Guerra das Malvinas / Falkland
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- Luís Henrique
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Re: Guerra das Malvinas
Olha, U$ 15 bi de investimento para um país do tamanho da Argentina poder sentar na mesa de negociações é pouco.
O dinheiro pode ser conseguido através de empréstimos.
O Eike (brasileiro mais rico) possui U$ 30 bi. Daria para pagar a conta 2x. Um país com 40 milhões de habitantes não vai quebrar por causa de U$ 15 bi, muito menos sendo o valor PARCELADO em vários anos....
O dinheiro pode ser conseguido através de empréstimos.
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Simplesmente um GRANDE caça.
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- Luís Henrique
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Re: Guerra das Malvinas
...Complementando:
O que a Argentina ganhará em prestígio?
O que a Argentina ganhará em petróleo?
O que a Argentina ganhará em prestígio?
O que a Argentina ganhará em petróleo?
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- Carlos Lima
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Re: Guerra das Malvinas
Ninguém vai deixar a Argentina chegar nem perto desse petróleo.Luís Henrique escreveu:...Complementando:
O que a Argentina ganhará em prestígio?
O que a Argentina ganhará em petróleo?
Hoje eles são e estão falidos em termos de FAs.
Novos equipamentos e doutrinas custam tempo e muito $$$$ a longo prazo, para manter, comprar, treinar, melhorar, adaptar, etc.
Além disso ninguém é doido de bancar uma super compra louca militar argentina... quanto mais os russos.
No dia em que a Argentina sonhar em fazer Malvinas 2.0, ganham uma meia-duzia de Tomahawks nas suas BAs e fim de papo.
[]s
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- Alcantara
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Re: Guerra das Malvinas
E pra fazer isso os britânicos não vão nem precisar de ajuda. Alias, nem vão precisar ter porta-aviões.cb_lima escreveu:No dia em que a Argentina sonhar em fazer Malvinas 2.0, ganham uma meia-duzia de Tomahawks nas suas BAs e fim de papo.
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"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
- Carlos Lima
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Re: Guerra das Malvinas
Yep!

A única chance é no campo diplomático e olhe lá.
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- malmeida
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Re: Guerra das Malvinas
Boa Sterrius, então é menos uma coisa pra eles se preocuparem.Sterrius escreveu:2- Estender as pistas de pouso para suportar o uso de caças
Inglaterra ja tem pista de pouso la. Ou vc acha que os eurofighters decolam da praia?![]()
![]()
MAlmeida
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- Luís Henrique
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Re: Guerra das Malvinas
E quem disse que eu estou falando em guerra das malvinas 2.0 o retorno??
Estou dizendo que só terão alguma chance no campo DIPLOMÁTICO se possuírem um poder militar crível.
E U$ 15 bi resolveriam o problema.
Estou dizendo que só terão alguma chance no campo DIPLOMÁTICO se possuírem um poder militar crível.
E U$ 15 bi resolveriam o problema.
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Re: Guerra das Malvinas
O problema é alguém estar disposto a gastar 15 Bi com as FAs argentinas... se não gastam nem o 5 Mi $$ para manutenção do Tucano... o que dirá 15 Bi para Subs e Su...Luís Henrique escreveu:E quem disse que eu estou falando em guerra das malvinas 2.0 o retorno??
Estou dizendo que só terão alguma chance no campo DIPLOMÁTICO se possuírem um poder militar crível.
E U$ 15 bi resolveriam o problema.
Fora de questão

Por ali, a não ser que ocorra um milagre, é F-16 terceira mão e olhe lá.
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- rodrigo
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Re: Guerra das Malvinas
E deixa de investir U$ 15.000.000.000.00 aonde? E ninguém vai ver esse rearmamento argentino? E quanto útil seria para as FAs inglesas uma ameaça assim?Olha, U$ 15 bi de investimento para um país do tamanho da Argentina poder sentar na mesa de negociações é pouco.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Guerra das Malvinas
Torço por esse rearmamento. Seria a melhor coisa que poderia acontecer em benefício das FA's brasileiras.rodrigo escreveu:E deixa de investir U$ 15.000.000.000.00 aonde? E ninguém vai ver esse rearmamento argentino? E quanto útil seria para as FAs inglesas uma ameaça assim?Olha, U$ 15 bi de investimento para um país do tamanho da Argentina poder sentar na mesa de negociações é pouco.
