SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#541 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 12:10 pm

Não se pode condenar empresas que apoiaram segregação Tflash? Na altura existia a segregação racial no EUA, para ter a visão histórica, mas não se pode condenar empresas que alem de apoiarem usaram trabalho escravo???


De uma vez por todas, quais foram as empresas ou estados que apoiaram o partido comunista russo com financiamento? Eles não precisavam, eram uma ditadura, não havia eleições foi uma revolução popular!!! Agora é óbvio que a Rússia fazia transacções no mercado internacional, era uma questão apenas de dinheiro.

Na Alemanha havia democracia com voto directo e a ascensão do partido Nazista foi apoiada e patrocinada por governos e por empresas, precisamente para enfrentar o comunismo. O partido Nazista era um partido rico, só para perceberem eles davam farda ao jornalistas e editores que cobriam eventos com Hitler, costume mantido durante o regime, havia uma encenação cénica brutal e só com muito dinheiro foi conseguida. E isto é um pormenor.

Para alguém ir ao Banco de Inglaterra levantar ouro de outros países...vejam onde chegava a ajuda externa, quando dinheiro avulso já não chegava.

Há vergonha do ocidente em reconhecer isso hoje, mas muita documentação já foi desclassificada.

Vou ainda mais longe, a riqueza actual Alemã vem dai, a Alemanha quase não pagou indemnizações de guerra, era para as pagar aquando a reunificação, como estava no contrato, mas foi rasgado com o beneplácito de todos.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#542 Mensagem por pt » Sáb Jul 16, 2011 12:23 pm

Apoiar não significa apoiar o partido comunista com dinheiro.

O apoio da Ford por exemplo foi claro.
A Ford começou a vender tractores para a URSS ainda em 1919. A guerra civil não tinha acabado e a «Russia vermelha» já recebia tractores dos malvados capitalistas. :mrgreen:
Até 1927 a URSS foi o maior cliente da Ford e dos tractores Fordson.
Em 1924, a Ford reorganiza a fábrica Putilov para produzir tractores.

Se isto não é apoio, eu não sei o que é ...

Quantas fábricas, quantos tractores americanos os alemães compraram depois de 1933 ?
Os Estados Unidos reconheceram a URSS apenas em 1933 (por uma incrivel coincidência apenas 10 meses depois de Hitler ter chegado ao poder), mas as empresas americanas já tinham estabelecido ligações com a URSS a um nivel que os soviéticos nunca gostaram de reconhecer.

As fábricas americanas estabeleciam acordos com quem lhes pagava e onde viam a possibilidade de fzer dinheiro.
Isto é verdade com a URSS e com a Alemanha antes e depois de Hitler.

A questão é:
Os Estados Unidos foram abrandando a sua posição perante a URSS, desde a guerra civil até 1933 quando reconheceram oficialmente o governo de Stalin.

É por isto que eu digo que não podemos dizer que os nazis eram melhor vistos que os comunistas até que a guerra começou.
A URSS era uma ditadura, mas uma ditadura que não se podia ignorar. Foi sendo aceite pelos europeus e a prova disso são as relações comerciais que se estabeleceram com os russos.

Havia movimentos comunistas nos Estados Unidos mas ligado a alguns sindicatos. Os nazistas tinham relações com os republicanos.
Como os democratas estavam no poder, eles nunca confiaram nos nazis, porque viam neles potenciais aliados do partido republicano.

É simples. Muito simples.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#543 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 12:36 pm

É simples, se conseguisse sair do seu transe perceberia o que escreve:

SÃO TRANSACÇÕES COMERCIAIS, A RUSSIA SEMPRE AS FEZ, A USSR IDEM, A COREIA DO NORTE, CUBA, CHILE DE PINOCHET, BRASIL NA DITADURA, FRANCO, SALAZAR ETC ETC!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!





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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#544 Mensagem por pt » Sáb Jul 16, 2011 12:39 pm

Na Alemanha havia democracia com voto directo e a ascensão do partido Nazista foi apoiada e patrocinada por governos e por empresas, precisamente para enfrentar o comunismo.
Além do governo da Itália, que financiou Hitler, diga-nos, já agora apontando alguma referência ou pelo menos indicio fidedigno, que outro governo financiou Hitler, de forma a que você possa afirmar que o ocidente apoiou Hitler ?
Vou ainda mais longe, a riqueza actual Alemã vem dai, a Alemanha quase não pagou indemnizações de guerra, era para as pagar aquando a reunificação, como estava no contrato, mas foi rasgado com o beneplácito de todos.
Acho que foi demasiado longe.
As razões pelas quais não foram pedidas à Alemanha indemnizações de guerra são conhecidas. Pretendia-se evitar a repetição do mesmo cenário de crise e ascensão dos extremistas ao poder.

