Pepê Rezende escreveu:Engraçado, com canhões de 40mm deram conta do recado. Com Phalanx e Barak, não... Dá para pensar.
Você ainda está se referindo aos Stix sírios em Latakia, quase 40 anos atrás? É esta a referência que você usa para os FUTUROS meios da MB, a maioria dos quais ainda estarão sendo construídos daqui a mais de dez anos? Isso sim dá o que pensar.
Este aliás é um erro bastante comum nas FA´s brasileiras, que foi sempre apontado pela Koslova. Ao definir a especificação para seus novos sistemas e meios a tendência em geral é olhar para o passado, e não para o futuro. Como engenheiro aprendi a não fazer isso.
LeandroGCard escreveu:Nesse ponto empatamos. Também prefiro ACLOS, o que nos leva para longe do Umkhonto, ou não?
Sim, já disse que não acho boa idéia usar Umkhonto ou Mica VL. São opções possíveis para a defesa de curto/médio alcance, mas longe do ideal.
LeandroGCard escreveu:Não me importa o que estão discutindo no Força Terrestre. Conversei com os russos e eles usam o TOR em progressão, complementando o Pantsyr...
Não duvido nem um pouco que o usem assim também, se fosse eu o comandante do exército e eles estivessem disponíveis eu assim os usaria. Na verdade seus mísseis tem alcance útil maior que o do Pantsyr, e obviamente podem ser úteis também. Mas isso não significa que tenham sido projetados especificamente para esta função.
LeandroGCard escreveu:O canhão, por ser conteirável, cobre uma área bem importante. Vou deixar claro o que penso: contra aviões e helicópteros os mísseis são imprescindiveis. O canhão é última linha de defesa.
Sim, canhões são a última linha de defesa contra mísseis (aviões e helis nunca chegariam ao seu alcance). Por isso vamos abandonar uma das outras linhas? Para economizar menos de 10% do valor de um navio de mais de 500 milhões?
O Phalcon está inoperante. Existe outros AWACs ativos no continente além dos nossos?
Tantos quantos são os A-4M e AWAC's ativos na MB
. E levando em conta os tempos de modernização dos F-5, AMX e P-3, o que você acha que entraria em operação mais rápido, um novo AWAC para a a Venezuala ou o Chile ou nossos X-Figther..., quer dizer, A-4M? Falando sério, estes 6 ou 12 A-4M serão tudo o que a MB terá para defender seus navios por pelo menos mais 20 anos, provavelmente mais tempo. Quantos AWAC´s poderiam ser comprados e colocados em operação por quem quisesse durante este período.
Todos operariam sem AWACs no estremo de seu raio de ação. Ou não? Possuem navios aeródromos e reabastecedores suficientes para toda a Força? Também não. Aliás, Chile e Peru nem sequer compartilham um oceano conosco. Ou seja, seu raciocínio é completamente falacioso. Repito, PAPO DE VENDEDOR...
Estou usando Chile e Peru apenas como exemplos de países nossos vizinhos e menores do que o nosso que já poderiam ser uma ameaça se a MB precisasse passar por áquas que eles por qualquer motivo pretendessem bloquear. Mas se pegarmos países de fora do continente a situação só piora, e muito. Se nossa marinha só servirá para proteger nossas próprias águas territoriais, e nenhuma potência extra-continente pode ser considerada inimiga provável, por que cargas d'água tanto queremos fragatas novas? Vamos pegar as Type-22 e algumas OHP que ainda estejam flutuando, modernizá-las pelo menor custo possível ( e daqui a 15 anos fazemos o mesmo com as Type-23), complementá-las com OPV´s já estará bom até demais.
Para as ameaças futuras teremos o F-X2, capaz de enfrentar boa parte das ameaças aeronavais existentes, com a clara exceção dos EUA...
Quando a MB informar qual caça usará após os A-4M e quando seus novos PA´s estarão operacionais, voltamos a falar neste assunto. Até lá por favor vamos evitar falar de sonhos e manter a discussão no que tem chances de sair em menos do que 20 ou 25 anos. Depois disso podemos discutir as escoltas que estarão sendo planejadas para depois de 2025 ou 2030, vamos por enquanto discutir as que estão sendo planejadas para agora.
LeandroGCard escreveu:O CAAM usa uma guiagem mista: ACLOS e infravermelho. Minha opção segue o único prinípio de que é um sistema em desenvolvimento, do qual poderíamos participar desde uma fase preliminar. Afinal de contas, teremos o ASTER como arma principal. Concordo que SA-N-9 e Crotale NG são opções mais maduras, mas reforço, nenhum deles, inclusive o CAAM, é confiável como única defesa contra mísseis antinavios. A melhor defesa ainda é o canhão de médio calibre apoiado por uma boa suite ECM
Vou dizer mais uma vez, NÃO PROPONHO E NEM JAMAIS PROPUS USAR APENAS MÍSSEIS DE CURTO ALCANCE na defesa AAe de navios, acho até que eles deveriam ter mais canhões (você lê mesmo o que eu escrevo?). Mas acho no mínimo imprudente e uma absurda mesquinharia retirar uma camada de defesa de plataformas tão importantes.
Abraços,
Leandro G. Card