O dinheiro pode ser conseguido através de empréstimos.
O Eike (brasileiro mais rico) possui U$ 30 bi. Daria para pagar a conta 2x. Um país com 40 milhões de habitantes não vai quebrar por causa de U$ 15 bi, muito menos sendo o valor PARCELADO em vários anos....
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Re: Guerra das Malvinas
Companheiros, três questões fundamentais.
a 1ª: Há quem afirme que as reservas de óleo e gás por lá estão na camada pré-sal. Sai caro para explorar/escoar mas a paulada pode ser maior do que muitos pen$$$$$am. Se não fosse assim porquê o silêncio abissal?
a 2ª: O último torpedo bingo de que se tem notícia em conflito aberto foi disparado pelo Sub Conqueror (se não me engano) e mandou o Belgrano pro fundo em grande estilo, inclusive no número de baixas.
a 3ª: Por mais contingenciado que as FAAs Britânicas estejam, eles não abriram mão do nível de preparo e prontidão da sua força de subs... Mais eloquente que qualquer diplomacia quando se trata de PETRÓLEO NO MAR.
Conclusão: Podem chamar de Falvinas ou Malklands, mas serão Falklands por muito tempo ainda...
P. S.: Sobre as ilhas, tudo o que partir da Argentina pode, e deve, ser definido como MILONGA, ou CATIMBA se preferirem.
Debater é Preciso.
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a 1ª: Há quem afirme que as reservas de óleo e gás por lá estão na camada pré-sal. Sai caro para explorar/escoar mas a paulada pode ser maior do que muitos pen$$$$$am. Se não fosse assim porquê o silêncio abissal?
a 2ª: O último torpedo bingo de que se tem notícia em conflito aberto foi disparado pelo Sub Conqueror (se não me engano) e mandou o Belgrano pro fundo em grande estilo, inclusive no número de baixas.
a 3ª: Por mais contingenciado que as FAAs Britânicas estejam, eles não abriram mão do nível de preparo e prontidão da sua força de subs... Mais eloquente que qualquer diplomacia quando se trata de PETRÓLEO NO MAR.
Conclusão: Podem chamar de Falvinas ou Malklands, mas serão Falklands por muito tempo ainda...
P. S.: Sobre as ilhas, tudo o que partir da Argentina pode, e deve, ser definido como MILONGA, ou CATIMBA se preferirem.
Debater é Preciso.
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Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
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- Marino
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Re: Guerra das Malvinas
Para Brasil, Argentina venceria nas Malvinas
Segundo documentos obtidos pelo Estado, ditadura brasileira subestimou os britânicos
Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
Documentos confidenciais mostram que o governo brasileiro superestimou as chances de a Argentina se sair bem no confronto com a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas, em 1982. Os papéis secretos e inéditos, aos quais o Estado teve acesso, estão no Arquivo Nacional, em Brasília, e deixam claro que a ditadura confiou demais no governo militar argentino, que propagava um poderio bélico que não se confirmou no conflito.
O choque entre os dois países, iniciado com a ocupação das Malvinas pela Argentina, em abril, terminou dois meses depois com a retomada britânica do arquipélago. A guerra acabou com um saldo de centenas de mortos do lado argentino, sendo mais de 300 no afundamento do cruzador General Belgrano.
De quebra, a derrota desmoralizou politicamente a ditadura militar argentina. Batido pelos britânicos, o general Leopoldo Galtieri, líder da junta que governava o país, renunciou. Os militares se mantiveram no poder por pouco tempo e a Argentina se redemocratizou, em 1983, com a eleição de Raúl Alfonsín.
Nos documentos, o serviço de inteligência brasileiro se baseia em informes obtidos pelos contatos mais constantes com os argentinos. A proximidade territorial e a identificação com o governo vizinho - também comandado por militares, como o Brasil - fazia com que a inteligência nacional desse mais credibilidade às informações recebidas diretamente dessa fonte. E os argentinos aproveitaram a situação para tentar vender sua força militar.
