Crise Econômica Mundial

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PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#2866 Mensagem por PRick » Seg Jul 11, 2011 12:09 pm

pt escreveu:Você tem o direito de achar o que quiser.

Eu apenas me limito a observar o óbvio e a comentar FACTOS CONHECIDOS.

Foi depois do Vietname, que a América derrotou a União Soviética.
Foi depois do Vietname e do fim da União Soviética que o domínio americano se tornou total, absoluto e indisputado.

Até 1991, esse domínio podia ser disputado pela Rússia, mas com o afundamento da Russia, acabou a única real oposição ao domínio americano no mundo.

Em termos navais, por exemplo, os americanos possuem uma capacidade de controlo dos mares, com a qual o Imperio Britânico, no apogeu do seu poder, não podia nem sonhar.

As armas que estabelecem o total dominio militar dos americanos, são resultado de programas pós guerra do Vietname.

E essa é a realidade dos factos que é indesmentível.

Você pode comparar com a derrota da Russia no Afeganistão.
O Afeganistão foi muito mais grave para os russos que o Vietname para os americanos.
A Russia não voltou a recuperar depois do Afeganistão. Já a América, depois do Vietname ficou muito, muito mais forte.

Tão forte que destruiu a Russia. Hoje os americanos vendem Coca Cola nas ruas da capital russa e nas ruas de Hanoi. E o Vietname lutou contra a América e contra o modelo americano de vida.


A ascenção da China é inevitável.
Lembro a frase atribuida a Napoleão:

Deixem a China dormir, pois quando a China despertar, o mundo tremerá.

Mas nada disso tem a ver com a tese de decadência americana depois da guerra do Vietname. O dominio americano no mundo foi reforçado a partir dos anos 80 e nos anos 90 era inimaginavelmente mais forte que nos anos 60.

Em 1999 os seus inimigos da guerra do Vietname estão derrotados, humilhados e prostrados por terra.
O patético Castro em Cuba foi deixado continuar como símbolo da corrupção e da decadência dos regimes comunistas. É uma espécie de vacina.
Em países como Angola, onde os interesses americanos tinham sido aparentemente derrotados, a América entra como quer.
Saddam, que fora humilhado em 1991, será esmagado em 2003.

O que podemos afirmar é que os americanos durante os anos 90 e especialmente logo a seguir ao 11 de Setembro ficaram deslumbrados com o nivel de poder que nunca tinham tido.
No final do século XX, a América é mais poderosa que alguma vez podia ter sonhado ser.
Mas na primeira década do século XXI esse deslumbramento, especialmente no campo financeiro, resultado das politicas de desregulamentação começaram a provocar problemas.

E esses problemas permitiram que em 2008 se chegasse à crise financeira com o sub prime e com a falência de instituições como o Leeman Brothers.

A resposta americana foi provavelmente a pior. A administração Bush tentou resolver o problema atirando dinheiro para cima da crise.
A partir de aí, muitos países do chamado mundo ocidental seguiram o mesmo caminho aumentando exponencialmente as suas dívidas (é o caso de Portugal, que nos últimos anos duplicou a sua dívida externa).

Portanto, a haver decadência, essa decadência está relacionada com a falência do sistema financeiro americano. Mas esse sistema financeiro ainda assim ainda conta com um trunfo tremendo:
O mundo continua a transacionar coisas utilizando o dolar como moeda de referência.
E é a América que tem a torneira do Dolar. E a China está paralisada com o medo de perder os trihões que tem investidos na economia americana.

Esta é a realidade dos factos! Doi, é cruel, mas é a realidade.

