O estaleiro público espanhol Navantia apresentou uma oferta ao Brasil para participar de uma licitação de construção e venda de cinco fragatas, cinco navios patrulheiros e uma embarcação logística, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
A proposta espanhola foi apresentada às autoridades brasileiras na segunda-feira passada, conforme detalharam nesta quarta-feira em entrevista coletiva no Rio de Janeiro o executivo-chefe da Navantia, Luis Cacho, e o secretário de Estado de Defesa da Espanha, Constantino Méndez.
“É o passo inicial. Agora precisamos manter um diálogo muito intenso e ativo”, disse o responsável da Navantia na conferência realizada por ocasião da feira Latin America Aero & Defence (LAAD), ocorrida nesta semana no Rio de Janeiro.
Segundo ele, a oferta contempla a construção local de todos os navios, com exceção da primeira fragata da série, que seria fabricada em um estaleiro espanhol.
Como parte da proposta, a Navantia apresentou um “amplo pacote” de transferência de tecnologia, que permitiria a gestão da mesma por parte da Marinha brasileira.
As fragatas estão equipadas com o sistema de combate Aegis, desenvolvido pelos Estados Unidos, que poderia entrar no acordo de transferência tecnológica com a aprovação de Washington.
Méndez explicou que, com o “aval” do Governo espanhol, os Estados Unidos aceitaram ceder esta tecnologia a outros países que adquiriram navios da Navantia e citou o exemplo recente da venda de fragatas à Austrália.
ESTALEIRO ESPANHOL FAZ OFERTA DE 11 NAVIOS AO BRASIL.
“A Espanha aprovará a transferência de tecnologia. Estados Unidos e Brasil são aliados confiáveis”, destacou o secretário de Defesa espanhol. Em suas palavras, o sistema Aegis é um “elemento diferencial” da oferta espanhola, que está em poder de um número “restritíssimo” de países.
Outra das vantagens, segundo Cacho, é a “flexibilidade no desenho” dos navios espanhóis, o que permitirá adaptá-los às necessidades operacionais da Marinha brasileira.
A proposta da Navantia também prevê a participação da indústria naval brasileira no desenvolvimento do projeto, o que é um pré-requisito da licitação.
O responsável da Navantia afirmou que a Marinha brasileira emitirá uma resolução previsivelmente em meados de 2012, na qual definirá qual é sua proposta preferida.
Fonte: BOL/UOL
Amigos,
Gostaria de saber dos fontados se a informação contida no comentário copiado abaixo, de um forista em um outro site procede ou não. Já sabemos que alguns dos sistemas de combate das fragatas espanholas têm que ser calibrados nos EUA.
“Recentemente a Armada Espanhola assinou contrato de 72 milhões de dólares para comprar e instalar 24 mísseis Tomahawk nesses navios. Durante os primeiros 5 anos os Tomahawks não poderão ser utilizados pela Marinha espanhola sem a autorização dos EUA.”