dizer que: tudo muito bonito, muito inspirador, mas enquanto o país não fizer as mudanças necessárias, na justiça, no ensino, na agricultura, etc, vamos continuar na porcaria em que estamos..
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: Noticias de Portugal
x2tgcastilho escreveu:Isto aqui é tudo muito bonito e tal, mas, para mim, com pouco significado, enquanto não se resolver problemas que considero estruturais, se bem que já vi demagogos e estúpidos, principalmente, estúpidos a dizer que são conjunturais , como por exemplo: a mediocridade das nossa agricultura, o nosso grau de auto-aprovisionamento, no ramo agro-alimentar, é de apenas 71,5, ou seja para paparmos temos de importar os outros 28,5 %, e escusado que se não se comer nada feito; segundo ponto, a modernização/reconversão do nosso tecido industrial, neste momento a nossa industria, ou o que resta dela, dedica-se a produtos de baixo valor acrescentado e tenta competir com países em desenvolvimento, que não tem protecção social para os trabalhadores, com salários anedóticos, com horários ainda mais parvos, são, objectivamente maquinas de produzir, impossível de competir, ou seja ou reconvertemos a nossa industria, ou sucumbimos, ora esta "mudança", só se faz se houver um sistema de ensino capaz de formar trabalhadores competentes, e com qualificações, para poder produzir estes tais produtos com um maior VA. Isto para dizer que: tudo muito bonito, muito inspirador, mas enquanto o país não fizer as mudanças necessárias, na justiça, no ensino, na agricultura, etc, vamos continuar na porcaria em que estamos..
Já se deram passos importantes que podem dar frutos se for mantida a continuidade. Já voltamos a ter cursos tecnológicos e cada vez a oferta é melhor. Está a ser levada a cabo a reformulação do papel das escolas e dos professores. Outra coisa que salvou o governo do PS de ter sido uma nulidade foi o programa dos computadores Magalhães.
Apesar de muitas pessoas como o prof. Medina Carreira, acharem que seja um desperdício, eu acho que se de dez computadores distribuídos, um dos beneficiários o utilize e explore todas as capacidades, o beneficio já ultrapassa muito a despesa. Não me preocupa muito que as crianças joguem nesses computadores. Só espero é que o país aproveite a onda e não lhes corte as pernas a meio. Temos empresas como a Ydreams e a Ndrive que precisam de técnicos qualificados. Imaginemos isso multiplicado por dez. Desde a programação aos efeitos especiais computorizados, há muito por onde crescer. Imaginem o que seria para a economia do país sediarmos uma nova Microsoft ou Google.
(Isto sem desprezar as outras áreas, obviamente.)
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
- P44
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Re: Noticias de Portugal
Investigadas contas da família de Sócrates
05 Setembro 2011 | 10:17
Jornal de Negócios Online
Papéis entregues por Mário Machado ao Ministério Público mostram que familiares do ex-primeiro-ministro têm contas em offshores há quase 30 anos. DCIAP vai investigar, avança o "Correio da Manhã".
A família de José Sócrates, ex-primeiro ministro, tem offshores há quase três décadas, segundo o que consta em documentos que estão na posse do Ministério Público há mais de um ano, mas que só agora vão começar a ser analisados pelos procuradores.
Segundo o jornal, os documentos foram entregues por Mário Machado, líder da extrema-direita que está numa cadeia, ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, em Julho do ano passado.
Os papéis foram então remetidos para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, dirigido por Maria José Morgado e posteriormente reencaminhados para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que tem como directora a procuradora Cândida Almeida.
Segundo apurou o “Correio da Manhã”, os documentos são autênticos e mostram elevadas quantias que diversos familiares de José Sócrates transferiram para fora do País ao longo de quase três décadas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=504451
05 Setembro 2011 | 10:17
Jornal de Negócios Online
Papéis entregues por Mário Machado ao Ministério Público mostram que familiares do ex-primeiro-ministro têm contas em offshores há quase 30 anos. DCIAP vai investigar, avança o "Correio da Manhã".
A família de José Sócrates, ex-primeiro ministro, tem offshores há quase três décadas, segundo o que consta em documentos que estão na posse do Ministério Público há mais de um ano, mas que só agora vão começar a ser analisados pelos procuradores.
