MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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LeandroGCard
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1246 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 25, 2011 9:29 am

Excelente artigo.

Não só discute o problema dos juros excessivos como também menciona a questão da indexação indevida de setores da economia (que causou uma catástrofe no governo FHC, mas ainda gera efeitos deletérios até hoje).

Só faltou mostrar qual a taxa real de juros que seria necessária para simplesmente rolar a dívida pública caso o problema da inflação não existisse. Uma idéia básica de quanto seria isso pode ser obtida do risco-país cobrado no mercado internacional (embora outros fatores devam ser levados em consideração, como a remuneração dos investimentos oficiais tipo caderneta de poupança). Mas por qualquer conta que se faça esta taxa de juros seria muito mais baixa do que a praticada desde sempre pelo BC, talvez hoje algo na faixa dos 7% aa, ou até menos. Os 4,25 pontos a mais usados hoje tem como única justificativa o combate (canhestro) à inflação, e representam quase 64 bilhões de reais ao ano.

Se este valor fosse utilizado na formação de estoques reguladores dos produtos sazonais e em renúncias fiscais e subsídios aos produtos supervalorizados no mercado internacional (entre outras medidas possíveis), o combate à inflação poderia ser muito mais efetivo SEM os efeitos colaterais sobre o câmbio, os investimentos, etc. Mas para isso teríamos que ter um governo muito competente... .


Leandro G. Card




Rodrigoiano
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1247 Mensagem por Rodrigoiano » Qua Jan 26, 2011 5:34 pm

Após alteração no compulsório, juros bancários disparam

G1

Após alteração nos depósitos compulsórios, medida anunciada pelo Banco Central no início de dezembro, os juros cobrados pelos bancos em suas operações com pessoas físicas, que haviam atingido a mínima histórica em novembro, voltaram a subir em dezembro, segundo números divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central.

De acordo com o BC, os juros bancários médios cobrados dos bancos em suas operações com pessoas físicas avançaram de 39,1% em novembro para 40,6% em dezembro, ou seja, um aumento de 1,5 ponto percentual. Em janeiro, na parcial até o dia 12 deste mês, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a taxa subiu mais ainda: para 45,1% ao ano. Ou seja, uma expressiva elevação de 4,5 pontos percentuais frente ao fechamento do ano passado.

"As taxas de juros se elevaram bastante em dezembro e os dados parciais para janeiro mostram continuidade da elevação das taxas. [Na parcial deste mês], a elevação foi expressiva. Tem impacto das medidas macroprudenciais das medidas [anunciadas pelo BC no mês passado com relação ao compulsório]", informou Lopes, do BC.

A taxa média de juros dos bancos para todas operações de crédito, por sua vez - o que inclui pessoas físicas e jurídicas - subiu de 34,8% ao ano em novembro para 35% ao ano em dezembro, informou a autoridade monetária. Já a taxa cobrada pelos bancos das empresas operou na contramão em dezembro, quando somou 27,9% ao ano, contra 28,6% ao ano em novembro.

Taxa de captação dos bancos
Os dados do BC mostram que o aumento dos juros bancários foi motivado, também, pela alteração nas regras dos compulsórios, medida que retirou R$ 61 bilhoes da economia - o que impacta nos juros cobrados pelos bancos. A taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos, somou 11,5% ao ano em dezembro. É o maior valor desde fevereiro de 2009, quando estava em 11,6% ao ano.

Principais linhas de crédito
Em dezembro, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial de pessoas físicas somou 170,7% ao ano, o maior valor desde janeiro de 2009 (172% ao ano). Com isso, o juro do cheque especial continua sendo um dos mais altos de todas modalidades de crédito.

Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras avançou de 42% ao ano em novembro para 44,1% ao ano em dezembro, informou o Banco Central. Para aquisição de veículos, os juros médios das operações somaram 25,2% ao ano em dezembro, contra 22,8% ao ano em novembro. No mês passado, o BC passou a cobrar mais capital dos bancos que operam linhas de crédito com prazo mais longo para compra de veículos.

No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 41,1% ao ano em novembro para 39,1% ao ano em dezembro. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 27,3% ao ano em dezembro deste ano, na comparação com 28,2% em novembro.

