Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#3286 Mensagem por Boss » Ter Ago 09, 2011 1:02 am

Amanhã a Bovespa vai ter que parar pelo visto. Hong Kong abriu em queda de 7,4%, Seul está caindo 7,5%.




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Re: Crise Econômica Mundial

#3287 Mensagem por PRick » Ter Ago 09, 2011 1:05 am

Boss escreveu:Amanhã a Bovespa vai ter que parar pelo visto. Hong Kong abriu em queda de 7,4%, Seul está caindo 7,5%.
A Bovespa depende muito da Bolsa dos EUA. É essa que tem poder de influenciar a Bovespa.

[]´s




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Re: Crise Econômica Mundial

#3288 Mensagem por Boss » Ter Ago 09, 2011 1:12 am

Ah sim, ato falho.

Essas quedas asiáticas são reflexo do tombo das americanas ontem. Então quer dizer que a coisa talvez melhore amanhã (melhorar de uma queda de 8% não é muito difícil).




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Re: Crise Econômica Mundial

#3289 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 4:26 am

Silva Lopes
“Situação actual é muito mais séria do que a de 2008”

Luís Reis Pires
08/08/11 08:36

Berlim tem sucumbido à pressão do seu eleitorado e resiste em ajudar a Europa, afirma o ex-ministro Silva Lopes.

A crise do euro ameaça tornar-se pior que a crise financeira de 2008. E a Alemanha em nada está a ajudar a Europa. Quem o diz é Silva Lopes, economista e ex-ministro das Finanças, que alerta também para o problema da economia dos Estados Unidos.

Bruxelas e Berlim não se entendem. Há falta de vontade política para salvar o euro?
Da parte da Alemanha, dá impressão que sim. Custa-me um bocado compreender, porque se houver um desastre no euro, os alemães também sofrem. E não será pouco.

Mas estão indiferentes...
Pois estão, mas acho que tem mais a ver com a ignorância do eleitorado. E também um pouco com a ideologia muito conservadora do governo. Mas principalmente com o eleitorado. Metem toda a gente a caminho do desastre, incluindo eles, porque o eleitorado não percebe e pensa que isto é só dar dinheiro aos preguiçosos dos portugueses e dos gregos.

O reforço do Fundo de Europeu de Estabilização Financeiro (FEEF) e a rápida adopção das novas regras é crucial para travar o contágio?
O FEEF devia ter uma dimensão maior. Aliás, há já muito tempo que vários autores dizem que o FEEF devia ter uma dimensão perto dos dois biliões de euros, ou seja, três ou quatro vezes maior do que agora. Talvez assim os mercados ganhassem juízo. Porque as medidas que a Europa tem tomado nunca impressionaram os mercados. Cada vez que começam a aparecer problemas num país, volta tudo ao mesmo, fica tudo a pensar que isto vai cair tudo. O que estamos a passar é provavelmente muito mais sério do que o que aconteceu em 2008.

A crise de 2008 arrisca tornar-se um aperitivo para uma verdadeira catástrofe global?
Há esse risco.

Se Espanha ou Itália caírem, os planos de resgate à Grécia, Irlanda e Portugal arriscam-se a não dar em nada?
Se Espanha e Itália caírem em dificuldades como as nossas, e se a União Europeia não tomar medidas, Portugal e Grécia vão na enxurrada. Até vão é à frente da enxurrada.

E nesse caso os planos de assistência financeira...
Nessa altura vai tudo à frente. O plano de assistência financeira, mesmo que se mantenha, não resolve os problemas de renovação da nossa dívida. Os nossos bancos devem todos dinheiro para pagar amanhã ou depois de amanhã. E se os credores não renovam a dívida é uma grande complicação. Há já um ano que há muitos credores que não vão renovando a dívida toda, mas vão renovando qualquer coisa, mesmo a taxas absurdas. Mas se houver uma crise séria, não renovam nada. E aí nem faço ideia o que é que isto será.

A criação de um orçamento federal é fundamental?
Sim. Há muito tempo que defendo que a Europa deve ter um orçamento federal de 4% do PIB, pelo menos. E tornar europeias muitas políticas que hoje são só nacionais, como, por exemplo, a política de investigação científica.