A União Soviética é que queria indemnizações de guerra.
E os comunistas ainda hoje choram o facto...


Mas o tema é II guerra mundial.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#545 Mensagem por pt » Sáb Jul 16, 2011 12:42 pm

SÃO TRANSACÇÕES COMERCIAIS, A RUSSIA SEMPRE AS FEZ, A USSR IDEM, A COREIA DO NORTE, CUBA, CHILE DE PINOCHET, BRASIL NA DITADURA, FRANCO, SALAZAR ETC ETC!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
AHHH NÃO ME DIGA

Quando são transações comerciais com os comunistas, são apenas «transações comerciais», quando são com os nazistas, são «APOIO OCIDENTAL AO NAZISMO».
Estamos a falar de relações entre Estados e das relações comerciais entre empresas significativas.
Você está a falar de acontecimentos muito específicos a a deduzir que o apoio de alguns extremistas ingleses ou americanos ao Hitler é prova do APOIO OCIDENTAL.

Soultrain, você desculpe-me, mas acha que estamos todos bêbados ? :mrgreen:




Editado pela última vez por pt em Sáb Jul 16, 2011 12:49 pm, em um total de 1 vez.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#546 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 12:48 pm

De uma explicação para o ouro roubado, sim porque foi roubo, do Banco de Inglaterra.





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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#547 Mensagem por pt » Sáb Jul 16, 2011 12:56 pm

Soultrain, você desculpe, mas perdeu completamente o fio à meada.

Você está tão tomado por dogmas e ódios antigos, que não aparenta estar a raciocinar de forma adequada.

Repito:

Eu disse que não é correcto afirmar que os governos ocidentais (EUA, Grã Bretanha e França) tivessem visto a URSS como uma ameaça maior que a Alemanha.
O que afirmei e afirmo, é que as três principais potências do ocidente, viram a Alemanha como uma ameaça maior que a URSS, desde que Hitler chegou ao poder.

Tanto era assim que as coisas evoluiram desde 1933 para um ponto tal que em 1938-1939, França e Grã Bretanha até chegaram ao ponto de preparar uma aliança militar para entrar em guerra com os alemães, aliados aos soviéticos.
Você reduz tudo a pequenos indicios e a opiniões e opções de pequenos grupos, para a partir daí montar uma tese defendendo que o OCIDENTE MALVADO PREFERIA OS NAZISTAS AOS COMUNISTAS.

É isso que eu digo que é totalmente falso e você não tem nada para provar o contrário.
Seria preciso aliás refutar 20 anos de relações económicas para provar isso.

Lembre-se no entanto de não confundir o que foi a politica de apaziguamento de alguns sectores politicos europeus, com politica de apoio. São coisas diferentes.

A economia alemã estava falida em 1939 com um deficit de quase 50%
Esse problema era antigo e não haveria ouro suficiente para cobrir o déficit galopante dos nazis. E até Hitler perceberia isso.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#548 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 12:59 pm

soultrain escreveu:De uma explicação para o ouro roubado, sim porque foi roubo, do Banco de Inglaterra.
E estude o Trading with the Enemy Act de 1942, porque foi feito e quem escapou e foi apanhado.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#549 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 3:17 pm

Months before war, Rothermere said Hitler's work was superhuman

Richard Norton-Taylor
The Guardian, Friday 1 April 2005 02.20 BST
Article history

The proprietor of the Daily Mail sent a series of supportive and congratulatory telegrams to Nazi Germany's leaders, including Hitler, just months before the second world war, papers released today reveal.

Intercepted messages from Lord Rothermere to Berlin are among the first papers to be released from Foreign Office intelligence files.

The files also show how, as early as 1906, MI6 drew up detailed plans to plant agents in Europe "in the event of war with Germany". At the end of 1938 they were telling London that Hitler believed Britain was "enemy No 1".

