Projeto VANT

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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binfa
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Re: Projeto VANT

#556 Mensagem por binfa » Qua Abr 20, 2011 12:58 pm

bcorreia escreveu:Alguma chance de algum desses Vants terem mais a frente algum tipo de armamento?
SBAT-70 :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Projeto VANT

#557 Mensagem por thelmo rodrigues » Qui Abr 28, 2011 12:08 pm

Pááááááára tudo aí!!!!! Não andaram espalhando na net que os motivos para o vant não voar seriam outros? Que era isso, que era aquilo, que era aquilo outro...... Agora é gasolina.... :shock: :roll:


Avião espião da Polícia Federal fica no chão por falta de gasolina Thu, 28 Apr 2011 07:34:59 -0300
Pregão eletrônico para escolher fornecedor não teve interessados
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO


A principal promessa da então candidata Dilma Rousseff (PT) para o combate ao narcotráfico, ao tráfico de armas e ao contrabando na fronteira não consegue sair do chão, literalmente.

A promessa chama-se Vant, acrônimo de Veículo Aéreo Não Tripulado, um avião que registra imagens sem necessidade de piloto. Ele chegou ao país há mais de um mês, mas não há combustível para os voos.

Um pregão eletrônico aberto para escolher o fornecedor de 12 mil litros de gasolina de aviação, pelo prazo de um ano, foi cancelado por falta de candidatos.

A intenção da PF é usar a empresa que já abastece os aviões da corporação.

O preço do combustível -de cerca de R$ 60 mil por trimestre, segundo estimativa de policiais- é irrisório quando comparado ao gasto previsto com essa tecnologia até 2015, de R$ 540 milhões.

O Vant virou tema de campanha política no ano passado, quando Dilma apresentou-o nos debates e na propaganda de TV como uma ferramenta revolucionária no modo de patrulhar fronteiras.

O avião é guiado por controle remoto, voa a uma altitude média de 5.000 metros e tem uma capacidade tão aguçada que, dessa altura, consegue fotografar a placa de um carro em alta definição.

O primeiro Vant importado de Israel está parado num galpão no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, a cerca de 40 km de Foz de Iguaçu. É nesse aeródromo que a PF não tem um fornecedor de combustível. Se o avião estivesse em Brasília, ele poderia usar combustível de outros aviões da própria polícia.

A região de Foz foi escolhida pela PF para sediar a primeira base de Vant por ser uma das principais portas de entrada de armas, de drogas e de contrabando do Paraguai. Há ainda a acusação recorrente dos Estados Unidos, de que radicais islâmicos usam a tríplice fronteira para lavar dinheiro do terror.

A região é tão estratégica do ponto de vista da segurança que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, visitou Foz em fevereiro e anunciou a implantação de um Gabinete de Segurança Integrada na fronteira e o primeiro voo do Vant em março.

O avião importado de Israel faz parte de um pacote que inclui o sistema de controle em terra e um segundo Vant, pelo qual a PF pagou cerca de R$ 50 milhões.

O sistema completo, com 15 aviões e quatro estações de controle em terra, está orçado em R$ 540 milhões e deve ficar pronto em 2015.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Projeto VANT

#558 Mensagem por thelmo rodrigues » Dom Mai 01, 2011 7:35 am

VANT DA PF VOARÁ EM SETEMBRO

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o avião não tripulado comprado para fiscalização de fronteiras -Vant- deve começar a operar só a partir de setembro. A previsão inicial era março.

O avião, que foi importado de Israel, faz parte de um pacote pelo qual a PF pagou cerca de R$ 50 milhões. Como adiantou ontem a Folha, ele está parado há mais de um mês perto de Foz do Iguaçu (PR) por falta de combustível. O pregão que definiria o fornecedor foi cancelado por falta de candidatos.”Houve atraso, mas não podemos definir resultados em licitações. Tivemos que reprogramar”, afirmou Cardozo.

FONTE: Folha de São Paulo, via Notimp




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Re: Projeto VANT

#559 Mensagem por Zelhos » Seg Mai 23, 2011 1:43 pm

LeandroGCard escreveu:
Bolovo escreveu:Ele parece ser muito pequeno. E mesmo se pudesse levar armamento, qual seria esse? Os EUA ficaram trezentos anos voando de Predador com Hellfire (coisa que não temos nem parecido) até chegar os Reaper de hoje que voam com bombas a laser, JDAM, Hellfire e o deabo. Vai levar um booom tempo pra termos essa evolução de UAV pra UCAV como eles tiveram... mas estamos começando agora e torço do fundo do meu coração que essa história dê certo.
Teoricamente o conhecimento necessário para o desenvolvimento de VANT's armados já está disponível no Brasil.

