sapao escreveu:Você tocou exatamente no ponto que se discute hoje na FAB Alc: um melhor preparo está suplantando a necessidade de um treinador a jato!
Porque afinal qual a função do lift?
Dar experiência para o piloto em uma aeronave mais barata para economizar horas la na frente.
Mas se a avionica das aeronaves já é semelhante, se o piloto voa uma boa quantidade de horas no A-29 e ainda tem um simulador da aeronave de alto desempenho para sua formação, existe ainda a necessidade do lift?
Aparentemente não, e estamos vendo isso na pratica.
A diferença no preparo dos pilotos tem suprido a demanda de uma lift, seja com uma formação mais completa na AFA seja com o investimento de mais treinamento em simuladores e tambem com mais experiencia ganha pelos pilotos nas unidades de A-29 em comparação com o que se tinha no AT-26; pois com um custo menor da hora de vôo se pode voar mais; se o piloto voa mais ganha mais experiencia, se tem mais experiencia tende a ter uma transição mais tranquila.
Acredito que um melhor preparo somado a experiencia com a formação em simuladores deva ser o caminho a ser seguido, e quando digo "deva" quero dizer que me parece que a FAB vai por esse caminho e não minha opinião, até porque é a forma mais barata de resolver o problema.
Olá, sapao!
É, o que disse bate com a minha experiencia nas outras aviações também: o sujeito mais voado tem transição mais fácil para qualquer outra aviação. A velha experiencia. Nesse sentido, o piloto oriundo de um dos terceiros já chega bem mais tarimbado e como disse, tem tudo para ter menos dificuldade.
Se ainda tivesse oportunidade de mais um estágio em instrução num jato treinador, nessa fase, seria o paraíso. Mas...é como no caso da comercial. Até quando dá para bancar instrução? Até quando uma instituição pode ter um cara "não produzindo" até este estar pronto? Nesse sentido, o "aprender fazendo", que aqui foi muito comentado, parece estar dando certo na FAB. Táticas, o dia a dia da caça, o equipamento. Só falta a performance do jato. De certa forma, era o que acontecia na comercial. O cara só ia para o jato depois de mais voado e "aproveitava" mais a transição. E, curiosamente, conversando com o pessoal daqui, eles se espantavam e achavam uma "temeridade" botar jato na mão de um cara com 200 horas...

Deram aquela catarrada para cima...
Por outro lado, nessa mesma linha de pensamento, o meu lado "reacionário",

é que me fez ter a teoria que acha desperdício em ter um treinador básico(não o avançado) em turbohélice. É muito avião para pouco piloto. E muito custo. Bobagem, na minha opinião, fazer o aluno se preocupar com N1, Nh, quando ele não sabe nem que tá alto!

O motor de 90 hp faz o mesmo que a turbina de 1000shp para ele.
Quando tive a oportunidade de dar reforço de instrução para uns cadetes da AFA e oficiais da MB, junto com os civis, o que observei foi que: um cara de 40 horas é...um cara de 40 horas!!

Não importa da onde vem ou o que voa. Aí entendi porque os israelenses ainda usavam o piper Cub até pouco tempo.
A diferença, grande, que faz se notar, é na doutrina, na disciplina. E é justamente nisso que as empresas aqui fora estão sentindo. A formação militar faz, antes, o que aqui fora leva anos de experiencia(e tombos) para ensinar ao sujeito. E agora não há esse tempo...
abs!!