Sem esse lado mais estrutural, arriscamos voltar a cair numa situação complicada?
A forma de resolver a crise no euro pode não ser pelo orçamento federal, pode ser com o BCE a tomar medidas, ou através dos Eurobonds. Mas isso não dá necessariamente o orçamento federal que a Europa precisa no seu dia-a-dia. Os países não estão dispostos a federar-se, não há nada a fazer.

Já nos EUA, está iminente uma crise de dívida. Diz muitas vezes que os dólares que estão na China são uma bomba nuclear...
Os Estados Unidos não estão nada bem. Mas, apesar de tudo, os chineses não vão deflagrar a bomba nuclear, não é do interesse deles. Podem, e vão fazê-lo, procurar transformar o sistema monetário internacional e tornar a moeda deles uma moeda de reserva.

Mas está iminente uma crise nos EUA?
Apesar de tudo, acho que não. Mas se continuarem com a ideia de que não se pode aumentar os impostos para os ricos, vai dar mau resultado. Qualquer dia começam a cair pontes e a afundar-se estradas, porque eles não têm dinheiro para mandar reparar nada. Eles têm a ideia de que os milionários não devem pagar impostos. Aqueles tipos que passam a vida nas Caraíbas e nesses sítios... E assim não há nada a fazer. E Portugal vai pelo mesmo caminho. Ainda agora, estes apoios à banca... A ver se depois se pede aos bancos que adoptem determinadas políticas de crédito.

O governador do Banco de Portugal apelou a que fizessem a desalavancagem com alienação de activos não estratégicos...
E não era só isso. Era preciso obrigá-los a emprestar às empresas pequenas. Então anda o Estado a pôr lá dinheiro para se distribuírem dividendos? Isso nem nos Estados Unidos. Agora vamos cortar o 13º mês e esse imposto não se aplica aos dividendos? Concordo que se isentem os juros porque a taxa de juro real é praticamente zero, agora, aos dividendos, porque não?

Voltando lá fora... Vimos o banco central da Suíça descer as taxas de juro, tal como o Banco do Japão, para travar a valorização das respectivas moedas. Podemos estar a caminho de uma guerra cambial?
A Suíça até devia cobrar taxas de juros negativos, é o que têm que fazer, se não dão cabo da economia deles. Mas aqui é diferente do que se passou com a China, por exemplo. A guerra cambial está associada ao aumento do preço competitivo das exportações, à criação de excedentes na balança de bens e serviços, ao roubo de mercados a outros países, etc. Isso é uma coisa e justificam-se perfeitamente as revalorizações. Agora quando a revalorização é promovida por fluxo de capitais e se torna demasiado pesada, as empresas do sector exportador vão à vida. Os suíços por acaso têm aguentado isso muito bem porque têm empresas com boas marcas, que conseguem aumentar os preços e conviver com isto. E os bancos suíços estão prósperos, apesar de tudo. Mas o franco suíço não pode ter uma valorização infinita, por isso é que digo que eles devem baixar taxas de juro e até devem cobrar taxas negativas. n

http://economico.sapo.pt/noticias/situa ... 24218.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#3290 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 4:28 am

Promessa de melhorar ajuste
Publicado em 9 de agosto de 2011
Imagem
Titular da Fazenda diz que fortalecerá as empresas e protegerá a economia do País de ataques especulativos
FOTO: AG. BRASIL

Brasília Depois de uma longa reunião de avaliação da crise internacional com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a senha de como o governo vai atuar.

A equipe econômica vai tentar melhorar os resultados fiscais, fortalecer as empresas e adotar novas medidas cambiais para proteger a economia de ataques especulativos e dos "desesperados que vão surgir por aí". "Prometo a cada mês uma surpresa no campo fiscal", disse o ministro. Para ele, essa seria a forma de o Brasil se distinguir dos demais países. E aproveitou para advertir que não aceitará aumento de gastos.

Segundo o ministro, será preciso atuar com mais força no mercado de derivativo cambial para evitar exageros na desvalorização do dólar. "Armamentos não faltam." Mantega não quis antecipar medidas, mas acrescentou: "temos fiscal, temos reserva monetária muito maior do que tínhamos antes. Ataque cambial não vai haver aqui".

