Geopolítica Energética
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- Sterrius
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Re: Geopolítica Energética
por enquanto vale a pena para baratear as terras raras no Brasil. DPois deve-se pensar em trazer as industrias que usam as terras raras pra ca e novamente reduzir a produção.
Basicamente imitar o que a china fez.
Basicamente imitar o que a china fez.
Re: Geopolítica Energética
A diferença é que na China eles planejam o futuro, a longo prazo passo a passo , aqui nossos Governantes não conseguem planejar nem o futuro imediato infelizmente.Sterrius escreveu:por enquanto vale a pena para baratear as terras raras no Brasil. DPois deve-se pensar em trazer as industrias que usam as terras raras pra ca e novamente reduzir a produção.
Basicamente imitar o que a china fez.
Espero que as terras raras não se torne um Nióbio 2, onde detemos quase td o mineral do mundo e não o tranformamos em semi manufaturado, ou as pedras semi preciosas (que de semi não tem nada) onde exportamos elas brutas sem lapidar.
Ficaria muito feliz se com as Terras Raras for diferente, e o Pais agradeceria.
- Sterrius
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Re: Geopolítica Energética
terras raras nao é igual a niobio hezekiah, tem muita terra rara em outros paises. Apenas nao são usadas pq a China foi obtendo o monopolio e nao dava pra brigar com eles no preço.
Niobio é outro mundo onde nossos concorrentes são paises como afeganistão que nao tem nem como avaliar suas reservas. (Motivo pelo qual Brasil tem 98% das reservas, nao se descobriu ainda a capacidade de varios paises quanto a esse recurso) Muito menos alguem disposto a investir la.
Niobio é outro mundo onde nossos concorrentes são paises como afeganistão que nao tem nem como avaliar suas reservas. (Motivo pelo qual Brasil tem 98% das reservas, nao se descobriu ainda a capacidade de varios paises quanto a esse recurso) Muito menos alguem disposto a investir la.
Re: Geopolítica Energética
Concordo porem não invalida o que eu disse agregar valor e conhecimento em nossos produtos de exportação , principalmente naqueles que temos vantagens , caso tipico do Nióbio atualmente, em resumo fazer o que a China faz. Se o nosso Nióbio estivesse na China , com certeza eles estariam industrializando boa parte dele, e depois reduziriam a produção conforme fosse conveniente.Sterrius escreveu:terras raras nao é igual a niobio hezekiah, tem muita terra rara em outros paises. Apenas nao são usadas pq a China foi obtendo o monopolio e nao dava pra brigar com eles no preço.
Niobio é outro mundo onde nossos concorrentes são paises como afeganistão que nao tem nem como avaliar suas reservas. (Motivo pelo qual Brasil tem 98% das reservas, nao se descobriu ainda a capacidade de varios paises quanto a esse recurso) Muito menos alguem disposto a investir la.
Claro que teriamos de mudar muita coisa , como burocracia, fazer as reformas economicas, trabalhista , investir na educação ( realmente investir) , para podermos oferecer condições para essas industrias virem para ca, porem é perfeitamente possivel se tiver planejamento.
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Re: Geopolítica Energética
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Ministro confirma que usinas nucleares podem ficar no papel
A construção de quatro novas usinas nucleares no Brasil pode não sair do papel. "Essa é uma hipótese que está sendo avaliada", admitiu ontem o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A ideia inicial do governo era construir duas centrais no Nordeste e outras duas no Sudeste, mas os planos passaram a ser reavaliados depois do acidente na usina de Fukushima, no Japão.
A implementação das centrais nucleares faz parte do Plano Nacional de Energia (PNE), que define as estratégias que devem ser adotadas para o setor até 2035. O plano passa neste momento por uma nova avaliação.