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Fontes: Goiasnet e G1

http://www.goiasnet.com/ultimas/ult_rep ... cod=471410




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1248 Mensagem por Penguin » Dom Jan 30, 2011 8:12 am

Faltam verbas para programas essenciais, mas sobram para fazer prédios suntuosos
Publicada em 29/01/2011 às 22h15m
O Globo

BRASÍLIA - Sem dinheiro para instalar um sistema de alerta contra chuvas e antevendo cortes até no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o país vive uma temporada de contradições orçamentárias que favorecem a elite do funcionalismo público nos três poderes. Embora tenha faltado verba para aplicar R$ 115 milhões em radares meteorológicos nos últimos dois anos, instalar varas federais no interior e melhorar a qualidade da saúde pública, entre outras prioridades, será pago R$ 1,2 bilhão só para construir ou alugar suntuosos prédios para órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Cultura.

Na lista das despesas miúdas dos mais diversos órgãos, que também oneram as contas públicas, entram de latas de cerveja, chicletes de menta, bolas de futebol e até evento para afugentar o estresse de servidores, informa a reportagem de Vivian Oswald e Fábio Fabrini.

O Orçamento da União, que em 2011 alcança R$ 1,394 trilhão, na prática só pode dispor de 10% para gastos que não sejam obrigatórios. O restante já está comprometido com a folha de pagamentos dos servidores, aposentadorias e programas assistenciais, além dos repasses obrigatórios, previstos na Constituição, para bancar Saúde e Educação. É, portanto, numa margem mínima de manobra que concorrem projetos faraônicos, de prioridade questionável, ao lado de investimentos indispensáveis para a população.

- É uma briga muito acirrada, mas de cachorro pequeno. Infelizmente, não há garantia de que seja racional. É a lei da canelada: ganha o mais forte, quem tiver mais poder político - resume o especialista em contas públicas Raul Velloso.




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rodrigo
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1249 Mensagem por rodrigo » Qui Fev 03, 2011 12:00 pm

A situação social do Brasil era uma vergonha, castigado por desigualdades com toda sua riqueza. Mas os méritos vêm também das bases da política econômica encetada por Fernando Henrique Cardoso. Foi a chave sem a qual não se poderia ter progredido.

Chico Buarque, em entrevista ao jornal El Pais, ao explicar o sucesso do Governo Lula




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1250 Mensagem por soultrain » Qui Fev 03, 2011 12:34 pm

Postado no Blog de Ricardo Noblat do Estadão temos a seguinte lista de casos “suspeitos”:
ABRINDO AS PORTAS PARA A CORRUPÇÃO: Foi em 19 de janeiro de 1995 que o governo do PSDB/PFL fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. FHC extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção.
Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se notabilizou por abafar denúncias. A CGU, no governo Lula, passou a ocupar um papel central no combate à corrupção.

UMA PASTA ROSA MUITO SUSPEITA: Foi em fevereiro de 1996 que a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente o conjunto dos processos denominados escândalos da pasta rosa. Era uma alusão a uma pasta com documentos citando doações ilegais, em dinheiro, de banqueiros para campanhas políticas de políticos que eram da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o Procurador-Geral da República era Geraldo Brindeiro, conhecido pela alcunha de "engavetador-geral da República".

A COMPRA DE VOTOS PARA A REELEIÇÃO DE FHC: A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denuncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o, impedido a constituição de uma CPI para investigar o caso.

COMPANHIA VALE DO RIO DOCE: Apesar da mobilização da sociedade brasileira em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas do mercado estimavam seu preço em pelo menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses globais do Brasil. A empresa detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, como navios, portos, ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale, nos últimos tempos, ao lucro trimestral da CVRD. Foi um dos negócios mais criminosos da era FHC.

O ESCÂNDALO DA TELEBRÁS: Foi uma verdadeira maracutaia a privatização do sistema de telecomunicações no Brasil. Uma verdadeira sucessão de denúncias e escândalos. Foi uma negociata num jogo de cartas marcadas, inclusive com o nome de FHC citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” a que a imprensa teve acesso comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades do governo tucano. As fitas mostravam que informações privilegiadas eram repassadas aos “queridinhos” de FHC.

