Crise Econômica Mundial
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Re: Crise Econômica Mundial
Roubini: BCE tem de esmagar juros a zero e fazer compras maciças de dívida pública
08 Agosto 2011 | 11:58
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Economista que melhor antecipou as consequências do colapso do "subprime" norte-americano diz que evitar uma nova recessão mundial é já provavelmente uma "missão impossível". Para evitar uma depressão, EUA e Zona Euro terão de reestruturar dívida.
Num artigo de opinião publicado hoje no "Financial Times", Nouriel Roubini alerta Governos e autoridades monetárias para a urgência de agirem o quanto antes, mesmo que, em sua opinião, seja já tarde para evitar uma segunda recessão global no espaço de pouco mais de dois anos. O objectivo agora é evitar resvalar para uma depressão, diz.
No caso da Zona Euro, a principal advertência vai para o Banco Central Europeu (BCE) que, em seu entender, subiu juros e travou o seu programa de compras de obrigações soberanas cedo demais. Deve, portanto, não apenas travar o ciclo de subidas dos juros, mas "reduzir as taxas a zero" e, simultaneamente, fazer "compras em larga escala de dívida pública", em especial de Itália e de Espanha, de modo a que estes dois pesos-pesados – que são simplesmente "grandes demais para serem resgatados" – não percam o acesso aos mercados.
Mas tudo isso não passarão de paliativos. "Esta é uma crise de solvência, assim como de liquidez", o que exigirá "um processo ordeiro de reestruturação de dívida" na Zona Euro e nos Estados Unidos, frisa.
Do outro lado do Atlântico, Roubini considera que será preciso reduzir a dívida hipotecária de "cerca de metade das famílias norte-americanas, que estão 'debaixo de água'" e recapitalizar de seguida os bancos.
(notícia em actualização)
08 Agosto 2011 | 11:58
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Economista que melhor antecipou as consequências do colapso do "subprime" norte-americano diz que evitar uma nova recessão mundial é já provavelmente uma "missão impossível". Para evitar uma depressão, EUA e Zona Euro terão de reestruturar dívida.
Num artigo de opinião publicado hoje no "Financial Times", Nouriel Roubini alerta Governos e autoridades monetárias para a urgência de agirem o quanto antes, mesmo que, em sua opinião, seja já tarde para evitar uma segunda recessão global no espaço de pouco mais de dois anos. O objectivo agora é evitar resvalar para uma depressão, diz.
No caso da Zona Euro, a principal advertência vai para o Banco Central Europeu (BCE) que, em seu entender, subiu juros e travou o seu programa de compras de obrigações soberanas cedo demais. Deve, portanto, não apenas travar o ciclo de subidas dos juros, mas "reduzir as taxas a zero" e, simultaneamente, fazer "compras em larga escala de dívida pública", em especial de Itália e de Espanha, de modo a que estes dois pesos-pesados – que são simplesmente "grandes demais para serem resgatados" – não percam o acesso aos mercados.
Mas tudo isso não passarão de paliativos. "Esta é uma crise de solvência, assim como de liquidez", o que exigirá "um processo ordeiro de reestruturação de dívida" na Zona Euro e nos Estados Unidos, frisa.
Do outro lado do Atlântico, Roubini considera que será preciso reduzir a dívida hipotecária de "cerca de metade das famílias norte-americanas, que estão 'debaixo de água'" e recapitalizar de seguida os bancos.
(notícia em actualização)
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: Crise Econômica Mundial
Conter a manada requer ação estatal
Risco de convulsão nos mercados nesta 2º feira obrigou o Banco Central europeu a despertar de seu longo cochilo ortodoxo em pleno domingo. Líderes pressionaram e conseguiram. O BCE anunciou a disposição de comprar títulos da dívida pública italiana e espanhola. A mensagem aos detentores desses papéis e ao mercado em geral é: a) eles tem liquidez; b) há um comprador de última instância, disposto a honrar o valor de face de cada título. O BCE assumiu a fórceps --e não se sabe se com fôlego para tanto- funções de um fundo garantidor das duas maiores dívidas públicas da zona do euro: Itália e Espanha precisam de US$ 375 bilhões até dezembro para rolar seus débitos. Tenta-se assim consertar uma falha de origem da União Europeia: os governos tem soberania para fazer dívida e emitir títulos, mas não dispõem da mesma prerrogativa na emissão de moeda que possa assegurar a solvência desses papéis. Na semana passada, o comportamento pró-cíclico do BCE ---leia-se, ortodoxo e submisso aos mercados-- quase quebrou a 3º e a 4º maiores economias da zona do euro. Numa conjuntura de extrema insegurança, em meio ao desastre fiscal nos EUA, o BCE deixou aos mercados a tarefa de decidir a sorte e a soberania da Espanha e da Itália. Berlusconi e Zapatero tiveram que pagar taxas recordes de juros para financiar seu passivo. O premiê italiano ofereceu aos mercados um upgrade no pacote de arrocho lançado em julho. Vai antecipar medidas que visam escalpelar pobres, aposentados, crianças, estudantes e casais em início de vida. Fará isso subtraindo-lhes isenções fiscais e congelando benefícios, ademais de privatizar estatais e ‘afrouxar' garantias trabalhistas. Zapatero viu o desastre econômico invadir seu futuro político: pesquisas eleitorais já mostram vantagem da direita na sucessão espanhola, em novembro . A intervenção do BCE é positiva. Mesmo num condomíni0 predominantemente conservador como a UE, cresce a percepção de que não há saída para a crise sem forte intervenção estatal nos mercados. Resta saber se ainda há tempo e fôlego fiscal -- os Estados foram exauridos para salvar os mercados em 2008-- para reverter o quadro, após anos de condução ortodoxa de uma crise produzida justamente pelo alicerce da ortodoxia: o capital financeiro desregulado.
