Brasil terá seu primeiro Vant com radar SAR aeroembarcado
16 de agosto de 2011, em Divulgação, Tecnologia, UAS, UAV, VANT, por Alexandre Galante
O SARVANT (veículo aéreo não tripulado) será o primeiro, do mercado mundial, a contar com um radar de sensoriamento remoto para mapeamento e vem sendo desenvolvido pela brasileira OrbiSat
A partir desse semestre, a OrbiSat dá um importante passo para expandir sua área de atuação, passando a atender o mercado de serviços de mapeamento de baixo custo. Isso porque, a empresa vai começar os primeiros testes com o SARVANT, projeto que recebeu investimentos de cerca de R$ 8 milhões e vem sendo desenvolvido há três anos.
O SARVANT será o primeiro vant, veículo aéreo não-tripulado, do mercado mundial a contar com um radar do tipo SAR, de sensoriamento remoto, que trabalha na banda P, capaz de ultrapassar as copas das árvores, além de operar também na banda X. O radar aeroembarcado OrbiSar começa a ser integrado ao VANT a partir desse mês, atividade que deve durar 6 meses. O primeiro voo com o radar aeroembarcado está previsto para dezembro deste ano.
Esse é o único veículo no mundo, na categoria Vant, com radar SAR nas bandas X e P. Por utilizar duas freqüências de mapeamento simultâneas (Bandas X e P), o equipamento também fornece a medida da altura da copa de árvores e a formação do solo sob a vegetação (topografia real do terreno).
O SARVANT estará pronto para atender o mercado a partir do próximo ano. Segundo o presidente da OrbiSat, Maurício Aveiro, o novo equipamento deverá abrir um mercado para a empresa na ordem de R$ 25 milhões em serviços – já a demanda externa, pode ser bem maior, cerca de R$ 100 milhões. “Vamos levar nossa tecnologia, conhecida mundialmente em vários países, para propriedades menores a um custo muito competitivo”.
Aveiro garante que o Vant oferecerá a mesma qualidade dos serviços prestados pelo OrbiSar (aeroembarcado em aeronaves maiores), porém com escalas de terrenos diferenciados. O equipamento poderá ser usado no mapeamento de fazendas, represas e hidrelétricas, além da aplicação na área de defesa, entre outros setores. A vantagem, em relação aos equipamentos já existentes no mercado, fica por conta do baixo custo, da qualidade e da precisão do processamento dos dados cartográficos, comparada a obtida apenas com o uso de equipamentos para cobrir grandes áreas. “O SARVANT também será muito útil em missões pontuais de patrulha, ou ainda, de busca e salvamento em florestas”, diz Aveiro.
Com uma autonomia de 10 horas, o SARVANT poderá mapear uma área de até 500 km² na escala 1:5000 nas bandas X e P em um único voo. O equipamento tem uma envergadura de seis metros, três metros de fuselagem, pesará 140 quilos e voará a 200km/h.
O projeto SARVANT conta também com a participação das empresas AGX (que desenvolve o sistema autônomo do Vant) e a Aeroalcool (reponsável pela fabricação do Vant).
OUTROS PROJETOS
Atualmente, a OrbiSat realiza o mapeamento da Amazônia em um projeto comandando pelo Exército Brasileiro, intitulado “Cartografia da Amazônia”. “A mesma precisão e qualidade prestados no mapeamento da floresta amazônica, será aplicado com o SARVANT agora para empreendimentos menores, mas que apesar da dimensão, também precisam de informações precisas sobre as condições das aéreas”, explica o diretor técnico da OrbiSat, João Moreira Neto.
A OrbiSat é uma empresa privada, 100% nacional, especializada em sensoriamento remoto e radares para vigilância aérea e terrestre. Desde março deste ano, a empresa integra a Embraer Defesa e Segurança. Com unidades em São José dos Campos e Campinas, a OrbiSat conta com 150 colaboradores especializados nas mais diversas areas.
Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
fonte: http://www.aereo.jor.br/
Projeto VANT
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Re: Projeto VANT
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Projeto VANT
Segurança
Voo cego - VANT da PF
15 de Agosto, 2011 - 09:48 ( Brasília )
Ricardo Boechat
A Polícia Federal pode vir a perder um bom instrumento de trabalho – aliás, muito badalado na campanha eleitoral de Dilma Rousseff, ano passado. Seus dois aviões-espiões não tripulados poderão ser transferidos para a aeronáutica, assim como todo o programa para a compra de outras 13 aeronaves até 2015, por R$ 540 milhões.
Sem recursos, pessoal treinado e equipamentos, a PF teria desistido dos Vant, como são conhecidos.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Projeto VANT
Boechat não é conhecido por, digamos, falar coisas corretas.
Mas se isso realmente acontecer, será bom, PF não tem que ter VANT desse porte, isso tinha cara de ser coisa de político tentando isolar as FAs, como sempre.
Mas se isso realmente acontecer, será bom, PF não tem que ter VANT desse porte, isso tinha cara de ser coisa de político tentando isolar as FAs, como sempre.
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Re: Projeto VANT
outro dia eu ví um vídeo muito interessante na net, sobre uma operação no haiti.
Saudações,
Luciano.
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Suas decisões de ontem definiram sua atual situação.
As decisões de hoje definirão quem você será e onde estará amanhã.
Luciano.
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- Pablo Maica
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Re: Projeto VANT
Embraer Defesa e Segurança formaliza a criação de nova empresa, Harpia Sistemas S.A., para desenvolver veículos aéreos não-tripulados (vant) nacionais
São José dos Campos, 8 de setembro de 2011 – A Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems Ltd., formalizaram uma parceria para a criação de uma nova empresa, Harpia Sistemas S.A., que tem como foco a exploração do mercado de veículos aéreos não-tripulados, denominados de VANT. A Embraer Defesa e Segurança é detentora de 51% do capital social da Harpia, e a AEL 49%.
Com sede em Brasília, Distrito Federal, as atividades da Harpia envolverão marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, comercialização e suporte pós-venda de VANT, bem como simuladores e atividades de modernização de sistemas aviônicos. A empresa oferecerá soluções mais abrangentes em sistemas complexos, aumentando a oferta de produtos genuinamente brasileiros no mercado de defesa e segurança.
“Entre as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END) estão a busca de parcerias para o desenvolvimento e capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “A criação da Harpia está em perfeito alinhamento com a END e será um importante instrumento para atender às necessidades das forças armadas e de segurança, devendo-se também ressaltar o potencial de aplicação dual do VANT e da tecnologia gerada em sua obtenção.”
O executivo da Embraer Rodrigo Fanton, anteriormente dedicado à área de suprimentos, foi designado CEO da nova empresa. Como parte desta parceria, e com o objetivo de participar no processo de transferência de tecnologia para o Brasil, a Embraer Defesa e Segurança fará a aquisição de 25% do capital social da AEL.
“Estamos muito contentes com a decisão da Embraer Defesa e Segurança em investir na AEL e com o estabelecimento desta sociedade, que é prova do alto nível de satisfação e confiança mútua que nossas duas empresas desenvolveram ao longo de muitos anos de cooperação”, disse Shlomo Erez, Presidente da AEL Sistemas.
A AEL foi uma das primeiras fornecedoras de sistemas para o turboélice de treinamento básico Tucano e o caça subsônico AMX, aeronaves fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980 e 1990. Atualmente, a empresa fornece o sistema aviônico do turboélice de ataque leve e treinamento avançado Super Tucano, bem como dos caças F-5M, modernizados pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB).
Fonte: Alide
Um abraço e t+
São José dos Campos, 8 de setembro de 2011 – A Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems Ltd., formalizaram uma parceria para a criação de uma nova empresa, Harpia Sistemas S.A., que tem como foco a exploração do mercado de veículos aéreos não-tripulados, denominados de VANT. A Embraer Defesa e Segurança é detentora de 51% do capital social da Harpia, e a AEL 49%.