O mais grave foi o preço que as empresas estrangeiras e nacionais pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos 2 anos e meio anteriores à “venda”, o governo tinha investido na infra-estrutura do setor de telecomunicações mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES, nas mãos do tucanato, ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio, em detrimento dos interesses do povo brasileiro. Uma verdadeira rapinagem cometida contra o Brasil e que o governo tucano impediu que fosse investigada.

A privatização do sistema Telebrás - assim como da Vale do Rio Doce - foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.

Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle de estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

DENGUE, O FRACASSO NA SAÚDE: A população brasileira sentiu na carne a omissão de FHC com a saúde. Em 1998, com uma política tecnocrática, o governo reduziu a zero os empréstimos da CEF às autarquias e estatais da área de saneamento básico. Isto resultou em condições ideais para a propagação da dengue e de outras doenças, já que a decisão decepou um instrumento essencial no combate às doenças e proteção à saúde. Além da dengue, a decisão provocou surtos de cólera, leishmaniose visceral, tifo e disenterias. São doenças resultantes da falta de saneamento. No caso da dengue, o Rio de Janeiro foi emblemático. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o Estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte. É preciso muita competência para organizar uma epidemia daquelas proporções.

O NEBULOSO CASO DO JUIZ LALAU: Quem não se lembra da escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, que levou para o ralo R$ 169 milhões? O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só surgiram em 2000, com todos eles alegando inocência. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo tucano surgiram no emaranhado de denúncias. O pior é que Fernando Henrique, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”. Além de ter pedido para esquecerem o que havia escrito, o ex-presidente tucano aparentemente queria também que a população esquecesse o que assinava durante o seu fracassado governo.

A FARRA DO PROER: O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

DESVALORIZAÇÃO DO REAL: A desvalorização do real também faz parte do repertório de escândalo da gestão tucana. FHC segurou de forma irresponsável a paridade entre o real e o dólar, para assegurar sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões e bilhões de dólares das reservas brasileiras. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.

Há indícios, publicados pela imprensa, de que havia um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à patota de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1 bilhão e 600 milhões de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia.

Apesar da liberação, em um só dia, dessa grana toda, os dois bancos acabaram quebrando. O povo brasileiro ficou com o prejuízo. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por pouco tempo. Cacciola vive tranqüilamente na Itália e Lopes foi recentemente condenado pela Justiça, em primeiro instância, a 10 anos de prisão.

SUDAM E SUDENE , POUCO ESCÂNDALO É BOBAGEM: De 1994 a 1999, houve uma verdadeira orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Em vez de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.

Na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios da ordem de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC resolveu extinguir a Sudene, em vez de pôr os culpados na cadeia. O PT igualmente questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.

APAGÃO, UM CASO DE INCOMPETÊNCIA GERENCIAL: A incompetência dos tucanos, associada à arrogância, por não terem ouvido as advertências de especialistas, levou ao apagão de 2001. O problema foi provocado também pela submissão do PSDB/PFL aos ditames do FMI, que suspendeu os investimentos na produção de energia no país. O fato é que o povo brasileiro, extremamente prejudicado pela crise energética, atendeu, patrioticamente, à campanha de economizar energia, mas foi “premiado” pelo governo FHC com o aumento das tarifas para “compensar” as perdas de faturamento das multinacionais e seus aliados locais que compraram a preço de banana as distribuidoras de energia nos leilões entreguistas realizados pelo tucanato. Por causa disso, o povo brasileiro foi lesado em R$ 22,5 bilhões, montante transferido para as empresas da área.
Realmente, é uma amostra do que veio à tona e não foi investigado.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
PRick

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1251 Mensagem por PRick » Sáb Fev 05, 2011 9:21 am

Penguin escreveu:
Francoorp escreveu:
E os serviços estatais nestes países da América Latina ai, são maiores que os do Brasil???

Não, acho que temos mais alunos nas escolas públicas do que toda a população de grande parte destes países juntos... e na Saúde pública mais atendimentos que todos eles nas suas redes de saúde pública somados... não vale este tipo de comparação vil deste gráfico ai, são realidades diferentes!!
- Percentual de carga tributária em relação ao PIB equivalente a percentuais de países ricos, estes com serviços públicos de alta qualidade, incluindo educação, saúde, previdência social e infra-estrutura.

- Ineficiências, desperdicios e baixa qualidade nos serviço públicos prestados em troca do alto percentual de tributos cobrados dos cidadãos.