Segundo o jornal, os documentos foram entregues por Mário Machado, líder da extrema-direita que está numa cadeia, ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, em Julho do ano passado.
Os papéis foram então remetidos para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, dirigido por Maria José Morgado e posteriormente reencaminhados para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que tem como directora a procuradora Cândida Almeida.
Segundo apurou o “Correio da Manhã”, os documentos são autênticos e mostram elevadas quantias que diversos familiares de José Sócrates transferiram para fora do País ao longo de quase três décadas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=504451
Triste sina ter nascido português
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Re: Noticias de Portugal
Este governo, um novo EMBUSTE
Governo sob fogo. Há quem fale em problema de comunicação
por Sónia Cerdeira, Publicado em 05 de Setembro de 2011 | Actualizado há 14 horas
Pedro Passos Coelho rejeita que haja falta de apoio interno - o PSD "está muito calmo" - mas avisa que o partido precisa de ser uma voz "sensata e crítica"
São cada vez mais as vozes que se juntam na crítica às recentes medidas de austeridade anunciadas pelo governo, principalmente contra o aumento de impostos. Mas vinga também a tese de que o que se está a passar é um problema de comunicação do executivo.
Mira Amaral, ex-ministro social-democrata, é duro nas críticas: "O governo tarda em apresentar medidas de corte na despesa quando as andou a prometer enquanto era oposição." Ao i afirma que "a tributação que está a ser feita à classe média/alta, nomeadamente através dos descontos para a Segurança Social, está a atingir níveis insuportáveis." E considera que "é fundamental começar a cortar no Estado paralelo, em institutos públicos e empresas públicas que são socialmente inúteis". Não critica os aumentos do IVA no gás e na elecricidade, porque "foram imposição da troika", mas deixa uma receita: o governo "deve renegociar com as produtores das energias renováveis as alterações aos preços que são escandalosos", o que poderia minorar o impacto gravoso, para os consumidores, do aumento do IVA.
O presidente do banco BIP junta a voz a um coro cada vez mais crescente de críticas à governação de Passos Coelho, com os ex-líderes do PSD, Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite, à cabeça. Marques Mendes foi o primeiro a criticar o executivo considerando que mais impostos "é um murro no estômago" e que o governo ainda não lançou medidas para relançar a economia ou emagrecer o Estado. Já Ferreira Leite desconfia das projecções macroeconómicas apresentadas pelo ministro das Finanças e critica o aumento do IRS para os "ricos" e o corte nas deduções fiscais.
Apesar das declarações mais duras, que deixam o governo debaixo de fogo, dentro dos partidos cresce a opinião de que a estratégia de comunicação do governo tem sido errada. "O governo não tem sabido comunicar os sacrifícios aos portugueses, existe uma dificuldade de comunicação", diz ao i Hermínio Loureiro, secretário-geral adjunto do PSD. Opinião partilhada por Luís Queiró, vice-presidente do CDS-PP: "[O aumento de impostos] não tem sido convenientemente explicado e a mensagem política não tem sido muito clara."
As críticas de Manuela Ferreira Leite não agradaram a todos no partido. "Não se percebe que Manuela Ferreira Leite, que foi ministra do Estado e das Finanças, e não ousou fazer cortes quando teve a faca e o queijo na mão, agora não compreenda as dificuldades de fazer estes cortes", diz Hermínio Loureiro. Mas alguns sociais-democratas e centristas ouvidos pelo i confessam que o governo já deveria ter apresentado medidas emblemáticas e concretas do corte na despesa para que fossem apresentadas ao mesmo tempo que têm sido revelados aumentos de impostos. Assim, acreditam, seria possível atenuar o seu efeito na opinião pública.
Pedra no sapato O aumento de impostos é a mais recente pedra no sapato da coligação. O CDS sempre se mostrou contra e os avisos ao governo sobem de tom dentro do partido. "Tenho a certeza que a proposta de Orçamento do Estado vai reflectir os cortes e a reforma no aparelho do Estado. Há um limite a partir do qual nem sequer é possível aumentar mais impostos e estamos muito perto desse limite", alerta Luís Queiró. Aviso a que se junta o eurodeputado Diogo Feio: "É com alguma angústia que se vai assistindo a um aumento de impostos, sendo eles necessários e transitórios para cumprir o acordo com a troika. Mas tenho esperança em relação à política de corte da despesa." Uma coisa é certa: "O CDS não é favorável a uma política estrutural que seja feita de aumento de impostos", garante Diogo Feio.