Com sede em Brasília, Distrito Federal, as atividades da Harpia envolverão marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, comercialização e suporte pós-venda de VANT, bem como simuladores e atividades de modernização de sistemas aviônicos. A empresa oferecerá soluções mais abrangentes em sistemas complexos, aumentando a oferta de produtos genuinamente brasileiros no mercado de defesa e segurança.
“Entre as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END) estão a busca de parcerias para o desenvolvimento e capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “A criação da Harpia está em perfeito alinhamento com a END e será um importante instrumento para atender às necessidades das forças armadas e de segurança, devendo-se também ressaltar o potencial de aplicação dual do VANT e da tecnologia gerada em sua obtenção.”
O executivo da Embraer Rodrigo Fanton, anteriormente dedicado à área de suprimentos, foi designado CEO da nova empresa. Como parte desta parceria, e com o objetivo de participar no processo de transferência de tecnologia para o Brasil, a Embraer Defesa e Segurança fará a aquisição de 25% do capital social da AEL.
“Estamos muito contentes com a decisão da Embraer Defesa e Segurança em investir na AEL e com o estabelecimento desta sociedade, que é prova do alto nível de satisfação e confiança mútua que nossas duas empresas desenvolveram ao longo de muitos anos de cooperação”, disse Shlomo Erez, Presidente da AEL Sistemas.
A AEL foi uma das primeiras fornecedoras de sistemas para o turboélice de treinamento básico Tucano e o caça subsônico AMX, aeronaves fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980 e 1990. Atualmente, a empresa fornece o sistema aviônico do turboélice de ataque leve e treinamento avançado Super Tucano, bem como dos caças F-5M, modernizados pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB).
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Re: Projeto VANT
Estou até vendo a chiadeira dos comunas...
Absurdo que essa empresa Brasileira se una a uma empresa controlada pelo capital assassino israelense.
blalbablalbalbalblablal
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Re: Projeto VANT
A Embraer adquiriu a Atech e agora se associa com a AEL/Elbit.Pablo Maica escreveu:Embraer Defesa e Segurança formaliza a criação de nova empresa, Harpia Sistemas S.A., para desenvolver veículos aéreos não-tripulados (vant) nacionais
São José dos Campos, 8 de setembro de 2011 – A Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems Ltd., formalizaram uma parceria para a criação de uma nova empresa, Harpia Sistemas S.A., que tem como foco a exploração do mercado de veículos aéreos não-tripulados, denominados de VANT. A Embraer Defesa e Segurança é detentora de 51% do capital social da Harpia, e a AEL 49%.
Com sede em Brasília, Distrito Federal, as atividades da Harpia envolverão marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, comercialização e suporte pós-venda de VANT, bem como simuladores e atividades de modernização de sistemas aviônicos. A empresa oferecerá soluções mais abrangentes em sistemas complexos, aumentando a oferta de produtos genuinamente brasileiros no mercado de defesa e segurança.
“Entre as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END) estão a busca de parcerias para o desenvolvimento e capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “A criação da Harpia está em perfeito alinhamento com a END e será um importante instrumento para atender às necessidades das forças armadas e de segurança, devendo-se também ressaltar o potencial de aplicação dual do VANT e da tecnologia gerada em sua obtenção.”
O executivo da Embraer Rodrigo Fanton, anteriormente dedicado à área de suprimentos, foi designado CEO da nova empresa. Como parte desta parceria, e com o objetivo de participar no processo de transferência de tecnologia para o Brasil, a Embraer Defesa e Segurança fará a aquisição de 25% do capital social da AEL.
“Estamos muito contentes com a decisão da Embraer Defesa e Segurança em investir na AEL e com o estabelecimento desta sociedade, que é prova do alto nível de satisfação e confiança mútua que nossas duas empresas desenvolveram ao longo de muitos anos de cooperação”, disse Shlomo Erez, Presidente da AEL Sistemas.
A AEL foi uma das primeiras fornecedoras de sistemas para o turboélice de treinamento básico Tucano e o caça subsônico AMX, aeronaves fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980 e 1990. Atualmente, a empresa fornece o sistema aviônico do turboélice de ataque leve e treinamento avançado Super Tucano, bem como dos caças F-5M, modernizados pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB).