Quando você aceitar a realidade, aí podemos voltar ao debate, por hora você é do tipo que confunde realidade e suas fantasias.
Apenas mais uma constatação de que você ainda vive em 1980, na Guerra Fria, se ao menos você tivesse lido os analistas que valem a pena. Rússia? Cuba? Afeganistão? Estamos falando de economia, da crise dos EUA, que se você não sabe, que em muito contribui a crise da URSS, Rússia não é o mesmo que URSS. A Guerra do Vietnã marcou a crise de YALTA, quer dizer ela foi tão danosa os EUA como a URSS, o sucesso econômico dos EUA, era antes de tudo, consequência da Guerra Fria, quando ela acabou com a derrocada da URSS, os EUA foram também muito prejudicados. Ao contrário do que você pensa, antagonismo geopolítico nem sempre significa antagonismo econômico, URSS e os EUA eram economias que se complementavam ao final. Por sinal, o mesmo ocorre hoje, as economias dos EUA e China se complementam, se que acumulação de riqueza se inverteu, antes era favorável ao EUA, agora é contrária.

E você vem falar de Cuba, Fidel, que sentido tem isso? Cuba jamais significou nada para a economia mundial.

Depois você me vem com Napoleão, vai lá, vai catar seu Napoleão. :lol: :lol: :lol:

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Re: Crise Econômica Mundial

#2867 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jul 11, 2011 12:28 pm

pt escreveu:Portanto, a haver decadência, essa decadência está relacionada com a falência do sistema financeiro americano. Mas esse sistema financeiro ainda assim ainda conta com um trunfo tremendo:
O mundo continua a transacionar coisas utilizando o dolar como moeda de referência.
E é a América que tem a torneira do Dolar. E a China está paralisada com o medo de perder os trihões que tem investidos na economia americana.
Este é um ponto importante de fato.

Enquanto o mundo aceitar o dólar como incontestado meio de troca e reserva de valor, os EUA ainda serão uma nação privilegiada e mesmo que não detenham o maior PIB ou o maior poder militar ainda serão o país mais influente do planeta.

Mas parece que os próprios americanos não percebem isso e estão prestes a deixar isso mudar. Aí sim se poderá falar em decadência da América, quando rodar a maquininha de dinheiro não funcionar mais e eles tiverem que trabalhar como todo mundo para sobreviver.


Leandro G. Card

P.S: A China não tem tanto medo quanto se imagina de uma eventual crise do dólar, apesar de tudo menos de 10% do seu PIB é dependente de exportações e ela será amplamente superavitária seja qual for a moeda em que se venha a trabalhar, inclusive pode passar a usar o próprio Yuan, para seu maior benefício. Além disso, o dinheiro que ela colocou nos EUA jamais teve como objetivo transformá-la em um país rentista (como fizeram as monarquias petrolíferas do OM), e sim tirar o excesso de dólares de dentro da própria China (coisa que o Brasil deveria fazer). Este dinheiro já cumpriu sua função, se for perdido será uma perda no curto prazo, mas não uma catástrofe para os chineses, que raciocinam no longo prazo.

Lembrem-se de que todas as previsões diziam que com a crise de 2008 nos EUA e na Europa a China teria seu crescimento afetado, e o que foi que aconteceu?




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Re: Crise Econômica Mundial

#2868 Mensagem por Vitor » Seg Jul 11, 2011 12:46 pm

P44 escreveu:parece que finalmente estão a acordar... :roll:

Comissária europeia propõe desmantelamento das agências de "rating"
10h21m

A comissária europeia para a Justiça, Viviane Reding, propôs, segunda-feira, o desmantelamento das três agências de "rating" norte-americanas Standard & Poor's, Moody's e Fitch, em declarações ao jornal alemão Die Welt.

"A Europa não pode permitir que o euro seja destruído por três empresas privadas norte-americanas", disse a comissária luxemburguesa, exigindo mais transparência e mais concorrência na avaliação de Estados pelas referidas agências.

"Só vejo duas soluções, ou os Estados do G-20 decidem desmantelar o cartel das três agências de 'rating' norte-americanas, e de três agências fazer seis, por exemplo, ou criar agências de 'rating' independentes na Europa e na Ásia", acrescentou Reding.

A controvérsia em torno das agências de "rating" em questão - que têm sede em Nova Iorque e, por isso, estão fora da esfera de influência da União Europeia - reacendeu-se na semana passada, depois de a Moody's ter baixado em três níveis a notação da dívida pública de Portugal, passando a classificá-la como lixo.

