Su-35 News

[AlbertoRJ]

O maior problema não são os americanos mas sim os brasileiros que jogam contra quando suas vontades não são atendidas. Isso aconteceu na época do Mirage III, por exemplo.

[]'s

[AlbertoRJ]

Mas alguma vez os americanos iriam permitir que o Brasil adquirisse material Russo?

Se os americanos têm realmente esse poder aqui, estamos então mais para um país satélite, tal qual Portugal, Japão, Austrália, etc, do que para um assemelhado ao BRIC.

Se os gringos têm realmente esse poder, porque não o utilizaram para vencer o F-X2 de uma vez?

Mais, se os gringos têm realmente esse poder, por que não vetam os N movimentos diplomáticos brasileiros que colidiram e segume colidindo com seus interesses? Isso é muito mais sensível do que a aquisição de equipamentos russos.

Eu acredito que deveríamos sempre escolher o que fosse melhor para nós, aquilo que traga mais vantagens, de quem quer que seja.

O México (isso, o México, o vizinho dos gringos...) e a Colômbia (aquele país que é um dos principais recebedores de ajuda militar americana...) estão qualhados de equipamentos militares russos. Como eles podem e nós, os "obedientes", não?

Sei, lá. Me parece que por razões similares, o Typhoon e o F-16 tb ficaram fora do SL: não responderam tão bem ao RFI quanto a Dassault, Saab e Boeing. Talvez não tenham levado o RFI muito a sério. Talvez acreditaram que propostas "por fora do script" seriam mais efetivas.

Até que eles tentam.

[]'s

[cabeça de martelo]

Mas alguma vez os americanos iriam permitir que o Brasil adquirisse material Russo?

Se os americanos têm realmente esse poder aqui, estamos então mais para um país satélite, tal qual Portugal, Japão, Austrália, etc, do que para um assemelhado ao BRIC.

Portugal?

Penguim, que eu saiba em grande parte dos programas de reequipamento militar que sairam nos últimos anos, grande parte do material escolhido NÃO é norte-americano. Vê as fragatas, os helicopteros, VBTP, etc.

[Penguin]

O maior problema não são os americanos mas sim os brasileiros que jogam contra quando suas vontades não são atendidas. Isso aconteceu na época do Mirage III, por exemplo.

[]'s

O Mirage III foi o recomendado pelo COPAC da época (o CEPAI). Surpresa?! O COPAC daquela época selecionou um caça não americano depois de avaliar Draken, F-5A (não existia F-5E), F-104 e Lightning.

Em 1967...

A CEPAI estruturou seus trabalhos em Projetos: Projeto USA, Projeto França, Projeto Inglaterra, Projeto Itália e Projeto Suécia. A idéia era avaliar, respectivamente, as aeronaves F-5A/B, MIRAGE III, LIGHTNING MK55, F-104 e SAAB DRAKEN. Para tanto, consultas formais, a nível de Governo, foram iniciadas com vistas a enviar equipes de avaliação a esses países.

Haviam leis impedindo a venda de caças supersônicos americanos para a América Latina. Restrição que caiu em 1970. Dessa forma, depois de avaliados, os F-104 e F-5A foram eliminados.

Sabem quais pilotos do CEPAI avaliaram o Mirage III na França?
Ten. Cel. Av. MENEZES, LN
Maj. Eng. OSIRES, S
interessante, não?

Quiseram entubar o Lightning devido ao financiamento da Ponte Rio-Niteroi, mas a escolha técnica do CEPAI acabou prevalendo e o Brasil adquiriu o Mirage III.

Para apresentar a solução a nível presidencial, a CEPAI elaborou um substancioso relatório que seria encaminhado ao Pres. Costa e Silva para a necessária aprovação, o que foi feito.

Há um fato curioso (presenciado pelo Chefe da CEPAI), no que tange à análise presidencial do relatório. O Min. MARCIO, em despacho pessoal, apresentou o Relatório da CEPAI indicando o MIRAGE III e seu arrazoado. O Pres. Costa e Silva ouviu atentamente o Min. MARCIO e, ao final dos esclarecimentos, teria declarado:

— "Min. MARCIO, estou com um problema político com o governo inglês e seus bancos no que se refere ao financiamento para as obras da Ponte Rio-Niterói. Muito me ajudaria se a solução da FAB fosse o LIGHTNING".