(Carta Maior; 2º feira, 08/08/ 2011)
Risco de convulsão nos mercados nesta 2º feira obrigou o Banco Central europeu a despertar de seu longo cochilo ortodoxo em pleno domingo. Líderes pressionaram e conseguiram. O BCE anunciou a disposição de comprar títulos da dívida pública italiana e espanhola. A mensagem aos detentores desses papéis e ao mercado em geral é: a) eles tem liquidez; b) há um comprador de última instância, disposto a honrar o valor de face de cada título. O BCE assumiu a fórceps --e não se sabe se com fôlego para tanto- funções de um fundo garantidor das duas maiores dívidas públicas da zona do euro: Itália e Espanha precisam de US$ 375 bilhões até dezembro para rolar seus débitos. Tenta-se assim consertar uma falha de origem da União Europeia: os governos tem soberania para fazer dívida e emitir títulos, mas não dispõem da mesma prerrogativa na emissão de moeda que possa assegurar a solvência desses papéis. Na semana passada, o comportamento pró-cíclico do BCE ---leia-se, ortodoxo e submisso aos mercados-- quase quebrou a 3º e a 4º maiores economias da zona do euro. Numa conjuntura de extrema insegurança, em meio ao desastre fiscal nos EUA, o BCE deixou aos mercados a tarefa de decidir a sorte e a soberania da Espanha e da Itália. Berlusconi e Zapatero tiveram que pagar taxas recordes de juros para financiar seu passivo. O premiê italiano ofereceu aos mercados um upgrade no pacote de arrocho lançado em julho. Vai antecipar medidas que visam escalpelar pobres, aposentados, crianças, estudantes e casais em início de vida. Fará isso subtraindo-lhes isenções fiscais e congelando benefícios, ademais de privatizar estatais e ‘afrouxar' garantias trabalhistas. Zapatero viu o desastre econômico invadir seu futuro político: pesquisas eleitorais já mostram vantagem da direita na sucessão espanhola, em novembro . A intervenção do BCE é positiva. Mesmo num condomíni0 predominantemente conservador como a UE, cresce a percepção de que não há saída para a crise sem forte intervenção estatal nos mercados. Resta saber se ainda há tempo e fôlego fiscal -- os Estados foram exauridos para salvar os mercados em 2008-- para reverter o quadro, após anos de condução ortodoxa de uma crise produzida justamente pelo alicerce da ortodoxia: o capital financeiro desregulado.
(Carta Maior; 2º feira, 08/08/ 2011)
Re: Crise Econômica Mundial
'Houve um tempo em que o povo trabalhador dos Estados Unidos podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Esse tempo terminou no dia 5 de agosto de 1981'. Artigo de Michael Moore postado no local adequado, "EUA: Ascensão e queda de uma grande potência" (viewtopic.php?f=11&t=16800&p=5181224#p5181224).
Re: Crise Econômica Mundial
E aí Tulhocito, o mundo acabou? As bolsas acabaram? Afinal a tal segunda negra, está mais para listrada ou cinza.
Vou repetir, vamos continuar a assistir um gigantesco ajuste mundial, EUA e boa parte da Europa vão ficar estagnados por um bom tempo ainda. O ajuste dos EUA pode ser feito em parte via moeda, a UE não tem essa escolha. O pior que pode acontecer é o fim do EURO. Aí teríamos um ajuste mais rápido na Europa.
Acabou os tempos em que o mercado financeiro podia criar riqueza do nada, agora todos vão ter que ralar para ganhar dinheiro.
