Enquanto a preocupação dos almirantes for montar UMA MARINHA PODEROSA meu ceticismo será igual ou maior que o seu.Corsário01 escreveu:Eu admiro o otimismo de vcs.
De que dentro de 4 a 8 anos teremos enfim algo de diferente.
Como foi falado acima, Ja se vão 30 anos e nada de novo apareceu.
Sem querer ser por demais pessimista, creio que nada mudará e continuaremos na mesma, aonde a DEFESA é a 3ª pessoa depois de ninguém, ou seja, NADA para os politicos, e se é para ficar acreditando em papai noel, coelhinho da Páscoa e em Duendes, eu prefiros os espelhinhos, pq pelo menos eles funcionam.
Desculpem, eu não era, mas agora SOU cético.
Mas se mudar para a montagem de uma PODEROSA INDÚSTRIA DE NAVIOS E SISTEMAS MILITARES, buscar o apoio de grandes empresários e políticos locais (estados e municípios) e do executivo federal, podem até ocorrer atrasos e dificuldades, mas aí os interesses não serão apenas dos almirantes mas de gente muito mais influente, além de ser muito mais fácil sensibilizar a sociedade com a geração de empregos e a agregação de valor. Aí acredito que a coisa vai, e a marinha poderosa será apenas uma consequência ao longo do tempo.
Vide o exemplo do PROSUB, que mais do que submarinos navegando prevê seu projeto e fabricação locais, e já começou com um polpudo contrato para a construção de um novo estaleiro com uma das maiores empresas nacionais (e sem licitação!). As verbas saíram em tempo recorde e praticamente sem choro de ninguém, nem mesmo durante a campanha eleitoral.
Acho que dá para perceber a diferença entre isso e a simples compra de meios de superfície lá fora, sejam eles novos ou usados, sejam eles 30, 10 ou apenas 5. Um caso é gasto, o outro é investimento, e todos entendem perfeitamente isso. É só parar de falar em número de navios e passar a falar em número de empregos gerados e reais contratados nas empresas nacionais para investimentos em tecnologia e construção. Os navios serão apenas uma justificativa e uma consequência posterior, depois de uma EMBRANAV montada ela terá peso para prosseguir sozinha e gerar as próprias encomendas junto ao governo, como faz a Embraer (vide A-29, KC-390, etc...), e a marinha será a beneficiada.
Um grande e ainda esperançoso abraço.
Leandro G. Card