O Min. MARCIO retirou-se e convocou o Chefe da CEPAI e instruiu:
— "Aonde estiver escrito MIRAGE nesse Relatório, apaga e põe LIGHTNING". O que, a contragosto, foi cumprido. E o Relatório BRAINGLA (Brasil-Inglaterra) recebeu o APROVO por escrito do Pres. Costa e Silva, que dias depois adoeceu, vindo a falecer.

Passaram-se alguns meses. Quando já empossado o Pres. MEDICI, o Min. MARCIO retorna ao assunto fazendo um retrospecto histórico do processo. Após tudo ouvir, o Pres. MEDICI acrescentou:
"Min. MARCIO, não temos mais o problema financeiro citado pelo meu antecessor. Se a escolha técnica da FAB foi o MIRAGE francês, que o seja".

http://www.abra-pc.com.br/estoria05.html

[]s

[Penguin]

Se os americanos têm realmente esse poder aqui, estamos então mais para um país satélite, tal qual Portugal, Japão, Austrália, etc, do que para um assemelhado ao BRIC.

Portugal?

Penguim, que eu saiba em grande parte dos programas de reequipamento militar que sairam nos últimos anos, grande parte do material escolhido NÃO é norte-americano. Vê as fragatas, os helicopteros, VBTP, etc.

E equipamentos russos? Pq não são considerados?

O último caça militar americano adquirido pela FAB ocorreu na 1a metade da década de 70.
O último míssil ar-ar americano adquirido foi o AIM-9B.

A MB adquiriu os Garcia e os A-4, compras de oportunidades e o EB os M60, tb compra de oportunidade.

[]s

[Paisano]

A short list deveria ter sido: Su-35, Rafale e EF-2000

Paisano,esta tua lista não existiria nunca! Porque ela não é uma das melhores que se imaginaria para o país? Não:,porque não seria possível uma lista sem um caça norte americano,nem ontem,nem hoje,nem nunca. E na minha opinião em tendo este caça,nunca seria o F18,eu prefiro o velho puro sangue F15 ao lado destes do que o atual.

A realidade está ai para quem quiser ver,se pudessem faziam uma lista com F16,F18 e F35 para ter pelo menos um protótipo...

Sds.

Quando não se deixa dobrar por pressões indevidas a short list seria exatamente essa.

Já o F-18, este na realidade foi uma concessão dos EUA.

Ou seja, já que não colou o F-16, então, foram de F-18.

[cabeça de martelo]

E equipamentos russos? Pq não são considerados?
[]s

Imagina que Portugal comprava os SU-35, por causa dessa compra teria comprar novas munições, novas bombas e novos misseis. A mesma questão coloca-se em quase tudo. Só um aparte, é bem possível que os helicopteros da EMA vão passar para o controlo da FAP. Ou seja há uma possibilidade veres os Kamov Ka32A11BC com a Cruz de Cristo.

http://www.ema-sa.pt/index.php?option=c ... pi&catid=1

[Hader]

Eita amnésia seletiva... O Mirage III só foi o escolhido pois o preferido foi vetado...O Vaticano se opôs à venda de equipamento de ponta para um país eminentemente protestante.

Outra coisa: nem Colômbia e nem México usam equipamento de ponta russo. Não tentemos comparar helos, fuzis e meias de lã com caças. É forçar muito a barra. O dia que o México ou a Colômbia comprarem Su-35 ou coisa equivalente o argumento é válido.

[]'s

[faterra]

Na época dos Mirages III os EUA quiseram nos empurrar sucata do deserto. Vetaram os F-4's que o Brasil tanto queria.
Após a compra dos Mirages, o Brasil saiu à compra de um 2º lote e, aí sim, em um ato magnânimo, os EUA liberaram F-5 zero bala (caso contrário o Brasil acabaria comprando outro lote de Mirage ou seria empurrado para a Cortina de Ferro). Após isto, as benesses foram cortadas e o Brasil acabou comprando um 3º lote de F-5's sucateados. A FAB ficou tão agradecida que hesita até hoje em substituí-los.
A qualidade do produto quando novo não discuto, é ótima. O que eu não entendo é esta atitude masoquista da FAB e do Brasil em serem tão encantados com os produtos bélicos dos EUA. Todas as vezes eles passam por estes desgastes e humilhações, mas, sempre ficam com o rabo prá cima e abanando.
Os outros países têm suas coleiras, mas passa longe das estadunidenses.

[Penguin]

Eita amnésia seletiva... O Mirage III só foi o escolhido pois o preferido foi vetado...O Vaticano se opôs à venda de equipamento de ponta para um país eminentemente protestante.

