Biografia revela q Bernie apanhava da ex
Biografia revela que chefe da F-1 apanhava da ex-mulher e era chamado de "anão"
“Vou muito bem, obrigado. Agora, quando eu acordo de manhã e está chovendo, não levo a culpa”. Esta foi a resposta de Bernie Ecclestone a um amigo que perguntou como ele estava após o fim de seu casamento em 2009.
Slavica Radic, sua ex-mulher, é descrita como uma bêbada descontrolada na nova biografia de Ecclestone, “No Angel”, lançada neste mês e escrita por Tom Bower, autor que teve acesso íntimo à vida de Bernie com uma condição: não citar assuntos familiares.
Obviamente, essa condição não foi respeitada. Por isso, Bernie já declarou que não vai participar da divulgação do livro, como pretendia. “Eu disse a ele que responderia a todas as questões, mas a única coisa que eu não queria no livro era a minha família. E então isso acontece”, lamentou o desapontado Ecclestone, que conseguiu ocultar detalhes pessoais de sua primeira biografia, escrita por Susan Watkins.
Desta vez, ele não conseguiu. Bower revelou algumas cenas dignas de novela protagonizadas pela ex-modelo croata, resultantes “da arrogância alimentada pelo apetite por álcool e a convicção de que Bernie era infiel”.
Um dos trechos do livro conta que certo dia Bernie chegou em seu escritório abatido e com um olho roxo. Ele tinha apanhado de Slavica, que não gostou da pose que ele fez ao lado de uma modelo durante evento na Itália. “Ela pensou que eu estava sendo sério com a jovem, mas só estava brincando”, relatou ele.
Outra passagem reproduz como Bernie descreveu a ex-mulher em seus piores dias: “Ela grita muito, e às vezes joga pratos. Eu me escondo em outro quarto, porque parece que ela adora me aterrorizar”, contou o chefe da F-1, que ainda brincou: “Não liguem para o cão, mas tomem cuidado com a esposa”.
Bernie já apanhou até dirigindo. Foi quando ia ao cinema com mulher, a filha Tamara e o seu namorado. Slavica surtou e gritou: “Vai devagar, você dirige muito rápido, seu maníaco”. Ex-piloto que é, Ecclestone seguiu em frente, até que ela agarrou os cabelos do velho e bateu a cabeça dele no vidro. Ele encostou o carro, e ela saiu, chorando.
A violência de Slavica não era só física, mas também psicológica. Eram comuns as humilhações em público. Em um jantar do Automóvel Clube de Mônaco, ela perguntou em alto e bom som ao então chefe da McLaren Ron Dennis: “Você faz sexo com sua mulher?”. Ele respondeu que sim, envergonhado. Mas ela fez a mesma pergunta a todos da mesa, fazendo questão de dizer: “Eu não faço mais sexo”.
Em outro jantar, desta vez com o amigo John Coomb, Slavica soltou: “Ele pensa que é um grande homem, mas não passa de um anão”. Ao autor da biografia, Coomb revelou o que pensou naquela hora: “Pobre vadia. Ele nunca vai conseguir fazê-la feliz”.
Na verdade, não dá para dizer que ele foi enganado. Seu primeiro contato com Slavica poderia ter sido traumático para uma pessoa mais sensível, mas Bernie se cativou pelas “tijoladas” da então modelo de 23 anos durante o GP da Itália de 1982 em Monza.
Após se apresentar para a moça, ele a convidou para almoçar. Ela então perguntou para um fotógrafo: “Conheci esse cara que diz ser o chefe da Fórmula 1. Você acha que é verdade?”
Já convencida, Slavica não causou uma boa impressão ao piloto brasileiro Nelson Piquet durante o GP de Interlagos de 1983: “Eles estão brigando demais. Bernie não leva desaforo de ninguém, mas aguenta tudo dessa mulher”.
Na época, ele ainda morava com sua antiga companheira Tuana Tan, que ficou com Bernie por 17 anos. Ele precisou se separar porque Slavica ficou grávida e disse que iria fugir com a criança caso ele não se casasse com ela.
O casamento em julho de 1985 foi discreto, em um cartório de Londres. Max Mosley, ex-presidente da FIA, foi uma das testemunhas. A festa seria apenas um almoço. Escolheram o restaurante Piccadilly, mas nenhuma mesa estava disponível. Bernie virou para Slavica e disse: “Bom, então vou para o escritório. Te vejo mais tarde. Pegue um táxi e vá para casa”.
Se o casamento foi simples e barato, o mesmo não se pode dizer do divórcio. Quando Bernie veio para o Brasil para a corrida final do campeonato de 2008, Slavica avisou: “Quando você voltar, posso não estar mais aqui”. Após tantas ameaças de ir embora, esta finalmente era séria.
“Pensei que ficaríamos juntos pelo bem das crianças. Eu nunca a teria abandonado. Morreria nessa posição. Nunca desisti de nada”, lamentou Bernie Ecclestone, que precisou pagar R$ 1,5 bilhão a Slavica no acordo do divórcio.
Fonte: http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-no ... -anao.jhtm
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