Yet in the summer of 1939, Rothermere was still appealing to Hitler not to provoke a war, saying that Britain and Nazi Germany must remain at peace. "Our two great Nordic countries should pursue resolutely a policy of appeasement for, whatever anyone may say, our two great countries should be the leaders of the world," he told Joachim von Ribbentrop, Hitler's foreign minister, on July 7 1939.

Ten days earlier, Rothermere had written to Hitler: "My Dear Führer, I have watched with understanding and interest the progress of your great and superhuman work in regenerating your country."

He assured Hitler that the British government had "no policy which involves the encirclement of Germany, and that no British government could exist which embraced such a policy".

He added: "The British people, now like Germany strongly rearmed, regard the German people with admiration as valorous adversaries in the past, but I am sure that there is no problem between our two countries which cannot be settled by consultation and negotiation."

If Hitler worked to restore the "old friendship", he would be regarded by the British as a popular hero, in the same way they regarded Frederick the Great of Prussia, said Rothermere. "I have always felt that you are essentially one who hates war and desires peace."

Rothermere appealed to the Nazi leadership to convene a conference to sort out what he called the "misunderstanding" - concerns about Germany's intentions, particularly with regard to Poland and, as he called it, "the Danzig problem".

On July 6 1939, he appealed to Rudolf Hess, Hitler's deputy, to help settle "all outstanding problems" by organising an international conference. "Could I ask you to use your influence in this direction. There is really no cleavage between the interests of Germany and Britain. This great world of ours is big enough for both countries."

Rothermere made clear he sympathised with Germany's grievances over the peace settlement after the first world war.

He referred Ribbentrop to the "grave iniquities" of the Versailles treaty.

"I am optimistic enough", he wrote, "to believe that even before the end of this year, glaring grievances can be redressed." Two months later, Germany invaded Poland.


At the time that Rothermere was sending his telegrams to Berlin, MI6 tried to warn Germany off Poland, the papers disclose.

It forged a British cabinet decision saying it regarded "any attempt by the German government to force the issue at Danzig, which might be resisted by the Polish government, as a casus belli".


The papers released today disclose that in December 1938, MI6 informers in Germany were warning that Hitler's advisers were telling him to attack Poland in the summer of 1939.
http://www.guardian.co.uk/media/2005/ap ... NETTXT3487

Quem souber o que este senhor era e a sua influência junto do Governo Britânico, compreenderá o seu papel de mensageiro desse mesmo governo. A maioria dos governos neutros deixaram de apoiar Hitler só apos saberem do holocausto, mas ainda houve quem na Europa manda-se as condolências oficiais após a morte de Hitler...

Houve uma ordem executiva de Rosevelt, em 1942 creio, para salvar todos os Judeus Europeus, essa era a missão prioritária. Essa ordem foi desrespeitada na cadeia de comando sabe-se hoje. Existe um processo no tribunal de Haia bem documentado, onde mostram as pressões de famílias bem conhecidas, desde Bush, Kennedy, Rockefeller, os maganatas do Aço Americanos que não me recordo o nome e muitos outros, para que isso não acontecesse e só fosse dada essa ordem em 1942.

O próprio MI6 teve de forjar uma decisão do governo, para ver se evitava a invasão da Polónia, porque o governo não era capaz de tomar a decisão...

Não sei porque ainda discuto com uma pessoa irracional que acha o Fascismo Nazista um governo comunista...




Editado pela última vez por soultrain em Dom Jul 17, 2011 2:03 pm, em um total de 1 vez.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#550 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 16, 2011 7:17 pm

FINANCIAL CONTRIBUTIONS TO HITLER:
Feb. 23-Mar. 13, 1933:

(The Hjalmar Schacht account at Delbruck, Schickler Bank)

Political Contributions by Firms Amount
Pledged Percent of Firm Total

Verein fuer die Bergbaulichen Interessen (Kitdorf) $600,000 45.8
I.G. Farbenindustrie (Edsel Ford, C.E. Mitchell, Walter Teagle, Paul Warburg) 400,000 30.5
Automobile Exhibition, Berlin (Reichsverbund der Automobilindustrie S.V.) 100,000 7.6
General Electric (Gerard Swope, Owen Young, C.H. Minor, Arthur Baldwin) 60,000 4.6
Demag 50,000 3.8
Osram G.m.b.H. (Owen Young) 40,000 3.0
Telefunken Gesellsehaft ruer drahtlose Telegraphic 85,000 2.7
Accumulatoren-Fabrik A.G. (Quandt of A.E.G.) 25,000 1.9
Director A. Steinke (BUBIAG- Braunkohlen—u. Brikett —Industrie A.G.) 200,000
Dir. Karl Lange (Geschaftsfuhrendes Vostandsmitglied des Vereins Deutsches Maschinenbau—Anstalten) 50,000
Dr. F. Springorum (Chairman: Eisen-und Stahlwerke Hoesch A.G.) 36,000


É muito interessante saber quem são cada um desses nomes e quem eram os accionistas destas empresas, muito interessante.