A referida agência alegou que Portugal irá precisar de um segundo pacote de ajuda externa, tal como a Grécia, o que gerou vários protestos, sobretudo porque o novo Governo de Pedro Passos Coelho se comprometeu a ir além do plano de austeridade negociado há poucas semanas com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=1903934
Porra, o negócio tá tão patético que se o Euro ruir (algo que muito economista sério previu), a culpa vai ser de "empresas malvadas" ? A culpa é sempre dos outros...




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Re: Crise Econômica Mundial

#2869 Mensagem por Vitor » Seg Jul 11, 2011 12:49 pm

Penguin escreveu:
Vitor escreveu:Daqui a um mês os EUA vão quebrar, vai ser lindo. 8-]
Muita "gente boa" iria junto...
Quanto mais se adia, pior a queda. O estado americano já tá usando pensões de funcionários públicos para pagar as contas, daqui a um mês o truque acaba e o teto da dívida é atingido. Obama tá cheio de cabelo de branco.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2870 Mensagem por tflash » Seg Jul 11, 2011 12:54 pm

Não sei porque é precisa tanta crispação! Os analistas lançam os alertas e há alguém que toma medidas. Ou só aqui no DB é que somos iluminados?

Não acredito numa queda dos EUA tal como não acredito numa queda de Portugal ou da Europa. A análise baseia-se sempre em que, se for tomado aquele rumo, acontece esta consequência. A reacção à análise é reajustar o rumo tornando a previsão errada. Isso não retira mérito ao analista. Em Portugal, por um líder querer fazer isso, o povo substituindo-o. Abriu-se uma nova variável.

Acreditar que os EUA ou a UE vão caminhar alegremente para o precipício enquanto os emergentes crescem alegremente sem cometer erros, é torcida e não mais que isso. O mundo ainda vai dar muitas voltas, sem demérito para os emergentes mas há muita gente a ver o que se passa nos países desenvolvidos.

Vão haver reajustes, muita coisa vai mudar mas os EUA só vão para o buraco se quiserem. Lembro que basta a Europa e os EUA criarem um mercado único e fecharem-no aos emergentes que o mundo mergulha na pobreza. Isso não interessa a ninguém.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2871 Mensagem por pt » Seg Jul 11, 2011 1:01 pm

E você vem falar de Cuba, Fidel, que sentido tem isso? Cuba jamais significou nada para a economia mundial.
Eu falo de Cuba, porque vem de Cuba essa palhaçada de que a decadência americana começou com a guerra do Vietname.

Os comunistas, não gostam de enfrentar os factos: Eles foram derrotados e o marxismo-leninismo foi um gigantesco embuste uma mentira criminosa e assassina.

Mas, os resistentes, as viuvas, continuam agarradas à guerra fria e a conceitos ultrapassados como aquele que o Prick tenta passar, de que o glorioso povo trabalhador e as classes operarias e camponesas, se uniram sob a gloriosa bandeira vermelha do socialismo triunfante e derrotaram os malvados algozes capitalistas no Vietname.

Castro é um dos autores desta palhaçada.
Esta palhaçada (porque é disso que se trata) tem apenas um objectivo politico: Tentar demonstrar que o comunismo ainda conseguiu derrotar o capitalismo.

É um disparate de uma ponta à outra.

Todas as estatísticas publicadas, todos os dados sobre poder militiar e capacidade de projecção de poder a nível mundial são claras e devastadoras. E junto ao poder militar americano há o poder economico que é ainda maior.

A América de 1999 é inimaginavelmente mais poderosa que a de 1969.
Isto acontece porque em 1969 não ocorreu decadência nenhuma, porque nesse caso, se a decadência começasse em 1969, a América teria que ser menos poderosa trinta anos depois.

Eu acho que todos estamos de acordo com o que quer dizer «decadência» :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Senão vejamos: Neste contexto, decadência quer dizer redução do poder militar e economico ... certo :shock: :shock: :shock: ? ? ?