´Agudização´

Ele previu uma "agudização" da guerra cambial com a continuação da política de afrouxamento monetário pelos EUA e disse também que está pronto para liberar dólares das reservas internacionais para garantir crédito ao comércio exterior, se houver necessidade.

Guido Mantega acrescentou que os bancos privados e públicos estão aptos a fornecer crédito internamente.

Apesar do arcabouço que já existe para fortificar a economia local, o ministro previu que haverá "agudização" da crise no curtíssimo prazo no exterior ou uma lenta recuperação. Ele previu que a economia global caminha para uma recessão, puxada pelos países desenvolvidos.

Sem imunidade


Ainda que os países emergentes estejam mais preparados para passar pela crise, conforme Mantega, não há como ficar imune às consequências negativas do agravamento da crise. "Não podemos fazer milagres."

Na avaliação do ministro, os EUA têm uma economia semiestagnada. Ele foi ainda mais duro com a Europa, alegando que os países têm demorado para encontrar solução para seus problemas e que, também por isso, a situação se agravou. "Eles têm de parar de bater cabeça".

http://diariodonordeste.globo.com/mater ... go=1023633




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Re: Crise Econômica Mundial

#3291 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 4:32 am

08/08/11 - 14:21 > INTERNACIONAL
Governos latino-americanos demonstram preocupação com crise

Agência Ansa
MONTEVIDÉU (URUGUAI) - Alguns governos latino-americanos estão começando a demonstrar preocupação com relação à crise financeira mundial que vem afetando as economias norte-americana e europeia.

O governo uruguaio prevê um corte de gastos caso o país seja afetado pela crise, como assegurou nesta segunda-feira (8) o presidente José Mujica. Segundo ele, "é óbvio que aquelas [despesas] que pareçam não tão imprescindíveis sejam as primeiras a serem recortadas".

Apesar de assegurar que seu país está blindado economicamente, Mujica considera o panorama econômico mundial "bastante decepcionante" e acredita que a recuperação da Europa e dos Estados Unidos "será muito lenta e cheia de incertezas".

No último domingo, o mandatário assinalou que a economia uruguaia pode diminuir seu ritmo, mas descartou um "desastre", afirmando que o país não voltará a sofrer uma crise como a de 2002, uma das piores de sua história.

Na Colômbia, o ministro da Fazenda, Juan Carlos Echeverry, afirmou hoje que o país está preparado para enfrentar a crise e pediu que a população tenha cautela na hora de gastar e poupar seu dinheiro.

Ele considerou "inevitável" a chegada de um ou dois anos "turbulentos" para a economia mundial por conta da tensão gerada pelas dúvidas a respeito do pagamento da dívida norte-americana e o estado pelo qual estão passando atualmente as finanças dos países europeus.

Para suportar esta "turbulência", o país preparou "colchões" financeiros, como os US$ 8 bilhões que o governo está aplicando no Banco da República, além de um bônus de US$ 2 bilhões no exterior.

A Colômbia ainda pediu um empréstimo de US$ 6 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Dessa forma, caso seja necessário, o país pode juntar a soma de US$ 32 bilhões em reservas financeiras.

Por sua vez, o ministro da Fazenda mexicano, Ernesto Cordero, em declarações à rede de emissoras Televisa, afirmou que a turbulência norte-americana "não é nenhum resfriado", como havia afirmado anteriormente o diretor do Banco Central do México, Agustín Carstens.

Pelo contrário, o ministro disse acreditar em uma futura "volatilidade dos mercados financeiros e cambiais", mas descartou que o México reduza sua projeção de crescimento para este ano, que é de 4,3%. Ele também rejeitou a possibilidade de uma nova recessão no país.

No Brasil, a crise financeira será discutida hoje em uma conferência de coordenação política entre a presidente Dilma Rousseff e seus ministros.

As bolsas latino-americanas abriram em forte queda seguindo o comportamento registrado nos demais mercados do mundo.

http://www.dci.com.br/Governos-latino-a ... 84719.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#3292 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 5:50 am

Cenário para nota do Brasil segue positivo, diz S&P
segunda-feira, 8 de agosto de 2011 19:50 BRT

SÃO PAULO (Reuters) - O corte da nota soberana dos Estados Unidos pode ter implicações negativas para países emergentes, mas o cenário para o rating do governo brasileiro segue positivo, afirmou um executivo da Standard & Poor's.