Conforme o Estado antecipou ontem, as quatro usinas nucleares devem ser excluídas do pacote. Segundo Lobão, o processo de reavaliação do programa nuclear brasileiro não vai interferir na construção da usina de Angra 3. "Estamos fazendo uma avaliação da segurança das usinas e as nossas existentes estão entre as melhores do mundo", disse. Esse padrão de segurança deverá ser repetido em Angra 3, cujas obras foram retomadas depois de mais de 20 anos de interrupção. A expectativa é de que a usina comece a operar a partir de 2015.
A decisão sobre o futuro das quatro novas centrais nucleares só deve ser conhecida oficialmente em 2012. As duas primeiras seriam construídas às margens do Rio São Francisco, no Nordeste. As do Sudeste não tinham local definido - a área técnica do governo ainda analisava pesquisas de sondagem. Se o caminho escolhido for realmente o de não construir as usinas, Lobão disse que o governo terá de acelerar a construção de novas hidrelétricas para poder atender a demanda por energia no País.
"Estamos em um processo de construção de usinas eólicas, estudando a energia solar e produzindo energia de biomassa, mas tudo isso será insuficiente para as necessidades brasileiras. Nós teremos de construir hidrelétricas", disse o ministro.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Geopolítica Energética
É 30 anos sem bater um prego na infra-estrutura do país acaba tendo um custo enorme agora!
Temos hoje por volta de 114 GW fiscalizados e nos próximos anos estão outorgados para construção mais ou menos 33 GW. Destes 33 apenas 14 estão em construção, ou seja tem usina pra fazer com vontade.
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capa ... brasil.asp
Abraço
Loki
Temos hoje por volta de 114 GW fiscalizados e nos próximos anos estão outorgados para construção mais ou menos 33 GW. Destes 33 apenas 14 estão em construção, ou seja tem usina pra fazer com vontade.
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capa ... brasil.asp
Abraço
Loki
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Re: Geopolítica Energética
[]´sPetrobras inaugura nova geopolítica, diz vice-premiê britânico
22/06/2011 - 12h47
PEDRO SOARES
DO RIO
O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, disse nesta quarta-feira que "os planos" e investimento da Petrobras --e do Brasil-- vão inaugurar uma "nova geopolítica global" na área de petróleo.
"O que vocês estão fazendo é uma transformação de longo prazo", afirmou Clegg, na abertura de seminário com executivos dos dois países, na sede da Petrobras, no Rio.
Clegg disse que o Reino Unido pretende atuar sob a ótica da "cooperação" com o Brasil e a Petrobras na área de energia e buscar uma reaproximação nas relações entre os dois países.
O vice-primeiro-ministro disse que Brasil e Reino Unido já foram "muito próximos" principalmente até o século 19, mas se afastaram a partir da segunda metade do século 20. Estreitar novamente os laços, diz, "é o compromisso do governo britânico."
Uma das áreas de cooperação, afirma, é a de educação, na qual o Reino Unido tem "excelência".
Clegg se mostrou surpreso com a grandiosidade dos números da Petrobras e de seus planos para os próximos anos. Fez referência especial ao programa de capacitação da força de trabalho na área de petróleo e gás, o Prominp.
O vice-primeiro-ministro ressaltou que o Reino Unido possui um projeto de qualificação de 250 mil jovens em todo o país, menos do que a Petrobras espera capacitar somente na indústria do petróleo --290 mil pessoas nos próximos anos.
Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é natural uma mudança de eixo da geopolítica do petróleo, já que o consumo de derivados aumenta mais rapidamente na China, Índia, Brasil e África, onde há "crescimento econômico com inclusão social".
Diante disso, diz, "os fluxos" de exportações e importações entre esses países vão aumentar muito no futuro. Já no caso da expansão da oferta de petróleo cru, afirma, o Brasil será o principal responsável pela produção adicional de óleo graças às descobertas do pré-sal.
COMÉRCIO
Já Stephen Green, ministro-adjunto de Comércio do Reino Unido, vê oportunidades de negócios com o Brasil e
incremento nas exportações britânicas nas áreas de serviços financeiros, energia, consultorias e engenharia.