Se for assim, o Prick vai ter que explicar aos participantes deste forum, com dados estatísticos, que o poder militar da América em 1999 era de facto inferior ao poder militar da América em 1969.
Também seguramente nos vai dar indicações estatísticas para provar que a economia americana em 1999 era menos poderosa que em 1969.

Lembre-se do que eu disse: A América não tem uma curva descendente em 1969. O Vietname não conta aqui para NADA. Quando muito, se quiser encontrar um pico para a queda de forma clara você tem 2008. Nunca 1969 ou a tomada de Saigão pelos comunistas.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2872 Mensagem por tflash » Seg Jul 11, 2011 1:08 pm

Bem os EUA tinham regras para cumprir como não poder invadir o Norte. As regras de combate foram impostas pelo equilíbrio de poderes. Se os Americanos pudessem fazer uma guerra total, tinha hoje uma estátua do "Tio Sam" em Hanoi.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2873 Mensagem por pt » Seg Jul 11, 2011 1:15 pm

Enquanto o mundo aceitar o dólar como incontestado meio de troca e reserva de valor, os EUA ainda serão uma nação privilegiada e mesmo que não detenham o maior PIB ou o maior poder militar ainda serão o país mais influente do planeta.

Mas parece que os próprios americanos não percebem isso e estão prestes a deixar isso mudar. Aí sim se poderá falar em decadência da América, quando rodar a maquininha de dinheiro não funcionar mais e eles tiverem que trabalhar como todo mundo para sobreviver.
É neste contexto que podemos considerar que haja sectores americanos que tentam evitar que outras moedas assumam uma posição de predominância.
Chegará um ponto em que os americanos terão que fazer dinheiro (mais dinheiro) e isso inevitavelmente terá consequências.
LeandroGcard escreveu:A China não tem tanto medo quanto se imagina de uma eventual crise do dólar, apesar de tudo menos de 10% do seu PIB é dependente de exportações e ela será amplamente superavitária seja qual for a moeda em que se venha a trabalhar, inclusive pode passar a usar o próprio Yuan, para seu maior benefício
Essas exportações, representam mais de 50 milhões de postos de trabalho.
A China tem problemas de uma dimensão que é difícil de perceber no resto do mundo.
Por isso são tão conservadores. Uma pequena mudança e a coisa pode ficar feia.

A China mostra-se sempre calma. É a maneira de ser deles. Mas lá no fundo, as coisas são complicadas. A complexidade decorre do gigantismo do país e da inflexibilidade do sistema de partido unico.

Na India, eles têm eleições e as eleições, ainda que esquisitas, funcionam como escape, dando às pessoas uma esperança de mudança.
Na China esse escape não existe. Tradicionalmente há apenas uma resposta para a instabilidade nas ruas: A Repressão.

É por isso que a arma mais devastadora dos americanos são as redes sociais. É por isso que está a ser desenvolvido nos Estados Unidos software que permita ultrapassar os sistemas de censura dos governos sobre as redes sociais. Se os americanos conseguem desenvolver esse tipo de sistemas, o governo da China poderá ter que pura e simplesmente desligar a Internet.

Se o fizer, neste momento será o caos. Veja o que aconteceu na Estonia quando desligaram a Internet.
Os boatos explodem e o poder pode cair na rua.

Meu caro, a China não tem medo: Ela têm terror do que pode acontecer.

A ascensão da China é um dado adquirido, como adquirida é a estrutura social e a dimensão demográfica do país.

A História é clara. A China sobe e ganha terreno, mas essa subida pode ter efeitos imprevisíveis.




PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#2874 Mensagem por PRick » Seg Jul 11, 2011 4:41 pm

tflash escreveu:Não sei porque é precisa tanta crispação! Os analistas lançam os alertas e há alguém que toma medidas. Ou só aqui no DB é que somos iluminados?

