Extradição ou não de Cesare Battisti

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#346 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 2:31 pm

Conhece muito pouco a Italia Penguim... ali quem incomoda morre sim, e muitas vezes na cara dura mesmo!!

Eu morei ali por 11 anos e sei o que digo... mesmo que com o Battisti nào me parece o caso, mas se quiserem o matam sim, quando quiserem!!




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#347 Mensagem por marcelo l. » Dom Jan 02, 2011 2:45 pm

l. No fundo foi um cálculo político arriscado que com a Jaca aqui quebra-se a discussão sobre os nossos anos de chumbo e revisionismo e o que o Túlio colocou que a Itália discutiu mal a questão para as famílias das vítimas no fundo foi um pedido mal feito e um momento delicado para o Brasil.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#348 Mensagem por Penguin » Dom Jan 02, 2011 2:48 pm

Francoorp escreveu:Conhece muito pouco a Italia Penguim... ali quem incomoda morre sim, e muitas vezes na cara dura mesmo!!

Eu morei ali por 11 anos e sei o que digo... mesmo que com o Battisti nào me parece o caso, mas se quiserem o matam sim, quando quiserem!!
Não vão matar Batisti. Ele irá para o xilindró e cumprir sua pena perpétua no país em que nasceu, cometeu os crimes e foi julgado. É um problema italiano e não vejo nenhuma analogia ao que ocorreu aqui durante a ditadura.

Quanto a lugares perigosos, no Brasil são 46 mil homicídios cometidos por ano, em média.
O Brasil ocupa hoje o décimo lugar na taxa de homicídios por 100 mil habitantes:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... icide_rate




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#349 Mensagem por PRick » Dom Jan 02, 2011 3:14 pm

Penguin escreveu:Battisti e seu bando
Wálter Maierovitch
3 de agosto de 2010 às 10:53h
http://www.cartacapital.com.br/politica ... -no-brasil

Um livro desmonta a versão de que o assassino foi vítima da delação de um único companheiro premiado com a liberdade

O partido democrático (PD), de oposição ao premier Silvio Berlusconi, está realizando em Roma a festa pelos 150 anos da Unificação da Itália. Pelo enorme recinto, defronte às ruínas das Termas de Caracalla, circulam ex-líderes comunistas, por exemplo, o presidente Giorgio Napolitano e Massimo D’Alema, primeiro comunista a tornar-se chefe de governo e, depois, ministro das Relações Exteriores. Os velhos integrantes e simpatizantes do eurocomunismo italiano são favoráveis à extradição de Cesare Battisti. Na festa, coube ao escritor Angelo Conti lembrar que, no Parlamento italiano, o PD votou, pela primeira e única vez, com o berlusconiano partido Popolo della Libertá (PDL). Isso para referendar a moção de desagrado com a concessão, pelo então ministro brasileiro da Justiça, Tarso Genro, do status de refugiado ao pluriassassino Cesare Battisti.

Giuseppe Cruciani, que esta semana lançou, pela editora Sperling-Kupfer, um livro sobre os amigos de Battisti e para identificar quem o protege, avisa que Roberto Saviano, autor do best seller Gomorra, acabou de retirar a sua assinatura, aposta anos atrás e quando não era conhecido, um manifesto, em sítio de organização não governamental francesa, a favor da não extradição de Battisti da França. Retirou, pois assinou “a pedido de amigos e sem conhecer nada do personagem em questão”. Saviano agora se solidariza com as vítimas de Battisti, frisa o jornalista Cruciani. Aliás, como fez também Carla Bruni, a primeira-dama da França, italiana de nascimento.

Em entrevista a CartaCapital, D’Alema lembrou-se do líder metalúrgico italiano Guido Rossa, comparado ao Lula da época de São Bernardo do Campo. Membro do então Partido Comunista Italiano (PCI), Rossa foi fuzilado pela organização marxista Prima Linea, que, num Estado democrático, dedicava-se à luta armada. A Prima Linea abrigou egressos do Proletários Armados para o Comunismo (PAC), do qual Battisti era expoente e, com Claudio Lavazza e Giuseppe Memeo, comandava as operações de sangue: matar ou aleijar os “inimigos do proletariado”, os quais chamavam, em volantes encaminhados à imprensa depois dos assassinatos, de “porcos”.

