Marinha Angolana e Portuguesa trocam experiências
O Comandante da Marinha de Guerra de Angola (CMGA), Almirante Augusto da Silva Cunha, efectuou ontem, dia 17, uma visita a Base Naval de Lisboa, onde embarcou a bordo do navio patrulha, Viana do Castelo, na Base Naval de Lisboa e seguiu até à baía de Cascais
À chegada a baía de Cascais a comitiva angolana liderada pelo Almirante procedeu ao desembarque em alto mar numa lancha da polícia marítima. A viagem durou cerca de duas horas.
Durante a viagem a bordo do navio Viana do Castelo, o almirante e a restante comitiva angolana tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento técnico e operacional da embarcação.
No final da visita o Almirante Silva Cunha afirmou que as relações entre as duas Marinhas datam desde há muito tempo, sendo que a "nossa cooperação tem-se centralizado fundamentalmente nas áreas de formação”.
O Almirante referiu ainda que “dentro da cooperação entre as duas Marinhas já foram realizados alguns exercícios navais em comum, tanto em Angola como em Portugal".
“O mar é um bem da humanidade e nós as Marinhas devemos ter sempre esta cooperação. Não é possível apenas a uma Marinha ter um controlo efectivo de um determinado espaço marítimo com a segurança que se requer”, disse o Almirante.
Questionado se a Marinha Angolana pretende adquirir uma embarcação deste género, o Almirante disse apenas que ficou muito “encantado com as condições” apresentadas pelo navio, deixando a possibilidade de aquisição em aberto.
Por seu lado o vice -Almirante da Marinha Portuguesa José Alfredo Monteiro Montenegro, reforçou também a posição do Almirante angolano ao afirmar que “ é impossível a uma só Marinha, com a excepção da americana, dominar todas as áreas que envolvem o saber estar no mar e o saber operar no mar com segurança”. “ Todos aprendemos uns com os outros, é uma característica própria das Marinhas”, salientou.
O navio Patrulha Viana do Castelo, de fabrico português, é a primeira embarcação do género em Portugal e tem características especificas, pois trata-se de uma embarcação multiuso, que tanto pode desempenhar funções militares como humanitárias, de vigilância e controlo do trafico de drogas e armas, combate à imigração ilegal ou outras que venham a ser solicitadas.
Dotado com os mais recentes e modernos sistemas de navegação, o navio patrulha cumpre as exigências necessárias de navegabilidade no oceano Atlântico.
Durante a visita que termina hoje (17), o Almirante Silva Cunha visitará os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, onde vai poder assistir a uma demonstração das capacidades da embarcação salva-vidas da Classe Vigilante na mesma cidade.
O Almirante Augusto da Silva Cunha está em Portugal a convite do Almirante Saldanha Lopes, Chefe do Estado-Maior da Armada portuguesa.
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