Estamos falando a mesma coisa, quem gosta de arriscar no jogo pode comprar as LLX e as MMX. Podem voltar ao nível anterior e o investidor ganha uma nota, mas pode cair ainda mais e ele perde. Pode até virar pó. Elas não são nenhuma Petrobras ou Vale. Eu não compro, mas isto sou eu, alguém pode comprar e de repente ganhar. Vale a máxima, quanto mais arriscado o negócio maiores as chances de lucro, ou de perder tudo.Slotrop escreveu:LLX chegou a centavos em 2008, MMX chegou perto disso, quem comprou perto da minima teve um lucro extraordinário.
Essa conversa de longo prazo em bolsa no Brasil é coisa de quem ficou com dinheiro preso la por que não realizou o prejuizo quando deveria ou papo de corretor. O negocio é trabalhar com stop gain e stop loss, lucrou no objetivo vendeu, chegou no maximo prejuizo, vendeu tb.
Quem botou dinheiro na bovespa antes de 2008 quando ela tava em quase 70k pensando em longo prazo se f*d*u, quem botou dinheiro final do ano passado com o mesmo objetivo se f*d*u de novo.
Crise Econômica Mundial
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- delmar
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Re: Crise Econômica Mundial
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Re: Crise Econômica Mundial
Eu vou postar uma parte do texto que já havia colado, acho que ela é lapidar para explicar a atual crise e como a mídia age modernamente.
Qual é a nossa explicação para o que está acontecendo? Devemos primeiro perceber que a mídia teve uma reação exagerada ao rebaixamento da última sexta-feira e, com isso, o público também. Gurus famosos que previram vinte crises nos últimos 10 anos nos advertiram sobre "outra recessão", "uma tempestade perfeita", um "aprofundamento da crise global", "Armageddon" e assim por diante. Estas são coisas que temos lido ou ouvido apenas nos últimos três dias. Esse pânico foi fabricado. É uma resposta irracional. Estamos em uma crise, mas a crise não é global: os EUA estão em apuros, como Grécia e Espanha e Itália em breve estarão. Mas países como Alemanha, Israel e Holanda estão crescendo a taxas estelares, a China deve crescer cerca de 9% em 2011, e empresas como a Intel ea Porsche têm reportado lucros recordes no segundo trimestre de 2011.
A desclassificação da dívida dos EUA tem sido um não-evento, e a venda maciça de ativos que a seguiu é apenas uma reação exagerada à notícia de que "estamos sem café".
- soultrain
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Re: Crise Econômica Mundial
Prick,
A coisa não é bem assim, como ele diz é uma opinião, válida e lógica. Mas qualquer chute nesta altura é chute mesmo.
A coisa não é bem assim, como ele diz é uma opinião, válida e lógica. Mas qualquer chute nesta altura é chute mesmo.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: Crise Econômica Mundial
Não é chute, o que ele diz tem haver com o que ocorre hoje, e com dados que dispomos, ele não está fazendo futurologia, pelo contrário, quem anda fazendo isso são os especuladores, a mídia e os estão mal hoje, eles querem todos no mesmo buraco, porém, não estão todos no mesmo buraco, quem se precaveu, agiu de forma correta, não está hoje com as dificuldades de outros.soultrain escreveu:Prick,
A coisa não é bem assim, como ele diz é uma opinião, válida e lógica. Mas qualquer chute nesta altura é chute mesmo.
[]´s
- akivrx78
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Re: Crise Econômica Mundial
Honda pondera retirar a sua sede do Japão devido à alta do iene
09 Agosto 2011 | 16:59
Joana Marques
Alterar a localização da sede da empresa para países como a Índia, o Vietname e a Indonésia, de onde já exportam motas, pode ajudar a empresa a contornar o recorde do iene.
A Honda, uma das maiores exportadoras do Japão, está a estudar a possibilidade de colocar a sua sede noutro país, devido às perdas que tem enfrentado com a subida do iene.
“Neste momento temos um plano de três anos preparado para uma moeda que valha 80 ienes por dólar”, diz Fumihiko Ike, director financeiro da empresa. Porém, o CFO acredita que o dólar vai atingir os 70 ienes, estando hoje nos 77 ienes. Ike não acredita que o cenário mude e a moeda nipónica fique mais fraca.
“Perante esta situação, uma discussão para procurar uma alternativa para a sede de produção é inevitável”, justifica o responsável em declarações à Reuters. Contudo, a solução tem de ser estudada tendo em conta, não só a força da moeda dos possíveis locais de destino, mas também os postos de trabalho no Japão.
“Proteger a produção e a construção de carros no Japão está a tornar-se cada vez mais difícil. Nós podemos manter a tecnologia aqui, mas para construirmos os carros precisamos de material de boa qualidade e isso irá tornar os carros demasiado caros” o que não é benéfico para a empresa, conclui Fumihiko Ike.
Os mercados da Índia, do Vietname e da Indonésia são apontados como possíveis destinos para a sede, devido à sua competitividade na área das exportações, que a empresa já experiencia na venda de motas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500737
09 Agosto 2011 | 16:59
Joana Marques
Alterar a localização da sede da empresa para países como a Índia, o Vietname e a Indonésia, de onde já exportam motas, pode ajudar a empresa a contornar o recorde do iene.
A Honda, uma das maiores exportadoras do Japão, está a estudar a possibilidade de colocar a sua sede noutro país, devido às perdas que tem enfrentado com a subida do iene.
“Neste momento temos um plano de três anos preparado para uma moeda que valha 80 ienes por dólar”, diz Fumihiko Ike, director financeiro da empresa. Porém, o CFO acredita que o dólar vai atingir os 70 ienes, estando hoje nos 77 ienes. Ike não acredita que o cenário mude e a moeda nipónica fique mais fraca.
“Perante esta situação, uma discussão para procurar uma alternativa para a sede de produção é inevitável”, justifica o responsável em declarações à Reuters. Contudo, a solução tem de ser estudada tendo em conta, não só a força da moeda dos possíveis locais de destino, mas também os postos de trabalho no Japão.
