prp escreveu:Tadim, caiu na mão de um homem sério e sifu.
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SJAC: Mantida seleção de recém-formado em medicina para o Exército
Publicado em 28 de Janeiro de 2011, às 20:04
Negado pelo juiz federal da 2.ª Vara do Acre, Waldemar Claudio de Carvalho, pedido de liminar que pretendia anular ato administrativo consistente na convocação pelo Exército Brasileiro de formando em medicina para prestar o serviço militar obrigatório.
Alegou o formando já ter sido anteriormente dispensado do serviço militar, por excesso de contingente e, portanto, ser ilegal tal reconvocação.
O autor narra que concluiu o curso de medicina pela Universidade Federal do Acre no segundo semestre de 2010. Disse que, atendendo ao Edital Convocatório do Exército Brasileiro de 26 de agosto de 2010, apresentou-se às Forças Armadas e assinou formulários que lhe foram apresentados como de preenchimento obrigatório, mesmo tendo deixado claro que não tinha interesse em prestar o serviço militar na condição de voluntário.
Disse ainda que em 8 de janeiro de 2011 fora convocado para a pré-seleção e posterior incorporação ao Exército, mesmo tendo sido dispensado do serviço militar em 1998. Alega ter problemas médicos que o inabilita para o serviço médico e que a convocação atrapalharia seus planos pessoais.
Ao decidir, o magistrado explicou que o edital de 26 de agosto de 2010, impugnado pelo autor, não o convocou para a prestação do serviço militar obrigatório, mas apenas instituiu o cadastramento e disciplinou as regras para seleção de oficiais temporários médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários para as Forças Armadas. Sendo assim, sua condição atual é apenas de candidato. Dessa forma, “não tendo sido o autor efetivamente convocado para incorporar a uma das Forças Militares em data anterior à edição da Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010, não há como se lhe aplicar os precedentes jurisprudenciais apresentados”, alertou o magistrado.
E concluiu o magistrado: “Prejudicados, assim, também os demais argumentos suscitados pelo autor, seja quanto ao suposto vício de vontade em sua declaração de voluntário – pois poderá ser agora compulsoriamente convocado; seja quanto à alegação de sua inaptidão física para o serviço militar obrigatório – pois sua eventual aprovação na Seleção Complementar feita pelo Exército Brasileiro não poderá ser contraditada, em sede liminar, por mero atestado médico particular”.
Por fim, conforme a decisão, os interesses pessoais não podem prevalecer aos públicos.
594-84.2011.4.01.3000/ 2.ª Vara Federal do Acre
Tribunal Regional Federal da 1ª Região
NOTÍCIAS
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Re: NOTÍCIAS
Vocês não entenderam, o Magistrado não decidiu se a convocação era legal ou não. Apenas considerou que ele não tinha direito de ação porque ainda não havia sido convocado formalmente!
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Re: NOTÍCIAS
X 2WalterGaudério escreveu:Ecxelente post FC CarvalhoFCarvalho escreveu: Felipe, também pago impostos altíssimos e se fosse só assim, creio que como professor eu deveria ser o profissional melhor remunerado do país. E no entanto...
Todos nós temos uma cota de "doação" a sociedade que mal ou bem nos educa, alimenta e veste. É o que mantem a coesão social e a idéia de bem estar coletivo.
Não digo que você querer ganhar bem esteja errado, mas essa mentalidade bem capitalista é mais própria de quem está em um mercado de trabalho que comumente não reconhece as necessidade e particularidades das relações humanas. A não ser para o próprio benefício.
Se a universidade é pública e para todos, também é justo que o Estado, como provedor do bem estar social, nos cobre os benefícios mantidos pelos nossos impostos.
Quem achar que não tem nada com isso, eu acredito que deveria fazer faculdade particular e f...-se o resto. Mas mesmo assim, isso não nos isenta totalmente de nossas obrigações com a sociedade.
O fato, como disse antes é que hoje, não só a medicina, mas, outras tantas profissões importantes para a manutenção da civilidade dos homens estão se tornando cada vez mais objeto de consumo particular, como quem entra em um super-mercado e "escolhe a que mais lhe convém".
Medicina, como dizem na minha área, é um sacerdócio. Ou pelo menos deveria ser entendido assim. Porque trata-se de vidas humanas. E não apenas de um cheque ou cartão de plano de saude.
Eu não trabalho com um bisturi nas minhas mãos, para ter, ainda que momentaneamente poderes de vida e morte sobre alguém. Mas sei que com um simples pincel e um quadro branco, posso, se quiser, ferrar a vida não de um, mais de muitas pessoas de muitas formas diferentes. A palavra, mesmo hoje, ainda tem uma força que só quem sabe entende. Imangina então um médico, ou um advogado, um engenheiro...
Nós todos devemos o que somos, ainda, aquilo que a sociedade nos permitiu que fossemos. E não será diferente por muito tempo ainda.
Até que um dia nós deixemos as máquinas fazerem o que só um ser humano poderia fazer. Mas isso já é uma outra história.
abs
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Re: NOTÍCIAS
Me parece, apenas pelo texto, que antes da lei 12.336 qualquer ensaboado entrava na justiça e ganhava o direito de não servir porque já tinha um certificado de dispensa.
Como este cidadão foi convocado depois da citada lei, ele tentou mas não conseguiu emplacar esta jurisprudência para se esquivar. O edital foi anterior mas ele foi convocado após a lei.
Como este cidadão foi convocado depois da citada lei, ele tentou mas não conseguiu emplacar esta jurisprudência para se esquivar. O edital foi anterior mas ele foi convocado após a lei.
