AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#46 Mensagem por Clermont » Ter Jul 14, 2009 6:21 pm

Aqui numa fonte onde a bibliografia cita o Alain Demurger afirma o oposto.
Mas, além disto, esse texto afirma coisas como:
"contendo informações sobre tecnologia naval (que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama) motivou a ideia de destruição dos templários e apoderamento dos seus vastos recursos."
Ou, então,
" (...) transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as caravelas portuguesas tinham as suas velas pintadas com a cruz templária."
Ou mais,
“O rei Filipe IV de França tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada.”

E, tais coisas, desculpe-me, não passam de fantasias esotéricas. Aliás, iguais aquelas que dizem que os Templários chegaram à América, antes de Cristóvão Colombo, para isto, utilizando as antigas rotas navais dos Vikings. Pode uma coisa dessas? O fato concreto é que, em termos de poder naval, a Ordem do Templo pode ser considerada como a Bolívia de hoje em dia.

Esse texto (Symbolom) apresenta uma bibliografia muito interessante, porém, há alguns problemas. Pois, difícil é acreditar que o autor tenha, realmente, lido, meticulosamente, muitos destes livros. Por exemplo, em certa altura, o texto afirma:
Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus lhe falara numa visão, alertando-o de que os Templários eram culpados de heresia, blasfêmia, idolatria, sodomia e, até mesmo, de feitiçaria (DEMURGER, Alain. O roubo do tesouro dos Templários. in: História Viva, ano 1, n° 4, fev. 2004. p. 66-69.)
Ou seja, tal declaração - absurda, diga-se - é citada como baseada neste artigo de Demurger. Realmente, eu não li tal obra, mas já li outros dois livros do autor francês. E isto permite-me dizer que tal atribuição é uma fraude. Pois, se Demurger tivesse declarado tal coisa, estaria contradizendo a si mesmo, nestas obras anteriores, além de dizer uma grande sandice. Então, até prova em contrário, permita-me duvidar do autor desse texto, aqui postado e não de Alain Demurger. As tais ordens lacradas foram emitidas pelo rei Felipe, O Belo, para suas autoridades de segurança - na França, não na Europa - e não pelo papa, que nada sabia sobre o caso.

Olha, sinceramente, esse texto tem muitas informações gerais, que eu considero corretas, sem dúvida, extraídas das obras na bibliografia. Mas, o autor - provavelmente, um maçom -, pra mim, utiliza-se, de forma dúbia, tais informações verídicas, para contrabandear, junto, essa visão esotérica sobre "mistérios"; "frotas templárias"; "tesouros templários" e "as origens templárias da maçonaria".

Mas, há um problema, seríssimo, com a seguinte afirmação:
Em Portugal foi criada, em 1319, a Ordem de Cristo (em latim,Ordo Militiae Jesu Christi) que teve como seu primeiro Mestre o antigo Mestre Templário em Portugal
O problema é que o ultimo mestre [comendador] do Templo em Portugal foi Dom Vasco Fernandes. E este não foi escolhido Mestre de Cristo e sim, Dom Gil Martins, que era, até aquela data, o Mestre da Ordem Militar de São Bento de Aviz. Então, como ficamos? Se Dom Gil Martins fosse um "zé ruela" qualquer, haveria margem para dúvidas, mas ele não era. Portanto, este é uma questão factual simples de se resolver. Ou ele era ou ele não era um templário. Suponho que deva existir sites de história portugueses que resolvam tal dúvida.

Da minha parte, eu fico com a opinião do capitão de cavalaria do Exército português Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos, que, na sua obra, “Portugal Militar” declara que Dom Gil Martins, na época da sua escolha para liderar a nova ordem, era, então, o Mestre da Ordem de Aviz.

Aliás, este capitão português ficou muito famoso, depois, com o pseudônimo “Carlos Selvagem”, tendo, portanto, uma grande credibilidade, não?