“Proteger a produção e a construção de carros no Japão está a tornar-se cada vez mais difícil. Nós podemos manter a tecnologia aqui, mas para construirmos os carros precisamos de material de boa qualidade e isso irá tornar os carros demasiado caros” o que não é benéfico para a empresa, conclui Fumihiko Ike.
Os mercados da Índia, do Vietname e da Indonésia são apontados como possíveis destinos para a sede, devido à sua competitividade na área das exportações, que a empresa já experiencia na venda de motas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500737
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Re: Crise Econômica Mundial
Mantega prevê duração de dois anos de crise
Publicado em 10 de agosto de 2011
Mantega: Brasil possui um dinamismo que outros países não têm e está preparado para enfrentar a crise
São Paulo. Em sua fala no plenário da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a piora da classificação de risco dos títulos de dívida dos Estados Unidos fará com que a economia global tenha problemas pelos próximos dois anos.
De acordo com o ministro, o País está preparado para enfrentar a crise, pois "tem um dinamismo que outros países não têm". Para minimizar os efeitos da crise econômica-financeira internacional no Brasil, o Planalto espera que os partidos aliados ajudem a conter as insatisfações de deputados e de senadores no Congresso, incomodados por causa da retenção do dinheiro de suas emendas ao Orçamento neste ano -nada foi liberado.
Preocupação
Uma das principais preocupações do Planalto é a aprovação até dezembro de uma emenda constitucional para prorrogar a DRU (Desvinculação de Recursos da União) até 31 de dezembro de 2015. A DRU em vigor no momento só vale até 31 de dezembro deste ano. Trata-se de um dos mais importantes instrumentos de gestão orçamentária do governo federal, pois permite ao Planalto usar como quiser até 20% da arrecadação de todos os tributos existentes.
Como se trata de uma emenda constitucional, a DRU precisa ser aprovada por três quintos da Câmara e do Senado, com duas votações em cada uma das Casas. O Planalto teme que o momento político seja um obstáculo para obter apoio ao projeto em apenas quatro meses.
Valorização do real
O ministro defendeu ontem as medidas tomadas pelo governo para deter a valorização do real, como a cobrança de taxas no mercado de dólar futuro. Mantega disse que as medidas foram eficazes e continuarão a ser tomadas se necessário.
O ministro disse ainda que o governo trabalha para proteger a economia brasileira da competição desleal de outros países e das guerras cambial e comercial. Segundo o ministro, isso poderá se agravar nos próximos anos com a continuidade da crise econômica, que levaria a uma redução nos mercados consumidores e o aumento de estratégias comerciais por parte dos países. "Temos tomado medidas para impedir que haja um abuso que prejudicaria a conjunção brasileira", completou.
"Estamos preparados"
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o Brasil está preparado para enfrentar a crise internacional. "Estamos preparados para enfrentar esse aspecto mais financeiro, mas o grande enfrentamento da crise é a afirmação do nosso mercado interno, das oportunidades que nós mesmos somos capazes de criar aqui no Brasil", afirmou durante cerimônia de celebração de acordo entre a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas e o governo federal, referente ao aperfeiçoamento da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. As medidas ainda precisam passar pelo Congresso.
De acordo com a presidente, o País conta fundamentalmente com as próprias forças, mas não despreza o mercado externo. "Somos uma economia capaz de se posicionar no mercado internacional", avaliou. Ela salientou que a turbulência que afeta os mercados internacionais hoje decorre da crise de 2008. Essa crise, de acordo ela, não foi bem solucionada nos países desenvolvidos.
ORIENTAÇÃO
Fugir de dívidas reduz impactos ao consumidor
São Paulo. Em meio a quedas nas negociações das principais Bolsas de Valores do mundo, registradas desde a semana passada, a orientação para os consumidores é não contratar novas dívidas e reduzir ou zerar os débitos atuais a fim de evitar impactos da atual crise.
Mais repiques deste pessimismo especulativo devem contaminar as Bolsas esta semana, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste. O estopim foram os Estados Unidos, além da dificuldade financeira de Grécia e Portugal.
Barbas de molho
Segundo ela, políticos republicanos e democratas norte-americanos trocaram os pés pelas mãos na hora de definir um novo teto para o endividamento do país. "Não devemos, obviamente, sucumbir ao negativismo nem sofrer por antecedência. Crises financeiras são forjadas por especuladores que até agora continuam impunes ao perpetrar suas maldades. Não há como evitar as crises, mas podemos pôr as barbas de molho. No caso, reduzir ou zerar nossas dívidas e ter muita cautela ao comprometer nossa renda com compras e novos empréstimos. Não dever é a melhor forma de reduzir eventuais impactos de uma crise. Torçamos para que não se concretize. Mas, se chegar, temos de estar preparados", comenta Dolci.
MUNDO
Preços de matérias -primas tendem a cair
São Paulo. Os preços das matérias-primas comercializadas em larga escala no mercado mundial estão em queda, diante dos sinais de desaceleração da economia mundial, mas os especialistas preferem aguardar antes de arriscar novas projeções em relação ao tamanho do impacto no saldo comercial do Brasil. A única certeza é a de que não haverá recuperação tão cedo.
De acordo com o consultor Fábio Silveira, da RC Consultores, os preços começaram a ´derreter´ após a agência Standard & Poor´s rebaixar a nota dos EUA. "A queda foi pequena diante da dimensão da crise na Europa e nos Estados Unidos e das enormes dúvidas sobre o que pode acontecer com a demanda do mercado chinês", afirma Silveira. Ele destaca que o dilema atual é mais grave do que em 2008, quando os bancos centrais das principais economias trabalharam de forma coordenada, o que não ocorre agora. "O mercado está diante de um grande ponto de interrogação sobre a recuperação", diz.
Homero Guizzo, da LCA consultores, também prefere esperar sinais mais claros das principais economias mundiais diante das iniciativas de política monetária que devem ser tomadas em relação à crise. "Só dá para saber que os preços vão cair e derrubar a inflação, mas é impossível saber se demanda menor da China vai prevalecer".