- 5.565 municípios, a grande maioria com estruturas de governança pesadas e custosas. A grande maioria deles sem nenhuma viabilidade/sustentabilidade econômica. Dinheiro diretamente para o ralo.

-Altas taxas de juros que consomem parte significativa das receitas públicas.
Primeiro isso não é carga tributária, mas o montante pagos em impostos em relação ao PIB. A carga tributária no Brasil não aumentou desde 2003.

Boa parte dos tributos pagos no Brasil NÃO SÃO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, mas servem para pagar as dívidas geradas pelo governo mais incompetente da República, o Sr. FHC.

Além disso, em comparação ao resto da América Latina, o Brasil possui uma Previdência Social que consome boa parte dos recursos pagos em impostos, dado que no Brasil todos os trabalhadores tem direito a aposentadoria, mesmo que não tenham contribuído, coisa que não existe nos países Latino Americanos.

O mesmo vale para a saúde, apesar de ter problemas de qualidade, nossa rede não tem qualquer paralelo em NENHUM PAÍS em desenvolvimento.

[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1252 Mensagem por Centurião » Sáb Fev 05, 2011 11:09 am

PRick escreveu:
Primeiro isso não é carga tributária, mas o montante pagos em impostos em relação ao PIB. A carga tributária no Brasil não aumentou desde 2003.

Boa parte dos tributos pagos no Brasil NÃO SÃO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, mas servem para pagar as dívidas geradas pelo governo mais incompetente da República, o Sr. FHC.

Além disso, em comparação ao resto da América Latina, o Brasil possui uma Previdência Social que consome boa parte dos recursos pagos em impostos, dado que no Brasil todos os trabalhadores tem direito a aposentadoria, mesmo que não tenham contribuído, coisa que não existe nos países Latino Americanos.

O mesmo vale para a saúde, apesar de ter problemas de qualidade, nossa rede não tem qualquer paralelo em NENHUM PAÍS em desenvolvimento.

[]´s

Algumas pessoas não vão concordar com isso, PRick. Da última vez em que eu tentei mostrar isso, teve forista dizendo que a China tinha previdência e saúde públicas melhores. O forista que alegava isso tinha morado na China. Eu tentei explicar a ele que a costa leste da China possui um terço da população do país que vive em condições muito diferentes do restante da população. Tanto é que o chinês precisa de um visto para trabalhar no leste do país. Não morei ou visitei o país, mas o que eu afirmo aqui foi passado por um grupo de amigos chineses bem informados e de boa (senão ótima) condição social.




PRick

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1253 Mensagem por PRick » Seg Fev 07, 2011 2:45 pm

Superávit comercial é de US$ 432 milhões na semana
Balança abre o mês com exportações 30,3% maiores que o observado em igual período do ano passado


AE | 07/02/2011 11:32


A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 432 milhões na primeira semana de fevereiro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre os dias 1 e 6, as exportações somaram US$ 3,531 bilhões, com média diária de US$ 882,8 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 3,099 bilhões, com média de US$ 774,8 milhões.

Em relação à média diária de embarques de fevereiro do ano passado, houve crescimento de 30,3%. Na comparação com janeiro deste ano, houve aumento de 21,8%. No caso das importações, o valor foi 18,1% superior à média registrada no segundo mês de 2010 e 10% maior que o apurado em janeiro de 2011.
http://economia.ig.com.br/superavit+com ... 88289.html




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1254 Mensagem por Penguin » Seg Fev 07, 2011 7:27 pm

PRick escreveu:[ quote="Penguin"]
Francoorp escreveu:
E os serviços estatais nestes países da América Latina ai, são maiores que os do Brasil???

Não, acho que temos mais alunos nas escolas públicas do que toda a população de grande parte destes países juntos... e na Saúde pública mais atendimentos que todos eles nas suas redes de saúde pública somados... não vale este tipo de comparação vil deste gráfico ai, são realidades diferentes!!
- Percentual de carga tributária em relação ao PIB equivalente a percentuais de países ricos, estes com serviços públicos de alta qualidade, incluindo educação, saúde, previdência social e infra-estrutura.

- Ineficiências, desperdicios e baixa qualidade nos serviço públicos prestados em troca do alto percentual de tributos cobrados dos cidadãos.