"Temos uma perspectiva positiva para Brasil, que tem ainda tem chance de continuar subindo", disse o analista reponsável na agência de classificação de risco pelo rating do Brasil, Sebastian Briozzo.

Nesta segunda-feira, os mercados financeiros globais tiveram uma sessão de perdas acentuadas, após a S&P ter decidido cortar a nota conferida ao governo norte-americano, de "AAA" para "AA+", na sexta-feira à noite.

Para Briozzo, alguns países com notas mais baixas poderão sofrer. Isso porque, para captar recursos nos mercados internacionais, muitos países pagam o equivalente ao cobrado dos 'treasuries' dos Estados Unidos mais um prêmio proporcional ao risco percebido pelo mercado.

À medida que o governo norte-americano seja obrigado a pagar mais para captar, o efeito indireto pode ser o encarecimento dos empréstimos para outros governos com notas de crédito mais baixas. Mas o analista da S&P avalia que isso não acontecerá no caso do governo brasileiro.

"Para Brasil não terá efeito sobre taxas de juros nos títulos do país", disse Briozzo.

Em maio passado, a agência revisou de "estável" para "positiva" a perspectiva para o rating de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, que está desde abril de 2008 em "BBB-", no menor patamar dentro da faixa considera de investimento de baixo risco.

A perspectiva positiva significa que a nota do país pode ser elevada pela agência num prazo de 6 a 24 meses.

Outras duas importantes agências de rating --Moody's e Fitch-- classificam o Brasil como grau de investimento, com notas "Baa3" (perspectiva positiva) e "BBB" (perspectiva estável), respectivamente.

(Reportagem de Aluísio Alves)

© Thomson Reuters 2011 All rights reserved.

http://br.reuters.com/article/businessN ... TK20110808




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Re: Crise Econômica Mundial

#3293 Mensagem por Penguin » Ter Ago 09, 2011 7:12 am

Risco de default da França cresce, diz Moody’s Analytics
Segundo a agência, o CDS (contrato para assegurar contra um eventual calote) da França está agora em 0,21% nos próximos 12 meses, ante 0,11% há um ano
08 de agosto de 2011 | 18h 34

Regina Cardeal, da Agência Estado

NOVA YORK - O custo para se proteger de um potencial calote dos EUA ficou estável nesta segunda-feira, segundo dados da Moody's Analytics, mesmo depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) ter rebaixado a nota de crédito do país de AAA para AA+ com perspectiva negativa.

Segundo cálculos feitos com base em swaps de default de crédito (CDS, em inglês), a probabilidade de um calote dos EUA nos próximos 12 meses é de 0,06%, praticamente a mesma do mês passado e também próxima à registrada em 2010. Isso sugere que os entraves políticos em Washington tiveram pouco impacto sobre a confiança dos investidores, embora esse tenha sido um dos motivos da S&P para rebaixar a nota norte-americana.

Os CDS implicam que, no momento, o mercado avalia o rating da dívida dos EUA como Aa3, nota três graus abaixo da AAA, mas exatamente igual à registrada no ano passado, segundo a Moody's Analytics. "Os investidores sempre tiveram em mente que não haveria default dos EUA. O interessante é como o debate político teve pouca influência sobre como os investidores enxergam a credibilidade do governo norte-americano", disse Jerry Tempelman, diretor da Moody's Analytics.

No caso da França, porém, os CDS indicam que a probabilidade de default nos próximos 12 meses cresceu para 0,21%, de 0,11% ano passado. Nos próximos cinco anos, as chances de um calote francês sobem para 2,2%, segundo a Moody's Analytics. Entre os demais países europeus, a Itália tem quase quatro vezes mais chances de declarar moratória nos próximos cinco anos quando comparada à França. A Grécia tem praticamente 20 vezes mais probabilidade de ser a pivô de um calote na mesma base de comparação.