O desconforto cresce no CDS. António Pires de Lima, presidente da mesa do Conselho Nacional, e António Lobo Xavier, ex-dirigente, já vieram a público pedir cortes nos gastos do Estado. E na Assembleia da República, o deputado centrista João Almeida confrontou cara a cara o ministro das Finanças com o novo aumento de impostos, mostrando o descontentamento do seu partido. "Somos e seremos contra o aumento de impostos", avisou o porta-voz do CDS. Já o deputado Adolfo Mesquita Nunes espelhou o desconforto centrista com uma referência à promessa do governo de cortar 1/3 do lado da receita e 2/3 do lado da despesa: "No documento de estratégia orçamental, as medidas de correcção do desvio estão todas do lado da receita. Por que não temos essa definição de proporções?" A expectativa é grande em relação ao Orçamento do Estado para 2012. "Será a concretização das medidas relativamente ao lado da despesa", espera Diogo Feio.
Passos recusa falta de apoio O primeiro-ministro respondeu ontem ao coro de críticas de que tem sido alvo o governo. "No dia em que tiver de aumentar impostos por erros de políticas minhas ou deste governo, nesse dia eu aceito a crítica de que fiz o que não tinha prometido", afirmou Pedro Passos Coelho, no final do encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, que marca a rentrée social-democrata (ler páginas 4 e 5).
Passos recusou a ideia de que existe algum descontentamento interno com as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo: "Não sinto falta de apoio no PSD e não tenho nenhuma dúvida que o país não quer seguir o mau exemplo que outros países seguiram, quero que Portugal seja bem sucedido neste esforço", sublinhou o primeiro-ministro, considerando que o PSD "está muito calmo". No entanto, Passos deixou um aviso: "Não podemos aceitar a arrogância da nossa política que constrói castelos no ar." Para o também líder social-democrata o partido precisa de ser uma "voz sensata e crítica", conservando o debate interno. Quanto às "escolhas" feitas pelo governo, e que têm sido alvo de críticas, o primeiro-ministro remata: "As escolhas são sempre condicionadas pelas circunstâncias. Em política é ilusão pensar que as escolhas são ilimitadas."
Logo pela manhã de ontem, Passos tinha sido questionado, numa visita ao último dia das festas do povo de Campo Maior, se o governo perdeu o "estado de graça" devido às crescentes críticas feitas também por personalidades do partido. "Quando me candidatei à liderança do governo sabia que ia encontrar uma situação muito difícil, portanto, não estava à espera de ser primeiro-ministro num tempo de facilidades mas também não viro a cara à primeira dificuldade", respondeu. E acrescentou: "As pessoas que pensam poder viver e trabalhar sem críticas enganam-se porque não há ninguém que possa estar isento de críticas e eu aceito as críticas de muito bom grado."
Questionado sobre as críticas de que o governo deveria ter ido mais longe no corte na despesa, Passos Coelho considerou que "dificilmente se pode ir mais longe", reiterando que se tratam de cortes "históricos". Com Nelson Pereira
http://www.ionline.pt/conteudo/147171-g ... omunicacao
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Cortes na despesas é o que se vê. De novo os mesmos a "pagarem a crise"...
Governo sob fogo. Há quem fale em problema de comunicação
por Sónia Cerdeira, Publicado em 05 de Setembro de 2011 | Actualizado há 14 horas
Pedro Passos Coelho rejeita que haja falta de apoio interno - o PSD "está muito calmo" - mas avisa que o partido precisa de ser uma voz "sensata e crítica"
São cada vez mais as vozes que se juntam na crítica às recentes medidas de austeridade anunciadas pelo governo, principalmente contra o aumento de impostos. Mas vinga também a tese de que o que se está a passar é um problema de comunicação do executivo.
