Clermont escreveu:tflash escreveu:Eles não são cobardes, perderam sempre quase tudo onde se meteram por serem arrogantes e se assumirem como superiores e perdem sempre com forças consideradas inferiores.
Alcácer Quibir?
A Otan a ir, não deve ir sozinha para não ser acusada de colonialismo e tudo o resto.
Mas, vem cá: qual exatamente a importância que a cidadania européia e norte-americana deve dar a um "apelo" da Liga Árabe, isto é, de países como Bahrein - que acabou de decretar lei marcial para impedir manifestações e que tem matado seus próprios civis nas ruas - e Arábia Saudita - que acabou de enviar tropas interventoras para combater manifestantes dentro de um país vizinho?
Quer dizer que a cidadania européia vai achar mais tolerável enviar seus militares para tomar parte em ações de guerra contra os líbios - que nada de ofensivo fizeram contra a Europa, recentemente -, se tiver alguns gatos-pingados sauditas e iemenitas do seu lado?
Bem, eu confesso que talvez tenha sido um pouco duro nesta frase mas Alcácer Quibir não é um bom exemplo dos portugueses fazerem o mesmo. Estávamos em inferioridade numérica, num território hostil, comandados por um louco com um clima terrível. Ter sobrevivido metade das tropas foi um feito!
Historicamente os franceses sobrevalorizaram as tropas deles, seja no Vietname, contra a Prússia, contra a Alemanha na segunda guerra mundial. Estamos cheios de exemplos na história.
O que eu acho é que neste conflito, o ideal será não entrar mas a entrar, que seja com mandato da ONU para criar a tal zona de exclusão e que não seja uma acção da Otan. O colega Clermont e não só, não estão a ver as implicações que levam a países como a França a tomar partido. Neste momento existe uma comunidade muito grande de magrebinos na Europa que leva a que não se olhe para a Líbia apenas com interesses economicistas. Um apoio a Kadafi, seria dar aso a convulsões internas na França, por parte dessas comunidades, Além do que eu comentei antes sobre ser mais fácil negociar com um líder menos errático que o Kadafi.
No que toca a intervenção, da maneira como põe a questão é como se existisse uma intervenção unilateral e a ONU e os direitos do Homem não valessem nada. Eu concordo consigo na hipocrisia de ter certos países da liga árabe que reprimiram o povo a lutar ali, mas é um mal menor. O que interessa é que seja uma acção ONU e não OTAN. O Kadafi cometeu um erro terrível quando transformou uma contestação em guerra civil. Foi longe de mais e foi muito noticiado pelos média. As populações europeias, a imprensa e os grupos de direitos humanos querem uma intervenção e acho que se está a ir nessa onda. Existe muito país que acha que direitos humanos é só na casa dos outros.
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