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#47 Mensagem por Al Zarqawi » Ter Jul 14, 2009 7:15 pm

Clermont escreveu:
Aqui numa fonte onde a bibliografia cita o Alain Demurger afirma o oposto.
Mas, além disto, esse texto afirma coisas como:
"contendo informações sobre tecnologia naval (que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama) motivou a ideia de destruição dos templários e apoderamento dos seus vastos recursos."
Ou, então,
" (...) transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as caravelas portuguesas tinham as suas velas pintadas com a cruz templária."
Ou mais,
“O rei Filipe IV de França tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada.”

E, tais coisas, desculpe-me, não passam de fantasias esotéricas. Aliás, iguais aquelas que dizem que os Templários chegaram à América, antes de Cristóvão Colombo, para isto, utilizando as antigas rotas navais dos Vikings. Pode uma coisa dessas? O fato concreto é que, em termos de poder naval, a Ordem do Templo pode ser considerada como a Bolívia de hoje em dia.
Poder naval realmente não tinham mas não invalida que tivessem conhecimentos nauticos são coisas diferentes.
Esse texto (Symbolom) apresenta uma bibliografia muito interessante, porém, há alguns problemas. Pois, difícil é acreditar que o autor tenha, realmente, lido, meticulosamente, muitos destes livros. Por exemplo, em certa altura, o texto afirma:
Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus lhe falara numa visão, alertando-o de que os Templários eram culpados de heresia, blasfêmia, idolatria, sodomia e, até mesmo, de feitiçaria (DEMURGER, Alain. O roubo do tesouro dos Templários. in: História Viva, ano 1, n° 4, fev. 2004. p. 66-69.)

Ou seja, tal declaração - absurda, diga-se - é citada como baseada neste artigo de Demurger. Realmente, eu não li tal obra, mas já li outros dois livros do autor francês. E isto permite-me dizer que tal atribuição é uma fraude. Pois, se Demurger tivesse declarado tal coisa, estaria contradizendo a si mesmo, nestas obras anteriores, além de dizer uma grande sandice. Então, até prova em contrário, permita-me duvidar do autor desse texto, aqui postado e não de Alain Demurger. As tais ordens lacradas foram emitidas pelo rei Felipe, O Belo, para suas autoridades de segurança - na França, não na Europa - e não pelo papa, que nada sabia sobre o caso.
Até acredito que o autor do livro tenha se equivocado na sua colocação,ou existir um erro de tradução facto mais provável.Agora,dizer que o Papa não sabia de nada quando foi ele que nomeou o próprio Dom Gil Martins como primeiro Mestre da Ordem de Cristo,aí discordo completamente.
Outra coisa,não duvido dos conhecimentos do Demurger acerca dos Templários,mas está muito longe de ser a única fonte e ainda se tratando de tal Ordem em Portugal,não lhe reconheço sequer grande autoridade para lhe dar crédito.Os portugueses conhecem muito bem esses intelectuais franceses quando se metem a querer ser experts em história de Portugal,geralmente a emenda é pior que o soneto.Mas são opiniões que valem pelo que vale e sem dúvida acrescentam algo ao tema.

Em Portugal foi criada, em 1319, a Ordem de Cristo (em latim,Ordo Militiae Jesu Christi) que teve como seu primeiro Mestre o antigo Mestre Templário em Portugal
O problema é que o ultimo mestre [comendador] do Templo em Portugal foi Dom Vasco Fernandes. E este não foi escolhido Mestre de Cristo e sim, Dom Gil Martins, que era, até aquela data, o Mestre da Ordem Militar de São Bento de Aviz. Então, como ficamos? Se Dom Gil Martins fosse um "zé ruela" qualquer, haveria margem para dúvidas, mas ele não era. Portanto, este é uma questão factual simples de se resolver. Ou ele era ou ele não era um templário. Suponho que deva existir sites de história portugueses que resolvam tal dúvida.