REGATEANO escreveu:Vocês não entenderam, o Magistrado não decidiu se a convocação era legal ou não. Apenas considerou que ele não tinha direito de ação porque ainda não havia sido convocado formalmente!
prp escreveu:Tadim, caiu na mão de um homem sério e sifu.
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SJAC: Mantida seleção de recém-formado em medicina para o Exército
Publicado em 28 de Janeiro de 2011, às 20:04
Negado pelo juiz federal da 2.ª Vara do Acre, Waldemar Claudio de Carvalho, pedido de liminar que pretendia anular ato administrativo consistente na convocação pelo Exército Brasileiro de formando em medicina para prestar o serviço militar obrigatório.
Alegou o formando já ter sido anteriormente dispensado do serviço militar, por excesso de contingente e, portanto, ser ilegal tal reconvocação.
O autor narra que concluiu o curso de medicina pela Universidade Federal do Acre no segundo semestre de 2010. Disse que, atendendo ao Edital Convocatório do Exército Brasileiro de 26 de agosto de 2010, apresentou-se às Forças Armadas e assinou formulários que lhe foram apresentados como de preenchimento obrigatório, mesmo tendo deixado claro que não tinha interesse em prestar o serviço militar na condição de voluntário.
Disse ainda que em 8 de janeiro de 2011 fora convocado para a pré-seleção e posterior incorporação ao Exército, mesmo tendo sido dispensado do serviço militar em 1998. Alega ter problemas médicos que o inabilita para o serviço médico e que a convocação atrapalharia seus planos pessoais.
Ao decidir, o magistrado explicou que o edital de 26 de agosto de 2010, impugnado pelo autor, não o convocou para a prestação do serviço militar obrigatório, mas apenas instituiu o cadastramento e disciplinou as regras para seleção de oficiais temporários médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários para as Forças Armadas. Sendo assim, sua condição atual é apenas de candidato. Dessa forma, “não tendo sido o autor efetivamente convocado para incorporar a uma das Forças Militares em data anterior à edição da Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010, não há como se lhe aplicar os precedentes jurisprudenciais apresentados”, alertou o magistrado.
E concluiu o magistrado: “Prejudicados, assim, também os demais argumentos suscitados pelo autor, seja quanto ao suposto vício de vontade em sua declaração de voluntário – pois poderá ser agora compulsoriamente convocado; seja quanto à alegação de sua inaptidão física para o serviço militar obrigatório – pois sua eventual aprovação na Seleção Complementar feita pelo Exército Brasileiro não poderá ser contraditada, em sede liminar, por mero atestado médico particular”.
Por fim, conforme a decisão, os interesses pessoais não podem prevalecer aos públicos.
594-84.2011.4.01.3000/ 2.ª Vara Federal do Acre
Tribunal Regional Federal da 1ª Região
Saudações,
Luciano.
__________________
Suas decisões de ontem definiram sua atual situação.
As decisões de hoje definirão quem você será e onde estará amanhã.
Luciano.
__________________
Suas decisões de ontem definiram sua atual situação.
As decisões de hoje definirão quem você será e onde estará amanhã.
Re: NOTÍCIAS
Vou dar minha opinião pessoal sobre o assunto, pois fui oficial R/2 da FAB por 5 anos.
Olha com relação à lei, não há o que se discutir, cumpra-se. Como eu cumpri. Posso discordar da mesma, argumentar pela sua modificação mas, tenho que cumprí-la como qualquer cidadão. Como deveria ser com qualquer lei.
Sem querer defender o felipexion, ele quer mostrar o ponto de vista (com um certo viés, é verdade) de quem estudou muito tempo e quer ser bem remunerado por isso. Mas, o bom profissional não quer só dinheiro (dinheiro é bom e todo mundo gosta). Apenas o seu enfoque que foi equivocado. O profissional não pensa só em dinheiro, o principal são as condições de trabalho, o ambiente, as possibilidades de aperfeiçoamento ao longo do tempo, a possibilidade de dar boa educação aos filhos (mais facilitada em grandes centros ou próximo dos mesmos). Por isso vejo muitos colegas que foram morar em cidades distantes retornarem aos grandes centros urbanos. Seja por causa dos elementos alencados acima, seja por término do contrato com a prefeitura local. A grande maioria desse "bons" empregos no interior são por meio de contratos. Quando muda a política, vencem os contratos e/ou não são renovados. Não é costume haver concursos na área médica com bons salários, principalmente no interior do país. Não há uma política de Estado para tal.
O jovem recém-formado não precisa necessariamente servir nas forças armadas, para dar a sua contribuição ao país. Poderia-se fazer serviço voluntário no SUS, por exemplo. Aliás, sou muito crítico ao serviço militar obrigatório como um todo. Com relação a aprendizado, não há estágio nenhum, digo nenhum mesmo, que se compare ao que se aprende nos hospitais públicos brasileiros. Aonde se aprende a "botar a mão na massa", fazer de tudo com muito pouco ou quase nada. Servi no RJ, em um hospital que é unidade de 3º escalão (o mais completo possível) e na BASC. Participei de várias missões ACISO, Hcamp (participei 2 vezes), nada se compara. As missões servem para o brasileiro da capital, do sudeste, conhecer melhor o seu próprio país, seu povo. Ver como nossa população é desassistida de tudo. Como aprendizado médico, usei o que aprendi e aprendo até hj, atendendo nos hospitais públicos cariocas. A carreira militar, ao meu ver, atrapalha um pouco o desenvolvimento do médico. Por isso o cara quando sai da residência quer é continuar seu processo de aprendizado, fazer um mestrado, uma nova especialização, um novo curso de aperfeiçoamento. É uma carreira essencialmente prática que necessita de um grande conhecimento teórico. O militar precisa estar 24h disponível, vc é militar 24h. Dizer que o médico vai lá trabalha 1/2 expediente e depois vai ganhar dinheiro na sua vida civil... Não é bem assim! Vc tem o expediente normal e tem as obrigações que qualquer oficial tem:
-Plantões: a depender da unidade e da sua especialidade, podem ser desde 1 serviço de médico-de-dia a cada 15 dias a até 3 na mesma semana (se vc tiver a sorte de ser o mais moderno)
-Sobreaviso: a depender da especialidade e do nº de especialistas na sua unidade
-Escala de EVAM (evacuação médica) e MMI (missão de misericórdia)
-Escalas de representação, tomar conta de prova, sindicâncias, IPM.