CLASSIFICADORAS DE RISCO
Brasil quer ser menos dependente de agências
Rio. Enquanto o mundo discute a credibilidade das agências classificadoras de risco após o rebaixamento da nota dos títulos norte-americanos, o Brasil revê suas regras no setor A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está redigindo a primeira regulamentação para essas agências no País e deve apresentá-la nos próximos meses ao colegiado.
O Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização deve concluir até o fim do ano como reduzir e, em alguns casos, eliminar as exigências de uso dos ratings nas normas usadas em seus órgãos. Isso significa restringir exigências ligadas à classificação de riscos de ativos financeiros nas normas da CVM, Banco Central, Superintendência de Seguros Privados e Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da Previdência.
As duas medidas, que correm em paralelo, têm como objetivo regular o trabalho feito pelas agências e reduzir a dependência delas dentro do País, estimulando que as instituições façam suas próprias análises de risco. "Não condenamos as classificações das agências. São boas fontes de consulta. Mas, acredita-se que não deve haver uma confiança cega nelas. É preciso ter uma gama de opções para fazer a decisão de investimento", diz a superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, Flavia Mouta.
A CVM vai exigir, por exemplo, que as agências se registrem e prestem informações periódicas - obrigações que não existem hoje.
http://diariodonordeste.globo.com/mater ... go=1024175
Publicado em 10 de agosto de 2011
Mantega: Brasil possui um dinamismo que outros países não têm e está preparado para enfrentar a crise
São Paulo. Em sua fala no plenário da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a piora da classificação de risco dos títulos de dívida dos Estados Unidos fará com que a economia global tenha problemas pelos próximos dois anos.
De acordo com o ministro, o País está preparado para enfrentar a crise, pois "tem um dinamismo que outros países não têm". Para minimizar os efeitos da crise econômica-financeira internacional no Brasil, o Planalto espera que os partidos aliados ajudem a conter as insatisfações de deputados e de senadores no Congresso, incomodados por causa da retenção do dinheiro de suas emendas ao Orçamento neste ano -nada foi liberado.
Preocupação
Uma das principais preocupações do Planalto é a aprovação até dezembro de uma emenda constitucional para prorrogar a DRU (Desvinculação de Recursos da União) até 31 de dezembro de 2015. A DRU em vigor no momento só vale até 31 de dezembro deste ano. Trata-se de um dos mais importantes instrumentos de gestão orçamentária do governo federal, pois permite ao Planalto usar como quiser até 20% da arrecadação de todos os tributos existentes.
Como se trata de uma emenda constitucional, a DRU precisa ser aprovada por três quintos da Câmara e do Senado, com duas votações em cada uma das Casas. O Planalto teme que o momento político seja um obstáculo para obter apoio ao projeto em apenas quatro meses.
Valorização do real
O ministro defendeu ontem as medidas tomadas pelo governo para deter a valorização do real, como a cobrança de taxas no mercado de dólar futuro. Mantega disse que as medidas foram eficazes e continuarão a ser tomadas se necessário.
O ministro disse ainda que o governo trabalha para proteger a economia brasileira da competição desleal de outros países e das guerras cambial e comercial. Segundo o ministro, isso poderá se agravar nos próximos anos com a continuidade da crise econômica, que levaria a uma redução nos mercados consumidores e o aumento de estratégias comerciais por parte dos países. "Temos tomado medidas para impedir que haja um abuso que prejudicaria a conjunção brasileira", completou.
"Estamos preparados"
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o Brasil está preparado para enfrentar a crise internacional. "Estamos preparados para enfrentar esse aspecto mais financeiro, mas o grande enfrentamento da crise é a afirmação do nosso mercado interno, das oportunidades que nós mesmos somos capazes de criar aqui no Brasil", afirmou durante cerimônia de celebração de acordo entre a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas e o governo federal, referente ao aperfeiçoamento da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. As medidas ainda precisam passar pelo Congresso.
De acordo com a presidente, o País conta fundamentalmente com as próprias forças, mas não despreza o mercado externo. "Somos uma economia capaz de se posicionar no mercado internacional", avaliou. Ela salientou que a turbulência que afeta os mercados internacionais hoje decorre da crise de 2008. Essa crise, de acordo ela, não foi bem solucionada nos países desenvolvidos.
ORIENTAÇÃO
Fugir de dívidas reduz impactos ao consumidor
São Paulo. Em meio a quedas nas negociações das principais Bolsas de Valores do mundo, registradas desde a semana passada, a orientação para os consumidores é não contratar novas dívidas e reduzir ou zerar os débitos atuais a fim de evitar impactos da atual crise.
Mais repiques deste pessimismo especulativo devem contaminar as Bolsas esta semana, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste. O estopim foram os Estados Unidos, além da dificuldade financeira de Grécia e Portugal.
Barbas de molho
Segundo ela, políticos republicanos e democratas norte-americanos trocaram os pés pelas mãos na hora de definir um novo teto para o endividamento do país. "Não devemos, obviamente, sucumbir ao negativismo nem sofrer por antecedência. Crises financeiras são forjadas por especuladores que até agora continuam impunes ao perpetrar suas maldades. Não há como evitar as crises, mas podemos pôr as barbas de molho. No caso, reduzir ou zerar nossas dívidas e ter muita cautela ao comprometer nossa renda com compras e novos empréstimos. Não dever é a melhor forma de reduzir eventuais impactos de uma crise. Torçamos para que não se concretize. Mas, se chegar, temos de estar preparados", comenta Dolci.
MUNDO
Preços de matérias -primas tendem a cair
São Paulo. Os preços das matérias-primas comercializadas em larga escala no mercado mundial estão em queda, diante dos sinais de desaceleração da economia mundial, mas os especialistas preferem aguardar antes de arriscar novas projeções em relação ao tamanho do impacto no saldo comercial do Brasil. A única certeza é a de que não haverá recuperação tão cedo.
De acordo com o consultor Fábio Silveira, da RC Consultores, os preços começaram a ´derreter´ após a agência Standard & Poor´s rebaixar a nota dos EUA. "A queda foi pequena diante da dimensão da crise na Europa e nos Estados Unidos e das enormes dúvidas sobre o que pode acontecer com a demanda do mercado chinês", afirma Silveira. Ele destaca que o dilema atual é mais grave do que em 2008, quando os bancos centrais das principais economias trabalharam de forma coordenada, o que não ocorre agora. "O mercado está diante de um grande ponto de interrogação sobre a recuperação", diz.