Em termos gerais eles são muito parecidos com aviões COIN, e nesta área o Brasil está na frente até dos EUA. Mas este conhecimento está na Embraer, enquanto os desenvolvimentos na área de VANT's estão em outras empresas e instituições, e a Embraer só agora esta montando uma parceria com uma destas empresas que atua na área.

Vamos ver como isto andará. Minha opinião pessoal é que se a própria Embraer tomar a iniciativa e partir para o desenvolvimento poderemos ter sim VANT's armados até mais cedo do que se imagina. Mas se formos esperar por uma iniciativa das FA's (ou do MD) ou de alguma das empresas menores, será mais fácil sermos bombardeados por VANT's armados do que ter os nossos próprios, a menos que seja algum modelo importado.


Leandro G. Card

Tomara que a Embraer desenvolva logo




Um dia é da caça... o outro do caçador...


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Re: Projeto VANT

#560 Mensagem por knigh7 » Ter Mai 24, 2011 10:15 pm

Olha lá, era esse que eu queria que a FAB tivesse escolhido:
Chile seleciona VANT Hermes 900, da Elbit Systems

De acordo com a publicação especializada Flight International, o veículo aéreo não tripulado (VANT) Hermes 900, da firma israelense Elbit Systems, foi selecionado pelas Forças Armadas do Chile numa concorrência em que também participou o modelo Heron, da Israeli Aeroespace Industries (IAI). A informação não foi confirmada pela empresa, destacando que se trata apenas de rumores.


Caso a notícia seja confirmada, será o primeiro contrato de exportação do modelo, desenvolvido com base no Hermes 450, de menor porte, adquirido pela Força Aérea Brasileira.

Fonte: T&D




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Re: Projeto VANT

#561 Mensagem por Thor » Ter Mai 24, 2011 10:48 pm

knigh7 escreveu:Olha lá, era esse que eu queria que a FAB tivesse escolhido:
Chile seleciona VANT Hermes 900, da Elbit Systems

De acordo com a publicação especializada Flight International, o veículo aéreo não tripulado (VANT) Hermes 900, da firma israelense Elbit Systems, foi selecionado pelas Forças Armadas do Chile numa concorrência em que também participou o modelo Heron, da Israeli Aeroespace Industries (IAI). A informação não foi confirmada pela empresa, destacando que se trata apenas de rumores.


Caso a notícia seja confirmada, será o primeiro contrato de exportação do modelo, desenvolvido com base no Hermes 450, de menor porte, adquirido pela Força Aérea Brasileira.

Fonte: T&D
Calma, tudo a seu tempo...
Quando a FAB pediu ofertas, o Hermes 900 ainda não estava homologado/operacional, nem sei se já está. Mas a próxima leva deve recair em algo dessa classe, uma vez que a fase de desenvolvimento de doutrina com um de classe inferior (Hermes 450, Falcão, etc) já vai ter acontecido.
Abraços




Brasil acima de tudo!!!
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Re: Projeto VANT

#562 Mensagem por bcorreia » Ter Mai 24, 2011 11:53 pm

Falando em VANT, alguma notícia sobre o Falcão?




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Re: Projeto VANT

#563 Mensagem por Brasileiro » Seg Mai 30, 2011 4:09 pm

No caso da Orbisat e seu Programa SARVANT, o trabalho da FAM Aeromodelismo esteve direcionado na busca da total confiabilidade da célula motriz e sua perfeita integração ao resto da fuselagem do VANT, do tipo proposto para realizar mapeamento terrestre, patrulhamento de fronteiras (capaz de ver através da copa das árvores), controle de plantações e grandes propriedades rurais, etc. Neste projeto, a empresa brasileira AGX é a responsável pelos sistemas de posicionamento via GPS, que incluem software e hardware. Com capacidade de 40 horas de voo e 70 quilos de carga útil, a nova aeronave vai transportar um sensor SAR (“Synthetic Aperture Radar”) da Orbisat, um radar capaz de oferecer mapeamento nas bandas P e X em áreas de até 500 quilômetros quadrados.