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O mercado de defesa está se movimentando, se consolidando e ganhando musculatura.
A ver os próximos movimentos...
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Re: Projeto VANT
Se isso acontecer vai ser uma questão politica pois dinheiro tem e pessoal treinado também.
Penguin escreveu:
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A Polícia Federal pode vir a perder um bom instrumento de trabalho – aliás, muito badalado na campanha eleitoral de Dilma Rousseff, ano passado. Seus dois aviões-espiões não tripulados poderão ser transferidos para a aeronáutica, assim como todo o programa para a compra de outras 13 aeronaves até 2015, por R$ 540 milhões.
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Re: Projeto VANT
A EMBRAER geralmente não produz nada, mas apenas monta produtos cujos componentes são todos fabricados no exterior. Esse acordo com a indústria israelense simplesmente vai matar as outras empresas que estão construindo VANT com alguns componenestes nacionais.
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Re: Projeto VANT
Eu não entendo isso de UAV, de uma hora para outra todo mundo está fazendo aqui no Brasil mas as FFAA só compram (importam) de Israel...
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Re: Projeto VANT
A Embraer é tão montadora como a Dassault, Boeing, Bombardier, Airbus, etc. A diferença é que nesses países há uma cadeia de fornecedores locais muito, mas muito mais desenvolvida do que no Brasil.Manoel Augusto O. Reis escreveu:A EMBRAER geralmente não produz nada, mas apenas monta produtos cujos componentes são todos fabricados no exterior. Esse acordo com a indústria israelense simplesmente vai matar as outras empresas que estão construindo VANT com alguns componenestes nacionais.
Esse é um jogo de gente grande. Ou se tem bala na agulha e fica grande ou acaba sendo muito complicado sobreviver.
Outras notícias correlatas:
12/04/2011 - 20h31
Embraer anuncia novas parcerias no setor de Defesa
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... efesa.jhtm
Por Eduardo Simões
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Embraer fechou dois acordos que devem ajudar a empresa a se posicionar na disputa para o fornecimento do Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras pelo Exército, e que consolidam a entrada da companhia no setor de controles e sistemas.
Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, com controle acionário da Embraer para a venda de veículos aéreos não-tripulados.
No final de março, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, havia antecipado em entrevista à Reuters que a empresa anunciaria "em semanas" uma aquisição na área de defesa.
No mesmo mês, a Embraer havia anunciado a aquisição de posição majoritária na divisão de radares da Orbisat, que já tem acordos em vigência com o Exército brasileiro, por 28,5 milhões de reais. A Orbisat desenvolveu, em parceria com o Exército, o radar SABER M60, que será a base do Sisfron.
De acordo com o presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, as últimas movimentações da companhia têm "total relação" com o Sisfront. Além de parcerias e aquisições, a Embraer também deve buscar relacionamentos com fornecedores para satisfazer todos as exigências do programa, que inclui veículos blindados, afirmou Aguiar.
No caso da Atech, disse o executivo em entrevista coletiva na LAAD, principal feira de defesa da América Latina, a gestão da Atech permanecerá "totalmente independente" e a Embraer terá assento no Conselho de Administração da companhia com o objetivo de "discutir sinergias comerciais e, por que não, tecnológicas, para acelerarmos o crescimento da companhia."
Segundo Aguiar, o faturamento da Atech deve dobrar em 2011 após os 50 milhões de reais em vendas no ano passado. Para os próximos anos, o executivo disse esperar que a empresa registre crescimento de dois dígitos na receita.
VANT
Outro movimento anunciado pela Embraer também nesta terça-feira que deve ajudar a empresa na disputa pelo contrato do Sisfron, estimado em alguns bilhões de dólares, foi a parceria com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para a entrada no mercado de veículos aéreos não tripulados (Vant).
Segundo Aguiar, os Vants também farão parte da proposta que a Embraer deve apresentar para o Sisfron. O executivo disse esperar que o Exército brasileiro envie ainda em 2011 a requisição de propostas (RFP, na sigla em inglês) para o Sisfron.