Homero Guizzo, da LCA consultores, também prefere esperar sinais mais claros das principais economias mundiais diante das iniciativas de política monetária que devem ser tomadas em relação à crise. "Só dá para saber que os preços vão cair e derrubar a inflação, mas é impossível saber se demanda menor da China vai prevalecer".
CLASSIFICADORAS DE RISCO
Brasil quer ser menos dependente de agências
Rio. Enquanto o mundo discute a credibilidade das agências classificadoras de risco após o rebaixamento da nota dos títulos norte-americanos, o Brasil revê suas regras no setor A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está redigindo a primeira regulamentação para essas agências no País e deve apresentá-la nos próximos meses ao colegiado.
O Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização deve concluir até o fim do ano como reduzir e, em alguns casos, eliminar as exigências de uso dos ratings nas normas usadas em seus órgãos. Isso significa restringir exigências ligadas à classificação de riscos de ativos financeiros nas normas da CVM, Banco Central, Superintendência de Seguros Privados e Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da Previdência.
As duas medidas, que correm em paralelo, têm como objetivo regular o trabalho feito pelas agências e reduzir a dependência delas dentro do País, estimulando que as instituições façam suas próprias análises de risco. "Não condenamos as classificações das agências. São boas fontes de consulta. Mas, acredita-se que não deve haver uma confiança cega nelas. É preciso ter uma gama de opções para fazer a decisão de investimento", diz a superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, Flavia Mouta.
A CVM vai exigir, por exemplo, que as agências se registrem e prestem informações periódicas - obrigações que não existem hoje.
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Re: Crise Econômica Mundial
09/08 às 17h57
Ex-ministro da Fazenda diz que risco de repetição da crise de 2008 é baixo
Agência BrasilWellton Máximo
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BRASÍLIA - O risco de repetição da crise econômica de 2008 é baixo porque os fatores que desencadearam o travamento do crédito em todo o mundo não estão presentes, disse hoje (9) o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, ao participar de audiência, na Câmara dos Deputados, para discutir o agravamento da crise financeira internacional e a nova política industrial.
Segundo Maílson, as turbulências atuais são desdobramentos da crise de três anos atrás.“Os riscos da crise atual estão mais associados à recessão na Europa do que ao colapso do sistema financeiro que levou à restrição do crédito”, disse o ex-ministro. Ele também disse estar seguro que o Brasil está mais bem preparado para lidar com as turbulências externas do que em 2008.
Em relação aos fatores que detonaram a crise de 2008, o ex-ministro lembrou que, diferentemente dos meses que sucederam à quebra do banco Lehman Brothers, hoje não há crise de liquidez no sistema financeiro dos países centrais. “O que está ocorrendo é apenas uma reavaliação de riscos dada a menor recuperação da economia americana, mas não o travamento do crédito”, argumentou.
Ele ressaltou que o sistema financeiro não está tão alavancado como há três anos. “Não se observa hoje a mesma alavancagem que havia antes da crise de 2008. Na época, as instituições financeiras americanas tinham ativos 30 vezes superiores ao capital, enquanto o recomendado é apenas dez”, acrescentou Mailson. O ex-ministro também destacou que as aplicações podres, como os empréstimos subprime, deixaram de existir e que, hoje, há menos instrumentos financeiros que disseminam riscos.
Em relação aos problemas das dívidas públicas de países da Europa, Mailson ressaltou que a intervenção do Banco Central Europeu [que passou a comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha] manterá a liquidez no continente. “O Banco Central Europeu está disposto a fornecer liquidez com o compromisso de evitar terremoto e o calote desorganizado de dívidas da Europa”, avaliou.
Sobre o Brasil, ele disse acreditar que a política econômica construída ao longo dos últimos 15 anos manterá o país sólido perante a instabilidade no exterior. Ele destacou que as condições econômicas do Brasil melhoraram em relação a três anos atrás e citou avanços como o fato de o país ter mais a receber do exterior do que a pagar. “O Brasil hoje é credor líquido. Mesmo que haja depreciação, os ativos do governo se fortalecem.”
Mailson defendeu o fortalecimento dos bancos públicos em momentos de crise, mas criticou a intervenção do governo na venda de dólares no mercado futuro, anunciada no fim de julho para conter a queda da moeda norte-americana. “Essa ação no mercado cambial é temerária porque o governo interfere em um mercado que não conhece e a desvalorização do dólar não deriva de quem atua em derivativos, mas da política monetária norte-americana”, alegou.
http://www.jb.com.br/economia/noticias/ ... 8-e-baixo/
Ex-ministro da Fazenda diz que risco de repetição da crise de 2008 é baixo
Agência BrasilWellton Máximo
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BRASÍLIA - O risco de repetição da crise econômica de 2008 é baixo porque os fatores que desencadearam o travamento do crédito em todo o mundo não estão presentes, disse hoje (9) o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, ao participar de audiência, na Câmara dos Deputados, para discutir o agravamento da crise financeira internacional e a nova política industrial.
Segundo Maílson, as turbulências atuais são desdobramentos da crise de três anos atrás.“Os riscos da crise atual estão mais associados à recessão na Europa do que ao colapso do sistema financeiro que levou à restrição do crédito”, disse o ex-ministro. Ele também disse estar seguro que o Brasil está mais bem preparado para lidar com as turbulências externas do que em 2008.
Em relação aos fatores que detonaram a crise de 2008, o ex-ministro lembrou que, diferentemente dos meses que sucederam à quebra do banco Lehman Brothers, hoje não há crise de liquidez no sistema financeiro dos países centrais. “O que está ocorrendo é apenas uma reavaliação de riscos dada a menor recuperação da economia americana, mas não o travamento do crédito”, argumentou.