Não acredito numa queda dos EUA tal como não acredito numa queda de Portugal ou da Europa. A análise baseia-se sempre em que, se for tomado aquele rumo, acontece esta consequência. A reacção à análise é reajustar o rumo tornando a previsão errada. Isso não retira mérito ao analista. Em Portugal, por um líder querer fazer isso, o povo substituindo-o. Abriu-se uma nova variável.

Acreditar que os EUA ou a UE vão caminhar alegremente para o precipício enquanto os emergentes crescem alegremente sem cometer erros, é torcida e não mais que isso. O mundo ainda vai dar muitas voltas, sem demérito para os emergentes mas há muita gente a ver o que se passa nos países desenvolvidos.

Vão haver reajustes, muita coisa vai mudar mas os EUA só vão para o buraco se quiserem. Lembro que basta a Europa e os EUA criarem um mercado único e fecharem-no aos emergentes que o mundo mergulha na pobreza. Isso não interessa a ninguém.

Creio que o termo correto é decadência, não se trata de queda ou fim dos EUA. Quanto a Europa, depende de qual nós estamos falando, a UE é muito heterogênea, porém, é certo que o Euro pode estar em perigo, a UE pode regredir. Vamos ver os próximos capítulos.

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Re: Crise Econômica Mundial

#2875 Mensagem por DELTA22 » Seg Jul 11, 2011 8:38 pm

Crise fiscal se instala na Itália

RISCO ECONÔMICO CHEGA AOS MERCADOS ITALIANOS E BERLUSCONI DIZ QUE SEU MINISTRO DA ECONOMIA "SE ACHA UM GÊNIO"; PREMIÊ É CONDENADO A PAGAR MULTA DE 560 MILHÕES DE EUROS POR SUBORNO

11 de Julho de 2011 às 19:16

247 - Depois da Grécia, agora é a vez da Itália ter a saúde econômica da nação colocada em cheque pela União Europeia. A forte queda das bolsas de valores na semana passada posicionou a Itália no olho do furacão da crise financeira que abala a União Europeia e provocou uma reunião de emergência da UEA. A bolsa de Milão caiu 3,3% e a taxa de risco subiu a um máximo de 247 pontos. Ao mesmo tempo, o presidente italiano Silvio Berlusconi foi condenado por uma corte na Itália a pagar multa de 560 milhões de euros (R$ 1,2 bi). A Justiça considerou o premiê culpado da acusação de suborno a um juiz para adquirir a editora Mondadori, em 1991, de propriedade de seu histórico rival Carlo Benedetti.

A notícia da condenação de Berlusconi, no entanto, foi ofuscada pela grave crise econômica da Itália, que tem hoje uma dívida pública que representava, no final de 2010, 119% do PIB. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, convocou uma reunião de emergência para esta segunda-feira 11 em Bruxelas com os principais líderes da União Europeia. A situação da Itália é um dos principais temas da agenda de discussões. A reunião vai ocorrer antes do Ecofine e contará, de acordo com a agência Reuters, com a presença do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do comissário europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn. A crise agravou conflitos políticos na Itália depois que Silvio Berlusoni atacou o seu próprio ministro da economia, Giulio Tremonti: “Ele pensa que é um gênio”.

http://www.brasil247.com.br/pt/247/mund ... %A1lia.htm




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Re: Crise Econômica Mundial

#2876 Mensagem por akivrx78 » Ter Jul 12, 2011 3:24 am

EUA: crise reduziu consumo mensal em US$ 175 por pessoa

(AFP) – Há 12 horas

Imagem
Um cliente faz compras num mercado de Nova York: carrinho mais vazio por conta da recessão. (AFP/Getty Images, Chris Hondros)

WASHINGTON — Os gastos de consumo mensal dos lares reduziram-se em 175 dólares por pessoa nos Estados Unidos desde o início da última recessão, em dezembro de 2007, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pelo Federal Reserve (Fed).

Este montante corresponde à diferença entre o consumo real das famílias de dezembro de 2007 a maio de 2011 e o que deveria ter sido se houvesse mantido a tendência de antes da crise, afirma o trabalho realizado por um pesquisador do Fed de San Francisco.