A empresa obteve uma subvenção da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tanto para o radar como também para o projeto e construção do VANT pelas empresas AGX e Aeroalcool. A FAM foi contratada como prestadora de serviço, visando à finalização do projeto e a sua transição segura para a funcionalidade na prática (homologação). O projeto, após quatro anos de pesquisa, deverá entrar em operação em 2012, O Programa SARVANT teve um investimento total de seis milhões de reais, contando com mais de 30 engenheiros e 10 técnicos envolvidos no seu desenvolvimento.

Para Fábio Borges “Participar deste tipo de contrato é muito estimulante, é um novo campo de atuação que se abre. Como aeromodelista profissional, é motivador tomar parte de algo tão importante para o desenvolvimento tecnológico e para a segurança do país”, finaliza o piloto da FAM Aeromodelismo.


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Re: Projeto VANT

#564 Mensagem por M-16 » Seg Jun 27, 2011 1:54 pm

Avião não tripulado poderá fiscalizar favelas brasileiras

Marcelo Miranda Becker

Considerados pelo governo fundamentais na estratégia de monitoramento das fronteiras brasileiras para coibir o tráfico de drogas e armas, dois veículos aéreos não tripulados (Vant) devem entrar em operação no País até o fim do ano. Essa não será a primeira vez que o Brasil utilizará um Vant em ações especiais. Desde 2006, uma versão mais barata da aeronave, de fabricação nacional, é utilizada pela Marinha em ações no Haiti. O sucesso em um ambiente urbano pode representar o primeiro passo de uma verdadeira revolução no setor de segurança pública no Brasil.

Conheça o Carcará, o avião-espião brasileiro

A robustez, a portabilidade e a discrição do Carcará, nome do Vant de apenas 1,6 m de envergadura projetado pela empresa carioca Santos Lab e usado pela Marinha, permitem seu uso futuro em operações policiais nos grandes centros urbanos brasileiros. "Há a possibilidade de que, futuramente, as aeronaves sejam empregadas em ações nas favelas do Rio de Janeiro, por exemplo, que contam com apoio logístico da Marinha", adianta o engenheiro alemão responsável pela atualização do projeto brasileiro, Tin Muskardin.

Movido por um rotor traseiro alimentado por três baterias, o Carcará pode voar por até uma hora, enviando imagens de um raio de 15 km, em tempo real, a uma estação de controle portátil, que cabe em uma pequena mochila. "A Marinha usa o Carcará em missão de paz no Haiti para monitorar as favelas, em missões de reconhecimento para acompanhar o que está acontecendo antes de alguma incursão", relata o engenheiro alemão, que há dois anos trabalha no novo Vant verde-amerelo, o Carcará II. "A segunda versão é desenvolvida respeitando as necessidades da Marinha, ainda está em fase de testes. Ele é um pouco maior - mede 2 m - e tem o dobro de autonomia. Tudo isso pesando apenas 4,3 kg", afirma.

O Carcará é lançado manualmente pelas tropas e é equipado com câmeras de alta definição e sistema GPS, que permite ao controlador estabelecer previamente a rota, ou alterá-la clicando com o mouse sobre um ponto específico da imagem captada pelo aparelho. A estação de controle, semelhante a um laptop, é uma estrutura robusta e leve, que pode ser levada dentro de navios e veículos em movimento durante a operação. "A estação também pode ser conectada a um GPS, o que permite ao avião reconhecer a movimentação dela e responder aos comandos da mesma forma", diz Muskardin.

"É possível controlar até quatro aviões ao mesmo tempo com apenas uma estação de controle. Na prática, isso permite a realização de operações contínuas de monitoramento. A autonomia de um avião é só de duas horas, no caso do Carcará II. Depois de uma hora e meia é possível acionar um segundo avião, e fazer o primeiro voltar para fazer a recarga de baterias, mantendo a ação ininterrupta", diz o engenheiro. "As baterias podem ser recarregadas no carro ou em uma tomada comum. Há ainda a possibilidade de troca da bateria, como ocorre com um aparelho celular, por exemplo", completa.

Baixo custo é trunfo do modelo brasileiro

O Carcará é vendido em kits com três aeronaves e uma estação de controle, cujo custo varia entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, dependendo das especificações dos aparelhos, segundo Muskardin. O Carcará II deve entrar em operação a um preço entre R$ 500 mil e R$ 600 mil cada kit, podendo contar com o emprego de câmeras com zoom ótico e sensor infravermelho.