- 5.565 municípios, a grande maioria com estruturas de governança pesadas e custosas. A grande maioria deles sem nenhuma viabilidade/sustentabilidade econômica. Dinheiro diretamente para o ralo.

-Altas taxas de juros que consomem parte significativa das receitas públicas.
Primeiro isso não é carga tributária, mas o montante pagos em impostos em relação ao PIB. A carga tributária no Brasil não aumentou desde 2003.

Boa parte dos tributos pagos no Brasil NÃO SÃO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, mas servem para pagar as dívidas geradas pelo governo mais incompetente da República, o Sr. FHC.

Além disso, em comparação ao resto da América Latina, o Brasil possui uma Previdência Social que consome boa parte dos recursos pagos em impostos, dado que no Brasil todos os trabalhadores tem direito a aposentadoria, mesmo que não tenham contribuído, coisa que não existe nos países Latino Americanos.

O mesmo vale para a saúde, apesar de ter problemas de qualidade, nossa rede não tem qualquer paralelo em NENHUM PAÍS em desenvolvimento.

[]´s[/quote]

---------------------------------------------------------

:shock: :shock:

Dá uma revisada nos conceitos de "tributos" e "carga tributária".

O que diz a Receita Federal do Brasil sobre o tema:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Histo ... BR2009.htm

Aliás, a fonte do gráfico acima foi tb a Receita Federal do Brasil.

[]s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1255 Mensagem por PRick » Ter Fev 08, 2011 9:47 am

Penguin escreveu:
:shock: :shock:

Dá uma revisada nos conceitos de "tributos" e "carga tributária".

O que diz a Receita Federal do Brasil sobre o tema:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Histo ... BR2009.htm

Aliás, a fonte do gráfico acima foi tb a Receita Federal do Brasil.

[]s

Santiago, a função de um fórum é debater, e não ficar teleguiado de besteirol alheio, seja lá de onde vier.

Vou repetir, porque vc parece não querer entender. O que a Receita diz ser carag tributária, é na verdade o montante de arrecadação em relação ao PIB. É isso.

Essas noticias são postadas pela mídia num claro movimento ideológico, de dizer que o Estado brasileiro gasta demais.

Vou repetir o que falei acima, a Carga Tributária no Brasil não pode ser menor, porque a maior parte dos gastos do governo são para pagar dívidas, assim, não se pode dizer as besteiras alegadas acima, que pagamos muitos impostos e temos serviços ruins, porque maior parte dos impostos não é usado para os gastos do Estado, enquanto prestador de serviços, mas para pagar as dívidas contraídas.

A Carga Tributária no Brasil caiu muito, porque a CPMF acabou. Quer dizer a quantidade de tributos e taxas não aumentou, nem suas alícotas aumentaram de forma global.

A arrecadação aumenta porque existem mais renda, mas produção, mais fatos geradores. E como no Brasil ainda existe muita sonegação e elisão fiscal, é normal que com o crescimento do PIB, exista uma alta relativa da arrecadação, porém, bem inferior a alta do PIB.

Como em 2009 existiu uma retração da economia e uma renuncia fiscal do Governo, existiu uma queda na arrecadação.

Esses são os fatos, a realidade, a dívída interna caiu em relação ao PIB de 42% em 2009, para 40% em 2010, e a dívida bruta também caiu em relação a 2009. Apesar de todo o lixo ideológico jogado pela mídia.

[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1256 Mensagem por Penguin » Ter Fev 08, 2011 12:24 pm

PRick escreveu:
Penguin escreveu:
:shock: :shock:

Dá uma revisada nos conceitos de "tributos" e "carga tributária".

O que diz a Receita Federal do Brasil sobre o tema:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Histo ... BR2009.htm

Aliás, a fonte do gráfico acima foi tb a Receita Federal do Brasil.

[]s

Santiago, a função de um fórum é debater, e não ficar teleguiado de besteirol alheio, seja lá de onde vier.

Vou repetir, porque vc parece não querer entender. O que a Receita diz ser carag tributária, é na verdade o montante de arrecadação em relação ao PIB. É isso.

Essas noticias são postadas pela mídia num claro movimento ideológico, de dizer que o Estado brasileiro gasta demais.