A meta do governo britânico é dobrar as exportações para o Brasil até 2015, atingindo 4 bilhões de libras (R$ 10,8 bilhões) naquele ano.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9335 ... nico.shtml
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: Geopolítica Energética
terra.com.br
Após décadas de esquecimento, Baku usa "ouro negro" para se reerguer
26 de junho de 2011 • 16h42
A cidade caucásica de Baku, capital do Azerbaijão, onde no final do século XIX e começo do XX os irmãos Nobel forjaram grande parte de sua fortuna, é hoje uma cidade moderna na qual se misturam o encantamento do Oriente com a potência de uma cidade que cresce de maneira impetuosa em função do petróleo. Com pouco mais de dois milhões de habitantes, Baku está ligada ao "ouro negro", uma das principais fontes de energia mundial das últimas décadas.
Nos subúrbios da cidade, os braços metálicos das bombas extratoras, algumas das quais datam dos anos 30, se movimentam compassados e incansáveis, extraindo a riqueza de jazidas que se encontram praticamente à flor do solo. E não só em terra: as torres de extração adentram profundamente nas águas do mar Cáspio, que banha a cidade e cujo leito abriga enormes reservas de petróleo, o combustível que permitiu ao Azerbaijão alcançar cotas incríveis de crescimento, como em 2007, quando seu Produto Interno Bruto aumentou 26%.
A presença dos irmãos Nobel na capital azerbaijana, jogada ao esquecimento em tempos soviéticos, foi resgatada pelas autoridades do Azerbaijão independente, que restauraram em todo seu esplendor a residência que ocupavam quando trabalhavam em Baku e que ficou conhecida como Vila Petrolea. Na última década, não só cresceram centenas de modernos prédios de apartamentos e escritórios, mas foram restaurados seus monumentos arquitetônicos, muitos deles erguidos durante o primeiro "boom" do ouro negro, quando Baku se tornou em um centro industrial.
Investimento no passado
Um destaque especial recebe a conservação da fortaleza Icheri Sheher (ou Cidade Antiga), atrás da qual vivia a Baku medieval. Dessa "semente" nasceu a grande cidade.
A fortaleza é coroada pela Torre da Moça, cuja silhueta é o símbolo eterno da cidade, o equivalente à catedral de Notre Dame para Paris. A torre, construída no século XII - embora há quem sustente que foi erguida muito antes - guarda muitos segredos: o principal deles é o fim para o qual foi construída. Para alguns, o singular monumento é um observatório astronômico; para outros, um templo. Há quem diga que se trata de uma mera fortificação e também não faltam as versões esotéricas, que alimentam inumeráveis lendas, tanto sobre a torre como sobre a origem de seu nome.
"Custa achar palavras para expressar o que alguém sente quando caminha pelas estreitas vielas de Icheri Sheher. Eu me criei aqui. Mas comecei a compreender a beleza destes lugares encantados só quando me tornei adulto", disse à Agência Efe, Fahri Agayev, um aposentado de 72 anos que viveu toda sua vida na capital azerbaijana. Para Fahri, passear por Icheri Sheher é "como penetrar nos segredos da história, pois cada pedra da Cidade Antiga foi polida pelos ventos Xazri e Gilavar (Norte e Sul)".
Vento e fogo
Baku é também conhecida como a cidade dos ventos. Alguns cientistas asseguram que a etimologia de seu nome provém do persa antigo "badkuve", que significa "golpe de vento". Outros consideram que o nome tem sua origem no zoroastrismo e que vem da palavra "baga", com a qual uma série de línguas antigas designa o sol.
Em tempos remotos, Baku foi um lugar de peregrinação para os adoradores do fogo. Até hoje, nos arredores da capital, junto à localidade de Surajana, continua ardendo a chama no templo dos adoradores do fogo "Ateshgiah". Também não faltam junto à cidade fenômenos naturais únicos em seu gênero, como ¿Yanar-dar¿, a montanha ardente que permanentemente cospe fogo.