Em testes com o Carcará II, a Marinha estuda a utilização do Vant na identificação de alvos para serem neutralizados pela artilharia. "No vídeo em tempo real você pode pegar as coordenadas de algum alvo e mandá-las para a artilharia, e o avião fica próximo ao alvo. Após a ação da artilharia, o avião volta ao local e verifica se o alvo foi atingido. Caso contrário, pode repetir o processo", relata o engenheiro.

O Carcará II possui um sistema inovador que lhe permite um pouso quase vertical, exigindo pouco espaço para a operação. "Tanto o Carcará quanto o Carcará II são desmontáveis, então você chega com uma mochila muito leve em qualquer lugar. Você pode lançar a aeronave manualmente do topo de um prédio e recuperá-lo no mesmo local, o que amplia a área de atuação do Vant", diz.

Silencioso em decorrência de seu motor elétrico, o Carcará pode ser facilmente confundido com uma ave quando visto do solo. "A cor acinzentada do aparelho foi escolhida justamente para se parecer com o céu, dificultando a visualização por parte do inimigo. A partir de uma altura de 100 m, já não é mais possível ouvir o som do motor", diz o engenheiro. "Em algumas situações de pouso, mesmo para quem está operando o aparelho tem dificuldades para enxergar o Carcará. É muito difícil vê-lo", relata.

O tamanho reduzido e o pequeno potencial de estragos provocados por uma eventual queda também contam a favor do Carcará. "O Vant é feito de polipropileno expandido, o mesmo material utilizado na fabricação dos para-choques dos carros. É um material robusto e seguro. Mesmo ao cair, a chance de machucar alguém é muito pequena, muito menor do que a de um avião feito com fibra de carbono ou plástico", garante.

O modelo que deverá ser empregado nos próximos meses pela Polícia Federal possui semelhanças com o Carcará. É, porém, 10 vezes maior e tem autonomia de voo superior a 40 horas. Os aviões Heron foram adquiridos junto ao governo israelense, que emprega as aeronaves em ações de vigilância em áreas de confronto com palestinos.


http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... eiras.html




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Re: Projeto VANT

#565 Mensagem por Marino » Dom Jul 03, 2011 12:03 pm

Brasil não poderá vender Vants a Venezuela
Acordo com Israel prevê transferência de tecnologia para produção de avião não tripulado, mas veta exportação
Governo israelense teme que venezuelanos repassem o know-how para a fabricação de Vants ao governo do Irã
PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL A TEL AVIV
Acordos firmados pelo Brasil com Israel para produzir veículos não tripulados no país impedem que os aparelhos sejam exportados para a Venezuela e a Bolívia.
A estatal israelense IAI vendeu dois Vants Heron à Polícia Federal para missões de controle de tráfico de drogas nas fronteiras e negocia outros -um negócio que deve chegar a US$ 350 milhões.
A Elbit Systems vendeu dois Vants Hermes 450 para a Força Aérea Brasileira, para monitoração da Amazônia, e deve ampliar o contrato. O governo brasileiro exigiu que as empresas israelenses transferissem tecnologia.
Assim, o Brasil poderá produzir seus próprios Vants e, eventualmente, exportar.
Mas Israel vai bloquear licenças de exportação, como fizeram os EUA, que vetaram a venda de SuperTucanos da Embraer à Venezuela.
A presidente Dilma Rousseff disse em 2010 que pretendia adquirir mais 10 Vants para as fronteiras. O Heron da IAI é o mesmo Vant usado no Afeganistão por Alemanha, Canadá e Inglaterra.
"Em três ou quatro anos, teremos a capacidade de estar produzindo nossos Vants no Brasil", disse Miki Bar, assessor da presidência da IAI, que tem uma joint venture com a empresa brasileira Synergy para fabricar Vants.
Mas para exportar os Vants produzidos em solo brasileiro é preciso ter autorização do governo israelense, o que não ocorreria com vendas para Venezuela, diz Bar.
Israel também não permitiria que o Brasil vendesse Vants à Bolívia. Venezuela e Bolívia romperam relações diplomáticas com Israel em 2009, em protesto pela ofensiva israelense em Gaza.
Israel encara Bolívia e Venezuela com desconfiança, devido à proximidade desses países com o governo do Irã.
O medo é que a tecnologia dos Vants, usados em operações antiterror em Israel, pare nas mãos dos iranianos.
CLÁUSULA
"O Brasil, a exemplo dos demais países, respeita as chamadas cláusulas de "end user", pelas quais o país comprador de material militar se compromete a ser usuário final e, portanto, a não repassar a tecnologia adquirida a terceiros sem autorização do país vendedor", disse o Ministério da Defesa em nota.
As empresas querem multiplicar suas vendas no Brasil, de olho no patrulhamento do pré-sal, Olimpíada e Copa do Mundo. A Elbit comprou a empresa brasileira Aeroeletrônica, no RS, e pretende começar a fabricar os Vants em solo brasileiro em dois anos. Para isso, negocia joint venture com a Embraer.
Joseph Ackerman, president da Elbit, vê no Brasil um cenário semelhante ao americano: "Lá nos EUA, 30% das missões aéreas já são feitas com aviões sem piloto".
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, as questões de tecnologia são muito sensíveis e "obviamente não poderemos transferir para alguns países. Mas nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro e queremos desenvolver tecnologia nacional".
Segundo o Ministério da Defesa, o Brasil tem seu próprio programa de Vants, para desenvolver tecnologias que não são repassadas por outros países -sistemas de navegação, pouso e decolagem.
"A aquisição eventual de Vants pelo Brasil não prejudica o desenvolvimento dessa tecnologia no país, pois os propósitos de uma operação e outra são distintos", diz o Ministério da Defesa. A compra destina-se a suprir a carência imediata de veículos, enquanto o investimento em tecnologia permitirá produzir industrialmente os Vants.
A jornalista PATRÍCIA CAMPOS MELLO viajou a convite do governo de Israel
Colaborou LUÍS KAWAGUTI, de São Paulo
Frases
"Em três ou quatro anos teremos a capacidade de produzir nossos Vants no Brasil"
MIKI BAR
assessor da presidência da IAI
"Nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro"
LUIZ CARLOS AGUIAR
presidente da Embraer Defesa e Segurança