Ele ressaltou que o sistema financeiro não está tão alavancado como há três anos. “Não se observa hoje a mesma alavancagem que havia antes da crise de 2008. Na época, as instituições financeiras americanas tinham ativos 30 vezes superiores ao capital, enquanto o recomendado é apenas dez”, acrescentou Mailson. O ex-ministro também destacou que as aplicações podres, como os empréstimos subprime, deixaram de existir e que, hoje, há menos instrumentos financeiros que disseminam riscos.
Em relação aos problemas das dívidas públicas de países da Europa, Mailson ressaltou que a intervenção do Banco Central Europeu [que passou a comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha] manterá a liquidez no continente. “O Banco Central Europeu está disposto a fornecer liquidez com o compromisso de evitar terremoto e o calote desorganizado de dívidas da Europa”, avaliou.
Sobre o Brasil, ele disse acreditar que a política econômica construída ao longo dos últimos 15 anos manterá o país sólido perante a instabilidade no exterior. Ele destacou que as condições econômicas do Brasil melhoraram em relação a três anos atrás e citou avanços como o fato de o país ter mais a receber do exterior do que a pagar. “O Brasil hoje é credor líquido. Mesmo que haja depreciação, os ativos do governo se fortalecem.”
Mailson defendeu o fortalecimento dos bancos públicos em momentos de crise, mas criticou a intervenção do governo na venda de dólares no mercado futuro, anunciada no fim de julho para conter a queda da moeda norte-americana. “Essa ação no mercado cambial é temerária porque o governo interfere em um mercado que não conhece e a desvalorização do dólar não deriva de quem atua em derivativos, mas da política monetária norte-americana”, alegou.
http://www.jb.com.br/economia/noticias/ ... 8-e-baixo/
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Re: Crise Econômica Mundial
Inflação elevada e risco de sobreaquecimento
Países emergentes em risco de serem arrastados para a crise
10.08.2011 - 07:37 Por Ana Rita Faria
China tem tentado combater a inflação
(Aly Song/ Reuters)
Depois da crise financeira internacional, os países emergentes foram o pilar da recuperação económica mundial.
Os fluxos de investimento estrangeiro inundaram os novos mercados e a China, a Índia e a Rússia deram o impulso que faltava à Alemanha, ao importarem maquinaria e automóveis da maior economia europeia. Mas agora, com a inflação a disparar e a economia a sobreaquecer, os países emergentes já não são o motor da retoma. E pior ainda: podem ser arrastados no turbilhão e contribuir para a recessão mundial.
Na China, a segunda maior potência mundial, os indicadores têm revelado um comportamento misto. A produção industrial está a abrandar, mas a inflação continua a subir, colocando um dilema ao país: manter os preços sob controlo, mas sem prejudicar a economia, que, com o corte do rating dos EUA e com o adensar da crise da dívida europeia, enfrenta cada vez mais ameaças do exterior.
Em Julho, a inflação na China disparou para os 6,5 por cento segundo foi ontem divulgado, atingindo o valor mais alto desde Junho de 2008, quando os preços do petróleo batiam recordes. Ao contrário do que tem acontecido nos últimos meses, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao omitiu ontem o típico refrão do executivo, que elege o combate à inflação como principal prioridade. Mas é pouco seguro que Pequim se prepare para mudar de política monetária e menos seguro ainda que venha a desempenhar o mesmo papel que teve na crise financeira de 2008-2009.
Depois do colapso do Lehman Brothers, em 2008, a China foi um dos primeiros países do mundo a lançarem um pacote de estímulo à economia. Mas agora, com a inflação em alta, pode não conseguir dar-se a esse luxo. Ou pode, simplesmente, não o querer. É que, para participar no plano de estímulos, os governos locais tiveram de pedir muito dinheiro aos bancos, o que engordou bastante a sua dívida, que já equivale a 27 por cento do PIB chinês.
Desde Outubro, numa tentativa de combater a escalada dos preços, o banco central chinês já subiu cinco vezes as taxas de juro e aumentou por várias vezes as reservas de capital dos bancos, limitando o fluxo de financiamento interbancário e à economia.
Também os bancos centrais do Brasil e da Índia têm vindo a subir as taxas de juro para conter os preços. E o outro elemento do grupo dos BRIC - a Rússia - só deixou recentemente de o fazer, devido aos receios de que o abrandamento económico mundial ameace as suas exportações de petróleo e gás.
Num claro sinal de que a turbulência mundial está a atingir os mercados emergentes, o Governo liderado por Vladimir Putin garantiu ontem que está pronto a intervir nos mercados, injectando a liquidez que for necessária, para conter as perdas que têm atingido a Bolsa russa.
Os mercados asiáticos estão a ressentir-se com o corte do rating americano e a crise europeia, e o grande perigo é que os fluxos de capital estrangeiro acabem tão rapidamente como inundaram os países emergentes no início da crise.
Os últimos indicadores da OCDE projectam um abrandamento da economia mundial, com as maiores variações negativas a verificarem-se, precisamente, em dois emergentes: o Brasil e a Índia.
http://economia.publico.pt/Noticia/pais ... se_1506984
Países emergentes em risco de serem arrastados para a crise
10.08.2011 - 07:37 Por Ana Rita Faria
China tem tentado combater a inflação
(Aly Song/ Reuters)
Depois da crise financeira internacional, os países emergentes foram o pilar da recuperação económica mundial.
Os fluxos de investimento estrangeiro inundaram os novos mercados e a China, a Índia e a Rússia deram o impulso que faltava à Alemanha, ao importarem maquinaria e automóveis da maior economia europeia. Mas agora, com a inflação a disparar e a economia a sobreaquecer, os países emergentes já não são o motor da retoma. E pior ainda: podem ser arrastados no turbilhão e contribuir para a recessão mundial.
Na China, a segunda maior potência mundial, os indicadores têm revelado um comportamento misto. A produção industrial está a abrandar, mas a inflação continua a subir, colocando um dilema ao país: manter os preços sob controlo, mas sem prejudicar a economia, que, com o corte do rating dos EUA e com o adensar da crise da dívida europeia, enfrenta cada vez mais ameaças do exterior.