O crescimento econômico dos últimos anos não só disparou o setor imobiliário, mas também ajudou a restaurar e embelezar a cidade. O bulevar da marinha, ao longo da baía de Baku, transformou-se, mas também conserva instalações e prédios que são parte da história do píer, como o Teatro de Bonecos, os restaurantes "Zhemhuzhina" e "Sahil", e a velha torre.
O governo local planeja estender o bulevar em ambas as direções da baía e muito em breve chegará até seu extremo sudeste, onde se estende a Praça da Bandeira. Ali ondeia a insígnia nacional azerbaijana na haste mais alta do mundo: 162 metros. A bandeira pesa 350 quilos, mede 35 metros de largura por 70 de comprimento.
A influência do Cáspio
O mar Cáspio não é só o tesouro de Baku e de todo o Azerbaijão devido às enormes reservas de gás, petróleo e recursos pesqueiros que abriga, mas também uma fonte de saúde para seus habitantes: as praias de areia da península de Apsheron, onde se encontra a capital, são o lugar de descanso predileto dos moradores locais. O mar também influi no espírito e na cultura de seus habitantes. As ondas do Cáspio, que se aproximam sigilosas da margem quando não há vento e que a castigam sem piedade durante as tempestades, inspiraram durante séculos poetas, pintores e músicos.
"Para mim, o Cáspio significa muito. Não somente é fonte de inspiração dos meus quadros, mas influi diretamente em meu estado de ânimo. A varanda do meu apartamento tem vista para o Cáspio. Quando o mar fica bravo, eu me inquieto. Quando há bom tempo, suas águas proporcionam uma sensação de placidez. Os reflexos dos raios do sol sobre a superfície do mar convidam ao romantismo", diz à Efe o pintor Faik Samedov, de 42 anos.
Não há morador que não seja apaixonado por sua cidade e pelo Cáspio, que junto com a parte antiga da capital imprimem a Baku seu colorido inigualável, fazendo o visitante voltar sem falta.
Outro atributo sem a qual Baku não seria Baku são as casas de chá. O chá é a bebida favorita dos habitantes da capital. No inverno, reconforta e ajuda a combater o frio; no verão, não há melhor refresco para matar a sede. O chá é servido em copos especiais chamados "armuda". Por terem a forma de pera, o chá esfria muito lentamente, o que permite desfrutar dele sem pressa. Os habitantes de Baku passam horas nas casas de chá, que são o lugar de reunião predileto. Geralmente, esta bebida é acompanhada de doces orientais.
Como toda cozinha oriental, a azerbaijana oferece uma grande variedade. Mas o "shah" (rei) de todos os pratos nacionais é o arroz com "Gara", que é carne, no geral, recheada com ervas ou com castanhas e frutos secos (abricós, uvas e ameixas passas).
O ritmo aprazível da cidade também é um atrativo. Além do bulevar da marinha, os pedestres são senhores da Praça das Fontes e da rua Nizami, que os habitantes continuam chamando de Comércio, nome que tinha até a instauração do poder dos sovietes, em 1920. Em sua reconstrução, os arquitetos cuidaram para que cada fonte, cada poste de luz, cada banco e cada novo detalhe fosse incorporado organicamente no conjunto que formam os magníficos prédios construídos no final do século XIX e começo do XX, monumentos arquitetônicos dos mais variados estilos.
Após décadas de esquecimento, Baku usa "ouro negro" para se reerguer
26 de junho de 2011 • 16h42
A cidade caucásica de Baku, capital do Azerbaijão, onde no final do século XIX e começo do XX os irmãos Nobel forjaram grande parte de sua fortuna, é hoje uma cidade moderna na qual se misturam o encantamento do Oriente com a potência de uma cidade que cresce de maneira impetuosa em função do petróleo. Com pouco mais de dois milhões de habitantes, Baku está ligada ao "ouro negro", uma das principais fontes de energia mundial das últimas décadas.