[]´s
Vou repetir, vamos continuar a assistir um gigantesco ajuste mundial, EUA e boa parte da Europa vão ficar estagnados por um bom tempo ainda. O ajuste dos EUA pode ser feito em parte via moeda, a UE não tem essa escolha. O pior que pode acontecer é o fim do EURO. Aí teríamos um ajuste mais rápido na Europa.
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- Túlio
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Re: Crise Econômica Mundial
Ainda é meio cedo, PRICK! As notícias não são nada animadoras, optar por RECESSÃO para TENTAR escapar de DEPRESSÃO eu não chamaria de ÓTIMA NOTÍCIA. Para ninguém. Lembrar que a 'marolinha' nos colocou em recessão técnica (dois trimestres em baixa). O que o MAROLÃO não fará?
Mas claro que estou satisfeito por, ATÉ AGORA, o mundo não ter explodido. A josta é que temos uma longa semana - para não dizer um longo ANO - pela frente e essa gente lá de cima do mundo só faz kgada, a Dilma já deve estar com o dedo no botão de descer juro (torço pelo Plano Brasil Maior, acredites)...
Sem contar que situações assim são um paraíso para a direita (que primeiro as cria e depois se beneficia eleitoralmente) e para a esquerda (que faz a cabeça do povão para alternativas OUTRAS que o voto), ficando o centro isolado e a Democracia a perigo. Quem quer DIÁLOGO quando o bolso está a perigo e aparece um MESSIAS?
Esperemos y veamos, como diz o SUT.
Mas claro que estou satisfeito por, ATÉ AGORA, o mundo não ter explodido. A josta é que temos uma longa semana - para não dizer um longo ANO - pela frente e essa gente lá de cima do mundo só faz kgada, a Dilma já deve estar com o dedo no botão de descer juro (torço pelo Plano Brasil Maior, acredites)...
Sem contar que situações assim são um paraíso para a direita (que primeiro as cria e depois se beneficia eleitoralmente) e para a esquerda (que faz a cabeça do povão para alternativas OUTRAS que o voto), ficando o centro isolado e a Democracia a perigo. Quem quer DIÁLOGO quando o bolso está a perigo e aparece um MESSIAS?
Esperemos y veamos, como diz o SUT.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Crise Econômica Mundial
É o mês do cachorro louco. Ainda bem que dia 13 é sábado.
Saudações,
Luciano.
__________________
Suas decisões de ontem definiram sua atual situação.
As decisões de hoje definirão quem você será e onde estará amanhã.
Luciano.
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Re: Crise Econômica Mundial
Olha, em branco eu acho que não vai passar não, mas se estivéssemos sob o madarinato demotucano hoje, estaríamos na maior recessão da galáxia, and beyond.
Qualquer crisezinha lá fora o Brasil quebrava e pedia 10 bi de empréstimo ao FMI.
O que são 10 Bi hoje prá nós?
Troco de pinga, graças à Deus!
Que vamos pagar uma parte dessa cota dos caras, vamos sim.
Mas sofreremos muuuuuito menos que no passado.
Qualquer crisezinha lá fora o Brasil quebrava e pedia 10 bi de empréstimo ao FMI.
O que são 10 Bi hoje prá nós?
Troco de pinga, graças à Deus!
Que vamos pagar uma parte dessa cota dos caras, vamos sim.
Mas sofreremos muuuuuito menos que no passado.
- akivrx78
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Re: Crise Econômica Mundial
Eu acho que as coisas devem piorar muito o Eua parece estar fazendo de tudo para desvalorizar sua moeda nem que isto leve a travar o crescimento global.São Paulo, 8 de Agosto de 2011.
ECONOMIA & FINANÇAS
Rebaixamento da nota de crédito dos EUA preconiza crise global
Por Thiago Flores*
A agência de rating S&P (Standard & Poor´s) rebaixou na sexta-feira (05/08) a nota de risco de crédito dos EUA de "AAA" para "AA+" pela primeira vez nos últimos 70 anos. A S&P revidou ainda, a seguir, as afirmações de Washington de que um erro de cálculo cometido pelo Tesouro norte-americano teria levado ao rebaixamento e deveria ser corrigido. A agência corrigiu os valores em questão, mas esclareceu, contudo, que isso não muda em nada o rebaixamento da nota de crédito do país.
O presidente da S&P, John Chambers, justificou sua decisão, em entrevista à emissora CNN, ao apontar para a urgente necessidade "de manter o orçamento norte-americano sob controle". As duas outras grandes agências de rating – Moody's e Fitch – pretendem manter, pelo menos a priori, suas notas máximas para os EUA.
