joao fernando escreveu:Mas como se retirar o "movimento" do reator? Via vapor? E depois gerar enegia pra manter o sub?
Quem tira a energia do calor do reator é exatamente a turbina mencionada pelo Túlio. E o eixo dela pode ser acoplado a um sistema de redução (geralmente por engrenagens) e acionar diretamente o hélice, sem nenhum motor elétrico no meio. Apenas em casos especiais (reator desligado, navegação com o máximo de furtividade em baixa velocidade, etc...) se usa um motor elétrico pequeno acionado por baterias e também acoplado ao sistema de redução para o acionamento do hélice.
Este é o sistema mais comum em submarinos nucleares, pois até algum tempo atrás os sistemas de controle de potência para motores elétricos de grande porte eram muito complexos e caros, e tinham limitações de potência. os próprios motores em si eram também bastante pesados.
Atualmente existem motores elétricos e controles eletrônicos bem mais leves e capazes de potências muito elevadas, tornando possível a eliminação do sistema de redução. Isto é uma grande vantagem, pois o sistema de redução em si é uma das maiores fontes de ruído do sub nuclear (junto com as bombas de circulação de água). Mas como o hélice não pode girar rápido demais, para evitar cavitação, as limitações de peso e espaço para o motor geralmente acabam levando à impossibilidade de instalar motores com a capacidade de absorver o máximo da potência disponível no reator e transmití-la para o hélice, então a velocidade máxima do sub em imersão tende a ser algo menor (digamos, de 35 para 30 nós). Mas ela é obtida com a geração de um menor nível de ruído.
Leandro G. card