A-12
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Re: A-12
Não seria nada mal se os 43 CF 18 Canadenses que foram vendidos para um comprador até então desconhecido vierem com as cores da Gloriosa.
Compra de prateleira mas muito bem vinda na atual conjuntura.
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- Marino
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Re: A-12
Devem ser 6 aeronaves não modernizadas.alcluiz escreveu:alcluiz escreveu:O período de avaliação e provas do A-12 vai incluir quantas aeronaves do VF-1?
Todos pilotos navais encontram-se aptos para tal? ou virá algum oficial da USN avaliar antes em solo, ou ainda, irão para USN novamente para apenas catapultar/recolher?
Deve vir um OSP, não para avaliar os pilotos, isto nós fazemos, mas para requalificar nossos OSP.
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Barão do Rio Branco
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- Andre Correa
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Re: A-12
Marino, mas como alguns não são recolhidos num NAe há alguns anos, digo, entre os mais antigos, pois há sempre novos pilotos a chegar do treinamento na USN, somente o treinamento em terra é suficiente para manter o domínio? Ou nesse meio tempo alguns participaram de reciclagem com a USN?
Na última passagem de um NAe americano pelo Brasil, não deixaram fazer Toque/Arremetida por conta dos pilotos ou das aeronaves?
Na última passagem de um NAe americano pelo Brasil, não deixaram fazer Toque/Arremetida por conta dos pilotos ou das aeronaves?
Audaces Fortuna Iuvat
- Marino
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Re: A-12
Existe uma programação de treinamento que é única para marinhas e diferente das forças aéreas. Primeiro fazem treinamento em terra, em uma pista pintada na base de iguais dimensões a pista do SP, com espelho de luzes, etc. Depois disso, vão para o mar e fazem toque e arremetidas somente. Depois disso é que fazem o pouso. Tudo isso é perfeitamente dominado pelos nossos pilotos navais. O que precisa ser feito com apoio é a qualificação dos OSP, que contará com apoio de um OSP americano. Não sei o motivo de não fazerem toques e arremetidas no último exercício com a USN, quem sabe o Lynx possa ajudar.
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Re: A-12
Dei uma olhada na seção naval do BM e encontrei um post exemplar do Lynx, que merece transcrição.
BZ!
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Essa questão do NAe vai e volta, como se fosse um zumbi que nunca morre.
No meio militar costumamos coordenar os pensamentos e as ações por etapas. Uma vez que a decisão a cerca de uma etapa foi tomada, na etapa seguinte executa-se o que foi decidido e pensa-se no que virá adiante. O passado se foi. Assim a MB encara a situação do NAe. A decisão de ter essa capacidade já foi tomada, inclusive com aval dos níveis estratégico (MD) e político (Presidente) e com a concordância das outras duas Forças. Sim. Com concordância inclusive da FAB, pois está expresso na END e estará na PND, logo, se eles discordaram, seus argumentos foram julgados insuficientes frente aos favoráveis e o decisor (quem escreveu a END e quem a aprovou) escolheu manter e até aumentar a capacidade de operação com NAe. Essa etapa, portanto, já passou. Não sei nem quais foram os argumentos favoráveis, mas eles venceram, agora é bola para frente.
Cabendo à MB executar o planejado, ela optou por reformar o A-12 e modernizar os A-4. Podemos discordar? Quanto ao navio, não, pois já está feito. Custo afundado. Agora é tratar de usá-lo. Quanto aos A-4, sim, pois ainda nem começou para valer, mas, o fator que pesou mais na decisão foi a segurança dos pilotos. Algo terá que ser feito, mesmo que de menor monta.
Quando se fala em manter a capacitação de operações com NAe, não estamos falando de vagas de ataque, patrulhas aéreas de combate, interceptações e outras operações de combate aéreo. Estamos falando de operações de convés de voo, de catapultas, de aparelhos de parada, de elevadores, de manutenção de aeronaves a bordo, de manobras de aeronaves entre hangar e convoo por elevadores, etc. Coisas que só existem a bordo de um NAe. Dá para armorizar os canhões de um avião com o navio balançando? Para se remover um motor, qual o limite de balanço do navio? Como se faz um cheque de máxima potência no convoo de um NAe? Dá para fazer dentro do hangar? (dá ) Coisas que levou anos para serem aprendidas e que já se perdeu um pouquinho durante esse período de parada do A-12. Coisas que são perigosas e ninguém ensina por completo. Coisas que os chineses querem aprender e que os ingleses querem manter junto aos franceses nesse gap que criaram. O que o avião faz no ar, não precisamos de navio para treinar, mas o que os "roof rats" fazem, só com o mar balançando.
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Re: A-12
E ainda tem gente que critica os esforços Brasileiros de se manter a doutrina.Diga-se de passagem a um custo ínfimo principalmente se compararmos as outras Marinhas que operam equipamentos correlatos.
- varj
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Re: A-12
Para aqueles que ainda questionam a importância de se manter a doutrina abaixo transcrevo um comparativo realizado pela Biblioteca do Congresso Americano tendo como base o ano de 2.008 ( exceto pelo dado Chinês que é de 2.010).Sem ser levado em consideração a utilização ou não de catapultas, pois senão o número de países ainda se reduziria mais ainda.