Da minha parte, eu fico com a opinião do capitão de cavalaria do Exército português Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos, que, na sua obra, “Portugal Militar” declara que Dom Gil Martins, na época da sua escolha para liderar a nova ordem, era, então, o Mestre da Ordem de Aviz.

Aliás, este capitão português ficou muito famoso, depois, com o pseudônimo “Carlos Selvagem”, tendo, portanto, uma grande credibilidade, não?
Concordo plenamente consigo,existe uma tremenda incoerência cronológica em tais argumentos.
Bem esperarei que alguém acrescente algo ao tema ou contradiga minhas suposições.Gosto deste período da história e gostaria de aprofundar meus conhecimentos que são apenas medianos.




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#48 Mensagem por Clermont » Sex Jul 22, 2011 5:53 pm

PESO DE ARMADURAS ALTEROU RESULTADO DE BATALHAS FAMOSAS.

O uso de armaduras na Idade Média era tão exaustivo para os soldados que pode ter alterado o resultado de batalhas famosas, segundo pesquisadores britânicos e italianos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... s_cc.shtml

Imagem

Cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e da Universidade de Milão, na Itália, monitoraram voluntários usando réplicas de armaduras do século XV enquanto eles corriam e andavam em esteiras para exercícios.

Eles descobriram que os homens gastavam duas vezes mais energia do que em uma caminhada normal, porque carregavam muito peso sobre as pernas e tinham dificuldades para respirar.

Na pesquisa, divulgada na publicação científica Proceedings of the Royal Society B, os pesquisadores dizem acreditar que o peso das armaduras podem ter afetado o resultado de batalhas históricas na Idade Média.

Eles usam como exemplo a Batalha de Agincourt, uma das principais vitórias da Inglaterra sobre a França, em 1415, durante a Guerra dos Cem Anos.

No confronto, os franceses foram vencidos pelos ingleses, apesar de os superarem em uma razão de aproximadamente 5 soldados franceses para cada inglês.

Mas segundo os pesquisadores, os franceses, que tinham que atravessar a pé um campo enlameado para chegar à frente de batalha dos ingleses, foram tão exauridos pelas armaduras durante a caminhada que não tiveram chances.

“Estas armaduras pesam entre 30 e 50 quilos, é uma fração muito grande do peso do corpo da pessoa que a estava usando”, disse o pesquisador britânico Graham Askew, que conduziu o estudo.

Batalhas.

No século XV, as armaduras eram construídas a partir de placas de aço interligadas, que cobriam o soldado da cabeça aos pés. Os pesquisadores acreditavam que a proteção extra trouxe mais peso e menos comodidade para os soldados - fato que, até agora, não havia sido comprovado por medições.

Para o estudo, quatro voluntários, que encenam batalhas para o Museu Nacional de Armas e Armaduras, em Leeds, usaram suas réplicas de armaduras inglesas, alemãs e italianas em uma esteira elétrica.

Os pesquisadores calcularam a energia gasta durante a corrida com base na quantidade de oxigênio que os voluntários respiravam e na quantidade de dióxido de carbono que produziam.

Câmeras de alta velocidade também ajudaram os cientistas a entender como os homens distribuíam a carga do peso da armadura entre seus membros durante a corrida.

As placas metálicas no peito e nas costas das armaduras também afetavam a respiração. Ao invés de conseguirem respirar profundamente enquanto corriam, os voluntários tinham que respirar rapidamente, o que demandava mais energia.

Dores nas pernas.

Os pesquisadores também compararam a performance dos voluntários com armaduras com a de outros carregando o peso equivalente em mochilas, de maneira semelhante ao que os soldados fazem atualmente.

Segundo Askew, apesar de o peso ser o mesmo, carregá-lo como armadura é mais 'custoso' em termos energéticos do que como mochila.

"Uma das principais razões para isso é que, quando você usa uma armadura, a maior parte do peso se concentra sobre as pernas – entre 7 e 8 quilos. Quando você anda, requer mais esforço dos músculos das pernas", disse.