Mira Amaral, ex-ministro social-democrata, é duro nas críticas: "O governo tarda em apresentar medidas de corte na despesa quando as andou a prometer enquanto era oposição." Ao i afirma que "a tributação que está a ser feita à classe média/alta, nomeadamente através dos descontos para a Segurança Social, está a atingir níveis insuportáveis." E considera que "é fundamental começar a cortar no Estado paralelo, em institutos públicos e empresas públicas que são socialmente inúteis". Não critica os aumentos do IVA no gás e na elecricidade, porque "foram imposição da troika", mas deixa uma receita: o governo "deve renegociar com as produtores das energias renováveis as alterações aos preços que são escandalosos", o que poderia minorar o impacto gravoso, para os consumidores, do aumento do IVA.
O presidente do banco BIP junta a voz a um coro cada vez mais crescente de críticas à governação de Passos Coelho, com os ex-líderes do PSD, Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite, à cabeça. Marques Mendes foi o primeiro a criticar o executivo considerando que mais impostos "é um murro no estômago" e que o governo ainda não lançou medidas para relançar a economia ou emagrecer o Estado. Já Ferreira Leite desconfia das projecções macroeconómicas apresentadas pelo ministro das Finanças e critica o aumento do IRS para os "ricos" e o corte nas deduções fiscais.
Apesar das declarações mais duras, que deixam o governo debaixo de fogo, dentro dos partidos cresce a opinião de que a estratégia de comunicação do governo tem sido errada. "O governo não tem sabido comunicar os sacrifícios aos portugueses, existe uma dificuldade de comunicação", diz ao i Hermínio Loureiro, secretário-geral adjunto do PSD. Opinião partilhada por Luís Queiró, vice-presidente do CDS-PP: "[O aumento de impostos] não tem sido convenientemente explicado e a mensagem política não tem sido muito clara."
As críticas de Manuela Ferreira Leite não agradaram a todos no partido. "Não se percebe que Manuela Ferreira Leite, que foi ministra do Estado e das Finanças, e não ousou fazer cortes quando teve a faca e o queijo na mão, agora não compreenda as dificuldades de fazer estes cortes", diz Hermínio Loureiro. Mas alguns sociais-democratas e centristas ouvidos pelo i confessam que o governo já deveria ter apresentado medidas emblemáticas e concretas do corte na despesa para que fossem apresentadas ao mesmo tempo que têm sido revelados aumentos de impostos. Assim, acreditam, seria possível atenuar o seu efeito na opinião pública.
Pedra no sapato O aumento de impostos é a mais recente pedra no sapato da coligação. O CDS sempre se mostrou contra e os avisos ao governo sobem de tom dentro do partido. "Tenho a certeza que a proposta de Orçamento do Estado vai reflectir os cortes e a reforma no aparelho do Estado. Há um limite a partir do qual nem sequer é possível aumentar mais impostos e estamos muito perto desse limite", alerta Luís Queiró. Aviso a que se junta o eurodeputado Diogo Feio: "É com alguma angústia que se vai assistindo a um aumento de impostos, sendo eles necessários e transitórios para cumprir o acordo com a troika. Mas tenho esperança em relação à política de corte da despesa." Uma coisa é certa: "O CDS não é favorável a uma política estrutural que seja feita de aumento de impostos", garante Diogo Feio.
O desconforto cresce no CDS. António Pires de Lima, presidente da mesa do Conselho Nacional, e António Lobo Xavier, ex-dirigente, já vieram a público pedir cortes nos gastos do Estado. E na Assembleia da República, o deputado centrista João Almeida confrontou cara a cara o ministro das Finanças com o novo aumento de impostos, mostrando o descontentamento do seu partido. "Somos e seremos contra o aumento de impostos", avisou o porta-voz do CDS. Já o deputado Adolfo Mesquita Nunes espelhou o desconforto centrista com uma referência à promessa do governo de cortar 1/3 do lado da receita e 2/3 do lado da despesa: "No documento de estratégia orçamental, as medidas de correcção do desvio estão todas do lado da receita. Por que não temos essa definição de proporções?" A expectativa é grande em relação ao Orçamento do Estado para 2012. "Será a concretização das medidas relativamente ao lado da despesa", espera Diogo Feio.