Em Julho, a inflação na China disparou para os 6,5 por cento segundo foi ontem divulgado, atingindo o valor mais alto desde Junho de 2008, quando os preços do petróleo batiam recordes. Ao contrário do que tem acontecido nos últimos meses, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao omitiu ontem o típico refrão do executivo, que elege o combate à inflação como principal prioridade. Mas é pouco seguro que Pequim se prepare para mudar de política monetária e menos seguro ainda que venha a desempenhar o mesmo papel que teve na crise financeira de 2008-2009.
Depois do colapso do Lehman Brothers, em 2008, a China foi um dos primeiros países do mundo a lançarem um pacote de estímulo à economia. Mas agora, com a inflação em alta, pode não conseguir dar-se a esse luxo. Ou pode, simplesmente, não o querer. É que, para participar no plano de estímulos, os governos locais tiveram de pedir muito dinheiro aos bancos, o que engordou bastante a sua dívida, que já equivale a 27 por cento do PIB chinês.
Desde Outubro, numa tentativa de combater a escalada dos preços, o banco central chinês já subiu cinco vezes as taxas de juro e aumentou por várias vezes as reservas de capital dos bancos, limitando o fluxo de financiamento interbancário e à economia.
Também os bancos centrais do Brasil e da Índia têm vindo a subir as taxas de juro para conter os preços. E o outro elemento do grupo dos BRIC - a Rússia - só deixou recentemente de o fazer, devido aos receios de que o abrandamento económico mundial ameace as suas exportações de petróleo e gás.
Num claro sinal de que a turbulência mundial está a atingir os mercados emergentes, o Governo liderado por Vladimir Putin garantiu ontem que está pronto a intervir nos mercados, injectando a liquidez que for necessária, para conter as perdas que têm atingido a Bolsa russa.
Os mercados asiáticos estão a ressentir-se com o corte do rating americano e a crise europeia, e o grande perigo é que os fluxos de capital estrangeiro acabem tão rapidamente como inundaram os países emergentes no início da crise.
Os últimos indicadores da OCDE projectam um abrandamento da economia mundial, com as maiores variações negativas a verificarem-se, precisamente, em dois emergentes: o Brasil e a Índia.
http://economia.publico.pt/Noticia/pais ... se_1506984
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Re: Crise Econômica Mundial
Empresas negociadas na Bovespa perdem R$ 147 bi
09 de agosto de 2011 | 9h 11
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O pânico dos investidores no primeiro pregão depois do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor?s castigou as empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Só ontem, elas perderam R$ 146,98 bilhões, segundo levantamento da empresa de informação financeira Economática. Em valor de mercado, as maiores perdas foram da Petrobras (cerca de R$ 22 bilhões) e Vale (quase R$ 21 bilhões).
Mas, em porcentual, outras empresas lideraram o ranking de queda no Índice da Bolsa (Ibovespa). A campeã foi a Marfrig, do setor frigorífico. No pior momento do pregão, as ações chegaram a despencar 28%, mas fecharam o dia em 25,75%. As empresas do empresário Eike Batista também sofreram com o caos no mercado. A OGX, de petróleo e gás, e a LLX, braço de logística do grupo EBX, recuaram 16,82% e 14,05%. Juntas, as três companhias perderam R$ 7,2 bilhões no dia, segundo o levantamento.
?A aversão ao risco foi generalizada. Mas, além do risco sistêmico que afetou todas as ações, há o risco individual das empresas, avaliado especialmente pelo fluxo de caixa?, afirma o professor de finanças da BBS Business School, Ricardo Torres. No caso da Marfrig, a empresa está bastante alavancada por causa de aquisições feitas nos últimos anos, como a Keystone e a O?Kane. Ontem, o valor de mercado da companhia representava metade de seu patrimônio líquido.
Além disso, parte do endividamento está em moeda estrangeira, o que deixa o grupo mais exposto aos humores dos investidores. Junta-se a isso o fato de os custos terem crescido bastante nos últimos meses e ameaçarem as margens da companhia. ?Apesar disso, não acredito que a empresa vá ter problemas graves. O grupo tem sócios fortes, capazes de sustentar uma crise?, diz Eduardo Miziara, gestor dos fundos de ações da Capitânia.
Ele explica que boa parte do desempenho das ações da empresa deve-se ao movimento de um dos sócios da Marfrig. Trata-se do banco GWI, do coreano Mu Hak You, que apostou fortemente na empresa no início do ano, quando anunciou a compra de uma participação de 5,22%. O GWI, que chegou a encerrar temporariamente suas operações após a crise de 2008, depois de registrar fortes perdas em operações de risco muito alto, foi ao mercado ontem para se desfazer dos papéis da Marfrig.
No caso das empresas de Eike Batista, a situação é um pouco diferente. Na OGX, o desempenho costuma seguir a tendência do preço internacional do petróleo, que ontem caiu 6,41% e fechou no menor nível em quase nove meses. Mas há um outro fator que acaba influenciando as decisões dos investidores num momento de pânico. Tanto a OGX como a LLX são empresas que têm em sua carteira projetos que ainda não estão operando.
?São empresas pré-operacionais, que ainda vão começar a produzir. Essas empresas tendem a ser mais voláteis?, afirma o analista chefe da corretora Socopa, Osmar Camilo. Ontem, enquanto a OGX caiu 16,82%, a Petrobras recuou 9,01%. Ele explica que, no caos, ninguém se salva. ?Na hora do aperto, os investidores precisam fazer caixa e vendem o que podem.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 9379,0.htm
09 de agosto de 2011 | 9h 11
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O pânico dos investidores no primeiro pregão depois do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor?s castigou as empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Só ontem, elas perderam R$ 146,98 bilhões, segundo levantamento da empresa de informação financeira Economática. Em valor de mercado, as maiores perdas foram da Petrobras (cerca de R$ 22 bilhões) e Vale (quase R$ 21 bilhões).
Mas, em porcentual, outras empresas lideraram o ranking de queda no Índice da Bolsa (Ibovespa). A campeã foi a Marfrig, do setor frigorífico. No pior momento do pregão, as ações chegaram a despencar 28%, mas fecharam o dia em 25,75%. As empresas do empresário Eike Batista também sofreram com o caos no mercado. A OGX, de petróleo e gás, e a LLX, braço de logística do grupo EBX, recuaram 16,82% e 14,05%. Juntas, as três companhias perderam R$ 7,2 bilhões no dia, segundo o levantamento.