Remover esta parte das armaduras, de acordo com o pesquisador, só foi possível a partir do século XVI, quando o desenvolvimento de armas de fogo dez com que o combate direto se tornasse menos frequente.




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#49 Mensagem por tflash » Sáb Jul 23, 2011 11:53 am

Isso eu posso comprovar. Tenho visitado feiras medievais quando posso e normalmente são feitos combates medievais onde o público pode observar e mesmo brincar um pouco com réplicas fieis de equipamento da época.

Só a cota de malha já tem um peso descomunal. Para as Espadas é preciso balanço para as manejar e pulsos fortes. Não é para qualquer um.




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#50 Mensagem por LEO » Sáb Jul 23, 2011 12:37 pm

Ah, mas isto é um tanto quanto óbvio, não?




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#51 Mensagem por Clermont » Sáb Jul 23, 2011 1:25 pm

LEO escreveu:Ah, mas isto é um tanto quanto óbvio, não?
De certa forma, sim, mas de outra, não.

Por exemplo, o mesmo problema está ocorrendo, hoje em dia, com os soldados americanos lutando no Afeganistão. Com suas blindagens corporais tão pesadas, não estão conseguindo se movimentar facilmente no campo de batalha, dando a vantagem aos guerrilheiros inimigos.

Muitos oficiais e praças combatentes estão procurando enfrentar esta tendência, mas tem dificuldades pois o uso de blindagens é uma norma geral de ação estabelecida pelos escalões superiores. E estes, não querem relaxar seu uso pois sabem que, quaisquer mortes ou ferimentos sofridos pela tropa, que for surpreendida sem seus equipamentos de proteção, serão exploradas pela mídia, desta forma, colocando em risco a carreira dos comandantes superiores.

O mesmo dilema dos Tempos Medievais: se não usasse armadura, ficava vulnerável demais à ação do inimigo, seja em corpo-a-corpo, ou enfrentando arqueiros e besteiros adversários. Mas, usando a armadura completa, ficavam com a mobilidade comprometida, dificultando o combate contra adversários mais levemente equipados. Aliás, a tática padrão dos muçulmanos era, sempre, tentar abater as montarias dos seus inimigos cristãos. Um cavaleiro derrubado do cavalo, era uma presa fácil.




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#52 Mensagem por delmar » Sáb Jul 23, 2011 7:07 pm

Vamos combinar o seguinte, quem tinha armadura completa e pesada, assim como cavalos, eram os membros da nobreza e os cavaleiros, uma classe especial. A maior parte da soldadesca usava o que tinha ao alcance da mão e nunca era a tal armadura completa. Li em algum lugar que uma armadura saia uma nota, os artesãos levavam meses para fazer uma. Só os nobres ricaços tinham daquelas completas. Os melhores artesãos faziam como os estilistas atuais da alta costura, gravavam o brasão de suas oficinas nas peças fabricadas. Assim o nobre que encomendara o material poderia gabar-se aos seus confrades. "Veja a minha armadura é Hugo Boss" e o outro replicava "A minha é George Armani".




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#53 Mensagem por kurgan » Sáb Jul 23, 2011 10:26 pm

delmar escreveu:Veja a minha armadura é Hugo Boss" e o outro replicava "A minha é George Armani".
:lol: :lol: :lol:




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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#54 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 28, 2011 12:06 pm

Epá Hugo Boss não, que isso é a marca da farda das SS. :twisted: 8-] :lol:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#55 Mensagem por FOXTROT » Qui Jul 28, 2011 12:14 pm

Eles usam como exemplo a Batalha de Agincourt, uma das principais vitórias da Inglaterra sobre a França, em 1415, durante a Guerra dos Cem Anos.

No confronto, os franceses foram vencidos pelos ingleses, apesar de os superarem em uma razão de aproximadamente 5 soldados franceses para cada inglês.
Esses franceses bons de briga :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:...