Com o rebaixamento, os títulos públicos dos EUA, antes considerados os mais seguros do mundo, passaram a ter notas de crédito mais baixas que os de países como a Alemanha, o Reino Unido, a França e o Canadá. Como o dólar é considerado uma moeda-guia no mercado internacional, analistas temem mais turbulências para os próximos dias.
Mercado e bolsas ao longo do mundo já tem viés de baixa e a expectativa é de fechamento de baixa e desvalorização do dólar frente as demais moedas.
* Thiago Flores é Administrador – EAESP-FGV, Mestre em Economia de Negócios – EESP – FGV, Mestre em Finanças – IBMEC/INSPER – SP, Consultor de empresas e CFO à FF Consult ®
http://www.administradores.com.br/infor ... bal/57306/
Eles parecem não estarem satisfeitos em continuar ter déficits comerciais principalmente com a China.
A pergunta magica esta estrategia vai dar certo?
Re: Crise Econômica Mundial
Não se pode viver uma vida artificialmente rica impunemente.
O mundo deveria desenvolver um mecanismo econômico de imunização contra essa tentativa americana (ou de qualquer outro país) de empurrar a conta para os outros países pagarem.
O mundo deveria desenvolver um mecanismo econômico de imunização contra essa tentativa americana (ou de qualquer outro país) de empurrar a conta para os outros países pagarem.
- akivrx78
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Re: Crise Econômica Mundial
A política perversa da crise financeira
08 Agosto2011 | 11:47
Luigi Zingales
Ao tentar entender o padrão e o momento das intervenções governamentais durante a crise financeira, devemos talvez concluir que, parafraseando o filósofo francês Blaise Pascal, os políticos têm incentivos que a economia não consegue entender.
Do ponto de vista económico, o problema é simples. Quando a solvência soberana se deteriora significativamente, a sua sobrevivência torna-se dependente das expectativas do mercado. Se as expectativas indicarem que a Itália é solvente, os mercados vão emprestar a taxas de juro mais baixas. A Itália vai ser capaz de cumprir as obrigações actuais e muito provavelmente, também, as obrigações futuras. Mas se muitas pessoas começarem a duvidar da solvência do país e a exigir um prémio mais elevado, o défice orçamental do país vai piorar e é provável que a Itália entre em incumprimento.
Se um devedor como a Itália acaba protegido pelas boas expectativas ou cai num pesadelo depende, muitas vezes, de algumas "notícias coordenadas". Se todos esperarem que um corte de "rating" torne a dívida italiana insustentável, a Itália entrará, de facto, em incumprimento após o corte, independentemente dos efeitos deste corte na economia real. Esta é a maldição do que os economistas chamam de "equilíbrio múltiplo": quando espero que os outros comecem a fugir, é óptimo para mim começar também a fugir; mas se todos mantiverem a calma, não tenho incentivos para fazer algo diferente da maioria.
Tendo em conta esta dinâmica económica, parece haver duas receitas políticas óbvias. Em primeiro lugar, é muito perigoso para qualquer país aproximar-se de um ponto em que a insolvência pode facilmente ser desencadeada. Apesar de ninguém conseguir antecipar este ponto, é óbvio quando começam a soar os primeiros sinais de alarme. Dado o enorme custo de um incumprimento, qualquer governo deve ficar afastado da zona de perigo.
A segunda receita assume que se, por alguma razão, algum país acabar por entrar na zona de perigo, só há duas respostas que fazem sentido económico. Ou as autoridades reconhecem imediatamente a inevitabilidade de um incumprimento e não gastam recursos para o evitar, ou acreditam que um incumprimento pode ser evitado e disponibilizam todos os recursos à sua disposição o mais depressa possível. Tal como em muitas guerras, um agravamento numa crise financeira leva muitas vezes ao pior resultado possível: uma derrota com elevados prejuízos.
Essa é, infelizmente, a história da intervenção das autoridades norte-americanas durante a crise financeira de 2008. Após o colapso do Bear Stearns ficou claro que iriam haver mais problemas. Ainda assim, o governo dos Estados Unidos não fez nada. Em Julho de 2008, quando a Fannie Mae e a Freddie Mac foram consideradas insolventes, o Secretário do Tesouro prometeu, então, resolver o problema com uma bazuca mas acabou por resolver o problema apenas com uma bala. Foi só após o colapso do Lehman Brothers que Paulson foi ao Congresso procurar a aprovação de um pacote de 700 mil milhões de dólares para estabilizar o sistema financeiro. Mesmo isso acabou por insuficiente.