?A aversão ao risco foi generalizada. Mas, além do risco sistêmico que afetou todas as ações, há o risco individual das empresas, avaliado especialmente pelo fluxo de caixa?, afirma o professor de finanças da BBS Business School, Ricardo Torres. No caso da Marfrig, a empresa está bastante alavancada por causa de aquisições feitas nos últimos anos, como a Keystone e a O?Kane. Ontem, o valor de mercado da companhia representava metade de seu patrimônio líquido.
Além disso, parte do endividamento está em moeda estrangeira, o que deixa o grupo mais exposto aos humores dos investidores. Junta-se a isso o fato de os custos terem crescido bastante nos últimos meses e ameaçarem as margens da companhia. ?Apesar disso, não acredito que a empresa vá ter problemas graves. O grupo tem sócios fortes, capazes de sustentar uma crise?, diz Eduardo Miziara, gestor dos fundos de ações da Capitânia.
Ele explica que boa parte do desempenho das ações da empresa deve-se ao movimento de um dos sócios da Marfrig. Trata-se do banco GWI, do coreano Mu Hak You, que apostou fortemente na empresa no início do ano, quando anunciou a compra de uma participação de 5,22%. O GWI, que chegou a encerrar temporariamente suas operações após a crise de 2008, depois de registrar fortes perdas em operações de risco muito alto, foi ao mercado ontem para se desfazer dos papéis da Marfrig.
No caso das empresas de Eike Batista, a situação é um pouco diferente. Na OGX, o desempenho costuma seguir a tendência do preço internacional do petróleo, que ontem caiu 6,41% e fechou no menor nível em quase nove meses. Mas há um outro fator que acaba influenciando as decisões dos investidores num momento de pânico. Tanto a OGX como a LLX são empresas que têm em sua carteira projetos que ainda não estão operando.
?São empresas pré-operacionais, que ainda vão começar a produzir. Essas empresas tendem a ser mais voláteis?, afirma o analista chefe da corretora Socopa, Osmar Camilo. Ontem, enquanto a OGX caiu 16,82%, a Petrobras recuou 9,01%. Ele explica que, no caos, ninguém se salva. ?Na hora do aperto, os investidores precisam fazer caixa e vendem o que podem.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 9379,0.htm
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Re: Crise Econômica Mundial
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Crise dos Eua afetará o Brasil se atingir chineses
Aline Bosio e Natalia Fernandjes
A crise econômica instalada nos Estados Unidos afetará os brasileiros. Porém, segundo o professor de Economia da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Manfred Back, será de forma indireta. “O nosso maior problema não é a economia dos Estados Unidos caminhar de forma lenta, e sim como isso irá afetar a economia da China. Isso é preocupante porque a China é nossa principal parceira comercial. Sendo assim, se ela for afetada, sentiremos os efeitos no Brasil”, explica o profissional.
O economista acredita que as finanças do País, comandado por Barack Obama, não devem se recuperar antes de um ano. “Não temos como dizer quanto tempo durará. Porém, se a locomotiva que move o mundo ficar lenta por muito tempo, os efeitos poderão ser maiores”, completa. “Se os preços das comodities (produtos básicos, que consumo amplo, como o petróleo) cairem – o que poderá acontecer caso a China seja efetivamente atingida - irá afetar o câmbio e a balança comercial, o que implicará em efeitos no Brasil”. Como exemplos destes resultados estão o desemprego e a queda nos juros.
Entretanto, se por um lado a queda de juros é um efeito positivo – o que facilitaria o acesso das pessoas ao crédito – o desemprego pode causar um aumento da inadimplência. “A população, principalmente da classe C, tem consumido muito, mas sempre por meio de crédito. Com a economia do País boa, com a abertura de vagas de emprego e taxa menor de juros, as pessoas acabam fazendo mais dívidas. O problema é que se o desemprego atingir o Brasil, a primeira coisa que eles deixarão de pagar são os crediários”, esclarece.
Associações comerciais esperam impactos leves
Tendo como base a crise econômica internacional observada em 2008 e 2009, representantes do comércio e das indústrias na região são otimistas quanto aos impactos dos problemas na economia de países da Europa e Estados Unidos. Apesar da certeza de que o Brasil sofrerá algum tipo de consequência, o cenário econômico brasileiro estável tranquiliza os setores.
Nelson Tadeu Pereira, assessor da presidência da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), destaca que ninguém está imune aos impactos da crise internacional. “Apesar de o mercado brasileiro ainda estar aquecido e não haver indicadores de que estamos sendo afetados, sabemos que a partir de setembro começa o processo eleitoral, o que preocupa um pouco”, diz.
Gildo Freire Araújo, presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) Diadema, acredita que uma das possíveis consequências da crise é o desemprego, já que, o Brasil é país exportador. “É importante o Governo mantenha o controle da inflação para que a economia interna não seja afetada”, comenta.
Para diretor do Ciesp, crise é oportunidade
Ao invés de pensar em como as empresas podem ser afetadas pela crise internacional, este é momento oportuno para descoberta de novos negócios e crescimento empresarial, segundo Mauro Miaguti, diretor do Ciesp São Bernardo. “Não podemos perder a oportunidade de crescer economicamente como aconteceu em 2008”, destaca.
Para Miaguti, cabe ao Governo Federal tomar medidas ousadas para que o Brasil conquiste espaço entre os exportadores. “É preciso manter a taxa de juros menor para movimentar o mercado interno e facilitar o câmbio para que o produto brasileiro se destaque e suba de patamar”, considera.
http://www.reporterdiario.com.br/Notici ... -chineses/
Crise dos Eua afetará o Brasil se atingir chineses
Aline Bosio e Natalia Fernandjes
A crise econômica instalada nos Estados Unidos afetará os brasileiros. Porém, segundo o professor de Economia da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Manfred Back, será de forma indireta. “O nosso maior problema não é a economia dos Estados Unidos caminhar de forma lenta, e sim como isso irá afetar a economia da China. Isso é preocupante porque a China é nossa principal parceira comercial. Sendo assim, se ela for afetada, sentiremos os efeitos no Brasil”, explica o profissional.