The US Library of Congress: Country Studies; HazeGray.org; Only countries for which we have data are listed;
this listing covers nuclear and conventionally-powered carrier types (2.008).
United States of America 11
Italy 2
United Kingdom 2 ?
Brazil 1
Spain 1
France 1
India 1
Russia 1
China 1 ( 2.010)
Thailand 1
All bellow 0 ( none)
Argentina
Syria
Libya
Taiwan
Saudi Arabia
Afganistan
South Korea
Indonesia
North Korea
Venezuela
Australia
Turkey
Mexico
Greece
Ukraine
Sweden
Poland
Philippines
Norway
Nepal
Lebanon
Germany
Israel
Iraq
Georgia
Egypt
Denmark
Canada
Pakistan
South Africa
Iran
Japan
The US Library of Congress: Country Studies; HazeGray.org; Only countries for which we have data are listed;
this listing covers nuclear and conventionally-powered carrier types (2.008).
United States of America 11
Italy 2
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Brazil 1
Spain 1
France 1
India 1
Russia 1
China 1 ( 2.010)
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Re: A-12
O treinamento na pista, simulando o convoo do NAe, conta também com a orientação do OSP. Na prática, só faltará o balanço do navio para completar o quadro.Marino escreveu:Existe uma programação de treinamento que é única para marinhas e diferente das forças aéreas. Primeiro fazem treinamento em terra, em uma pista pintada na base de iguais dimensões a pista do SP, com espelho de luzes, etc. Depois disso, vão para o mar e fazem toque e arremetidas somente. Depois disso é que fazem o pouso. Tudo isso é perfeitamente dominado pelos nossos pilotos navais. O que precisa ser feito com apoio é a qualificação dos OSP, que contará com apoio de um OSP americano. Não sei o motivo de não fazerem toques e arremetidas no último exercício com a USN, quem sabe o Lynx possa ajudar.
Técnicamente falando, a diferença entre um pouso completo (enganche) e um toque e arremetida em um NAe é apenas o arriar do gancho por parte do piloto, pois mesmo para realizar o pouso este irá aumentar a potência para arremeter, caso o gancho não encontre um dos cabos do AP.
Nem mesmo no primeiro pouso a bordo de um piloto novo existe um instrutor no "banco de trás" do avião. Ele vai sozinho. Para isso, ele precisa fazer uma série de pousos/arremetidas na pista terrestre com orientação de um OSP qualificador. Uma vez que ele seja considerado apto para pouso a bordo, seguirá para a etapa de mar. Nessa etapa, ele começará com passagens baixas sobre o convoo, depois será liberado para toques/arremetidas e, por fim, para o enganche. Assim também ocorrerá com nossos pilotos quando o A-12 estiver pronto. Essa liberação, tanto a bordo quanto em terra, será feita em conjunto por um OSP americano (experiência) e um brasileiro (conhecimento do navio e do avião).
Quanto à não realização de toques/arremetidas no NAe americano, posso apenas supor. Para essa operação, também é exigida a liberação prévia em terra por parte de um OSP do navio para que pilotos e aviões estrangeiros opererm no NAe. essa prática é comum a todas as marinhas e nós exigimos isso dos argentinos por exemplo. Por algum motivo isso não ocorreu (a presença do OSP americano). Não sei dizer qual.
Ps: obrigado pelos elogios quanto ao post do BM.
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Re: A-12
Muito bom!!lynx escreveu:O treinamento na pista, simulando o convoo do NAe, conta também com a orientação do OSP. Na prática, só faltará o balanço do navio para completar o quadro.Marino escreveu:Existe uma programação de treinamento que é única para marinhas e diferente das forças aéreas. Primeiro fazem treinamento em terra, em uma pista pintada na base de iguais dimensões a pista do SP, com espelho de luzes, etc. Depois disso, vão para o mar e fazem toque e arremetidas somente. Depois disso é que fazem o pouso. Tudo isso é perfeitamente dominado pelos nossos pilotos navais. O que precisa ser feito com apoio é a qualificação dos OSP, que contará com apoio de um OSP americano. Não sei o motivo de não fazerem toques e arremetidas no último exercício com a USN, quem sabe o Lynx possa ajudar.
Técnicamente falando, a diferença entre um pouso completo (enganche) e um toque e arremetida em um NAe é apenas o arriar do gancho por parte do piloto, pois mesmo para realizar o pouso este irá aumentar a potência para arremeter, caso o gancho não encontre um dos cabos do AP.
Nem mesmo no primeiro pouso a bordo de um piloto novo existe um instrutor no "banco de trás" do avião. Ele vai sozinho. Para isso, ele precisa fazer uma série de pousos/arremetidas na pista terrestre com orientação de um OSP qualificador. Uma vez que ele seja considerado apto para pouso a bordo, seguirá para a etapa de mar. Nessa etapa, ele começará com passagens baixas sobre o convoo, depois será liberado para toques/arremetidas e, por fim, para o enganche. Assim também ocorrerá com nossos pilotos quando o A-12 estiver pronto. Essa liberação, tanto a bordo quanto em terra, será feita em conjunto por um OSP americano (experiência) e um brasileiro (conhecimento do navio e do avião).