Em 31 de maio, 42 meses depois do início da recessão, o consumo real dos americanos era ainda 1,6% menor que seu pico de antes da crise, afirma o estudo.

Em comparação, na recessão de 1990-1991, o consumo recuperou seu nível de antes da crise em 23 meses, indica o autor.

A última recessão foi a mais brutal do pós-guerra. Foi finalizada oficialmente em junho de 2009.

O Produto Interno Bruto (PIB) americano superou em 2010 seu nível de 2007, mas a crise está longe de terminar, como mostra a persistência de um alto nível de desemprego (9,2% em junho, segundo os últimos dados oficiais).

Além disso, a riqueza líquida das famílias (a diferença entre seu patrimônio e sua dívida) era ainda inferior no fim de maio em cerca de 20% em termos reais, seu nível do início da recessão, segundo o estudo do banco central americano.

Copyright © 2011 AFP. Todos os direitos reservados.

http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 6a7d7.1191




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Re: Crise Econômica Mundial

#2877 Mensagem por akivrx78 » Ter Jul 12, 2011 3:37 am

Incumprimento dos EUA teria "consequências devastadoras"
Económico
10/07/11 15:10
Imagem
Obama teme nova recessão "ou pior" se limite da dívida não for elevado.

A nova líder do FMI lançou hoje um sério aviso sobre falta de acordo relativo ao limite da dívida nos EUA.

Christine Lagarde, que assumiu na semana passada o cargo de directora-geral do FMI, apelou hoje aos políticos norte-americanos para que cheguem a um acordo sobre o limite do endividamento do país.

Esta responsável alertou que um incumprimento do pagamento das dívidas por parte dos EUA "iria certamente colocar em perigo a estabilidade não só da economia dos Estados Unidos, mas de todo o mundo".

A líder do FMI alertou que, em caso de falta de acordo, seriam de esperar "fortes quedas das bolsas, subidas dos juros e outras consequências bastante devastadoras para a economia global, porque os EUA são um agente económico muito grande, com muita importância para os outros países".

Lagarde mostrou-se no entanto confiante de que o pior cenário poderá ser evitado, apesar das dificuldades das negociações entre a Casa Branca e a liderança do Partido Republicano.

"Não consigo imaginar por um único segundo que os EUA entrarão em incumprimento", disse a directora do FMI.

Esta responsável disse esperar "que exista inteligência e compreensão suficiente nos dois partidos sobre o desafio que é colocado em frente não só dos Estados Unidos, mas de todo o mundo".

Os EUA encontram-se actualmente num impasse político, pois democratas e republicanos não se entendem quanto à possibilidade de aumentar o limite da dívida pública do país, que foi atingido em meados de Maio.

O Tesouro norte-americano tem insistido que até 2 de Agosto terá esgotado todos os recursos para evitar que os compromissos com os detentores de obrigações norte-americanas não sejam honrados. Alguns economistas estimam que o Tesouro ainda teria meios para controlar a situação após esta data, mas Lagarde partilha dos receios do Governo norte-americano.

Hoje mesmo, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, garantiu, citado pela agência noticiosa France Presse, que "os Estados Unidos não entrarão em incumprimento".

http://economico.sapo.pt/noticias/incum ... 22354.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2878 Mensagem por P44 » Ter Jul 12, 2011 6:11 am

o efeito dominó dos especuladores americanos não pára...agora é a Itália, depois será a Espanha, provavelmente a seguir virá a Bélgica porque não tem governo

É IMPRESSIONANTE como há gente tão enrolada na bandeira americana que não consegue ver o óbvio...

....

Stocks sink on fresh fears about global economy
Stocks close sharply lower on fears that Europe's debt crisis could spread to Italy and Spain


rancesca Levy, AP Business Writer, On Monday July 11, 2011, 5:30 pm EDT

NEW YORK (AP) -- July doesn't look so promising anymore.