Sobre Battisti, comentava-se na festa do PD, aproxima-se o momento reservado à decisão presidencial a respeito da extradição. E que no Brasil no momento, sustenta-se mais uma mentira, ou seja, que Battisti foi condenado na Itália apenas com base no relato de Pietro Mutti, delator premiado com a liberdade. Recente artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, da lavra do advogado de Battisti, repete essa tese já esposada e proclamada por Tarso Genro.

Ninguém ousou afirmar, nem por enquanto o ex-ministro, que o assassinato de Martin Luther King foi um crime político, a ser considerado como tal pela Justiça. No entanto, no caso de Battisti, um sanguinário covarde que pretendeu, com cerca de 30 pessoas associadas, a começar pela Lombardia e Veneto, derrubar a democracia italiana e impedir que os eurocomunistas chegassem ao poder, do qual estavam a um passo, matar é ato tido como legítimo por certos praticantes do compadrio à francesa.

Uma visita aos milhares de folhas dos autos dos processos criminais sobre Cesare Battisti e membros do PAC revela o grau ..............

Wálter Maierovitch
Walter Maierovitch é jurista e professor, foi desembargador no TJ-SP
Engraçado como esse ex-juiz tem uma incrível capacidade de se auto-desmentir, como podemos ver pelo citado livro, é que os cabeças pegaram penas ridículas por terem se mostrados arrependidos, acusando os outros que não estavam presentes, chamar a Itália de democracia, sempre foi forçar muito a barra, como a França sempre olhou de lado para essa democracia italiana, movida a tribunais de exceções, leis excepcionais e outras prática totalmente repudiadas por nosso sistema jurídico e legal.

Battisti era um terrorista, e como tal pertenceu a uma organização terrorista, não cabe aqui concordar ou não com o métodos, mas tratar todos com igualdade, ou é crime político ou crime comum. E Battisti cometeu crimes políticos, porém, as chamadas provas vieram sim, de comparsas arrependidos, para mim não existe nada pior que o terrorista "arrependido e entreguista". Para mim Gabeira virou lixo. Esse é minha posição ideológica, bato palmas paras os terroristas que desafiaram governos democratas de fachada. Não concordo com os métodos de ação, porém, são pessoas que merecem entrar para a história pela porta da frente. Gente como Che Guevara entre outros. O mesmo não posso dizer de Pinochet, Stalin, Hitler, Pol Poot,etc...

Assim, como todos que pensam ideologicamente como eu, são a favor da asilo político a Battisti. Mesmo porque concedemos asilo a Stroscener e a Lino Olviedo, e não vi esse juizinho falar algo contra isso. É claro, sou totalmente contra a dar asilo a esses assassinos de estado, e aqui não importa a coloração ideológica, separo o terrorismo de estado do outro. Posição ideológica minha. Agora, não disfarço minhas posições ideológicas para fazer politicagem ou oposição sistemática ao governo. Esse juiz só fala, fala, e defende coisas que sou totalmente contrário, como tribunais e leis de exceções, essa é a democracia dele e da Itália. Já falei, falar em Democracia Italiana, é o mesmo que falar na Democracia Alemã. Me causam nojo.

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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#350 Mensagem por PRick » Dom Jan 02, 2011 3:19 pm

Francoorp escreveu:Conhece muito pouco a Italia Penguim... ali quem incomoda morre sim, e muitas vezes na cara dura mesmo!!

Eu morei ali por 11 anos e sei o que digo... mesmo que com o Battisti nào me parece o caso, mas se quiserem o matam sim, quando quiserem!!
Esquecem onde a Máfia foi criada. A história da Itália e da Alemanha são exemplos toscos para falar em democracia. A tradição histórica desses países são de autoritarismo, genocídio, etc.. E não estou falando de passado remoto, infelizmente.