Nos subúrbios da cidade, os braços metálicos das bombas extratoras, algumas das quais datam dos anos 30, se movimentam compassados e incansáveis, extraindo a riqueza de jazidas que se encontram praticamente à flor do solo. E não só em terra: as torres de extração adentram profundamente nas águas do mar Cáspio, que banha a cidade e cujo leito abriga enormes reservas de petróleo, o combustível que permitiu ao Azerbaijão alcançar cotas incríveis de crescimento, como em 2007, quando seu Produto Interno Bruto aumentou 26%.
A presença dos irmãos Nobel na capital azerbaijana, jogada ao esquecimento em tempos soviéticos, foi resgatada pelas autoridades do Azerbaijão independente, que restauraram em todo seu esplendor a residência que ocupavam quando trabalhavam em Baku e que ficou conhecida como Vila Petrolea. Na última década, não só cresceram centenas de modernos prédios de apartamentos e escritórios, mas foram restaurados seus monumentos arquitetônicos, muitos deles erguidos durante o primeiro "boom" do ouro negro, quando Baku se tornou em um centro industrial.
Investimento no passado
Um destaque especial recebe a conservação da fortaleza Icheri Sheher (ou Cidade Antiga), atrás da qual vivia a Baku medieval. Dessa "semente" nasceu a grande cidade.
A fortaleza é coroada pela Torre da Moça, cuja silhueta é o símbolo eterno da cidade, o equivalente à catedral de Notre Dame para Paris. A torre, construída no século XII - embora há quem sustente que foi erguida muito antes - guarda muitos segredos: o principal deles é o fim para o qual foi construída. Para alguns, o singular monumento é um observatório astronômico; para outros, um templo. Há quem diga que se trata de uma mera fortificação e também não faltam as versões esotéricas, que alimentam inumeráveis lendas, tanto sobre a torre como sobre a origem de seu nome.
"Custa achar palavras para expressar o que alguém sente quando caminha pelas estreitas vielas de Icheri Sheher. Eu me criei aqui. Mas comecei a compreender a beleza destes lugares encantados só quando me tornei adulto", disse à Agência Efe, Fahri Agayev, um aposentado de 72 anos que viveu toda sua vida na capital azerbaijana. Para Fahri, passear por Icheri Sheher é "como penetrar nos segredos da história, pois cada pedra da Cidade Antiga foi polida pelos ventos Xazri e Gilavar (Norte e Sul)".
Vento e fogo
Baku é também conhecida como a cidade dos ventos. Alguns cientistas asseguram que a etimologia de seu nome provém do persa antigo "badkuve", que significa "golpe de vento". Outros consideram que o nome tem sua origem no zoroastrismo e que vem da palavra "baga", com a qual uma série de línguas antigas designa o sol.
Em tempos remotos, Baku foi um lugar de peregrinação para os adoradores do fogo. Até hoje, nos arredores da capital, junto à localidade de Surajana, continua ardendo a chama no templo dos adoradores do fogo "Ateshgiah". Também não faltam junto à cidade fenômenos naturais únicos em seu gênero, como ¿Yanar-dar¿, a montanha ardente que permanentemente cospe fogo.
O crescimento econômico dos últimos anos não só disparou o setor imobiliário, mas também ajudou a restaurar e embelezar a cidade. O bulevar da marinha, ao longo da baía de Baku, transformou-se, mas também conserva instalações e prédios que são parte da história do píer, como o Teatro de Bonecos, os restaurantes "Zhemhuzhina" e "Sahil", e a velha torre.
O governo local planeja estender o bulevar em ambas as direções da baía e muito em breve chegará até seu extremo sudeste, onde se estende a Praça da Bandeira. Ali ondeia a insígnia nacional azerbaijana na haste mais alta do mundo: 162 metros. A bandeira pesa 350 quilos, mede 35 metros de largura por 70 de comprimento.