A mesma farsa parece estar a ter lugar na Europa. Se as autoridades europeias achavam que a Grécia precisava de ser salva, uma intervenção imediata poderia ter minimizado os recursos necessários. Se pensavam que a Grécia devia entrar em incumprimento, uma decisão nesse sentido tinha também minimizado os custos. Agora estamos no segundo pacote de ajuda e parece não haver fim à vista. Entretanto, a Itália está a afundar-se.
Podemos argumentar que os políticos agiram desta maneira porque não entenderam a natureza económica desta crise. Não concordo. Penso que o que os levou a agir desta maneira não foi falta de conhecimento mas sim incentivos perversos.
Primeiro que tudo, mesmo para alguém com os melhores incentivos, é difícil escolher um custo menor que seja pago já em vez de um custo maior que poderá diminuir no futuro. Para um político eleito que já não estará em funções (ou mesmo vivo) quando os custos mais elevados se materializarem a escolha é óbvia. É por isso que os países acumulam dívidas que os colocam na zona de perigo.
Em segundo, não há nenhuma compensação política de enfrentar uma guerra preventiva. Pelo contrário, agir depois dos problemas terem rebentado gera um enorme capital político. Se Franklin Roosevelt tivesse conseguido evitar o ataque a Pearl Harbor com uma intervenção preventiva contra o Japão, ainda estaríamos a discutir se a guerra com o Japão era evitável. Roosevelt esperou e só agiu após a catástrofe e tem sido considerado um salvador. Para agir os políticos precisam de consensos. Mas estes normalmente só aparecem depois dos custos de não fazer nada serem demasiado visíveis. Nesta altura, é muitas vezes demasiado tarde para evitar o pior resultado.
Estes incentivos estão presentes em todas as democracias. Não podem ser eliminados. Mas podem ser atenuados. O Pacto de Estabilidade e Crescimento da Europa foi um esforço nesse sentido - ao criar incentivos para que os países da Zona Euro se mantivessem afastados da zona de perigo. Infelizmente, o pacto falhou miseravelmente. Mas se queremos que o euro sobreviva - e que outros países evitem crises de dívida soberana - precisamos de regras à prova de políticos.
Luigi Zingales é professor de empreendedorimo e finanças na Universidade de Chicago e co-autor, com Raghuram G. Rajan, do livro "Saving Capitalism from the Capitalists".
© Project Syndicate, 2011.
http://www.project-syndicate.org
Tradução: Ana Luísa Marques
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500443
08 Agosto2011 | 11:47
Luigi Zingales
Ao tentar entender o padrão e o momento das intervenções governamentais durante a crise financeira, devemos talvez concluir que, parafraseando o filósofo francês Blaise Pascal, os políticos têm incentivos que a economia não consegue entender.
Do ponto de vista económico, o problema é simples. Quando a solvência soberana se deteriora significativamente, a sua sobrevivência torna-se dependente das expectativas do mercado. Se as expectativas indicarem que a Itália é solvente, os mercados vão emprestar a taxas de juro mais baixas. A Itália vai ser capaz de cumprir as obrigações actuais e muito provavelmente, também, as obrigações futuras. Mas se muitas pessoas começarem a duvidar da solvência do país e a exigir um prémio mais elevado, o défice orçamental do país vai piorar e é provável que a Itália entre em incumprimento.
Se um devedor como a Itália acaba protegido pelas boas expectativas ou cai num pesadelo depende, muitas vezes, de algumas "notícias coordenadas". Se todos esperarem que um corte de "rating" torne a dívida italiana insustentável, a Itália entrará, de facto, em incumprimento após o corte, independentemente dos efeitos deste corte na economia real. Esta é a maldição do que os economistas chamam de "equilíbrio múltiplo": quando espero que os outros comecem a fugir, é óptimo para mim começar também a fugir; mas se todos mantiverem a calma, não tenho incentivos para fazer algo diferente da maioria.
Tendo em conta esta dinâmica económica, parece haver duas receitas políticas óbvias. Em primeiro lugar, é muito perigoso para qualquer país aproximar-se de um ponto em que a insolvência pode facilmente ser desencadeada. Apesar de ninguém conseguir antecipar este ponto, é óbvio quando começam a soar os primeiros sinais de alarme. Dado o enorme custo de um incumprimento, qualquer governo deve ficar afastado da zona de perigo.
A segunda receita assume que se, por alguma razão, algum país acabar por entrar na zona de perigo, só há duas respostas que fazem sentido económico. Ou as autoridades reconhecem imediatamente a inevitabilidade de um incumprimento e não gastam recursos para o evitar, ou acreditam que um incumprimento pode ser evitado e disponibilizam todos os recursos à sua disposição o mais depressa possível. Tal como em muitas guerras, um agravamento numa crise financeira leva muitas vezes ao pior resultado possível: uma derrota com elevados prejuízos.