Então vc vive uma dicotomia entre o meio médico que requer dedicação, estudo constante, disponibilidade de horário e o meio militar que também exige sua dedicação. E, às vezes, essa equação é difícil.
Por tudo isso vi a FAB perder ótimos médicos, da ativa ou não. E também vi, uns poucos é verdade, médicos medíocres ascenderem na carreira. O grande erro é, em grande parte, não valorizar o conhecimento técnico, apenas o militar( EAO, ECEMAR, ESG). Isso não serve p/ o major médico que não sabe operar uma apendicite ou atender uma parada cardiorrespiratória...
Apenas peço aos colegas que não são da área para pegarem leve com as críticas, não é bem por aí.
Se alguém ainda quiser desenvolver o tema, podemos continuar a discussão em um tópico mais específico.
Meus 2 cents.
Olha com relação à lei, não há o que se discutir, cumpra-se. Como eu cumpri. Posso discordar da mesma, argumentar pela sua modificação mas, tenho que cumprí-la como qualquer cidadão. Como deveria ser com qualquer lei.
Sem querer defender o felipexion, ele quer mostrar o ponto de vista (com um certo viés, é verdade) de quem estudou muito tempo e quer ser bem remunerado por isso. Mas, o bom profissional não quer só dinheiro (dinheiro é bom e todo mundo gosta). Apenas o seu enfoque que foi equivocado. O profissional não pensa só em dinheiro, o principal são as condições de trabalho, o ambiente, as possibilidades de aperfeiçoamento ao longo do tempo, a possibilidade de dar boa educação aos filhos (mais facilitada em grandes centros ou próximo dos mesmos). Por isso vejo muitos colegas que foram morar em cidades distantes retornarem aos grandes centros urbanos. Seja por causa dos elementos alencados acima, seja por término do contrato com a prefeitura local. A grande maioria desse "bons" empregos no interior são por meio de contratos. Quando muda a política, vencem os contratos e/ou não são renovados. Não é costume haver concursos na área médica com bons salários, principalmente no interior do país. Não há uma política de Estado para tal.
O jovem recém-formado não precisa necessariamente servir nas forças armadas, para dar a sua contribuição ao país. Poderia-se fazer serviço voluntário no SUS, por exemplo. Aliás, sou muito crítico ao serviço militar obrigatório como um todo. Com relação a aprendizado, não há estágio nenhum, digo nenhum mesmo, que se compare ao que se aprende nos hospitais públicos brasileiros. Aonde se aprende a "botar a mão na massa", fazer de tudo com muito pouco ou quase nada. Servi no RJ, em um hospital que é unidade de 3º escalão (o mais completo possível) e na BASC. Participei de várias missões ACISO, Hcamp (participei 2 vezes), nada se compara. As missões servem para o brasileiro da capital, do sudeste, conhecer melhor o seu próprio país, seu povo. Ver como nossa população é desassistida de tudo. Como aprendizado médico, usei o que aprendi e aprendo até hj, atendendo nos hospitais públicos cariocas. A carreira militar, ao meu ver, atrapalha um pouco o desenvolvimento do médico. Por isso o cara quando sai da residência quer é continuar seu processo de aprendizado, fazer um mestrado, uma nova especialização, um novo curso de aperfeiçoamento. É uma carreira essencialmente prática que necessita de um grande conhecimento teórico. O militar precisa estar 24h disponível, vc é militar 24h. Dizer que o médico vai lá trabalha 1/2 expediente e depois vai ganhar dinheiro na sua vida civil... Não é bem assim! Vc tem o expediente normal e tem as obrigações que qualquer oficial tem:
-Plantões: a depender da unidade e da sua especialidade, podem ser desde 1 serviço de médico-de-dia a cada 15 dias a até 3 na mesma semana (se vc tiver a sorte de ser o mais moderno)
-Sobreaviso: a depender da especialidade e do nº de especialistas na sua unidade
-Escala de EVAM (evacuação médica) e MMI (missão de misericórdia)
-Escalas de representação, tomar conta de prova, sindicâncias, IPM.
Então vc vive uma dicotomia entre o meio médico que requer dedicação, estudo constante, disponibilidade de horário e o meio militar que também exige sua dedicação. E, às vezes, essa equação é difícil.
Por tudo isso vi a FAB perder ótimos médicos, da ativa ou não. E também vi, uns poucos é verdade, médicos medíocres ascenderem na carreira. O grande erro é, em grande parte, não valorizar o conhecimento técnico, apenas o militar( EAO, ECEMAR, ESG). Isso não serve p/ o major médico que não sabe operar uma apendicite ou atender uma parada cardiorrespiratória...
Apenas peço aos colegas que não são da área para pegarem leve com as críticas, não é bem por aí.
Se alguém ainda quiser desenvolver o tema, podemos continuar a discussão em um tópico mais específico.
Meus 2 cents.
Navalhada na Defesa
Como aprendido nos cursos de estado maior, todo planejamento foi feito pra ser mudado!!! Na Marinha chama-se controle da ação planejada.