A influência do Cáspio
O mar Cáspio não é só o tesouro de Baku e de todo o Azerbaijão devido às enormes reservas de gás, petróleo e recursos pesqueiros que abriga, mas também uma fonte de saúde para seus habitantes: as praias de areia da península de Apsheron, onde se encontra a capital, são o lugar de descanso predileto dos moradores locais. O mar também influi no espírito e na cultura de seus habitantes. As ondas do Cáspio, que se aproximam sigilosas da margem quando não há vento e que a castigam sem piedade durante as tempestades, inspiraram durante séculos poetas, pintores e músicos.
"Para mim, o Cáspio significa muito. Não somente é fonte de inspiração dos meus quadros, mas influi diretamente em meu estado de ânimo. A varanda do meu apartamento tem vista para o Cáspio. Quando o mar fica bravo, eu me inquieto. Quando há bom tempo, suas águas proporcionam uma sensação de placidez. Os reflexos dos raios do sol sobre a superfície do mar convidam ao romantismo", diz à Efe o pintor Faik Samedov, de 42 anos.
Não há morador que não seja apaixonado por sua cidade e pelo Cáspio, que junto com a parte antiga da capital imprimem a Baku seu colorido inigualável, fazendo o visitante voltar sem falta.
Outro atributo sem a qual Baku não seria Baku são as casas de chá. O chá é a bebida favorita dos habitantes da capital. No inverno, reconforta e ajuda a combater o frio; no verão, não há melhor refresco para matar a sede. O chá é servido em copos especiais chamados "armuda". Por terem a forma de pera, o chá esfria muito lentamente, o que permite desfrutar dele sem pressa. Os habitantes de Baku passam horas nas casas de chá, que são o lugar de reunião predileto. Geralmente, esta bebida é acompanhada de doces orientais.
Como toda cozinha oriental, a azerbaijana oferece uma grande variedade. Mas o "shah" (rei) de todos os pratos nacionais é o arroz com "Gara", que é carne, no geral, recheada com ervas ou com castanhas e frutos secos (abricós, uvas e ameixas passas).
O ritmo aprazível da cidade também é um atrativo. Além do bulevar da marinha, os pedestres são senhores da Praça das Fontes e da rua Nizami, que os habitantes continuam chamando de Comércio, nome que tinha até a instauração do poder dos sovietes, em 1920. Em sua reconstrução, os arquitetos cuidaram para que cada fonte, cada poste de luz, cada banco e cada novo detalhe fosse incorporado organicamente no conjunto que formam os magníficos prédios construídos no final do século XIX e começo do XX, monumentos arquitetônicos dos mais variados estilos.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Geopolítica Energética
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China acusa Vietnã e Filipinas de "nacionalismo perigoso"
27 de junho de 2011
A China considera a reivindicação de soberania das ilhas Spratly e Paracel pelo Vietnã e Filipinas como um "nacionalismo perigoso" devido aos interesses econômicos dos dois países em territórios ricos em hidrocarbonetos, informa um artigo do jornal oficial Global Times. "Se a China não agir para conter os dois países e proteger seus próprios direitos sobre as ilhas, será mais difícil defendê-los no futuro", escreveu no jornal - adscrito ao Partido Comunista da China (PCCh) - o diretor do Instituto Nacional para os Estudos do Mar do Sul da China, Wu Sichun.
Wu destacou que as recentes disputas de soberania entre os três países, que se somam às reivindicações de Taiwan, Malásia e Brunei, se iniciaram na década de 1960 e incluíram nos anos 1970 o envio de soldados às ilhas por parte do Vietnã e das Filipinas.
Diante da escalada das tensões, Pequim e Hanói decidiram - segundo disse no domingo a agência de notícias oficial Xinhua - resolver pacificamente seu litígio territorial, enquanto, nesta terça-feira, serão iniciados 11 dias de exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Filipinas na ilha de Palawan (Mar de Sulu), embora sejam consideradas manobras rotineiras.