O rating que o mercado de CDS atribui atualmente à França seria equivalente a Baa3, menor do que a nota Aa3 registrada um ano antes e apenas um grau acima do nível junk. Nesta segunda-feira, o spread dos CDS de cinco anos da França subiu 15 pontos-base, para 160 pontos base. Isso significa que o custo anual de proteção contra um calote de uma dívida de US$ 10 milhões em títulos de cinco anos da França está em US$ 160 mil. As informações são da Dow Jones.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Crise Econômica Mundial

#3294 Mensagem por P44 » Ter Ago 09, 2011 8:22 am

A Moodys prepara mais um golpe, desta vez a França é a vitima. E liderada por um anãozeco fracote, o ataque terá todo o sucesso.

----------------------------


Crash
Bolsa de Lisboa perde 43 mil euros por segundo

Económico
09/08/11 11:41
http://economico.sapo.pt/noticias/bolsa ... 24319.html




Triste sina ter nascido português 👎
PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#3295 Mensagem por PRick » Ter Ago 09, 2011 10:05 am

Eu já tinha postado isso lá no Tópico da Decadência dos EUA, mas é bom coloca aqui.

ano-EUA-Mundo- % do PIB dos EUA em relação ao Total Mundial

1960- 520.531.181.568 - 1.348.178.496.892 - 38,61
1970- 1.024.800.000.000 - 2.878.849.868.698 - 35,60
1980- 2.767.500.000.000 - 10.984.234.971.637 - 25,20
1990- 5.750.800.000.000 - 21.899.393.839.193 - 26,26
2000- 9.898.800.000.000 - 32.211.045.650.922 - 30,73
2010- 14.582.400.000.000 - 63.048.775.278.781 - 23,13

Como podemos observar a década que está se encerrando agora foi a segunda pior para os EUA, só perdendo para a década de 1970, que marca o começo da crise.

[]´s




PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#3296 Mensagem por PRick » Ter Ago 09, 2011 10:11 am

Bem, nada indica uma piora na situação já dada, quer dizer, os EUA e a UE vão diminuir o ritmo da recuperação de 2008, e em alguns casos veremos estagnação e decréscimo. É isso que estamos assistindo. As perdas do mercado financeiro vão fazer que ele fique ainda menor e menos confiável.

O que eu tenho mais medo é um novo mergulho do Dólar, após a poeira baixar.

[]´s




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Re: Crise Econômica Mundial

#3297 Mensagem por Slotrop » Ter Ago 09, 2011 11:17 am

Edição do dia 09/08/2011

09/08/2011 08h31 - Atualizado em 09/08/2011 08h31
Miriam Leitão: ‘Anúncio do banco central dos EUA seria analgésico’
A comentarista avalia que possível decisão de relaxamento monetário seria paliativa, mas, sem ele, mercados ficariam mais pessimistas.


São duas letras e um número: QE3. Essa é a sigla que o mercado financeiro usa para falar de um novo período de relaxamento monetário, o terceiro período. E o relaxamento monetário é assim: ele oferece mais dinheiro aos bancos, recompra títulos para ter mais dinheiro em circulação. Essa é uma decisão que acalmaria. Não resolveria o problema porque este é mais grave, é de crescimento econômico.

Mas, se o banco central americano não anunciar esse QE3, então o mercado fica um pouco mais pessimista. De qualquer maneira, isso seria apenas um analgésico para um problema que é muito pior.

Em 2008, foi uma crise muito pior. Na verdade, essa crise é um desdobramento daquela crise de 2008, mas, naquele ano, houve uma sucessão de quebra de bancos e o crédito congelou. Ninguém conseguia mais pegar empréstimos, nem empresas do Brasil, por exemplo, que não tinham nada com isso. Isso afetou empresas brasileiras.

Agora, é o medo da recessão mundial e é o medo da Europa. O Banco Central Europeu está comprando títulos da dívida da Itália e da Espanha. Para salvar a Itália, precisa-se de € 2 trilhões e, para salvar a Espanha, € 1 trilhão. Isso é um dinheiro impossível. Pode fazer uma ponte para se resolver o problema mais adiante.