Navalhada na Defesa
Sat, 12 Feb 2011 07:33:13 -0200
Decreto que definirá as áreas afetadas pelos cortes nos gastos da administração pública deve reduzir os recursos repassados às Forças Armadas e comprometer uma série de programas militares
» Tiago Pariz
» RossanaHessel
» Leandro Kleber
Especial para o Correio
A tesourada de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, anunciada para reverter a aceleração da inflação este ano, colocou projetos das Forças Armadas sob ameaça. O principal programa que deve ser afetado é a construção do submarino de propulsão nuclear, que envolve cerca de R$ 1,1 bilhão neste ano. O corte vai afetar também ações voltadas para a educação básica e pesquisas em ciência e tecnologia, além de unidades de atenção especializada em saúde e infraestrutura turística. Até a sensível área de energia está na mira do freio da presidente Dilma Rousseff.
Como somente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as ações sociais estão preservados — o governo vai conceder o reajuste dos benefícios do Bolsa Família de acordo com a inflação do ano passado — sobram R$ 37 bilhões de investimentos passíveis de serem excluídos do Orçamento. A meta é fazer um superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 117,9 bilhões.
Nas Forças Armadas, a modernização de equipamentos, a implantação de novos sistemas bélicos e até a construção de unidades habitacionais para os militares estão sob risco. Somando os projetos que podem sofrer com a tesoura, chega-se à cifra de R$ 1,96 bilhão. Na Aeronáutica, o enxugamento deverá afetar a aquisição de aeronaves, dentro do programa de reaparelhamento e adequação da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem R$ 231 milhões previstos para este ano, além da manutenção e da revitalização de aeronaves antigas, que tem R$ 320 milhões reservados na peça orçamentária. No Exército, o programa ameaçado é o de modernização operacional, estimado em R$ 196 milhões. O corte de R$ 50 bilhões também colocou na lista vermelha a presença de militares nas áreas de fronteira.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se ontem com a presidente Dilma Rousseff para tentar sensibilizá-la a poupar os investimentos das Forças Armadas, lembrando que a aquisição de novos caças pela Aeronáutica está emperrada desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Se a tesoura afetar os investimentos, será um baque para Jobim, que luta para a consolidação do ministério e pela modernização militar do país. Na pasta da Justiça, as principais ações que estão na mira da guilhotina do Planalto são a de implementação de presídios especiais e a de apoio à construção de penitenciárias mantidas pelos estados. As duas rubricas somam R$ 74 milhões.
No Ministério da Educação, o projeto de reestruturação das redes de educação profissional, tecnológica e básica deverá ter o dinheiro disponível reduzido. Essa medida, se concretizada, contrasta com o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV da presidente Dilma, na noite de quinta-feira, quando ela anunciou a intenção de lançar um programa de financiamento para estudantes que desejam ingressar em escolas técnicas. Outra área bastante afetada é a de turismo. São R$ 2,1 bilhões passíveis de corte — esse total representa 64% de todo o orçamento da pasta responsável pelo setor.
Energia
A área mais sensível para a presidente também terá projetos interrompidos com a redução dos investimentos. São R$ 26,5 milhões destinados à pesquisa de agroenergia e R$ 43,1 milhões para o uso produtivo de energia elétrica passíveis da tesourada a ser anunciada por meio de decreto na próxima semana. Especialistas acreditam que não há problema de geração energética no país. O grande entrave que tem causado as frequentes interrupções no fornecimento é o gargalo na infraestrutura de transmissão e de distribuição.
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, nos últimos 10 anos, houve aumento de 50% na capacidade instalada no país, que atingiu 112,3 mil megaWatts (MW). “Hoje, o Brasil realmente não tem problemas de geração. Mas esses apagões recentes mostram que existem sérias dificuldades tanto na transmissão quanto na distribuição”, comentou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe, instituto ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, alertou para a falta de manutenção dos sistemas de transmissão e distribuição, considerados por ele bastante ultrapassados. “Há um problema muito sério na manutenção desses sistemas e a fiscalização não está ocorrendo como deveria”, alertou. Ele destacou ainda que, nos últimos anos, as agências reguladoras perderam recursos, o que tem comprometido a fiscalização. “Espero que o novo governo reveja isso e volte a dar mais autonomia para os órgãos competentes”, comentou.
Submarinos
Na Marinha, o principal destino dos recursos é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), orçado em R$ 18,7 bilhões até 2024. A iniciativa inclui a construção de quatro submarinos da classe Scorpène e um de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí (RJ). Atualmente, a Marinha do Brasil possui cinco submarinos convencionais. A construção do estaleiro é alvo de três processos em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU).
Apagão
O alerta de especialistas no setor energético é sobre a falta de melhoria da infraestrutura de transmissão após o apagão de 10 de novembro de 2009, quando 18 estados ficaram no escuro por várias horas. “Houve uma preocupação em se ampliar a capacidade instalada, mas a rede de transmissão atual não é robusta como deveria, e não foi modernizada”, comentou Adriano Pires, diretor da CBIE. Ele lembrou ainda que o brasileiro paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo.
Navalhada na Defesa
Sat, 12 Feb 2011 07:33:13 -0200
Decreto que definirá as áreas afetadas pelos cortes nos gastos da administração pública deve reduzir os recursos repassados às Forças Armadas e comprometer uma série de programas militares
» Tiago Pariz
» RossanaHessel
» Leandro Kleber
Especial para o Correio
A tesourada de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, anunciada para reverter a aceleração da inflação este ano, colocou projetos das Forças Armadas sob ameaça. O principal programa que deve ser afetado é a construção do submarino de propulsão nuclear, que envolve cerca de R$ 1,1 bilhão neste ano. O corte vai afetar também ações voltadas para a educação básica e pesquisas em ciência e tecnologia, além de unidades de atenção especializada em saúde e infraestrutura turística. Até a sensível área de energia está na mira do freio da presidente Dilma Rousseff.