A agência oficial chinesa destaca que China e Vietnã se comprometeram a realizar consultas amistosas e negociações durante a reunião em Pequim do conselheiro de Estado chinês, Dai Bingguo, e do vice-chanceler vietnamita Ho Xuan Son. Segundo Wu, o equilíbrio de poder na região mudou com a retirada dos EUA do Vietnã "pela busca de recursos naturais desde que, em 1969, um relatório da ONU indicou sua riqueza em petróleo e gás natural com aumento do interesse com a primeira crise global do petróleo em 1973".
China acusa Vietnã e Filipinas de "nacionalismo perigoso"
27 de junho de 2011
A China considera a reivindicação de soberania das ilhas Spratly e Paracel pelo Vietnã e Filipinas como um "nacionalismo perigoso" devido aos interesses econômicos dos dois países em territórios ricos em hidrocarbonetos, informa um artigo do jornal oficial Global Times. "Se a China não agir para conter os dois países e proteger seus próprios direitos sobre as ilhas, será mais difícil defendê-los no futuro", escreveu no jornal - adscrito ao Partido Comunista da China (PCCh) - o diretor do Instituto Nacional para os Estudos do Mar do Sul da China, Wu Sichun.
Wu destacou que as recentes disputas de soberania entre os três países, que se somam às reivindicações de Taiwan, Malásia e Brunei, se iniciaram na década de 1960 e incluíram nos anos 1970 o envio de soldados às ilhas por parte do Vietnã e das Filipinas.
Diante da escalada das tensões, Pequim e Hanói decidiram - segundo disse no domingo a agência de notícias oficial Xinhua - resolver pacificamente seu litígio territorial, enquanto, nesta terça-feira, serão iniciados 11 dias de exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Filipinas na ilha de Palawan (Mar de Sulu), embora sejam consideradas manobras rotineiras.
A agência oficial chinesa destaca que China e Vietnã se comprometeram a realizar consultas amistosas e negociações durante a reunião em Pequim do conselheiro de Estado chinês, Dai Bingguo, e do vice-chanceler vietnamita Ho Xuan Son. Segundo Wu, o equilíbrio de poder na região mudou com a retirada dos EUA do Vietnã "pela busca de recursos naturais desde que, em 1969, um relatório da ONU indicou sua riqueza em petróleo e gás natural com aumento do interesse com a primeira crise global do petróleo em 1973".
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Geopolítica Energética
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Presidente sudanês, acusado de genocídio, alcança apoio econômico da China
29 de junho de 2011
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, com ordem de prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional de Haia por crimes de guerra e genocídio, reuniu-se nesta quarta-feira com seu colega chinês Hu Jintao, um encontro que culminou com a assinatura de vários acordos de ajuda econômica e tecnológica chinesa ao país norte-africano.
Os acordos, que incluíram empréstimos chineses para o desenvolvimento de infraestrutura e equipamentos (com quantias não detalhadas), foram assinados em cerimônia ao fim do encontro entre Hu e Bashir, no Grande Palácio do Povo.
Na reunião, realizada após a habitual passagem em vista das tropas chinesas, Bashir classificou o presidente Hu de "amigo e irmão" e agradeceu a "calorosa acolhida", importante para um líder que teve negado expressamente a entrada em muitas nações, incluindo vizinhos africanos.
Hu expressou sua confiança que a viagem de seu colega sudanês "consolide e desenvolva a tradicional amizade chinês-sudanesa e promova uma substancial cooperação", e afirmou que a boa relação entre ambos os países continuará "apesar das mudanças internacionais ou da situação nacional no Sudão".
No primeiro dia da viagem, na terça-feira, o presidente sudanês visitou a maior petrolífera chinesa e assinou acordo de cooperação com o Governo do Sudão, renovando o assinado há quatro anos.