The European debt crisis appears to be widening, with concerns about government debt defaults spreading beyond Greece to much larger countries like Italy and Spain. If that happens companies that do business internationally could see their revenue and profits decline as European countries and companies curtail purchases. What's more, a widespread financial crisis could cause a credit crunch in Europe and elsewhere.

The concerns sent stocks down. After a rally that sent markets up sharply the last two weeks of June, the Standard & Poor's 500 index dropped 24.31 points, or 1.8 percent, to 1,319.49 on Monday.

The Dow Jones industrial average had its biggest percentage drop in nearly a month. It fell 151.44 points, or 1.2 percent, to 12,505.76. And after closing one point off its 2011 high late last week, the Nasdaq composite fell 57.19, or 2.0 percent to 2,802.62.

Italy and Spain, Europe's third and fourth largest economies, have seen bond yields rise sharply. It's the latest sign that investors are less willing to hold the debt of those countries. Italy's largest banks, UniCredit SpA and Intesa, fell sharply on European exchanges. Some investors believe several of Italy and Spain's financial institutions might not pass an upcoming stress-test for European banks.

"What the European Union is trying to do is keep the problem contained at a sovereign level and not have the infection spread to the banking system," said Jack Ablin, chief investment officer at Harris Private Bank. "To see a bank drop that much that fast suggests there may be a breach."

That has led to fears in Europe and elsewhere that the aid from international lenders may not be enough to stop a broad deterioration of the European economy.

The S&P fell broadly, led by financial companies. Financial stocks in the index fell 2.8 percent as bank stocks sank. Investment manager Janus Capital Group fared worst, falling 6.8 percent to $9.16. Citigroup Inc. led banks down, declining 5.3 percent to $39.79. If Europe's debt crisis continues to spread, bank lending could seize up. Banks are also expected to report weak earnings beginning later this week.

Of the 500 companies in the S&P index, 492 fell.

The euro fell against the dollar and U.S. government bond prices rose. The euro fell below $1.40 for the first time since May 23 and hit a record low against the Swiss franc. The yield on the 10-year Treasury note fell to 2.95 percent from 3.02 percent late Friday. Bond yields fall when their prices rise.

Markets seemed to be recovering during the last half of June. The last week of the month, the Dow had its best week in two years after several positive reports on manufacturing and consumer spending. All three major indexes were close to their previous highs for the year, reached April 29.

But the run-up just gave markets more room to fall, says Ralph Fogel, an investment strategist at Fogel Neal Partners in New York.

"When markets are at their bottom, they don't listen to bad news. But because we're at the top end, they listen," said Fogel.

The broadening of Europe's debt troubles follows disappointing U.S. employment news and a setback in negotiations over the country's borrowing limit.

The government reported Friday that employers pulled back sharply on hiring in June, compounding fears that the U.S. economy was in even worse shape than previously thought. The unemployment rate rose to 9.2 percent.

Weekend budget talks between Republicans and Democrats also stalled, raising the possibility that lawmakers might not reach an agreement on raising the country's debt limit before an Aug. 2 deadline. President Obama said he wouldn't sign a short-term extension to the limit.

"Markets don't like when they don't know what's going on," said Fogel. "They don't appreciate politics."

News Corp. fell 7.6 percent on Monday, the most of any company in the S&P 500, as its phone hacking scandal threatened the approval of its proposed takeover of British Sky Broadcasting, a highly profitable satellite TV company in Britain. The deal will now be reviewed by British competition authorities, which will put off a final decision for several months.

Wells Fargo fell 2.6 percent after the bank offered to settle for $125 million with pension funds that accused it of not warning investors about risky mortgage-backed securities.

Insurer American International Group Inc. fell 3.6 percent after saying it would fire one or more of the banks it used for its recent public stock offering when it sells more stock later this year. The move indicates that the company might not have confidence in its ability to sell more stock at a desirable price.

Gulfport Energy Corp. fell 6.2 percent. The oil and natural gas producer plans to sell 3 million shares to repay debt and pay for acquisitions.