Como somente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as ações sociais estão preservados — o governo vai conceder o reajuste dos benefícios do Bolsa Família de acordo com a inflação do ano passado — sobram R$ 37 bilhões de investimentos passíveis de serem excluídos do Orçamento. A meta é fazer um superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 117,9 bilhões.
Nas Forças Armadas, a modernização de equipamentos, a implantação de novos sistemas bélicos e até a construção de unidades habitacionais para os militares estão sob risco. Somando os projetos que podem sofrer com a tesoura, chega-se à cifra de R$ 1,96 bilhão. Na Aeronáutica, o enxugamento deverá afetar a aquisição de aeronaves, dentro do programa de reaparelhamento e adequação da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem R$ 231 milhões previstos para este ano, além da manutenção e da revitalização de aeronaves antigas, que tem R$ 320 milhões reservados na peça orçamentária. No Exército, o programa ameaçado é o de modernização operacional, estimado em R$ 196 milhões. O corte de R$ 50 bilhões também colocou na lista vermelha a presença de militares nas áreas de fronteira.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se ontem com a presidente Dilma Rousseff para tentar sensibilizá-la a poupar os investimentos das Forças Armadas, lembrando que a aquisição de novos caças pela Aeronáutica está emperrada desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Se a tesoura afetar os investimentos, será um baque para Jobim, que luta para a consolidação do ministério e pela modernização militar do país. Na pasta da Justiça, as principais ações que estão na mira da guilhotina do Planalto são a de implementação de presídios especiais e a de apoio à construção de penitenciárias mantidas pelos estados. As duas rubricas somam R$ 74 milhões.
No Ministério da Educação, o projeto de reestruturação das redes de educação profissional, tecnológica e básica deverá ter o dinheiro disponível reduzido. Essa medida, se concretizada, contrasta com o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV da presidente Dilma, na noite de quinta-feira, quando ela anunciou a intenção de lançar um programa de financiamento para estudantes que desejam ingressar em escolas técnicas. Outra área bastante afetada é a de turismo. São R$ 2,1 bilhões passíveis de corte — esse total representa 64% de todo o orçamento da pasta responsável pelo setor.
Energia
A área mais sensível para a presidente também terá projetos interrompidos com a redução dos investimentos. São R$ 26,5 milhões destinados à pesquisa de agroenergia e R$ 43,1 milhões para o uso produtivo de energia elétrica passíveis da tesourada a ser anunciada por meio de decreto na próxima semana. Especialistas acreditam que não há problema de geração energética no país. O grande entrave que tem causado as frequentes interrupções no fornecimento é o gargalo na infraestrutura de transmissão e de distribuição.
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, nos últimos 10 anos, houve aumento de 50% na capacidade instalada no país, que atingiu 112,3 mil megaWatts (MW). “Hoje, o Brasil realmente não tem problemas de geração. Mas esses apagões recentes mostram que existem sérias dificuldades tanto na transmissão quanto na distribuição”, comentou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe, instituto ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, alertou para a falta de manutenção dos sistemas de transmissão e distribuição, considerados por ele bastante ultrapassados. “Há um problema muito sério na manutenção desses sistemas e a fiscalização não está ocorrendo como deveria”, alertou. Ele destacou ainda que, nos últimos anos, as agências reguladoras perderam recursos, o que tem comprometido a fiscalização. “Espero que o novo governo reveja isso e volte a dar mais autonomia para os órgãos competentes”, comentou.
Submarinos
Na Marinha, o principal destino dos recursos é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), orçado em R$ 18,7 bilhões até 2024. A iniciativa inclui a construção de quatro submarinos da classe Scorpène e um de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí (RJ). Atualmente, a Marinha do Brasil possui cinco submarinos convencionais. A construção do estaleiro é alvo de três processos em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU).
Apagão
O alerta de especialistas no setor energético é sobre a falta de melhoria da infraestrutura de transmissão após o apagão de 10 de novembro de 2009, quando 18 estados ficaram no escuro por várias horas. “Houve uma preocupação em se ampliar a capacidade instalada, mas a rede de transmissão atual não é robusta como deveria, e não foi modernizada”, comentou Adriano Pires, diretor da CBIE. Ele lembrou ainda que o brasileiro paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo.
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Re: NOTÍCIAS
Grande novidade, promessas, promessas e mais promessas, mas na hora do "vamos ver" o orçamento do MD sempre é o que toma mais facadas. Vem governo, vai governo, anos vão passando e quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas.
Um dia essa irresponsabilidade acaba, quando formos invadidos de novo e perdemos uns três Estados em questão de semanas.
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Re: NOTÍCIAS
Cross escreveu:Grande novidade, promessas, promessas e mais promessas, mas na hora do "vamos ver" o orçamento do MD sempre é o que toma mais facadas. Vem governo, vai governo, anos vão passando e quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas.
Um dia essa irresponsabilidade acaba, quando formos invadidos de novo e perdemos uns três Estados em questão de semanas.
Tem problema não Cross. Se qualquer coisa acontecer, o pessoal de Bsl muda a capital pra miami e administra o que sobrou do país de lá...
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Re: NOTÍCIAS
Obras do PAC rendem R$ 1,6 bi ao Exército
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Há uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que corre sob rígida disciplina e hierarquia, inclusive com ordem unida e até farda: as construções feitas pelo Exército Brasileiro. E seu volume não é nada desprezível.
Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco.
E estes contratos não param. No momento, nove mil homens trabalham em obras que vão gerar mais R$ 410 milhões à caserna em 2011.
A atuação do Exército - que, segundo especialistas, ficou responsável por obras que poderiam ser licitadas - sofre críticas dos empresários da construção civil. Além de atacar a concorrência desleal, eles afirmam que a participação expressiva dos militares inibe o investimento e impede a geração de empregos.