Essa é, infelizmente, a história da intervenção das autoridades norte-americanas durante a crise financeira de 2008. Após o colapso do Bear Stearns ficou claro que iriam haver mais problemas. Ainda assim, o governo dos Estados Unidos não fez nada. Em Julho de 2008, quando a Fannie Mae e a Freddie Mac foram consideradas insolventes, o Secretário do Tesouro prometeu, então, resolver o problema com uma bazuca mas acabou por resolver o problema apenas com uma bala. Foi só após o colapso do Lehman Brothers que Paulson foi ao Congresso procurar a aprovação de um pacote de 700 mil milhões de dólares para estabilizar o sistema financeiro. Mesmo isso acabou por insuficiente.
A mesma farsa parece estar a ter lugar na Europa. Se as autoridades europeias achavam que a Grécia precisava de ser salva, uma intervenção imediata poderia ter minimizado os recursos necessários. Se pensavam que a Grécia devia entrar em incumprimento, uma decisão nesse sentido tinha também minimizado os custos. Agora estamos no segundo pacote de ajuda e parece não haver fim à vista. Entretanto, a Itália está a afundar-se.
Podemos argumentar que os políticos agiram desta maneira porque não entenderam a natureza económica desta crise. Não concordo. Penso que o que os levou a agir desta maneira não foi falta de conhecimento mas sim incentivos perversos.
Primeiro que tudo, mesmo para alguém com os melhores incentivos, é difícil escolher um custo menor que seja pago já em vez de um custo maior que poderá diminuir no futuro. Para um político eleito que já não estará em funções (ou mesmo vivo) quando os custos mais elevados se materializarem a escolha é óbvia. É por isso que os países acumulam dívidas que os colocam na zona de perigo.
Em segundo, não há nenhuma compensação política de enfrentar uma guerra preventiva. Pelo contrário, agir depois dos problemas terem rebentado gera um enorme capital político. Se Franklin Roosevelt tivesse conseguido evitar o ataque a Pearl Harbor com uma intervenção preventiva contra o Japão, ainda estaríamos a discutir se a guerra com o Japão era evitável. Roosevelt esperou e só agiu após a catástrofe e tem sido considerado um salvador. Para agir os políticos precisam de consensos. Mas estes normalmente só aparecem depois dos custos de não fazer nada serem demasiado visíveis. Nesta altura, é muitas vezes demasiado tarde para evitar o pior resultado.
Estes incentivos estão presentes em todas as democracias. Não podem ser eliminados. Mas podem ser atenuados. O Pacto de Estabilidade e Crescimento da Europa foi um esforço nesse sentido - ao criar incentivos para que os países da Zona Euro se mantivessem afastados da zona de perigo. Infelizmente, o pacto falhou miseravelmente. Mas se queremos que o euro sobreviva - e que outros países evitem crises de dívida soberana - precisamos de regras à prova de políticos.
Luigi Zingales é professor de empreendedorimo e finanças na Universidade de Chicago e co-autor, com Raghuram G. Rajan, do livro "Saving Capitalism from the Capitalists".
© Project Syndicate, 2011.
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Re: Crise Econômica Mundial
Bélgica interrompe férias parlamentares e tenta evitar contágio da crise da dívida
08 Agosto 2011 | 18:28
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois de a Itália e a Espanha acelerarem medidas de austeridade, foi a vez de outro país apontado como possível vítima do contágio da crise da dívida se antecipar. O país vai interromper as férias parlamamentares para acelerar a aprovação das medidas decididas na cimeira europeia de 21 de Julho. E reafirmou o compromisso de redução do défice orçamental.
A Bélgica seguiu a Itália e a Espanha e sentiu necessidade de dar sinais aos mercados de que não faz sentido ser envolvida na crise da dívida. Por isso, reiterou hoje a sua intenção de reduzir o défice orçamental do país abaixo do indicado pelas instituições europeias e interrompeu as férias parlamentares para aprovar as medidas europeias.
“Estamos permanentemente em vigilância, não baixamos a guarda”, disse o porta-voz do Parlamento belga, André Flahaut. “Estamos preparados para responder rapidamente a nível parlamentar”, declarou, citado pela Dow Jones.
E isso é algo mostrado pela decisão hoje anunciada. Os trabalhos parlamentares vão ter início antes do previsto e espera-se que o primeiro plenário possa acontecer até no final de Agosto.