"Apesar de sua evidente superioridade qualitativa e quantitativa, a esquadra britânica encontrará dificuldades para sobrepor-se à Armada argentina, caso haja confronto entre as forças dos dois países em virtude da superioridade aérea local argentina", cita o Sumário Diário de Informações nº 8-E2.1, produzido pelo Estado Maior do Exército do Brasil, em 15 de abril de 1982.
Conflito vizinho
O documento, classificado como confidencial, faz parte de um lote de 59 informes produzidos diariamente pela inteligência militar brasileira, a partir de abril de 1982, como forma de manter o governo atualizado sobre os desdobramento da guerra entre os dois países.
Com esses diários brasileiros da Guerra das Malvinas, o governo queria se prevenir contra um conflito que se desenrolava na vizinhança do território nacional, que poderia ter consequências graves.
No entanto, as avaliações brasileiras custaram a detectar a situação real da guerra. Nos primeiros informes, previram dificuldades de operações que a Grã-Bretanha acabou não tendo.
"No caso de uma batalha naval, devem ser consideradas as grandes dificuldades logísticas para abastecimento da esquadra inglesa, em contraposição à facilidade de apoio com que poderá contar a Armada argentina, em face da proximidade das Ilhas Malvinas do continente", diz o texto, que chega a classificar como "remota" a hipótese de um desembarque britânico nas ilhas.
A evolução das operações da Grã-Bretanha e a falta de acordo diplomático fizeram com que os militares brasileiros começassem a mudar de tom e passassem a admitir que a situação argentina era muito difícil.
O Sumário Diário de Informações nº 19-E2.1, do dia 3 de maio, ainda tenta reconhecer algum tipo de vantagem para os argentinos nas batalhas, mas se rende à evidência do poderio britânico.
"Os combates do dia 1.º de maio, sábado, duraram de 4h40 às 21 horas, com interrupções. Houve um saldo favorável aos argentinos, já que conseguiram abortar três tentativas de desembarque britânico nas ilhas", diz o texto.
Fogo amigo
No entanto, o mesmo informe, também classificado como confidencial, se rende à impotência militar argentina diante da supremacia dos adversários.
"Apesar dos meios de que dispõe, a FAA (Força Aérea Argentina) infligiu apenas o que podem ser considerados pequenos danos às forças britânicas", reconheceu a inteligência brasileira, que narra até mesmo incidentes de fogo amigo envolvendo as manobras militares da Argentina para rechaçar os adversários.
"Os argentinos ressentiram-se da falta de um adestramento mais adequado e de experiência em combate. Um Mirage chegou a abater um Dagger da própria FAA", cita o documento.
O afundamento do General Belgrano também pesou nessa mudança de enfoque das observações feitas pelos militares brasileiros. "O torpedeamento do General Belgrano acentua a disparidade de forças navais existentes entre os dois países, além de significar um sério golpe moral e psicológico para a Armada argentina", diz o informe.
Derrota iminente
No dia seguinte, um outro informe especial, chamado Apreciação nº 002, produzido pelo Estado Maior do Exército brasileiro e classificado como secreto, já não tinha dúvidas sobre a derrota argentina, que se confirmaria mais tarde, em junho.
"Militarmente, os argentinos poderão obter êxitos em combates isolados e mesmo, efetuando-se um desembarque nas Malvinas, impor severas perdas aos britânicos. No entanto, o governo argentino não pode esperar uma vitória militar final nessa disputa, especialmente considerando a decisão do governo americano de apoiar militarmente a Grã-Bretanha", diz o texto.
Os diários ainda chamavam a atenção para o esforço argentino para não fazer alarde em relação aos mortos de suas fileiras para evitar uma queda de moral de suas tropas.
Segundo documentos obtidos pelo Estado, ditadura brasileira subestimou os britânicos
Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
Documentos confidenciais mostram que o governo brasileiro superestimou as chances de a Argentina se sair bem no confronto com a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas, em 1982. Os papéis secretos e inéditos, aos quais o Estado teve acesso, estão no Arquivo Nacional, em Brasília, e deixam claro que a ditadura confiou demais no governo militar argentino, que propagava um poderio bélico que não se confirmou no conflito.