Vou repetir o que falei acima, a Carga Tributária no Brasil não pode ser menor, porque a maior parte dos gastos do governo são para pagar dívidas, assim, não se pode dizer as besteiras alegadas acima, que pagamos muitos impostos e temos serviços ruins, porque maior parte dos impostos não é usado para os gastos do Estado, enquanto prestador de serviços, mas para pagar as dívidas contraídas.

A Carga Tributária no Brasil caiu muito, porque a CPMF acabou. Quer dizer a quantidade de tributos e taxas não aumentou, nem suas alícotas aumentaram de forma global.

A arrecadação aumenta porque existem mais renda, mas produção, mais fatos geradores. E como no Brasil ainda existe muita sonegação e elisão fiscal, é normal que com o crescimento do PIB, exista uma alta relativa da arrecadação, porém, bem inferior a alta do PIB.

Como em 2009 existiu uma retração da economia e uma renuncia fiscal do Governo, existiu uma queda na arrecadação.

Esses são os fatos, a realidade, a dívída interna caiu em relação ao PIB de 42% em 2009, para 40% em 2010, e a dívida bruta também caiu em relação a 2009. Apesar de todo o lixo ideológico jogado pela mídia.

[]´s
Então não tente deturpar o conceito de carga tributária (Presión tributaria ou Total tax ratio as percentage of GDP).

Por exemplo (países da OCDE):

Chart A. Total tax ratio as percentage of GDP, 2008 (page 32)
Imagem

http://www.oecd.org/document/35/0,3746, ... les_tables




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1257 Mensagem por Brasileiro » Ter Fev 08, 2011 12:36 pm

Concordo com o PRick, mesmo mantendo o conceito de que carga tributária é a taxa Tributo/PIB.

Volto a colocar a seguinte imagem:
http://www.divida-auditoriacidada.org.br/config/graficoorcamento2009.jpg

Que diz que o governo dispõe apenas de 64,43% do orçamento e abatendo ainda os gastos com a previdência sobram meros 38,52% do total da carga tributária.

Na minha visão, qualquer projeto de reforma tributária não pode ter como objetivo simplório a redução da carga, mas melhorar a captação dos impostos (aumentando a formalidade dos empregos e negócios por exemplo), tornar mais justa a distribuição dos mesmos, diminuir a sonegação fiscal, reduzir a burocracia e dimunuir a incidência sobre os alimentos e investimentos.


abraços]




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1258 Mensagem por PRick » Ter Fev 08, 2011 2:06 pm

Penguin escreveu:

Então não tente deturpar o conceito de carga tributária (Presión tributaria ou Total tax ratio as percentage of GDP).

Por exemplo (países da OCDE):


http://www.oecd.org/document/35/0,3746, ... les_tables

Não sou que deturpei o termo, foram vcs, a mídia e a receita federal, você viu a contradição no mesmo gráfico que vc postou aqui? Veja o que está entre parenteses, no gráfico menor, o comparativo (ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA EM RELAÇÃO AO PIB-% do PIB)

O que você não consegue entender é que a Carga Tributária não e o mesmo que ARRECADAÇÃO tributária, um país pode ter 30% de carga tributária, mas uma ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA de 20% do PIB, um é quanto vc deveria pagar, a outra é quanto é efetivamente arrecadado em impostos, em relação ao PIB.

[]´s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1259 Mensagem por Penguin » Ter Fev 08, 2011 5:00 pm

PRick escreveu:
Penguin escreveu:

Então não tente deturpar o conceito de carga tributária (Presión tributaria ou Total tax ratio as percentage of GDP).

Por exemplo (países da OCDE):


http://www.oecd.org/document/35/0,3746, ... les_tables

Não sou que deturpei o termo, foram vcs, a mídia e a receita federal, você viu a contradição no mesmo gráfico que vc postou aqui? Veja o que está entre parenteses, no gráfico menor, o comparativo (ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA EM RELAÇÃO AO PIB-% do PIB)

O que você não consegue entender é que a Carga Tributária não e o mesmo que ARRECADAÇÃO tributária, um país pode ter 30% de carga tributária, mas uma ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA de 20% do PIB, um é quanto vc deveria pagar, a outra é quanto é efetivamente arrecadado em impostos, em relação ao PIB.