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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#551 Mensagem por pt » Seg Jul 18, 2011 7:04 am

A Europa reagiu de formas muito distintas perante estes dois fenómenos.

A França sempre considerou a Alemanha uma ameaça maior, mesmo antes da chegada de Hitler ao poder.
A Grã Bretanha considerou a Russia a principal ameaça apenas até à chegada de Hitler ao poder.

A preocupação foi com a URSS desde a revolução até aos inicio dos anos 30 (tudo foi perdoado quando Stalin começou a fazer grandes negócios com empresas ocidentais, especialmente americanas).
Quando o temor da URSS começa a descer, Hitler chega ao poder na Alemanha.
Entenda que eu falo das relações entre os governos, das opções dos ministros e dos presidentes, não das atitudes dos empresários.
Os empresários da direita republicana americana, num país onde a liberdade para os negócios era uma religião, eram livres de fazer o que lhes desse na telha, mesmo apoiar a Alemanha de Hitler.
MAs isso não altera uma virgula do facto:

O FBI infiltrava os movimentos nazistas americanos e fazia relatórios sobre actividades anti-americanas dos nazistas e o governo democrata via nos nazistas um inimigo, porque havia boas relações destes com os republicanos.
A preocupação com a Alemanha nazista, não começou portanto depois da guerra. Tinha começado muito, muito antes.

Eu comentei o seguinte comentário:
LeandroGcard escreveu: Antes de 1939 havia de fato uma preocupação maior no ocidente com o regime soviético do que com o nazi/fascismo, primeiro porque não havia a percepção generalizada sobre a verdadeira natureza do regime da URSS sob Stálin (o que não existe até hoje), e depois porque o potencial de crescimento do poderio da URSS parecia ser muito mais ameaçador que o da Alemanha, dado o tamanho, a população e a quantidade de recursos existente na primeira.
Eu afirmei, e afirmo que não é correcto que antes de 1939 houvesse maior procupação no ocidente com o regime soviético que com a Alemanha.
Era exactamente ao contrário.
A preocupação era muito maior com os nazis (incomparavelmente maior) especialmente nos EsStados Unidos, porque os nazis tinham ligações directas com o principal partido da oposição e trabalhavam activamente a favor dos princípios da não intervenção.

A preocupação do presidente Roosevelt, aumentou à medida que os nazistas, apoiavam os republicanos e conseguiam impor leis contra o intervencionismo. Isolando assim a América pela via legal, e impedindo o apoio às democracias em caso de guerra.
Em 1936 a América via já a Alemanha como um inimigo muito mais preocupante. Alguns casos de fricção nos jogos olimpicos foram um reflexo disso e foram aproveitados pelos americanos para atacar os alemães na imprensa.

Como conclusão:
A URSS é vista como um problema maior, só até à chegada de Hitler ao poder na Alemanha em 1933. É nesse mesmo ano que os EUA reconhecem o estado soviético. A partir de 1933, para a maioria dos goernos ocidentais a URSS passa a ser vista como o necessário contrapeso contra uma Alemanha que se começa a rearmar.

Os alemães não se rearmavam contra os russos (até desenvolviam armas em conjunto com eles).
LOGO : A Alemanha rearmava-se contra a França e a Grã Bretanha ! ! !

Como é que queria possível que os europeus, com uma Alemanha a armar-se à sua porta, pudessem ver a URSS como o principal inimigo até 1939 ?
A tese não faz sentido.

Isto nada tem a ver com as ações isoladas de alguns empresários.
No caso dos americanos, é apenas reflexo da tremenda campanha pró-alemã que os nazistas faziam nos Estados Unidos. Não representa uma opção do Estado Americano. Aliás, pelas razões apresentadas, representa exactamente o contrário.