O objectivo é acelerar a aprovação das decisões da cimeira de 21 de Julho, como o segundo resgate à Grécia e o aumento dos poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que inclui a recapitalização dos bancos. O primeiro-ministro de gestão, Yves Leterme (na foto) responde, assim, aos apelos dos líderes europeus, que pedem uma rápida aprovação das medidas acordadas na cimeira.
A Bélgica esteve quase sempre na mira de um possível contágio da crise da dívida, embora tenha sido ultrapassada pela Espanha e pela Itália nos últimos meses. Contudo, também os juros das obrigações belgas no mercado secundário têm estado a subir e o prémio de risco face às “bunds” alemães alcançou um máximo desde a entrada no euro na semana passada. Uma situação agravada pelo facto de o país ser liderado por um governo de gestão há mais de um ano.
Além das medidas europeias, também a redução do défice foi reafirmada hoje. “Há um compromisso de todas as formações políticas” para que o défice público fique abaixo da meta de 3,6% em 2011 (o objectivo definido é de 4,1%) e de 3% no próximo ano, afirmou igualmente o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, citado pela Efe.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=500529
08 Agosto 2011 | 18:28
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois de a Itália e a Espanha acelerarem medidas de austeridade, foi a vez de outro país apontado como possível vítima do contágio da crise da dívida se antecipar. O país vai interromper as férias parlamamentares para acelerar a aprovação das medidas decididas na cimeira europeia de 21 de Julho. E reafirmou o compromisso de redução do défice orçamental.
A Bélgica seguiu a Itália e a Espanha e sentiu necessidade de dar sinais aos mercados de que não faz sentido ser envolvida na crise da dívida. Por isso, reiterou hoje a sua intenção de reduzir o défice orçamental do país abaixo do indicado pelas instituições europeias e interrompeu as férias parlamentares para aprovar as medidas europeias.
“Estamos permanentemente em vigilância, não baixamos a guarda”, disse o porta-voz do Parlamento belga, André Flahaut. “Estamos preparados para responder rapidamente a nível parlamentar”, declarou, citado pela Dow Jones.
E isso é algo mostrado pela decisão hoje anunciada. Os trabalhos parlamentares vão ter início antes do previsto e espera-se que o primeiro plenário possa acontecer até no final de Agosto.
O objectivo é acelerar a aprovação das decisões da cimeira de 21 de Julho, como o segundo resgate à Grécia e o aumento dos poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que inclui a recapitalização dos bancos. O primeiro-ministro de gestão, Yves Leterme (na foto) responde, assim, aos apelos dos líderes europeus, que pedem uma rápida aprovação das medidas acordadas na cimeira.
A Bélgica esteve quase sempre na mira de um possível contágio da crise da dívida, embora tenha sido ultrapassada pela Espanha e pela Itália nos últimos meses. Contudo, também os juros das obrigações belgas no mercado secundário têm estado a subir e o prémio de risco face às “bunds” alemães alcançou um máximo desde a entrada no euro na semana passada. Uma situação agravada pelo facto de o país ser liderado por um governo de gestão há mais de um ano.
Além das medidas europeias, também a redução do défice foi reafirmada hoje. “Há um compromisso de todas as formações políticas” para que o défice público fique abaixo da meta de 3,6% em 2011 (o objectivo definido é de 4,1%) e de 3% no próximo ano, afirmou igualmente o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, citado pela Efe.
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Re: Crise Econômica Mundial
Mídia chinesa culpa excessos militares dos EUA por crise
segunda-feira, 8 de agosto de 2011 07:34 BRT
PEQUIM (Reuters) - A mídia estatal da China disse nesta segunda-feira que os enormes gastos militares dos Estados Unidos são os culpados pela crise que levou ao rebaixamento do rating do país.
A agência de notícias Xinhua advertiu os EUA para não tentar estimular as exportações por meio do enfraquecimento do dólar, algo que teria impacto dramático sobre a China, já que cerca de 70 por cento das reservas internacionais chinesas estão investidas em ativos denominados na moeda norte-americana.
A China também tem um gasto pesado com suas forças armadas de 2,3 milhões de pessoas, voltando a um aumento de dois dígitos neste ano. Isso gera desconforto entre os vizinhos e nos EUA.
Em cerca de 93,5 bilhões de dólares para 2011, o orçamento chinês de defesa ainda é pequeno em relação ao dos EUA. Em fevereiro, o Pentágono cedeu um orçamento de 553 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2012, embora o governo de Barack Obama esteja procurando reduzir os gastos militares.
"Precisa ser compreendido que se os EUA, a Europa e outras economias avançadas não conseguirem arcar com sua responsabilidade e continuarem com sua confusão incessante em torno de interesses egoístas, isso seriamente impedirá o desenvolvimento estável da economia global", dizia um artigo do jornal People's Daily, porta-voz principal do Partido Comunista chinês.