O choque entre os dois países, iniciado com a ocupação das Malvinas pela Argentina, em abril, terminou dois meses depois com a retomada britânica do arquipélago. A guerra acabou com um saldo de centenas de mortos do lado argentino, sendo mais de 300 no afundamento do cruzador General Belgrano.
De quebra, a derrota desmoralizou politicamente a ditadura militar argentina. Batido pelos britânicos, o general Leopoldo Galtieri, líder da junta que governava o país, renunciou. Os militares se mantiveram no poder por pouco tempo e a Argentina se redemocratizou, em 1983, com a eleição de Raúl Alfonsín.
Nos documentos, o serviço de inteligência brasileiro se baseia em informes obtidos pelos contatos mais constantes com os argentinos. A proximidade territorial e a identificação com o governo vizinho - também comandado por militares, como o Brasil - fazia com que a inteligência nacional desse mais credibilidade às informações recebidas diretamente dessa fonte. E os argentinos aproveitaram a situação para tentar vender sua força militar.
"Apesar de sua evidente superioridade qualitativa e quantitativa, a esquadra britânica encontrará dificuldades para sobrepor-se à Armada argentina, caso haja confronto entre as forças dos dois países em virtude da superioridade aérea local argentina", cita o Sumário Diário de Informações nº 8-E2.1, produzido pelo Estado Maior do Exército do Brasil, em 15 de abril de 1982.
Conflito vizinho
O documento, classificado como confidencial, faz parte de um lote de 59 informes produzidos diariamente pela inteligência militar brasileira, a partir de abril de 1982, como forma de manter o governo atualizado sobre os desdobramento da guerra entre os dois países.
Com esses diários brasileiros da Guerra das Malvinas, o governo queria se prevenir contra um conflito que se desenrolava na vizinhança do território nacional, que poderia ter consequências graves.
No entanto, as avaliações brasileiras custaram a detectar a situação real da guerra. Nos primeiros informes, previram dificuldades de operações que a Grã-Bretanha acabou não tendo.
"No caso de uma batalha naval, devem ser consideradas as grandes dificuldades logísticas para abastecimento da esquadra inglesa, em contraposição à facilidade de apoio com que poderá contar a Armada argentina, em face da proximidade das Ilhas Malvinas do continente", diz o texto, que chega a classificar como "remota" a hipótese de um desembarque britânico nas ilhas.
A evolução das operações da Grã-Bretanha e a falta de acordo diplomático fizeram com que os militares brasileiros começassem a mudar de tom e passassem a admitir que a situação argentina era muito difícil.
O Sumário Diário de Informações nº 19-E2.1, do dia 3 de maio, ainda tenta reconhecer algum tipo de vantagem para os argentinos nas batalhas, mas se rende à evidência do poderio britânico.
"Os combates do dia 1.º de maio, sábado, duraram de 4h40 às 21 horas, com interrupções. Houve um saldo favorável aos argentinos, já que conseguiram abortar três tentativas de desembarque britânico nas ilhas", diz o texto.
Fogo amigo
No entanto, o mesmo informe, também classificado como confidencial, se rende à impotência militar argentina diante da supremacia dos adversários.
"Apesar dos meios de que dispõe, a FAA (Força Aérea Argentina) infligiu apenas o que podem ser considerados pequenos danos às forças britânicas", reconheceu a inteligência brasileira, que narra até mesmo incidentes de fogo amigo envolvendo as manobras militares da Argentina para rechaçar os adversários.
"Os argentinos ressentiram-se da falta de um adestramento mais adequado e de experiência em combate. Um Mirage chegou a abater um Dagger da própria FAA", cita o documento.
O afundamento do General Belgrano também pesou nessa mudança de enfoque das observações feitas pelos militares brasileiros. "O torpedeamento do General Belgrano acentua a disparidade de forças navais existentes entre os dois países, além de significar um sério golpe moral e psicológico para a Armada argentina", diz o informe.
Derrota iminente
No dia seguinte, um outro informe especial, chamado Apreciação nº 002, produzido pelo Estado Maior do Exército brasileiro e classificado como secreto, já não tinha dúvidas sobre a derrota argentina, que se confirmaria mais tarde, em junho.