Desde 2008, a atuação do Exército como empreiteira cresceu muito, na esteira do PAC, com receitas anuais na faixa de 400 milhões. Este volume é o equivalente ao faturamento de empresas tradicionais do setor de construção, como a Serveng-Civilsan e a Tenda, como se fosse a 15ª maior construtora do país.
No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Antes do governo Lula, o valor era muito menor: em 2002, o Exército recebeu R$ 35 milhões para fazer construções para outros órgãos governamentais.
Entre as principais obras realizadas por trabalhadores fardados estão diversos lotes de duplicação da BR-101 no Nordeste, a pavimentação das BR-163 (Pará) e BR-319 (Amazonas), a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e de diversos trechos de canais e barragens necessárias para a transposição do Rio São Francisco.
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Há uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que corre sob rígida disciplina e hierarquia, inclusive com ordem unida e até farda: as construções feitas pelo Exército Brasileiro. E seu volume não é nada desprezível.
Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco.
E estes contratos não param. No momento, nove mil homens trabalham em obras que vão gerar mais R$ 410 milhões à caserna em 2011.
A atuação do Exército - que, segundo especialistas, ficou responsável por obras que poderiam ser licitadas - sofre críticas dos empresários da construção civil. Além de atacar a concorrência desleal, eles afirmam que a participação expressiva dos militares inibe o investimento e impede a geração de empregos.
Desde 2008, a atuação do Exército como empreiteira cresceu muito, na esteira do PAC, com receitas anuais na faixa de 400 milhões. Este volume é o equivalente ao faturamento de empresas tradicionais do setor de construção, como a Serveng-Civilsan e a Tenda, como se fosse a 15ª maior construtora do país.
No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Antes do governo Lula, o valor era muito menor: em 2002, o Exército recebeu R$ 35 milhões para fazer construções para outros órgãos governamentais.
Entre as principais obras realizadas por trabalhadores fardados estão diversos lotes de duplicação da BR-101 no Nordeste, a pavimentação das BR-163 (Pará) e BR-319 (Amazonas), a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e de diversos trechos de canais e barragens necessárias para a transposição do Rio São Francisco.
Re: NOTÍCIAS
O que a noticia não fala, é que várias dessas obras foram repassadas ao EB, porque não se conseguia terminar os processos de licitação, dado que as empreiteiras se engaufinhavam no poder judiciário com ações contra o governo e umas contra as outras. Atrasando em mais de ano o ínicio das obras programadas.Clermont escreveu:Obras do PAC rendem R$ 1,6 bi ao Exército
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Há uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que corre sob rígida disciplina e hierarquia, inclusive com ordem unida e até farda: as construções feitas pelo Exército Brasileiro. E seu volume não é nada desprezível.
Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco.
E estes contratos não param. No momento, nove mil homens trabalham em obras que vão gerar mais R$ 410 milhões à caserna em 2011.
A atuação do Exército - que, segundo especialistas, ficou responsável por obras que poderiam ser licitadas - sofre críticas dos empresários da construção civil. Além de atacar a concorrência desleal, eles afirmam que a participação expressiva dos militares inibe o investimento e impede a geração de empregos.
Desde 2008, a atuação do Exército como empreiteira cresceu muito, na esteira do PAC, com receitas anuais na faixa de 400 milhões. Este volume é o equivalente ao faturamento de empresas tradicionais do setor de construção, como a Serveng-Civilsan e a Tenda, como se fosse a 15ª maior construtora do país.
No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Antes do governo Lula, o valor era muito menor: em 2002, o Exército recebeu R$ 35 milhões para fazer construções para outros órgãos governamentais.
Entre as principais obras realizadas por trabalhadores fardados estão diversos lotes de duplicação da BR-101 no Nordeste, a pavimentação das BR-163 (Pará) e BR-319 (Amazonas), a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e de diversos trechos de canais e barragens necessárias para a transposição do Rio São Francisco.
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Re: NOTÍCIAS
Obras do PAC rendem R$ 1,6 bi ao Exército
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Continuação
Exército não concorre com empresas, diz general
Além da conclusão destas obras, estão previstas para 2011 a revitalização do Rio São Francisco e o início da terraplenagem do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto de Guarulhos (SP). Os militares também fizeram obras para estatais — como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari- Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.
O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), afirma que a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para a instituição: — A gente não pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando são importantes para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento. Esse é o nosso grande objetivo com elas. Os militares da infantaria, por exemplo, podem simular combates, nós da engenharia não podemos simular construções. Temos que estar adestrados para quando o país precisar de nós — afirmou o general, que, até maio do ano passado, atuava na linha de frente das obras que o Exército executa no Nordeste.
Algumas das obras assumidas pelos militares, segundo o general, eram consideradas prioritárias e tinham problemas para serem tocadas pela iniciativa privada. Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco porque o canteiro ficaria no polígono da maconha. O general conta que foi feito um trabalho social na violenta área e que dois hospitais chegaram a ser montados na região, para atendimento à população.
Para o general Fraxe, as obras ajudam a formar um PARTE DOS RECURSOS recebidos pelos militares vai para a compra de equipamentos como tratores e caminhões contingente de 2.000 a 2.500 rapazes que passam pelo serviço militar obrigatório e que voltam para a sociedade com um ofício, quando são utilizados pela Engenharia dos militares. Ele diz que também são geradas novas tecnologias: — No fim do ano passado fizemos um boletim técnico que cedemos à Associação Brasileira de Pavimentação sobre novas técnicas na construção de pistas de concreto, que ficaram com a qualidade das alemãs.