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#56 Mensagem por Wingate » Qui Jul 28, 2011 1:32 pm

Esses franceses bons de briga ...
Os ingleses tinham exímios arqueiros...

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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#57 Mensagem por tflash » Qui Jul 28, 2011 2:02 pm

Uns videos engraçados sobre o tema da conversa



http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_dos_Atoleiros













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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#58 Mensagem por Túlio » Qui Jul 28, 2011 2:54 pm

Para mim nos textos acima há novidades incríveis sobre o que tenho lido: por exemplo, em Agincourt, que eu saiba, A CAVALARIA, esta sim, pesadamente blindada, foi na frente e atolou no lamaçal. Foi uma confusão dos infernos, os cavaleiros que caíam à frente causavam a queda dos que vinham atrás a ponto de inviabilizar o avanço, inclusive da infantaria, LEVEMENTE BLINDADA e que foi bastante fustigada pelas flechas Inglesas (se usassem essa blindagem toda nem dariam bola para simples setas)! Era uma frente bem estreita e ficou atravancada. Então os Longbowmen Ingleses mantiveram os besteiros Franceses à distância (pelo maior alcance, precisão e cadência de tiro de suas armas) enquanto a infantaria Inglesa literalmente massacrava os cavaleiros Franceses com machados e marretas e isso armadura nenhuma segura, ao menos não com o cara caído na lama espessa, nem para levantar dava e aí sim, pelo peso da armadura, que competia às pernas DO CAVALO transportar. E para ficar mais claro, os Franceses tinhas BESTEIROS, cujas armas tinham menor alcance, precisão e cadência (para UM tiro de besta se efetuavam vários de arco, isso se pode ver mesmo hoje, com essas bestas de roldanas: mal ou bem tem que abaixar a arma, calçar o pé no estribo, puxar a corda, prender, colocar a seta, apontar e pressionar o gatilho; já com o arco é só colocar a flecha, puxar a corda, mirar e atirar!).

Achei bem sem noção a tale de 'pesquisa'... :roll: :roll: :roll: :roll:




Be fearful when others are greedy and be greedy when others are fearful.

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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#59 Mensagem por soultrain » Qui Jul 28, 2011 2:59 pm

É engraçado pegar numa cota de malha e passar para as mão de um incauto, o cérebro diz "isto é de malha, pesa pouco" mas assim que tem nas mãos o corpo inclina-se para a frente.





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Re: AS ORDENS MILITARES DAS CRUZADAS.

#60 Mensagem por pt » Qui Jul 28, 2011 4:43 pm

O estudo parece um pouco, história para vender jornais.

Todos sabemos que as armaduras provocavam graves problemas e eram demasiado pesadas. Estuda-se isso no ensino primário em Portugal desde pelo menos o inicio dos anos 70.

Em Aljubarrota, em 1385, num conflito que é visto como muitos como um derivado da guerra dos 100 anos (Portugal apoiava a Inglaterra e Castela apoiava a França), os portugueses venceram com uma proporção estimada em 5 para 1 ou 7 para 1 (conforme as versões).

A cavalaria pesada, numa arremetida poderia ter efeitos desastrosos. Era o equivalente a um ataque em massa de blindados. Dificilmente uma linha poderia aguentar, mesmo que fossem piqueiros ou alabardeiros.
Já para defender, nem por isso.
Por isso os cavaleiros portugueses em Aljubarrota desmontaram dos cavalos e lutaram a pé.

Os portugueses construiram o que seria hoje um campo minado anti-tanque, composto por fossos com estacas, destinados a fazer cair os cavalos.
A armadilha resultou e a cavalaria francesa, que tinha pedido a honra de avançar primeiro para vencer sozinha os portugueses, foi destruida.

A sucessão de insucessos da cavalaria pesada devia ter sido razão para que tivesse terminado mais cedo.
Os estudos feitos, também demonstravam que já no final do século XIV e inicio do século XV, a maioria das armaduras não conseguia deter o projectil de uma besta, disparada a curta distância.




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