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Projeto VANT

#566 Mensagem por Marino » Dom Jul 03, 2011 12:03 pm

No país, aeronaves podem patrulhar fronteira e auxiliar segurança pública
LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO
A finalidade básica dos veículos aéreos não tripulados, conhecidos no Brasil como Vants, é cumprir missões de combate sem arriscar a vida de tripulações e tropas.
O conceito começou a ser desenvolvido logo após a Segunda Guerra e entrou em prática na Guerra do Vietnã, quando aviões sem piloto dos EUA sobrevoaram território vietnamita para tirar fotos e descobrir a localização de tropas e armas.
A produção de Vants aumentou na década de 80, quando Israel os usou no conflito com os palestinos e se acelerou na guerra dos EUA contra o Taleban no Afeganistão, a partir de 2001.
Os Vants menores e de curto alcance (10 a 15 km em média) são usados para missões táticas no campo de batalha, tais como sobrevoar a frente inimiga, reconhecer terreno e identificar alvos.
É o caso do VT-15, produzido em pequena escala pelo Exército brasileiro com empresas privadas. Suas vantagens são o baixo custo e a possibilidade de decolar direto do campo de batalha.
Vants como os israelenses Hermes 450 e Heron 1 oferecidos comercialmente ao Brasil por Israel têm propósitos diferentes. Com envergaduras semelhantes às das aeronaves tripuladas, transportam equipamentos avançados de comunicações.
Com autonomia de voo de mais de 200 km, são usados em missões estratégicas de longa duração. No Brasil, podem ser usados para monitoramento de fronteiras e, em tese, segurança pública.
Um terceiro tipo, também de grande porte, é usado pelos EUA no Afeganistão, Paquistão e Iêmen. Eles disparam mísseis e bombas teleguiadas capazes de atingir até indivíduos específicos.
A próxima geração de Vants deverá ser capaz de decolar, cumprir missões longas de reconhecimento ou ataque e pousar de forma totalmente automatizada.
Em tese, o operador humano dará, à distância, apenas a ordem de atirar ou não.
Mas as potências não repassam as tecnologias que vão ser necessárias para chegar ao novo patamar como sistemas de decolagem, navegação e pouso autônomos.
Prevendo isso, o Brasil trabalha desde a década de 1990 em seu próprio programa de Vants, que tem gerado protótipos simples.