Cumprimentos




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#552 Mensagem por soultrain » Seg Jul 18, 2011 6:32 pm

Para compreender o que se passou, tem de perceber duas coisas:

1-O contexto histórico
2-Não há história maniqueísta, não há preto e branco, há muitos factores que contribuem para acções.
Neste contexto, os nazistas destacaram-se como os principais disseminadores do anti-semitismo, um dos elementos básicos da sua ideologia. Usaram uma tradição presente há muito na cultura europeia, mas, actualizaram-na, através da incorporação de novos elementos. A introdução da temática comunista foi uma das principais inovações e a sua importância foi muito grande, a ponto de podermos falar na constituição do mito da conspiração judaico-comunista. Os dois "elementos", judeu e comunista, foram aproximados pelo discurso nazista e transformados nos grandes vilões, artífices e verdadeiros promotores do caos e da destruição.

A proposta comunista não seria uma utopia positiva e generosa, voltada para a conquista do bem estar dos povos e da igualdade social. Por trás da fachada de um ideal aparentemente bem intencionado esconderia-se uma sórdida trama judaica, inspirada por desígnios terríveis. Nas palavras de Hitler:

Devemos ver no bolchevismo russo a tentativa do judaísmo, no século vinte, de apoderar-se do domínio do mundo, justamente da mesma maneira por que, em outros momentos da história, ele procurou, por outros meios, embora intimamente parecidos, atingir os mesmos objectivos. A sua inspiração tem raízes na sua maneira de ser. (...) o judeu não renuncia espontaneamente a sua aspiração de uma ditadura mundial (...) Ou ele será repelido por forças exteriores para outro caminho ou o seu desejo de domínio universal só desaparecerá com a extinção da raça.

Assim, o comunismo seria apenas mais um embuste dos judeus – o mais recente, pois no passado usaram outros –, na sua eterna luta pelo domínio do mundo. Segundo Hitler, o elemento judaico utilizava o discurso democrático e popular para convencer as massas e alcançar o poder, mas, conquistado seu objectivo, lançava fora o disfarce e transformava-se "no judeu sanguinário e tiranizador de povos" .

Há um aspecto muito importante a ser ressaltado: na medida em que constrói uma força maléfica terrível, o discurso maniqueísta evidencia a necessidade da existência de forças do bem, cuja acção é indispensável para anular o mal. Quanto mais terrível este for, maior vigor devem possuir os "cavaleiros da luz", mais dura deverá ser a actuação dos defensores do bem. Daí tornava-se perfeitamente justificável a necessidade da constituição de aparatos políticos repressivos e totalitários, bem como o recurso à violência e à guerra, apresentadas como medidas preventivas contra a ameaça "judeo-bolchevique". Passava a ser legítimo o ataque à Rússia (URSS), país escravizado pelo judaísmo após a revolução, pois tratava-se de destruir o bastião do mal. Escritas em 1923, as palavras de Hitler podem ser interpretadas como uma revelação de que seus planos para a Rússia já estavam traçados vinte anos antes da guerra:

É tão impossível à Rússia livrar-se do jugo judaico por suas próprias forças, como ao judeu manter o controle sobre o vasto império, ainda por muito tempo. Ele não é um elemento organizador, e sim antes um fermento de decomposição. O imenso império do oriente está prestes a ruir. O fim do domínio judaico na Rússia será também o fim da Rússia como Estado. Fomos escolhidos pelo destino para sermos testemunhas de uma catástrofe que será a mais formidável confirmação da verdade da teoria racial.
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scie ... ci_arttext

Como sabe Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de agricultores ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia foi isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam “elementos antipartido”. Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch – em tese o Adolf Eichmann da União Soviética – estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de fome e frio. Tornou-se comum o canibalismo. A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, “parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.”

A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o “gulag” de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi ocultada pela propaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo, como Walter Duranty, do “New York Times”, os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de “reforma agrária” soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de “agentes do fascismo”. Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia.

Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de auto-promoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, Adolfo Hitler rotulou o comunismo como “uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã.” Esta versão, amplamente divulgada pelo Ministério da Propaganda e Publicidade do 3° Reich (comandado por Paul Joseph Goelbels), tornou-se amplamente aceite por um mundo amedrontado.

Amedrontado porquê?

Havia uma aura de revolução popular no ar que grassava o mundo inteiro, Lenine afirmava que a revolução Soviética iria naturalmente ser implementada pelo mundo inteiro, a começar pelas nações mais industrializadas. Em 1933 foi publicado, como auge de vários anos de luta nos EUA que alastraram para norte, o Manifesto do Socialismo no Canadá, em que defendia claramente a colectivização de todos os meios de produção e económicos. Nessa altura, o partido comunista ganha as primeiras eleições numa região do Canadá.