[]´s




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#351 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 3:25 pm

Pelo enorme recinto, defronte às ruínas das Termas de Caracalla,
Errado... o Loft do Partito Democratico esta na Piazza di Sant'Anastasia, onde tem a Igreja em honra a própria santa... esta na parte baixa do Circo Massimo, atrás do Forum Romano e antes do rio Tevere... a termas de Caracala estão do outro lado, na parte de cima da piazza si porta Capena, onde começa o Viale Aventino... nada a ver com estar de "Fronte das termas de Caracalla"... ali nas termas de Caracalla foi onde eu me casei, conheço bem a área, tem a FAO do outro lado da avenida e ao lado das termas de Caracalla.

Ja começou mau o jornalista... o resto então piora somente!!




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#352 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Dom Jan 02, 2011 3:55 pm

Italo Lobo escreveu:O engraçado é que os pugilistas cubanos, não tiveram nenhuma das "regalias" que o Battisti teve.Foram colocados em um avião do Chaves e enviado pra Cuba me menos de 24h.
Os pugilistas cubanos, novamente?
É falta de informação, ou seja, ignorância dos fatos, ou apenas "trolagem básica"?

Ambos foram para a Alemanha, após o Pan-americano, lutar profissionalmente, e... Fracassaram!

Não coloque o governo brasileiro no fracasso pessoal alheio. Arrume outro argumento.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#353 Mensagem por Penguin » Dom Jan 02, 2011 4:50 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
Italo Lobo escreveu:O engraçado é que os pugilistas cubanos, não tiveram nenhuma das "regalias" que o Battisti teve.Foram colocados em um avião do Chaves e enviado pra Cuba me menos de 24h.
Os pugilistas cubanos, novamente?
É falta de informação, ou seja, ignorância dos fatos, ou apenas "trolagem básica"?

Ambos foram para a Alemanha, após o Pan-americano, lutar profissionalmente, e... Fracassaram!

Não coloque o governo brasileiro no fracasso pessoal alheio. Arrume outro argumento.
O Brasil os entregou ao regime castrista. Isso é fato.

O caso dos pugilistas cubanos
A desmoralização da mentira


Imagino que muita gente ainda se lembre de Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara.

Os dois pugilistas cubanos tentaram desertar durante os Jogos Panamericanos do Rio de janeiro em julho de 2007. Pretendiam seguir para a Alemanha, já com promessa de contrato.

Entretanto, foram presos pela Polícia Federal e imediatamente deportados. Um avião posto à disposição do governo cubano pelo presidente da Venezuela Hugo Cháves levou os pugilistas de volta para Cuba.

Criticado pela sofreguidão do governo brasileiro em "prestar um favor" a Fidel Castro, o ministro da Justiça Tarso Genro declarou que os cubanos tinham expressado a vontade de voltar para a casa, para a família.

Em Cuba, os pugilistas foram sumariamente excluídos da seleção nacional de Cuba e proibidos até de treinar.

Pois a farsa não durou nem seis meses. Erislandy Lara fugiu para a Alemanha, deixando a família para trás.

Recentemente, o caso dos dois cubanos voltou ao noticiário no Brasil, depois que o ministro da Justiça, contrariando todos os pareceres e decisões de instâncias especializadas, decidiu, monocraticamente, conceder status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por ter cometido quatro assassinatos.

Sua Excelência o ministro Tarso Genro continuou sustentando a farsa de que os cubanos estavam doidinhos para voltar para casa, mortos de saudade das famílias.

Esta semana, a farsa desmoronou de vez. Guillermo Rigondeaux também fugiu, deixando mulher e filho -- a mulher apoiou inteiramente a fuga. Está na Flórida e parte em breve para a Alemanha, para se reunir a outros pugilistas cubanos, Erislandy Lara entre eles.

E agora, o que se pode dizer das afirmações categóricas do ministro da Justiça? No mínimo, que sua Excelência mantém relações cerimoniosas com a verdade.

Não sei não, mas certas pessoas não desmoralizam apenas a verdade. Conseguem desmoralizar a mentira.

Lúcia Hipólitto é cientista política e escreve para o jornal O Globo, entre outras publicações nacionais.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#354 Mensagem por marcelo l. » Dom Jan 02, 2011 5:23 pm

Penguin escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu: Os pugilistas cubanos, novamente?
É falta de informação, ou seja, ignorância dos fatos, ou apenas "trolagem básica"?