Outra coisa: nem Colômbia e nem México usam equipamento de ponta russo. Não tentemos comparar helos, fuzis e meias de lã com caças. É forçar muito a barra. O dia que o México ou a Colômbia comprarem Su-35 ou coisa equivalente o argumento é válido.

[]'s

Hader,

Em 1967, quando se iniciou as avaliações que culminaram na seleção do Mirage III, os americanos não vendiam nenhum caça supersônico à America Latina. Nem mesmo o simplório F-5A era liberado. Mesmo assim a FAB avaliou o F-5A e o F-104.

O 1o caça supersônico da AL foi introduzido pela FAP, o Mirage 5P, em 1968.

O Mirage III foi escolhido não porque era a única opção, mas porque foi melhor avaliado para as necessidades da FAB do que o Lightning e o Draken, dois puta caças daquela época.

Mesmo assim, o Lightning era considerado um caça caro. Se não me engano custava o dobro do Mirage III.

O F-4 era naquela época (1967) tão distante na nossa realidade como hoje é o F-22.

[]s

[faterra]

O F-22 não está disponível para quem quer que seja. É privativo da USAF.
O F-4 era vendido normalmente para a Europa / OTAN e países satélites. A distância da nossa realidade era pelo interesse estadunidense em não disponibilizá-los para os países de seu quintal.
O Lightning, se não me engano, era praticamente um foguete e sua taxa de acidentes fatais era bem alta.

[Penguin]

Na época dos Mirages III os EUA quiseram nos empurrar sucata do deserto. Vetaram os F-4's que o Brasil tanto queria.
Após a compra dos Mirages, o Brasil saiu à compra de um 2º lote e, aí sim, em um ato magnânimo, os EUA liberaram F-5 zero bala (caso contrário o Brasil acabaria comprando outro lote de Mirage ou seria empurrado para a Cortina de Ferro). Após isto, as benesses foram cortadas e o Brasil acabou comprando um 3º lote de F-5's sucateados. A FAB ficou tão agradecida que hesita até hoje em substituí-los.
A qualidade do produto quando novo não discuto, é ótima. O que eu não entendo é esta atitude masoquista da FAB e do Brasil em serem tão encantados com os produtos bélicos dos EUA. Todas as vezes eles passam por estes desgastes e humilhações, mas, sempre ficam com o rabo prá cima e abanando.
Os outros países têm suas coleiras, mas passa longe das estadunidenses.

Até a queda do regime, em 1991, os soviéticos tampouco vendiam seus melhores caças para qq um. Alguns caças eles não exportavam.

E quando vendiam, eram versões de exportação, bastante diferentes daquelas utilizadas em casa ou por seus aliados do Pacto de Varsóvia.

[]s

[Penguin]

O F-22 não está disponível para quem quer que seja. É privativo da USAF.
O F-4 era vendido normalmente para a Europa / OTAN e países satélites. A distância da nossa realidade era pelo interesse estadunidense em não disponibilizá-los para os países de seu quintal.
O Lightning, se não me engano, era praticamente um foguete e sua taxa de acidentes fatais era bem alta.

Considerando a época (1967), nós não eramos da OTAN (Reino Unido, Espanha, Grécia, Alemanha) e nem propriamente um país aliado e estratégico (Japão, Irã, Coreia do Sul).

O caça com alta taxa de acidentes era o F-104.
O Lightning foi o caça de defesa aérea da RAF e da RSAF até a década de 80, quando foi substituido pelo Tornado F-3 e pelo F-15 respectivamente.

[]s

[Franz Luiz]

Segundo o que o amigo CB_lima colocou de um extrato da AFM os P3C também foram vetados (e isto bem mais recente),
motivo pelo qual estamos reformando P3A já há uma década. O que parece ter mudado desde então ?
Penso que nada além de retórica.
Quanto aos Europeus, tendo dinheiro para pagar o preço, a transferência é irrestrita. Ainda mais
com esta crise que vai apertar.

[Carlos Lima]

Bom... no fim das contas... o que importa é que o Su-35 não foi selecionado na época e vai saber lá porque, já que não estamos mais na Guerra Fria e o Su-35 é um Sr Avião.

Tomara que seja por motivos que fazem sentido e somente nós na nossa ignorância de torcedores não percebemos... se os motivos forem outros tipos 'os russos estão chegando' ou os EUA fizeram 'pressão' e tchau tchau... aí eu só tenho a lamentar.

[]s
CB_Lima