O problema da Europa é mais complicado. O dos Estados Unidos é de recessão e ficou pior depois que o presidente Barack Obama falou. Porque o Obama não falou nada, na verdade, foi um discurso vazio.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noti ... esico.html




O Troll é sutil na busca por alimento.
PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#3298 Mensagem por PRick » Ter Ago 09, 2011 11:24 am

A Urubóloga falou, então o mundo vai ser entregue aos corvos. E a terça-feira está mais cor de rosa que cinza por aqui. Isso vai fazer com que os urubus e corvos globais e midiáticos se virem para outras desgraças do tipo London Burning. Tem sempre uma desgracinha ou um escandaluzinho para eles se entreterem. :mrgreen: :mrgreen:

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Re: Crise Econômica Mundial

#3299 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 11:50 am

Crise é a pior desde 2ª Guerra Mundial, diz presidente do BCE

10h41, 09 de Agosto de 2011
Imagem

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, defendeu nesta terça-feira, 09, a decisão de ajudar a estabilizar os laços de Espanha e Itália, mas indicou que o BCE não se vê como bombeiro que ajudará a zona do euro por muito tempo. "É a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e que poderia ter sido a pior desde a Primeira Guerra Mundial, se os líderes não tivessem tomado as decisões importantes", disse o presidente da instituição em entrevista à rádio francesa Europe.

Trichet não confirmou que o BCE está comprando títulos da Itália e Espanha. No entanto, os mercados nesta terça-feira, mais uma vez, mostraram claramente que o BCE estava comprando as dívidas da terceira e quarta maiores economias da zona do euro. O rendimento, ou taxa de juros, da dívida espanhola a 10 anos caiu para menos de 5%, depois de se aproximar de 6,5% há apenas uma semana. O rendimento equivalente italiano foi de 5,1%, também mais do que 1 ponto percentual abaixo de onde ficou na segunda-feira antes da intervenção do BCE.

O chefe do BCE também indicou que o banco ainda vê a principal responsabilidade do combate à crise da dívida com os governos da zona do euro e não o banco central. "Eu não vou dizer" quanto tempo o BCE vai comprar títulos no mercado secundário, disse Trichet. "O que esperamos é que os governos façam o que nós consideramos ser o seu trabalho", acrescentou.

Trichet disse ainda que é necessário aos países da zona do euro implementar o mais rápido possível as decisões tomadas recentemente para permitir que o fundo de resgate possa comprar títulos do governo no mercado aberto. Itália e Espanha, por sua vez, têm de cumprir as suas promessas de cortar seus orçamentos como o banco central tem exigido, disse o presidente.

Apesar da relutância do BCE a assumir um papel central na luta contra a crise da dívida, os analistas alertaram que pode não ser fácil para o banco interromper seu programa de compra de títulos uma vez que o fundo de resgate da zona do euro foi equipado com seus novos poderes. Eles alertam que os 440 bilhões de euros do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira não é suficiente para intervir de forma eficaz nos mercados secundários para ajudar os países grandes, como Itália e Espanha, e que as divergências entre os países, pode atrasar as decisões do bloco.

Fonte:Associated Press

http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=109305




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Re: Crise Econômica Mundial

#3300 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2011 12:07 pm

Entrevista | 08/08/2011 16:55
Crise: contaminação do Brasil dependerá da China, diz Gustavo Loyola
Ex-presidente do Banco Central avalia que, se a China conseguir manter um bom ritmo de crescimento, o Brasil não sofrerá tanto
Imagem
“Foi uma decisão totalmente equivocada”, diz Loyola sobre a intervenção no câmbio

São Paulo – O desempenho da China vai determinar o grau de contaminação do Brasil em caso de agravamento da crise nos países desenvolvidos, na avaliação do economista Gustavo Loyola.

Em entrevista a EXAME.com, o ex-presidente do Banco Central diz que os preços das commodities exportadas pelo Brasil dependerão da atividade doméstica chinesa.

Em um eventual cenário de esfriamento da economia brasileira, Loyola sugere que o governo utilize instrumentos monetários (juros e compulsório) para aquecer o consumo. “Há menos espaço do lado fiscal, pois a gente abusou um pouco na última crise.”

O economista, que é sócio da Tendências Consultoria, afirma que a recente intervenção do governo no câmbio “foi uma decisão totalmente equivocada”. Veja os principais trechos da entrevista.

EXAME.com - Como o senhor avalia o atual cenário econômico?

Gustavo Loyola - Eu acho que as perspectivas são de, no mínimo, uma crise de crescimento principalmente na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Aquela recuperação que vinha ocorrendo nos Estados Unidos acabou se mostrando menos vigorosa e os problemas fiscais, principalmente na Europa, têm aumentado a aversão ao risco e causado quedas de preços das ações, enfim, houve reavaliação do cenário em todo o mundo.