Passos recusa falta de apoio O primeiro-ministro respondeu ontem ao coro de críticas de que tem sido alvo o governo. "No dia em que tiver de aumentar impostos por erros de políticas minhas ou deste governo, nesse dia eu aceito a crítica de que fiz o que não tinha prometido", afirmou Pedro Passos Coelho, no final do encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, que marca a rentrée social-democrata (ler páginas 4 e 5).
Passos recusou a ideia de que existe algum descontentamento interno com as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo: "Não sinto falta de apoio no PSD e não tenho nenhuma dúvida que o país não quer seguir o mau exemplo que outros países seguiram, quero que Portugal seja bem sucedido neste esforço", sublinhou o primeiro-ministro, considerando que o PSD "está muito calmo". No entanto, Passos deixou um aviso: "Não podemos aceitar a arrogância da nossa política que constrói castelos no ar." Para o também líder social-democrata o partido precisa de ser uma "voz sensata e crítica", conservando o debate interno. Quanto às "escolhas" feitas pelo governo, e que têm sido alvo de críticas, o primeiro-ministro remata: "As escolhas são sempre condicionadas pelas circunstâncias. Em política é ilusão pensar que as escolhas são ilimitadas."
Logo pela manhã de ontem, Passos tinha sido questionado, numa visita ao último dia das festas do povo de Campo Maior, se o governo perdeu o "estado de graça" devido às crescentes críticas feitas também por personalidades do partido. "Quando me candidatei à liderança do governo sabia que ia encontrar uma situação muito difícil, portanto, não estava à espera de ser primeiro-ministro num tempo de facilidades mas também não viro a cara à primeira dificuldade", respondeu. E acrescentou: "As pessoas que pensam poder viver e trabalhar sem críticas enganam-se porque não há ninguém que possa estar isento de críticas e eu aceito as críticas de muito bom grado."
Questionado sobre as críticas de que o governo deveria ter ido mais longe no corte na despesa, Passos Coelho considerou que "dificilmente se pode ir mais longe", reiterando que se tratam de cortes "históricos". Com Nelson Pereira
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Re: Noticias de Portugal
Las exportaciones españolas a Brasil también subieron mucho (+39%). También a China (+35%), Rusia (+42%), Turquía (+37%) o Australia (+49%)cabeça de martelo escreveu:Exportações para o Brasil cresceram mais de 50% até Julho
Eso es debido al auge del consumo en esos paises, y a la búsqueda de mercados alternativos por parte de los productores locales
Hay un problema, que es la desaceleración económica mundial. El comercio va a crecer a tasas inferiores a partir de ahora
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Re: Noticias de Portugal
Caro tgcastilho, esses números são oficiais? É que atendendo que só de trigo, importamos 94% do que consumimos acho esses números demasiado optimistas.tgcastilho escreveu:Isto aqui é tudo muito bonito e tal, mas, para mim, com pouco significado, enquanto não se resolver problemas que considero estruturais, se bem que já vi demagogos e estúpidos, principalmente, estúpidos a dizer que são conjunturais , como por exemplo: a mediocridade das nossa agricultura, o nosso grau de auto-aprovisionamento, no ramo agro-alimentar, é de apenas 71,5, ou seja para paparmos temos de importar os outros 28,5 %, e escusado que se não se comer nada feito; segundo ponto, a modernização/reconversão do nosso tecido industrial, neste momento a nossa industria, ou o que resta dela, dedica-se a produtos de baixo valor acrescentado e tenta competir com países em desenvolvimento, que não tem protecção social para os trabalhadores, com salários anedóticos, com horários ainda mais parvos, são, objectivamente maquinas de produzir, impossível de competir, ou seja ou reconvertemos a nossa industria, ou sucumbimos, ora esta "mudança", só se faz se houver um sistema de ensino capaz de formar trabalhadores competentes, e com qualificações, para poder produzir estes tais produtos com um maior VA. Isto para dizer que: tudo muito bonito, muito inspirador, mas enquanto o país não fizer as mudanças necessárias, na justiça, no ensino, na agricultura, etc, vamos continuar na porcaria em que estamos..
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