[]´s
Pelo visto vc está confundindo alíquota de tributos com percentual em relação ao PIB. Até aqui estou mencionando apenas percentual em relação ao PIB.

Carga Tributária é expressa como um percentual em relação ao PIB em qualquer lugar. Na Receita Federal, na OCDE, no FMI, no Banco Mundial, por pesquisadores etc.

Já a Carga Tributária Bruta é expressa em valor e representa o valor total dos tributos arrecadado pelo governo.

Uma carga tributária de 34% significa que 34% do PIB de um país vai para o Governo através da arrecadação de tributos.

O Brasil possui uma carga tributária de 34% em relação ao PIB. O Governo Federal é responsável por 23%, os Estados por 9% e os Municípios por 2%. Ou seja, o Governo Federal é responsável por 69,8% da arrecadação tributária, os Estados por 25,6% e os Municípios por 4,6%.

Em 2009 o Produto Interno Bruto foi de 3,15 trilhões de reais.
A Carga Tributária Bruta (ou Arrecadação Tributária Bruta) foi de 1,06 trilhões de reais.
Assim, a Carga Tributária alcançou 33,58% do PIB.

A Carga Tributária (em relação ao PIB) brasileira é equivalente a Carga Tributária de economias mais desenvolvidas economicamente e que prestam serviços públicos de qualidade mais alta.

Sem entrar no mérito das causas (que são muitas), para um país em desenvolvimento e para o tipo de qualidade dos serviços prestados à população (educação, saúde e infraestruturas, principalmente de transporte), a carga tributária nacional é alta.

[]s




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#1260 Mensagem por PRick » Ter Fev 08, 2011 6:39 pm

Penguin escreveu:
PRick escreveu:
Não sou que deturpei o termo, foram vcs, a mídia e a receita federal, você viu a contradição no mesmo gráfico que vc postou aqui? Veja o que está entre parenteses, no gráfico menor, o comparativo (ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA EM RELAÇÃO AO PIB-% do PIB)

O que você não consegue entender é que a Carga Tributária não e o mesmo que ARRECADAÇÃO tributária, um país pode ter 30% de carga tributária, mas uma ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA de 20% do PIB, um é quanto vc deveria pagar, a outra é quanto é efetivamente arrecadado em impostos, em relação ao PIB.

[]´s
Pelo visto vc está confundindo alíquota de tributos com percentual em relação ao PIB. Até aqui estou mencionando apenas percentual em relação ao PIB.

Carga Tributária é expressa como um percentual em relação ao PIB em qualquer lugar. Na Receita Federal, na OCDE, no FMI, no Banco Mundial, por pesquisadores etc.

Já a Carga Tributária Bruta é expressa em valor e representa o valor total dos tributos arrecadado pelo governo.

Uma carga tributária de 34% significa que 34% do PIB de um país vai para o Governo através da arrecadação de tributos.

O Brasil possui uma carga tributária de 34% em relação ao PIB. O Governo Federal é responsável por 23%, os Estados por 9% e os Municípios por 2%. Ou seja, o Governo Federal é responsável por 69,8% da arrecadação tributária, os Estados por 25,6% e os Municípios por 4,6%.

Em 2009 o Produto Interno Bruto foi de 3,15 trilhões de reais.
A Carga Tributária Bruta (ou Arrecadação Tributária Bruta) foi de 1,06 trilhões de reais.
Assim, a Carga Tributária alcançou 33,58% do PIB.

A Carga Tributária (em relação ao PIB) brasileira é equivalente a Carga Tributária de economias mais desenvolvidas economicamente e que prestam serviços públicos de qualidade mais alta.

Sem entrar no mérito das causas (que são muitas), para um país em desenvolvimento e para o tipo de qualidade dos serviços prestados à população (educação, saúde e infraestruturas, principalmente de transporte), a carga tributária nacional é alta.

[]s

Como eu demonstrei pelo próprio gráfico, são eles é que usam o termo de modo equivocado, o total da carga tributária seria a média das aliquotas de todos os impostos e taxas. E não a arrecadação em relação ao PIB, a arrecadação não pode ser confundida com carga tributária, vc tem os dois índices, e assim devem ser considerados, caso contrário temos as distorções que são usadas de modo a fazer análises ideológicas, a carga tributária não aumentou, mas sim a arrecadação.

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