O economista acredita que as finanças do País, comandado por Barack Obama, não devem se recuperar antes de um ano. “Não temos como dizer quanto tempo durará. Porém, se a locomotiva que move o mundo ficar lenta por muito tempo, os efeitos poderão ser maiores”, completa. “Se os preços das comodities (produtos básicos, que consumo amplo, como o petróleo) cairem – o que poderá acontecer caso a China seja efetivamente atingida - irá afetar o câmbio e a balança comercial, o que implicará em efeitos no Brasil”. Como exemplos destes resultados estão o desemprego e a queda nos juros.
Entretanto, se por um lado a queda de juros é um efeito positivo – o que facilitaria o acesso das pessoas ao crédito – o desemprego pode causar um aumento da inadimplência. “A população, principalmente da classe C, tem consumido muito, mas sempre por meio de crédito. Com a economia do País boa, com a abertura de vagas de emprego e taxa menor de juros, as pessoas acabam fazendo mais dívidas. O problema é que se o desemprego atingir o Brasil, a primeira coisa que eles deixarão de pagar são os crediários”, esclarece.
Associações comerciais esperam impactos leves
Tendo como base a crise econômica internacional observada em 2008 e 2009, representantes do comércio e das indústrias na região são otimistas quanto aos impactos dos problemas na economia de países da Europa e Estados Unidos. Apesar da certeza de que o Brasil sofrerá algum tipo de consequência, o cenário econômico brasileiro estável tranquiliza os setores.
Nelson Tadeu Pereira, assessor da presidência da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), destaca que ninguém está imune aos impactos da crise internacional. “Apesar de o mercado brasileiro ainda estar aquecido e não haver indicadores de que estamos sendo afetados, sabemos que a partir de setembro começa o processo eleitoral, o que preocupa um pouco”, diz.
Gildo Freire Araújo, presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) Diadema, acredita que uma das possíveis consequências da crise é o desemprego, já que, o Brasil é país exportador. “É importante o Governo mantenha o controle da inflação para que a economia interna não seja afetada”, comenta.
Para diretor do Ciesp, crise é oportunidade
Ao invés de pensar em como as empresas podem ser afetadas pela crise internacional, este é momento oportuno para descoberta de novos negócios e crescimento empresarial, segundo Mauro Miaguti, diretor do Ciesp São Bernardo. “Não podemos perder a oportunidade de crescer economicamente como aconteceu em 2008”, destaca.
Para Miaguti, cabe ao Governo Federal tomar medidas ousadas para que o Brasil conquiste espaço entre os exportadores. “É preciso manter a taxa de juros menor para movimentar o mercado interno e facilitar o câmbio para que o produto brasileiro se destaque e suba de patamar”, considera.
http://www.reporterdiario.com.br/Notici ... -chineses/
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Re: Crise Econômica Mundial
akivrx78 escreveu:Mantega prevê duração de dois anos de crise
Publicado em 10 de agosto de 2011
ORIENTAÇÃO
Fugir de dívidas reduz impactos ao consumidor
São Paulo. Em meio a quedas nas negociações das principais Bolsas de Valores do mundo, registradas desde a semana passada, a orientação para os consumidores é não contratar novas dívidas e reduzir ou zerar os débitos atuais a fim de evitar impactos da atual crise.
Estou fazendo isso há mais de um ano. Como assalariado do governo, SEI que o primeiro coice vai ser no meu bolso - já começou, com o Tarso aumentando a alíquota da previdência e retardando as promoções, em cuja lista eu estou - e tenho dívidas que sobraram do falecido casamento que vão até 2016 (!!!), assim, nada de novas contas a pagar, é tudo à vista e chorando desconto. Por exemplo, queria tocar adiante meu Golzitcho véinho mas bem cuidado e pegar um Golf mas isso fica para quando a kôza melhorar...
Tá aí a hora de investir na PRODUÇÃO, de pouco adianta dar um 'up' no crédito se o que formos (formos nada, eu vou ficar quieto no meu canto, nem cartão de crédito tenho mais, devolvi todos, mudei para conta-salário, recebo direto no caixa e morro de medo da CPMF) comprar tiver que ser importado, cheio de taxas e aumentando a inflação. China e Índia são nossos grandes rivais e, se não tratarmos de produzir aqui, nos tomam nosso próprio mercado, a tigrada vai se endividar para melhorar a balança comercial DELES!akivrx78 escreveu:Para diretor do Ciesp, crise é oportunidade
Ao invés de pensar em como as empresas podem ser afetadas pela crise internacional, este é momento oportuno para descoberta de novos negócios e crescimento empresarial, segundo Mauro Miaguti, diretor do Ciesp São Bernardo. “Não podemos perder a oportunidade de crescer economicamente como aconteceu em 2008”, destaca.
Para Miaguti, cabe ao Governo Federal tomar medidas ousadas para que o Brasil conquiste espaço entre os exportadores. “É preciso manter a taxa de juros menor para movimentar o mercado interno e facilitar o câmbio para que o produto brasileiro se destaque e suba de patamar”, considera.
É o que penso.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Crise Econômica Mundial
BOVESPA abriu em queda, de -1,40 já caiu para -2,04...
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Re: Crise Econômica Mundial
Mais uma vez está demonstrado que esses caras das multinacionais não têm pátria, têm interesses apenas!! Não vai me surpreender se eles transferirem a sede para a China, sua arqui-inimiga histórica!akivrx78 escreveu:Honda pondera retirar a sua sede do Japão devido à alta do iene
09 Agosto 2011 | 16:59
Joana Marques
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500737
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: Crise Econômica Mundial
A única pátria dos donos das multinacionais é o dinheiro.
Triste sina ter nascido português
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Re: Crise Econômica Mundial
P44 escreveu:A única pátria dos donos das multinacionais é o dinheiro.
Disse tudo!!
Sds.
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"