Aluminum maker Alcoa Inc. fell 2.9 percent ahead of announcing its second-quarter results. Alcoa's report marks the unofficial beginning of U.S. earnings season. Aluminum is used in everything from airplanes to beer cans; the company's results typically offer insight into the health of the broader U.S. economy.

The company reported earnings after the market closed. Its income more than doubled as higher sales and prices offset increasing prices for raw materials, the company reported. Alcoa earned 32 cents per share. Analysts expected the company to earn 33 cents per share, according to FactSet. The company reaffirmed its forecast for 12 percent growth in global aluminum demand this year. Alcoa was down 0.4 percent in early aftermarket trading.

Several companies did post gains on Monday. Arch Chemicals Inc. rose 11.7 percent after saying it would be bought by Swiss drugmaker Lonza for $1.2 billion. Arch makes antibacterial products.

Chip-maker Microsemi Corp. was up 2.3 percent after an Oppenheimer analyst upgraded its rating on the company. The analyst cited a growing backlog of orders and improving profit margins.

LinkedIn rose 1.1 percent after web analytics company Comscore said that in June, the professional networking site was second only to Facebook among social networking sites in its number of unique visitors. LinkedIn had 33.9 million unique visitors in June. Facebook had 106.8 million unique visitors.

Six stocks fell for every one that rose on the New York Stock Exchange. Volume was lighter than usual at 3.5 billion shares.

http://finance.yahoo.com/news/Stocks-si ... et=&ccode=




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Re: Crise Econômica Mundial

#2879 Mensagem por P44 » Ter Jul 12, 2011 6:15 am

:roll: e por aqui se vê a FALTA DE LIDERANÇA da Europa, subiram as taxas de juro no fim da semana passada e já falam de baixar as taxas de juro :!:

Triste sina ser "liderados" por gentinha tão incompetente
Ministros Zona Euro admitem baixar taxa de juro


12 de Julho, 2011
Os ministros das Finanças da Zona Euro asseguraram ontem, em Bruxelas, que estão «completamente decididos» a tomar as medidas necessárias para impedir os riscos de contágio da crise da dívida, incluindo uma diminuição das taxas de juro.

Numa declaração lida pelo presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, os 17 ministros afirmaram que serão apresentadas propostas neste sentido «muito em breve».

As propostas irão «melhorar a flexibilidade e o âmbito do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, aumentar as maturidades dos empréstimos e baixar as taxas de juro», segundo Juncker.

No caso particular da Grécia, os países da Zona Euro estão a estudar a possibilidade de uma diminuição da taxa de juro que este país paga pelo empréstimo que pediu para financiar a sua dívida pública.

«Os ministros deram ao grupo de trabalho do Eurogrupo a tarefa de propor medidas para reforçar a actual resposta política à crise grega», sublinham os responsáveis pela Zona Euro.

Este grupo de trabalho irá, entre outras, «explorar as modalidades de financiamento de um programa de ajustamento multi-anual».

Apesar de as medidas anunciadas terem sido avançadas a pensar na Grécia, Juncker realçou que elas podiam ser utilizadas por qualquer um dos países que beneficia de um programa de assistência, como é o caso de Portugal e da Irlanda.

Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=23901




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Re: Crise Econômica Mundial

#2880 Mensagem por manuel.liste » Ter Jul 12, 2011 8:31 am

P44 escreveu:o efeito dominó dos especuladores americanos não pára...agora é a Itália, depois será a Espanha, provavelmente a seguir virá a Bélgica porque não tem governo
La Eurozona debe acelerar el default griego y emitir Eurobonos. Sería deseable una devaluación del Euro

La pena es que no hay consenso dentro de Europa para ir todos por el mismo camino, lo que nos hace más vulnerables a la acción de especuladores. No tiene sentido hablar ahora de nuevos planes de austeridad, planes a largo plazo, cuando la situación es de emergencia ahora.

Si Italia y España deben pedir una moratoria en el pago de su deuda no sé qué puede pasar. Ambos paises son demasiado grandes para ser rescatados. Si eso sucede, como mínimo habrá una gran depreciación del Euro




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