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Re: Projeto VANT

#567 Mensagem por Penguin » Dom Jul 03, 2011 8:52 pm

Marino escreveu:Brasil não poderá vender Vants a Venezuela

Acordo com Israel prevê transferência de tecnologia para produção de avião não tripulado, mas veta exportação
Governo israelense teme que venezuelanos repassem o know-how para a fabricação de Vants ao governo do Irã


PATRÍCIA CAMPOS MELLO
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Acordos firmados pelo Brasil com Israel para produzir veículos não tripulados no país impedem que os aparelhos sejam exportados para a Venezuela e a Bolívia.
A estatal israelense IAI vendeu dois Vants Heron à Polícia Federal para missões de controle de tráfico de drogas nas fronteiras e negocia outros -um negócio que deve chegar a US$ 350 milhões.
A Elbit Systems vendeu dois Vants Hermes 450 para a Força Aérea Brasileira, para monitoração da Amazônia, e deve ampliar o contrato. O governo brasileiro exigiu que as empresas israelenses transferissem tecnologia.
Assim, o Brasil poderá produzir seus próprios Vants e, eventualmente, exportar.
Mas Israel vai bloquear licenças de exportação, como fizeram os EUA, que vetaram a venda de SuperTucanos da Embraer à Venezuela.
A presidente Dilma Rousseff disse em 2010 que pretendia adquirir mais 10 Vants para as fronteiras. O Heron da IAI é o mesmo Vant usado no Afeganistão por Alemanha, Canadá e Inglaterra.
"Em três ou quatro anos, teremos a capacidade de estar produzindo nossos Vants no Brasil", disse Miki Bar, assessor da presidência da IAI, que tem uma joint venture com a empresa brasileira Synergy para fabricar Vants.
Mas para exportar os Vants produzidos em solo brasileiro é preciso ter autorização do governo israelense, o que não ocorreria com vendas para Venezuela, diz Bar.
Israel também não permitiria que o Brasil vendesse Vants à Bolívia. Venezuela e Bolívia romperam relações diplomáticas com Israel em 2009, em protesto pela ofensiva israelense em Gaza.
Israel encara Bolívia e Venezuela com desconfiança, devido à proximidade desses países com o governo do Irã.
O medo é que a tecnologia dos Vants, usados em operações antiterror em Israel, pare nas mãos dos iranianos.
CLÁUSULA
"O Brasil, a exemplo dos demais países, respeita as chamadas cláusulas de "end user", pelas quais o país comprador de material militar se compromete a ser usuário final e, portanto, a não repassar a tecnologia adquirida a terceiros sem autorização do país vendedor", disse o Ministério da Defesa em nota.
As empresas querem multiplicar suas vendas no Brasil, de olho no patrulhamento do pré-sal, Olimpíada e Copa do Mundo. A Elbit comprou a empresa brasileira Aeroeletrônica, no RS, e pretende começar a fabricar os Vants em solo brasileiro em dois anos. Para isso, negocia joint venture com a Embraer.
Joseph Ackerman, president da Elbit, vê no Brasil um cenário semelhante ao americano: "Lá nos EUA, 30% das missões aéreas já são feitas com aviões sem piloto".
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, as questões de tecnologia são muito sensíveis e "obviamente não poderemos transferir para alguns países. Mas nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro e queremos desenvolver tecnologia nacional".
Segundo o Ministério da Defesa, o Brasil tem seu próprio programa de Vants, para desenvolver tecnologias que não são repassadas por outros países -sistemas de navegação, pouso e decolagem.
"A aquisição eventual de Vants pelo Brasil não prejudica o desenvolvimento dessa tecnologia no país, pois os propósitos de uma operação e outra são distintos", diz o Ministério da Defesa. A compra destina-se a suprir a carência imediata de veículos, enquanto o investimento em tecnologia permitirá produzir industrialmente os Vants.
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Re: Projeto VANT

#568 Mensagem por Brasileiro » Seg Jul 04, 2011 3:12 pm

TOOOOMA!!! VAI, COMPRA VANT DA AEROELETRÔNICA,VAI FAB, TOMA!!!

O NOSSO único VANT médio é o da Avibras, que será concluído em breve. O resto, ou são aviões pequenos ou não são brasileiros.

A Aeroeletrônica e agora a Ares não são brasileiras. Não injetemos grana nelas, elas que se virem no mercado.