Ele diz que o assédio aos cerca de 600 engenheiros do Exército prova que a qualidade do trabalho é reconhecida pelo mercado. Entretanto, ele diz que não há uma debandada generalizada. Ele minimiza o medo das construtoras com a concorrência dos empreiteiros fardados: — O Exército não é um construtor. Quem pensa que vamos concorrer com as empresas está equivocado. Só atuamos para treinar nosso pessoal — disse o general, que afirma que contrata empresas privadas para a construção de pontes e viadutos.
Mas as empresas privadas enxergam a atuação dos militares de forma diferente: — O setor da construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os militares assumirem obras desse tipo — disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, que lembra que os militares ficaram com 9% das obras do DNIT em 2009.
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Continuação
Exército não concorre com empresas, diz general
Além da conclusão destas obras, estão previstas para 2011 a revitalização do Rio São Francisco e o início da terraplenagem do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto de Guarulhos (SP). Os militares também fizeram obras para estatais — como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari- Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.
O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), afirma que a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para a instituição: — A gente não pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando são importantes para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento. Esse é o nosso grande objetivo com elas. Os militares da infantaria, por exemplo, podem simular combates, nós da engenharia não podemos simular construções. Temos que estar adestrados para quando o país precisar de nós — afirmou o general, que, até maio do ano passado, atuava na linha de frente das obras que o Exército executa no Nordeste.
Algumas das obras assumidas pelos militares, segundo o general, eram consideradas prioritárias e tinham problemas para serem tocadas pela iniciativa privada. Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco porque o canteiro ficaria no polígono da maconha. O general conta que foi feito um trabalho social na violenta área e que dois hospitais chegaram a ser montados na região, para atendimento à população.
Para o general Fraxe, as obras ajudam a formar um PARTE DOS RECURSOS recebidos pelos militares vai para a compra de equipamentos como tratores e caminhões contingente de 2.000 a 2.500 rapazes que passam pelo serviço militar obrigatório e que voltam para a sociedade com um ofício, quando são utilizados pela Engenharia dos militares. Ele diz que também são geradas novas tecnologias: — No fim do ano passado fizemos um boletim técnico que cedemos à Associação Brasileira de Pavimentação sobre novas técnicas na construção de pistas de concreto, que ficaram com a qualidade das alemãs.
Ele diz que o assédio aos cerca de 600 engenheiros do Exército prova que a qualidade do trabalho é reconhecida pelo mercado. Entretanto, ele diz que não há uma debandada generalizada. Ele minimiza o medo das construtoras com a concorrência dos empreiteiros fardados: — O Exército não é um construtor. Quem pensa que vamos concorrer com as empresas está equivocado. Só atuamos para treinar nosso pessoal — disse o general, que afirma que contrata empresas privadas para a construção de pontes e viadutos.
Mas as empresas privadas enxergam a atuação dos militares de forma diferente: — O setor da construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os militares assumirem obras desse tipo — disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, que lembra que os militares ficaram com 9% das obras do DNIT em 2009.
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Re: NOTÍCIAS
Para empresários, custo menor dos militares é falso
Simão afirma que a atuação do Exército inibe a modernização do setor, pois a existência de obras que são repassadas aos militares desestimula a modernização das empresas. Além disso, ele diz que a informação de que as obras executadas pelos militares são mais baratas que as feitas pelas empreiteiras é falsa.
— Esta comparação não é possível. Eles recebem adiantado e não arcam com muitas das despesas que temos, como o pagamento de salários a funcionários. Isso faz uma enorme diferença. Os soldos dos soldados são pagos independentemente das obras e esse valor não entra nos custos — disse.
De acordo com os dados da Cbic, um pedreiro no país recebe um salário médio de R$ 1.600. Já o soldo de um soldado varia de R$ 492 (soldado de 2ª categoria) a R$ 963 (1ª categoria): — Ao assumir obras, o Exército impede a ampliação da geração de empregos. Defendemos que os militares tenham de atuar em casos muito especiais.
Falsa e ridícula é a comparação que o empresário faz.
Ele falseia quando dá a idéia de que o dinheiro pago ao EB fica todo com o EB.
Quando dá idéia de que o governo repassa verbas ao EB e o EB tem lucros com isso.
Não há recursos de investimento, só de custeio e para pagamentos de contratações.
Os lucros com material adquirido são relativos, porque ao final de cada obra as máquinas e equipamentos estão em frangalhos.
Só há lucros na aquisição de conhecimentos e no preparo da tropa.
O maior lucro mesmo é do povo brasileiro que tem ganho obras na construção civil, rodoviárias, hídricas e ferroviárias de porte e qualidade internacional.
"Chora ladrãosada superfaturadores de obras"
Simão afirma que a atuação do Exército inibe a modernização do setor, pois a existência de obras que são repassadas aos militares desestimula a modernização das empresas. Além disso, ele diz que a informação de que as obras executadas pelos militares são mais baratas que as feitas pelas empreiteiras é falsa.
— Esta comparação não é possível. Eles recebem adiantado e não arcam com muitas das despesas que temos, como o pagamento de salários a funcionários. Isso faz uma enorme diferença. Os soldos dos soldados são pagos independentemente das obras e esse valor não entra nos custos — disse.
De acordo com os dados da Cbic, um pedreiro no país recebe um salário médio de R$ 1.600. Já o soldo de um soldado varia de R$ 492 (soldado de 2ª categoria) a R$ 963 (1ª categoria): — Ao assumir obras, o Exército impede a ampliação da geração de empregos. Defendemos que os militares tenham de atuar em casos muito especiais.
Falsa e ridícula é a comparação que o empresário faz.
Ele falseia quando dá a idéia de que o dinheiro pago ao EB fica todo com o EB.
Quando dá idéia de que o governo repassa verbas ao EB e o EB tem lucros com isso.