Quanto à não realização de toques/arremetidas no NAe americano, posso apenas supor. Para essa operação, também é exigida a liberação prévia em terra por parte de um OSP do navio para que pilotos e aviões estrangeiros opererm no NAe. essa prática é comum a todas as marinhas e nós exigimos isso dos argentinos por exemplo. Por algum motivo isso não ocorreu (a presença do OSP americano). Não sei dizer qual.
Ps: obrigado pelos elogios quanto ao post do BM.
Parabéns por trazer este tipo de informação.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: A-12
São merecidos.lynx escreveu:O treinamento na pista, simulando o convoo do NAe, conta também com a orientação do OSP. Na prática, só faltará o balanço do navio para completar o quadro.Marino escreveu:Existe uma programação de treinamento que é única para marinhas e diferente das forças aéreas. Primeiro fazem treinamento em terra, em uma pista pintada na base de iguais dimensões a pista do SP, com espelho de luzes, etc. Depois disso, vão para o mar e fazem toque e arremetidas somente. Depois disso é que fazem o pouso. Tudo isso é perfeitamente dominado pelos nossos pilotos navais. O que precisa ser feito com apoio é a qualificação dos OSP, que contará com apoio de um OSP americano. Não sei o motivo de não fazerem toques e arremetidas no último exercício com a USN, quem sabe o Lynx possa ajudar.
Técnicamente falando, a diferença entre um pouso completo (enganche) e um toque e arremetida em um NAe é apenas o arriar do gancho por parte do piloto, pois mesmo para realizar o pouso este irá aumentar a potência para arremeter, caso o gancho não encontre um dos cabos do AP.
Nem mesmo no primeiro pouso a bordo de um piloto novo existe um instrutor no "banco de trás" do avião. Ele vai sozinho. Para isso, ele precisa fazer uma série de pousos/arremetidas na pista terrestre com orientação de um OSP qualificador. Uma vez que ele seja considerado apto para pouso a bordo, seguirá para a etapa de mar. Nessa etapa, ele começará com passagens baixas sobre o convoo, depois será liberado para toques/arremetidas e, por fim, para o enganche. Assim também ocorrerá com nossos pilotos quando o A-12 estiver pronto. Essa liberação, tanto a bordo quanto em terra, será feita em conjunto por um OSP americano (experiência) e um brasileiro (conhecimento do navio e do avião).
Quanto à não realização de toques/arremetidas no NAe americano, posso apenas supor. Para essa operação, também é exigida a liberação prévia em terra por parte de um OSP do navio para que pilotos e aviões estrangeiros opererm no NAe. essa prática é comum a todas as marinhas e nós exigimos isso dos argentinos por exemplo. Por algum motivo isso não ocorreu (a presença do OSP americano). Não sei dizer qual.
Ps: obrigado pelos elogios quanto ao post do BM.
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Re: A-12
Marino escreveu:São merecidos.lynx escreveu: O treinamento na pista, simulando o convoo do NAe, conta também com a orientação do OSP. Na prática, só faltará o balanço do navio para completar o quadro.
Técnicamente falando, a diferença entre um pouso completo (enganche) e um toque e arremetida em um NAe é apenas o arriar do gancho por parte do piloto, pois mesmo para realizar o pouso este irá aumentar a potência para arremeter, caso o gancho não encontre um dos cabos do AP.
Nem mesmo no primeiro pouso a bordo de um piloto novo existe um instrutor no "banco de trás" do avião. Ele vai sozinho. Para isso, ele precisa fazer uma série de pousos/arremetidas na pista terrestre com orientação de um OSP qualificador. Uma vez que ele seja considerado apto para pouso a bordo, seguirá para a etapa de mar. Nessa etapa, ele começará com passagens baixas sobre o convoo, depois será liberado para toques/arremetidas e, por fim, para o enganche. Assim também ocorrerá com nossos pilotos quando o A-12 estiver pronto. Essa liberação, tanto a bordo quanto em terra, será feita em conjunto por um OSP americano (experiência) e um brasileiro (conhecimento do navio e do avião).
Quanto à não realização de toques/arremetidas no NAe americano, posso apenas supor. Para essa operação, também é exigida a liberação prévia em terra por parte de um OSP do navio para que pilotos e aviões estrangeiros opererm no NAe. essa prática é comum a todas as marinhas e nós exigimos isso dos argentinos por exemplo. Por algum motivo isso não ocorreu (a presença do OSP americano). Não sei dizer qual.
Ps: obrigado pelos elogios quanto ao post do BM.
É verdade. São merecidas sim, mas apesar de todo este empenho do Amigo, "Jesuis" continua tentando afundar o São Paulo com os A-4, e desta vez, arrumou algumas dezenas de seguidores. Tá parecendo até o "Sermão da montanha" com a maioria espinafrando a MB.
Felizmente ainda tem dois ou três defendendo-a frente a "Jesuis" e seus discípulos, entre eles o Lynx. Fui