"Militarmente, os argentinos poderão obter êxitos em combates isolados e mesmo, efetuando-se um desembarque nas Malvinas, impor severas perdas aos britânicos. No entanto, o governo argentino não pode esperar uma vitória militar final nessa disputa, especialmente considerando a decisão do governo americano de apoiar militarmente a Grã-Bretanha", diz o texto.
Os diários ainda chamavam a atenção para o esforço argentino para não fazer alarde em relação aos mortos de suas fileiras para evitar uma queda de moral de suas tropas.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Guerra das Malvinas
Guerra fez ditadura brasileira repensar defesa do País
Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
O fracasso das tropas argentinas diante da Grã-Bretanha foi registrado com preocupação pelos militares brasileiros. Documentos secretos mostram a pressão que as Forças Armadas brasileiras passaram a fazer para garantir o reequipamento de suas tropas, sob pena de o País ficar exposto em qualquer conflito parecido com a Guerra das Malvinas.
"Em circunstâncias semelhantes, dispondo apenas de mísseis de defesa de ponto e aeronaves com base em terra, nossas forças navais seriam, certamente, presas fáceis para o inimigo", informa um relatório confidencial produzido pelos militares, em junho de 1982.
O governo brasileiro também passou a se preocupar que um conflito parecido pudesse ocorrer entre Argentina e Brasil por causa de pendências políticas entre os dois países.
Segundo a avaliação dos militares brasileiros, "a índole do povo argentino é muito suscetível de apoiar iniciativas extremadas e atitudes tendenciosas da parte de seus governantes, desde que sejam invocados os brios nacionais, como pudemos observar recentemente no caso Beagle e Falklands", avaliam os militares brasileiros em análise após a Guerra das Malvinas.
"Assim, devemos estar preparados para, eventualmente, vermos reabertas, sem aparente motivo, a questão de Itaipu e até antigos litígios de fronteiras, considerados há muito superados", alerta a avaliação.
Na prática, o alarmismo brasileiro acabou não se concretizando, especialmente pelo fato de o governo militar argentino ter se enfraquecido e sido substituído, já em 1983, por um presidente civil, Raúl Alfonsín.
Marcelo de Moraes - O Estado de S.Paulo
O fracasso das tropas argentinas diante da Grã-Bretanha foi registrado com preocupação pelos militares brasileiros. Documentos secretos mostram a pressão que as Forças Armadas brasileiras passaram a fazer para garantir o reequipamento de suas tropas, sob pena de o País ficar exposto em qualquer conflito parecido com a Guerra das Malvinas.
"Em circunstâncias semelhantes, dispondo apenas de mísseis de defesa de ponto e aeronaves com base em terra, nossas forças navais seriam, certamente, presas fáceis para o inimigo", informa um relatório confidencial produzido pelos militares, em junho de 1982.
O governo brasileiro também passou a se preocupar que um conflito parecido pudesse ocorrer entre Argentina e Brasil por causa de pendências políticas entre os dois países.
Segundo a avaliação dos militares brasileiros, "a índole do povo argentino é muito suscetível de apoiar iniciativas extremadas e atitudes tendenciosas da parte de seus governantes, desde que sejam invocados os brios nacionais, como pudemos observar recentemente no caso Beagle e Falklands", avaliam os militares brasileiros em análise após a Guerra das Malvinas.
"Assim, devemos estar preparados para, eventualmente, vermos reabertas, sem aparente motivo, a questão de Itaipu e até antigos litígios de fronteiras, considerados há muito superados", alerta a avaliação.
Na prática, o alarmismo brasileiro acabou não se concretizando, especialmente pelo fato de o governo militar argentino ter se enfraquecido e sido substituído, já em 1983, por um presidente civil, Raúl Alfonsín.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Guerra das Malvinas
Até nossos generais acreditavam que a argantina teria alguma chance de vencer aquele conflito?Marino escreveu: Documentos confidenciais mostram que o governo brasileiro superestimou as chances de a Argentina se sair bem no confronto com a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas, em 1982. Os papéis secretos e inéditos, aos quais o Estado teve acesso, estão no Arquivo Nacional, em Brasília, e deixam claro que a ditadura confiou demais no governo militar argentino, que propagava um poderio bélico que não se confirmou no conflito.
Meu deus, A nossa segurança nacional estava a cargo de amadores.