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Re: Projeto VANT

#569 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Jul 04, 2011 3:38 pm

Tô falando...

Assim que os nossos ficarem prontos, vão vender aviãozinho na feira de Caxias. :?




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Re: Projeto VANT

#570 Mensagem por Bravo » Seg Jul 04, 2011 3:42 pm

Marino escreveu:Brasil não poderá vender Vants a Venezuela
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Governo israelense teme que venezuelanos repassem o know-how para a fabricação de Vants ao governo do Irã
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Acordos firmados pelo Brasil com Israel para produzir veículos não tripulados no país impedem que os aparelhos sejam exportados para a Venezuela e a Bolívia.
A estatal israelense IAI vendeu dois Vants Heron à Polícia Federal para missões de controle de tráfico de drogas nas fronteiras e negocia outros -um negócio que deve chegar a US$ 350 milhões.
A Elbit Systems vendeu dois Vants Hermes 450 para a Força Aérea Brasileira, para monitoração da Amazônia, e deve ampliar o contrato. O governo brasileiro exigiu que as empresas israelenses transferissem tecnologia.
Assim, o Brasil poderá produzir seus próprios Vants e, eventualmente, exportar.
Mas Israel vai bloquear licenças de exportação, como fizeram os EUA, que vetaram a venda de SuperTucanos da Embraer à Venezuela.
A presidente Dilma Rousseff disse em 2010 que pretendia adquirir mais 10 Vants para as fronteiras. O Heron da IAI é o mesmo Vant usado no Afeganistão por Alemanha, Canadá e Inglaterra.
"Em três ou quatro anos, teremos a capacidade de estar produzindo nossos Vants no Brasil", disse Miki Bar, assessor da presidência da IAI, que tem uma joint venture com a empresa brasileira Synergy para fabricar Vants.
Mas para exportar os Vants produzidos em solo brasileiro é preciso ter autorização do governo israelense, o que não ocorreria com vendas para Venezuela, diz Bar.
Israel também não permitiria que o Brasil vendesse Vants à Bolívia. Venezuela e Bolívia romperam relações diplomáticas com Israel em 2009, em protesto pela ofensiva israelense em Gaza.
Israel encara Bolívia e Venezuela com desconfiança, devido à proximidade desses países com o governo do Irã.
O medo é que a tecnologia dos Vants, usados em operações antiterror em Israel, pare nas mãos dos iranianos.
CLÁUSULA
"O Brasil, a exemplo dos demais países, respeita as chamadas cláusulas de "end user", pelas quais o país comprador de material militar se compromete a ser usuário final e, portanto, a não repassar a tecnologia adquirida a terceiros sem autorização do país vendedor", disse o Ministério da Defesa em nota.
As empresas querem multiplicar suas vendas no Brasil, de olho no patrulhamento do pré-sal, Olimpíada e Copa do Mundo. A Elbit comprou a empresa brasileira Aeroeletrônica, no RS, e pretende começar a fabricar os Vants em solo brasileiro em dois anos. Para isso, negocia joint venture com a Embraer.
Joseph Ackerman, president da Elbit, vê no Brasil um cenário semelhante ao americano: "Lá nos EUA, 30% das missões aéreas já são feitas com aviões sem piloto".
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, as questões de tecnologia são muito sensíveis e "obviamente não poderemos transferir para alguns países. Mas nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro e queremos desenvolver tecnologia nacional".
Segundo o Ministério da Defesa, o Brasil tem seu próprio programa de Vants, para desenvolver tecnologias que não são repassadas por outros países -sistemas de navegação, pouso e decolagem.
"A aquisição eventual de Vants pelo Brasil não prejudica o desenvolvimento dessa tecnologia no país, pois os propósitos de uma operação e outra são distintos", diz o Ministério da Defesa. A compra destina-se a suprir a carência imediata de veículos
, enquanto o investimento em tecnologia permitirá produzir industrialmente os Vants.
A jornalista PATRÍCIA CAMPOS MELLO viajou a convite do governo de Israel
Colaborou LUÍS KAWAGUTI, de São Paulo
Frases
"Em três ou quatro anos teremos a capacidade de produzir nossos Vants no Brasil"
MIKI BAR
assessor da presidência da IAI
"Nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro"
LUIZ CARLOS AGUIAR
presidente da Embraer Defesa e Segurança
O falcão da AVIBRAS




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Humberto Gessinger
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