Não há recursos de investimento, só de custeio e para pagamentos de contratações.
Os lucros com material adquirido são relativos, porque ao final de cada obra as máquinas e equipamentos estão em frangalhos.
Só há lucros na aquisição de conhecimentos e no preparo da tropa.
O maior lucro mesmo é do povo brasileiro que tem ganho obras na construção civil, rodoviárias, hídricas e ferroviárias de porte e qualidade internacional.
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Re: NOTÍCIAS
Brasil o eterno país do futuro!!Cross escreveu:Grande novidade, promessas, promessas e mais promessas, mas na hora do "vamos ver" o orçamento do MD sempre é o que toma mais facadas. Vem governo, vai governo, anos vão passando e quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas.
Um dia essa irresponsabilidade acaba, quando formos invadidos de novo e perdemos uns três Estados em questão de semanas.
Um abraço e t+
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Re: NOTÍCIAS
Prezados(as) uma pergunta de leigo, onde é aplicado esta $$ dentro do EB???Clermont escreveu:Obras do PAC rendem R$ 1,6 bi ao Exército
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Há uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que corre sob rígida disciplina e hierarquia, inclusive com ordem unida e até farda: as construções feitas pelo Exército Brasileiro. E seu volume não é nada desprezível.
Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco.
E estes contratos não param. No momento, nove mil homens trabalham em obras que vão gerar mais R$ 410 milhões à caserna em 2011.
A atuação do Exército - que, segundo especialistas, ficou responsável por obras que poderiam ser licitadas - sofre críticas dos empresários da construção civil. Além de atacar a concorrência desleal, eles afirmam que a participação expressiva dos militares inibe o investimento e impede a geração de empregos.
Desde 2008, a atuação do Exército como empreiteira cresceu muito, na esteira do PAC, com receitas anuais na faixa de 400 milhões. Este volume é o equivalente ao faturamento de empresas tradicionais do setor de construção, como a Serveng-Civilsan e a Tenda, como se fosse a 15ª maior construtora do país.
No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Antes do governo Lula, o valor era muito menor: em 2002, o Exército recebeu R$ 35 milhões para fazer construções para outros órgãos governamentais.
Entre as principais obras realizadas por trabalhadores fardados estão diversos lotes de duplicação da BR-101 no Nordeste, a pavimentação das BR-163 (Pará) e BR-319 (Amazonas), a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e de diversos trechos de canais e barragens necessárias para a transposição do Rio São Francisco.
att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: NOTÍCIAS
Na compra de máquinas e equipamentos.binfa escreveu:Clermont escreveu:Obras do PAC rendem R$ 1,6 bi ao Exército
Henrique Gomes Batista, O Globo.
Há uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que corre sob rígida disciplina e hierarquia, inclusive com ordem unida e até farda: as construções feitas pelo Exército Brasileiro. E seu volume não é nada desprezível.
Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco.
E estes contratos não param. No momento, nove mil homens trabalham em obras que vão gerar mais R$ 410 milhões à caserna em 2011.
A atuação do Exército - que, segundo especialistas, ficou responsável por obras que poderiam ser licitadas - sofre críticas dos empresários da construção civil. Além de atacar a concorrência desleal, eles afirmam que a participação expressiva dos militares inibe o investimento e impede a geração de empregos.
Desde 2008, a atuação do Exército como empreiteira cresceu muito, na esteira do PAC, com receitas anuais na faixa de 400 milhões. Este volume é o equivalente ao faturamento de empresas tradicionais do setor de construção, como a Serveng-Civilsan e a Tenda, como se fosse a 15ª maior construtora do país.
No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Antes do governo Lula, o valor era muito menor: em 2002, o Exército recebeu R$ 35 milhões para fazer construções para outros órgãos governamentais.
Entre as principais obras realizadas por trabalhadores fardados estão diversos lotes de duplicação da BR-101 no Nordeste, a pavimentação das BR-163 (Pará) e BR-319 (Amazonas), a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e de diversos trechos de canais e barragens necessárias para a transposição do Rio São Francisco.
Prezados(as) uma pergunta de leigo, onde é aplicado esta $$ dentro do EB???
Na compra de material (terra, areia, brita, cimento, ferro, produtos acabados, combustível, energia, água, alimentação da tropa e dos tercerizados).
No pagamento de serviços os mais variados aos tercerizados.
E, se sobrar algum, tem-se que devolver aos cofres públicos, pois o TCU tá aí prá isso mesmo.
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Re: NOTÍCIAS
Sinal dos novos tempos das FAs brasileiras....
A FAB se transformou em TAB, é mais uma instituição pública de transporte (principalmente de autoridades, em aviões de ultima geração e altamente confortáveis) que uma força destinada a defesa da nação. Tem se dedicado bastante também a área de ortifrutigranjeiro e pecuária, com sua fazenda!!! (o talha é que entende disso).
Agora é a vez do EB, que estar se transformando numa verdadeira empreiteira do ramo da construção civil e treinamento de operadores de máquinas!!!!
A proxima deve ser a MB, será que vão ficar responsáveis pela carnicicultura ou psicultura?
É só pra discontrair!!!
A FAB se transformou em TAB, é mais uma instituição pública de transporte (principalmente de autoridades, em aviões de ultima geração e altamente confortáveis) que uma força destinada a defesa da nação. Tem se dedicado bastante também a área de ortifrutigranjeiro e pecuária, com sua fazenda!!! (o talha é que entende disso).
Agora é a vez do EB, que estar se transformando numa verdadeira empreiteira do ramo da construção civil e treinamento de operadores de máquinas!!!!
A proxima deve ser a MB, será que vão ficar responsáveis pela carnicicultura ou psicultura?
É só pra discontrair!!!
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