© Thomson Reuters 2011 All rights reserved.
http://br.reuters.com/article/topNews/i ... 0Z20110808
segunda-feira, 8 de agosto de 2011 07:34 BRT
PEQUIM (Reuters) - A mídia estatal da China disse nesta segunda-feira que os enormes gastos militares dos Estados Unidos são os culpados pela crise que levou ao rebaixamento do rating do país.
A agência de notícias Xinhua advertiu os EUA para não tentar estimular as exportações por meio do enfraquecimento do dólar, algo que teria impacto dramático sobre a China, já que cerca de 70 por cento das reservas internacionais chinesas estão investidas em ativos denominados na moeda norte-americana.
A China também tem um gasto pesado com suas forças armadas de 2,3 milhões de pessoas, voltando a um aumento de dois dígitos neste ano. Isso gera desconforto entre os vizinhos e nos EUA.
Em cerca de 93,5 bilhões de dólares para 2011, o orçamento chinês de defesa ainda é pequeno em relação ao dos EUA. Em fevereiro, o Pentágono cedeu um orçamento de 553 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2012, embora o governo de Barack Obama esteja procurando reduzir os gastos militares.
"Precisa ser compreendido que se os EUA, a Europa e outras economias avançadas não conseguirem arcar com sua responsabilidade e continuarem com sua confusão incessante em torno de interesses egoístas, isso seriamente impedirá o desenvolvimento estável da economia global", dizia um artigo do jornal People's Daily, porta-voz principal do Partido Comunista chinês.
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Re: Crise Econômica Mundial
Circuit Breacker(paralisação automatica) quase sendo acionado na Bovespa, acontece quando chega a -10%, já esta em -9,4%.
O Troll é sutil na busca por alimento.
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Re: Crise Econômica Mundial
BLACK MONDAY
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Re: Crise Econômica Mundial
Países do G-20 prometem ação coordenada para enfrentar crise internacional
Em comunicado divulgado hoje (8), os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do grupo asseguram que tomarão medidas para impedir que as turbulências nos mercados financeiros mundiais tenham impacto sobre o crescimento econômico dos países
AGÊNCIA BRASIL 08/08/2011 14h00
Os países do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, se comprometeram a agir de forma coordenada para impedir a disseminação da crise econômica dos países desenvolvidos por todo o planeta. Em comunicado divulgado hoje (8), os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do grupo asseguram que tomarão medidas para impedir que as turbulências nos mercados financeiros mundiais tenham impacto sobre o crescimento econômico dos países.
“Nós, os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do G-20, afirmamos o nosso comprometimento em adotar todas as iniciativas necessárias de forma coordenada para apoiar a estabilidade financeira e estimular um crescimento econômico mais forte, com espírito de cooperação e confiança”, informou o texto.
A nota destacou ainda que as equipes econômicas dos países do G-20 intensificarão o contato nas próximas semanas para tentar retomar a estabilidade e a liquidez nos mercados financeiros. “Ademais, nós vamos continuar a trabalhar intensamente para alcançar resultados concretos em apoio a um crescimento forte, sustentável e equilibrado no contexto do Arcabouço para Crescimento do G-20”, concluiu o comunicado.
http://www.correiodoestado.com.br/notic ... se_120533/
Em comunicado divulgado hoje (8), os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do grupo asseguram que tomarão medidas para impedir que as turbulências nos mercados financeiros mundiais tenham impacto sobre o crescimento econômico dos países
AGÊNCIA BRASIL 08/08/2011 14h00
Os países do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, se comprometeram a agir de forma coordenada para impedir a disseminação da crise econômica dos países desenvolvidos por todo o planeta. Em comunicado divulgado hoje (8), os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do grupo asseguram que tomarão medidas para impedir que as turbulências nos mercados financeiros mundiais tenham impacto sobre o crescimento econômico dos países.
“Nós, os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do G-20, afirmamos o nosso comprometimento em adotar todas as iniciativas necessárias de forma coordenada para apoiar a estabilidade financeira e estimular um crescimento econômico mais forte, com espírito de cooperação e confiança”, informou o texto.
A nota destacou ainda que as equipes econômicas dos países do G-20 intensificarão o contato nas próximas semanas para tentar retomar a estabilidade e a liquidez nos mercados financeiros. “Ademais, nós vamos continuar a trabalhar intensamente para alcançar resultados concretos em apoio a um crescimento forte, sustentável e equilibrado no contexto do Arcabouço para Crescimento do G-20”, concluiu o comunicado.
http://www.correiodoestado.com.br/notic ... se_120533/