EXAME.com - O quadro é realmente grave?

Loyola - Eu particularmente não acho que exista um risco fiscal que possa ser levado muito a sério. No caso dos Estados Unidos, esse rebaixamento do rating – embora seja algo inédito – não tem muitas consequências se visto isoladamente. A questão é que a sinalização nos próximos anos é de que faltarão instrumentos nos países desenvolvidos para lidar com uma economia de baixo crescimento e é isso que está causando essas incertezas.

EXAME.com - Quando o senhor fala em baixo crescimento, não chega a ser um duplo mergulho recessivo, certo?

Loyola - O duplo mergulho não é um cenário a ser descartado, mas o mais provável é de um crescimento baixo durante um período mais longo. Evidentemente, os países emergentes terão um desempenho melhor do que o dos países desenvolvidos. Porém, tudo acontecerá em um contexto de crescimento global menor que, evidentemente, acaba atingindo também esses países.

EXAME.com - Há algo mais que o Federal Reserve possa fazer para impulsionar a economia americana?

Loyola - Eu acho que não. A única coisa que eles poderiam fazer é não recolher o quantitative easing 2 (QE2), mantendo-o por mais tempo, assim como a taxa de juros deve permanecer baixa. Acho que seria muito cedo falar em um quantitative easing 3.

EXAME.com - De que forma isso tudo poderá respingar na economia brasileira?

Loyola - São basicamente dois canais. O primeiro é o canal dos fluxos de capitais. Uma reversão nos fluxos não preocupa tanto porque o Brasil tem reservas elevadas em moeda estrangeira, mas pode tirar a liquidez do mercado e afetar a taxa de câmbio. O segundo canal é o de commodities. Se o cenário mundial de menor crescimento ou até recessivo trouxer uma queda nos preços de commodities, o Brasil, como grande produtor e exportador, acaba sendo atingido.

EXAME.com - Nesse contexto de commodities, a chave é a China?

Loyola - Sim, a chave é a China. Se ela conseguir manter um mercado interno vibrante, anulará os efeitos negativos da queda das suas exportações. E se ela conseguir isso, mantem-se um certo nível de demanda por commodities, impedindo uma queda muito forte dos preços dessas mercadorias. A China é um peão muito importante nessa questão. Se houver a manutenção de um mínimo de atividade econômica na China, digamos, um crescimento de 8%, os efeitos serão relativamente modestos no Brasil.


EXAME.com - O que deve fazer o Banco Central do Brasil?

Loyola - Olhando estritamente as condições inflacionárias no Brasil, deveríamos ter ainda aumento de juros. Dadas as incertezas, no entanto, se a reunião do Copom fosse hoje, eu diria que o Banco Central talvez optasse por uma parada técnica para observar melhor o que está acontecendo. No dia da reunião do Copom (no final de agosto), essas incertezas provavelmente ainda estarão presentes, tornando grandes as chances de o Banco Central não aumentar os juros.

EXAME.com - Além de mexer nos juros, o que mais o governo pode fazer em caso de agravamento da crise?

Loyola - Se houver uma redução muito forte da liquidez aqui dentro, o governo pode liberar os depósitos compulsórios. Eu acho que há menos espaço do lado fiscal. A gente abusou um pouco da expansão fiscal na última crise, inclusive através de empréstimos do BNDES. Além disso, em 2012, haverá uma piora do superávit por causa do aumento do salário e da necessidade de se investir em infraestrutura, o que sugere uma reação do governo mais do lado monetário do que fiscal. Eu acho que a política fiscal deveria seguir uma linha mais conservadora no ano que vem ainda que num contexto de baixo crescimento.

EXAME.com - O senhor destacou no início da entrevista que o dólar pode subir em caso de agravamento da crise. O governo não foi muito precipitado ao adotar medidas cambiais?

Loyola - Eu acho que o governo errou principalmente na decisão de taxar os derivativos. Só serve para prejudicar o exportador e logo num momento em que tudo indicava que a tendência maior era de depreciação do real. Não achei que foi brilhante, não, para dizer o mínimo. Foi uma decisão totalmente equivocada.

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