O acordo com a AEL prevê a possibilidade, segundo Aguiar, bastante alta, de a Embraer adquirir participação acionária na AEL. Ele acrescentou, no entanto, que isso depende ainda de estudos que estão sendo realizados.
Aguiar afirmou que, no momento, o acordo com a AEL ainda não envolve "valores monetários" e avaliou ser "prematuro" falar em tamanho de mercados de Vants no Brasil.
O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).
A Embraer anunciou também a assinatura de um memorando de cooperação com a empresa Santos Lab, focada na fabricação de mini veículos não-tripulados. De acordo com Aguiar, a Santos Lab é uma empresa ainda em fase de estruturação e, no momento, o acordo entre as duas empresas é apenas de cooperação técnica.
Os acordos da Embraer no segmento de defesa acontecem em um momento de consolidação dessa indústria no Brasil. A Odebrecht lançou no início de abril uma empresa no segmento após a compra da brasileira Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, como radares, sistemas de aviação e de comunicação, controle e comando.
Aguiar reconheceu que a Embraer Defesa e Segurança vem analisando oportunidades de aquisições e parcerias, mas adiantou que, por ora, não espera que a empresa vá novamente às compras.
"Estamos com uma pequena equipe de fusões e aquisições dentro da empresa, mas não espero que tenhamos algo no curto prazo a respeito disso," declarou.
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12/04/2011 10:14
Embraer fecha acordo com companhia israelense
http://exame.abril.com.br/negocios/empr ... o-de-vants
Acordo visa a criação de uma empresa, com participação majoritária no braço de defesa e segurança da Embraer, para atuar no segmento de VANTs
São Paulo – O braço de defesa e segurança da Embraer fechou um acordo estratégico com a AEL, subsidiária da companhia israelense Elbit Systems, o anuncio feito, nesta terça-feira (12/4), visa avaliar a exploração do mercado de veículos aéreos não-tripulados (VANT). O acordo inclui também a criação de uma empresa, que terá participação majoritária na Embraer Defesa e Segurança, para atuar neste segmento.
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, os VANTs são uma realidade e uma necessidade para soluções de defesa e Segurança.
”A companhia considera que a intenção contida no negócio com a AEL potencializa a capacidade das empresas oferecerem soluções com excelente relação custo-benefício para o governo brasileiro”, disse o executivo, por meio de comunicado divulgado ao mercado.
O acordo prevê também uma possível participação da Embraer Defesa e Segurança no capital social da AEL.
Há mais de 30 anos as duas companhias mantêm parcerias. A AEL foi uma das primeiras fornecedoras de sistemas para o turboélice de treinamento básico Tucano e o caça subsônico AMX, aeronaves fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980 e 1990.
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PLANO DE EXPANSÃO
Embraer Defesa e Segurança quer 'ganhar musculatura' no Brasil para avançar no exterior
Publicada em 12/04/2011 às 18h50m
http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 226245.asp
Danielle Nogueira
Rio - A Embraer Defesa e Segurança, empresa criada pela Embraer no fim do ano passado, quer "ganhar musculatura" no Brasil para avançar em mercados vizinhos, África e Ásia, informou nesta terça-feira o presidente da recém-criada companhia Luiz Carlos Aguiar. O mais recente passo nessa estratégia foi a compra de 50% da empresa de soluções tecnológicas Atech, anunciada nesta terça-feira na Laad, feira internacional de defesa e segurança que acontece no Rio até sexta-feira. O valor do negócio é de R$ 36 milhões.
A aquisição ocorre menos de um mês após a compra de 64,7% da empresa de radares Orbisat, por R$ 28 milhões. Os dois movimentos, segundo Aguiar, visam a aumentar a competitividade da Embraer na disputa pelo novo projeto de vigilância de fronteiras do governo federal, o SisFron, que deverá ser licitado este ano. Assim, a empresa pretende ganhar visibilidade para conquistar mercados no exterior.
- Estamos priorizando ganhar musculatura no Brasil, não apenas por meio de aquisições, como também por meio de alianças e parcerias. Crescer no próprio país é mais fácil que crescer lá fora (...) E se você não tem um projeto forte na área de defesa em seu país, as forças armadas de outros países não te olham - disse Aguiar.
