#209
Mensagem
por pt » Qua Jan 26, 2011 12:45 pm
A facilidade do escorregamento mayonesiano, acaba provocando efeitos colaterais.
Não deveria haver nenhum sonho acabado, porque desde o principio, a venda e a negociação foi completamente empolada e transformada num negócio que nunca existiu na realidade e que pouco passou de uma amena conversa tipo
... há vocês têm corvetas no Brasil ?
- temos sim
- e se a gente quiser vocês vendem ?
- claro que vendemos
- então temos que falar mais no assunto
- sim, vamos falar depois.
E pronto.
Qualquer analise mínima sobre a Guiné Equatorial, a sua estrutura portuária, a sua marinha, a sua capacidade técnica, a sua capacidade militar, a sua capacidade para incorporar sistemas de armas, levaria à mesma conclusão:
Nem na próxima encarnação a Guiné Equatorial vai comprar uma corveta de mais de 2.200 t quando tem dificuldade em operar navios de 100t.
Além disso, a notícia de que a Guiné Equatorial comprou dois OPV está errada ! ! !
As duas lanchas «Shaldag» que a Guiné Equatorial comprará, são apenas lanchas rápidas com um deslocamento de 58t e velocidade máxima de 50 nós, armadas com um canhão de 25mm. Cada uma tem uma tripulação de 10 (dez) militares. E obviamente não têm nada, absolutamente NADA de OPV, porque uma lancha de 58t não tem capacidade oceanica.
A marinha da Guiné Equatorial tem 120 militares.
A Guiné Equatorial tem capacidade para comprar outros navios, E NECESSIDADE DE COMPRAR UM OU DOIS OPV, mas primeiro terá que gastar dinheiro para criar as estruturas que permitam operar navios maiores que lanchas rápidas de 58t.
Isto era algo que toda a gente sabia, quando o rumor da venda de uma corveta para a Guiné Equatorial começou a circular.
Se já se sabia, se era óbvio que era um rumor sem qualquer fundamento, não pode haver razão para nenhuma decepção.