Como compreende isto era um grave problema para os grande Impérios Industriais e Financeiros (a maioria Anglô-Saxões), Impérios que financiam os Políticos, todos estavam em pânico a ver o que acontecia em Espanha, em França e nos seus quintais com um movimento Sindical cada vez mais forte. Estavam atentos especialmente ao que acontecia na Rússia.

Não nos podemos esquecer que as condições de trabalho nos EUA eram abomináveis, só neste período foram adoptadas medidas de protecção do trabalhador, como jornada de horas fixas, subsidio de desemprego, descanso semanal etc.

Havia claramente uma luta de classes a decorrer, que ao mais pequeno rastilho se poderia transformar em revolução.

Por isso o apoio de grandes Empresas, Bancos e Governos à causa Nazi, muita coisa mais vai-se saber nos próximos anos.

É incomodo? É, mas é a História.




Editado pela última vez por soultrain em Ter Jul 19, 2011 10:20 am, em um total de 2 vezes.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#553 Mensagem por soultrain » Seg Jul 18, 2011 7:40 pm

Para ajudar a teoria da conspiração Judaico-Comunista, tanto Marx como Engels eram descendentes de famílias Judias. Bem como muitos Comunistas proeminentes. A bem da verdade, a única experiência comunista que resultou foi em Israel.

Aqui ficava bem a diferenciação entre o socialismo, que decorre da Revolução Francesa e tem o seu desenvolvimento no século XVIII e o Comunismo criado no século XIX com a publicação do Manifest der Kommunistischen Partei, bem como a diferença entre o Socialismo da altura e o actual, mas não tenho pachorra.





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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#554 Mensagem por soultrain » Seg Jul 18, 2011 8:43 pm

Hitler tinha um plano secreto Generalplan Ost (Master Plan Este) iniciado desde muito cedo pelo Reichssicherheitshauptamt (Ministério de Segurança do Reich) , para garantir o desígnio que já tinha citado atrás no Mein Kampf, o Lebensraum (espaço vital para a raça Ariana), o antigo Drang nach Osten (Vamos para Este). Este plano detalhado, dizia inclusive como exterminar os Untermensch ao pormenor e como ocupar o território por colonos Alemães. Este era o item prioritário da politica externa Nazi, o resto eram objectivos secundários.

A categoria de sub-humanos (Untermensch) incluiu os povos eslavos (polacos, russos, sérvios, etc) os ciganos e judeus.
"Para evitar erros que possam ocorrer posteriormente, na selecção dos 'objectos' adequados para 'germanização'," o RuSHA Rasse-und Siedlungshauptamt-SS (SS-Raça e Assentamentos de Colónias) distribuiu um panfleto, O Sub-Humanos, para os responsáveis por essa selecção. 3.860.995 cópias foram impressas em alemão e foi traduzido para o grego, francês, holandês, dinamarquês, búlgaro, húngaro e tcheco e sete outros idiomas:


"The sub-human, that biologically seemingly complete similar creation of nature with hands, feet and a kind of brain, with eyes and a mouth, is nevertheless a completely different, dreadful creature. He is only a rough copy of a human being, with human-like facial traits but nonetheless morally and mentally lower than any animal. Within this creature there is a fearful chaos of wild, uninhibited passions, nameless destructiveness, the most primitive desires, the nakedest vulgarity. Sub-human, otherwise nothing. For all that bear a human face are not equal. Woe to him who forgets it."





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#555 Mensagem por soultrain » Seg Jul 18, 2011 10:04 pm

Já agora:

Roosevelt Pushes for Recognition

Almost immediately upon taking office, however, President Roosevelt moved to establish formal diplomatic relations between the United States and the Soviet Union. His reasons for doing so were complex, but the decision was based on several primary factors. Roosevelt hoped that recognition of the Soviet Union would serve U.S. strategic interests by limiting Japanese expansionism in Asia, and he believed that full diplomatic recognition would serve American commercial interests in the Soviet Union, a matter of some concern to an Administration grappling with the effects of the Great Depression. Finally, the United States was the only major power that continued to withhold official diplomatic recognition from the Soviet Union.

http://history.state.gov/milestones/1921-1936/USSR





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