Hoje, a Embraer Defesa e Segurança atua em 40 países, mas pretende reforçar sua presença nas nações latino-americanas, africanas e asiáticas. Como o SisFron vem sendo considerado um trampolim nesse processo, a companhia decidiu investir em segmentos complementares a seus negócios para aumentar suas chances de vencer a licitação.
No caso da Atech, o forte são as tecnologias de monitoramento. A empresa foi criada em 1999, com o objetivo de atuar no Sistema de Vigilância e Monitoramento da Amazônia (Sivam). Ano passado teve faturamento de R$ 50 milhões, e a perspectiva é que ele dobre em 2011. Pelo acordo firmado com a Embraer, a gestão da Atech será compartilhada, mas seu atual presidente, Tarcísio Takashi Mutta permanecerá no cargo.
No caso da Orbisat, a escolha do presidente caberá à Embraer, já que a companhia adquiriu seu controle acionário. O interesse pela empresa se deve especialmente ao fato de o Exército usar hoje radares da Orbisat, importante para a compatibilidade dos projetos.
A decisão da Embraer de criar uma empresa específica para a área de Defesa tem relação com o rápido crescimento do setor no Brasil, particularmente após o anúncio da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, com o objetivo de reestruturar as Forças Armadas.
Em 2006, a divisão de Defesa e Segurança da Embraer teve faturamento de US$ 230 milhões. Em 2010, a cifra subiu a US$ 670 milhões, ou 12% da receita total do grupo (US$ 5,4 bilhões). A expectativa é que a fatia seja elevada a 20% nos próximos cinco anos.
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Re: Projeto VANT
Manoel Augusto O. Reis escreveu:A EMBRAER geralmente não produz nada, mas apenas monta produtos cujos componentes são todos fabricados no exterior. Esse acordo com a indústria israelense simplesmente vai matar as outras empresas que estão construindo VANT com alguns componenestes nacionais.
Acho que nao deve matar nao, exite um mercado de vant para ouso no GeoProcessamento, GeoFisica na Agricultura, e esses nao sao os mercados que a Embraer mirando, mais so futuro dira.
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Re: Projeto VANT
Discordo completamente, muito é feito aqui. A aquisição de componentes como partes inteiras de aeronaves se prende a questões estratégicas, é mais fácil vender a quem participa da produção. Aliás, essa gente é INVESTIDORA DE RISCO em cada projeto, der errado e tomam prejuízo junto, daí se esforçam para que o produto venda.Manoel Augusto O. Reis escreveu:A EMBRAER geralmente não produz nada, mas apenas monta produtos cujos componentes são todos fabricados no exterior.
Ou estimulá-las a crescer. Questão de ponto de vista. Ademais, o acordo com a AEL prevê 25% de seu capital comprado pela EMBRAER, já é um começo para o retorno às mãos Nacionais de uma empresa que atualmente é 100% estrangeira já tendo sido 100% Nacional, não?Manoel Augusto O. Reis escreveu:Esse acordo com a indústria israelense simplesmente vai matar as outras empresas que estão construindo VANT com alguns componenestes nacionais.
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Re: Projeto VANT
Comprar o controle da AEL acho que não compra não. A Elbit parece valorizar bem tal ativo.
E mesmo porque, acho que ter o controle da Harpia já é o bastante para a Embraer.
E mesmo porque, acho que ter o controle da Harpia já é o bastante para a Embraer.
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Re: Projeto VANT
O EB não vai comprar os nacionais??Túlio escreveu:Eu não entendo isso de UAV, de uma hora para outra todo mundo está fazendo aqui no Brasil mas as FFAA só compram (importam) de Israel...
Para a missão deles (observação aérea, eu acho), os modelos em desenvolvimento no Brasil já estão mais que suficientes.
Os sensores e demais "recheios" israelenses estão anos-luz mais avançados que os brasileiros.
Fazer um aeromodelo grande, que carrega uma máquina digital made in China é mole, junta meia dúzia de engenheiros e investe um trocado que se consegue uma máquina boa para brincar.
Abraços
Brasil acima de tudo!!!