Bashir chegou nesse mesmo dia à capital chinesa, um dia após o previsto, por problemas de até mesmo conseguir permissão para sobrevoar o espaço aéreo do Turcomenistão.
A viagem do presidente sudanês à China foi criticada por organizações pró-direitos humanos pelo fato de que Bashir tem ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio em Darfur, onde 300 mil pessoas morreram desde o ano 2003.
Há quem cogite a possibilidade de que a ordem de captura do TPI fosse a verdadeira causa do atraso da chegada à China de Bashir, pela recusa de muitos países de que o avião presidencial cruze seu espaço aéreo (no entanto, Turcomenistão não é um país membro dessa instituição).
A ONG Human Rights Watch exigiu de Pequim que não recebesse e inclusive detivesse Bashir, mas na véspera, o Ministério de Relações Exteriores chinês insistiu em que o Sudão é "um país amigo", e manifestou suas reservas com relação à ordem de captura do TPI, lembrando que China também não é membro do tribunal.
Presidente sudanês, acusado de genocídio, alcança apoio econômico da China
29 de junho de 2011
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, com ordem de prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional de Haia por crimes de guerra e genocídio, reuniu-se nesta quarta-feira com seu colega chinês Hu Jintao, um encontro que culminou com a assinatura de vários acordos de ajuda econômica e tecnológica chinesa ao país norte-africano.
Os acordos, que incluíram empréstimos chineses para o desenvolvimento de infraestrutura e equipamentos (com quantias não detalhadas), foram assinados em cerimônia ao fim do encontro entre Hu e Bashir, no Grande Palácio do Povo.
Na reunião, realizada após a habitual passagem em vista das tropas chinesas, Bashir classificou o presidente Hu de "amigo e irmão" e agradeceu a "calorosa acolhida", importante para um líder que teve negado expressamente a entrada em muitas nações, incluindo vizinhos africanos.
Hu expressou sua confiança que a viagem de seu colega sudanês "consolide e desenvolva a tradicional amizade chinês-sudanesa e promova uma substancial cooperação", e afirmou que a boa relação entre ambos os países continuará "apesar das mudanças internacionais ou da situação nacional no Sudão".
No primeiro dia da viagem, na terça-feira, o presidente sudanês visitou a maior petrolífera chinesa e assinou acordo de cooperação com o Governo do Sudão, renovando o assinado há quatro anos.
Bashir chegou nesse mesmo dia à capital chinesa, um dia após o previsto, por problemas de até mesmo conseguir permissão para sobrevoar o espaço aéreo do Turcomenistão.
A viagem do presidente sudanês à China foi criticada por organizações pró-direitos humanos pelo fato de que Bashir tem ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio em Darfur, onde 300 mil pessoas morreram desde o ano 2003.
Há quem cogite a possibilidade de que a ordem de captura do TPI fosse a verdadeira causa do atraso da chegada à China de Bashir, pela recusa de muitos países de que o avião presidencial cruze seu espaço aéreo (no entanto, Turcomenistão não é um país membro dessa instituição).
A ONG Human Rights Watch exigiu de Pequim que não recebesse e inclusive detivesse Bashir, mas na véspera, o Ministério de Relações Exteriores chinês insistiu em que o Sudão é "um país amigo", e manifestou suas reservas com relação à ordem de captura do TPI, lembrando que China também não é membro do tribunal.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Geopolítica Energética
Não precisava ser agente da ABIN para saber disso... Porém, agora, os nomes foram dados aos bois...
Aos amigos, sugiro a leitura e peço o favor que ajudem a divulgar.
Temos um documento histórico em mãos. São fatos relevantes ao futuro do País.
[]'s a todos.
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"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- joao fernando
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Re: Geopolítica Energética
Acho que andam lendo o DB. Nada disso não é novidade para a gente...
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
Re: Geopolítica Energética
A diferença é que agora apontaram o dedo no nariz... E é por um Órgão Oficial do Governo Brasileiro. Há força nisso agora.
[]'s.
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