Ambos foram para a Alemanha, após o Pan-americano, lutar profissionalmente, e... Fracassaram!

Não coloque o governo brasileiro no fracasso pessoal alheio. Arrume outro argumento.
O Brasil os entregou ao regime castrista. Isso é fato.

O caso dos pugilistas cubanos
A desmoralização da mentira


Imagino que muita gente ainda se lembre de Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara.

Os dois pugilistas cubanos tentaram desertar durante os Jogos Panamericanos do Rio de janeiro em julho de 2007. Pretendiam seguir para a Alemanha, já com promessa de contrato.

Entretanto, foram presos pela Polícia Federal e imediatamente deportados. Um avião posto à disposição do governo cubano pelo presidente da Venezuela Hugo Cháves levou os pugilistas de volta para Cuba.

Criticado pela sofreguidão do governo brasileiro em "prestar um favor" a Fidel Castro, o ministro da Justiça Tarso Genro declarou que os cubanos tinham expressado a vontade de voltar para a casa, para a família.

Em Cuba, os pugilistas foram sumariamente excluídos da seleção nacional de Cuba e proibidos até de treinar.

Pois a farsa não durou nem seis meses. Erislandy Lara fugiu para a Alemanha, deixando a família para trás.

Recentemente, o caso dos dois cubanos voltou ao noticiário no Brasil, depois que o ministro da Justiça, contrariando todos os pareceres e decisões de instâncias especializadas, decidiu, monocraticamente, conceder status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por ter cometido quatro assassinatos.

Sua Excelência o ministro Tarso Genro continuou sustentando a farsa de que os cubanos estavam doidinhos para voltar para casa, mortos de saudade das famílias.

Esta semana, a farsa desmoronou de vez. Guillermo Rigondeaux também fugiu, deixando mulher e filho -- a mulher apoiou inteiramente a fuga. Está na Flórida e parte em breve para a Alemanha, para se reunir a outros pugilistas cubanos, Erislandy Lara entre eles.

E agora, o que se pode dizer das afirmações categóricas do ministro da Justiça? No mínimo, que sua Excelência mantém relações cerimoniosas com a verdade.

Não sei não, mas certas pessoas não desmoralizam apenas a verdade. Conseguem desmoralizar a mentira.

Lúcia Hipólitto é cientista política e escreve para o jornal O Globo, entre outras publicações nacionais.
Bom, a lei dos clandestinos está escrito o que? Qual é o prazo depois do momento que eles ficaram sós com um promotor e um membro da OAB do RJ, e não quiseram o asilo, foram informados que seriam deportados para Cuba...portanto em nenhum aspecto o direito deles ficarem aqui foi tolhido até por que só tiverem contato com autoridades não ligadas a Brasília.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#355 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 5:52 pm

Bem lembrado, eles recusaram o asilo politico do Brasil... mas isso a Imprensa esquece!!




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#356 Mensagem por FOXTROT » Dom Jan 02, 2011 6:10 pm

terra.com.br



Brasil "não está preocupado" com possível ação da Itália no caso Battisti
02 de janeiro de 2011

O Brasil "não está preocupado" com uma possível processo da Itália perante a corte de Haia pela decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista de esquerda Césare Battisti, anunciou neste domingo uma fonte oficial.
"O Governo brasileiro tomou uma decisão soberana com uma forte fundamentação jurídica", por isso que um possível requerimento perante o Tribunal Superior de Haia "não preocupa", declarou o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Segundo o assessor, que se mantém no cargo que ocupava no Governo de Lula, admitiu que "as relações com a Itália podem sofrer um pouco" pela decisão de não entregar Battisti, condenado a prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

No entanto, disse também que a própria presença do embaixador italiano no Brasil durante os atos de posse de Dilma "foi um sinal" que Itália tentará buscar "uma solução diplomática e não o confronto".

O ministro de Assuntos Exteriores italiano, Franco Frattini, indicou em entrevista publicada neste domingo pelo jornal "Corriere della Sera" que seu escritório enviou uma carta a Dilma, na qual pede que o Governo reconsidere a decisão tomada por Lula na sexta-feira passada, em seu último dia no Governo.

Na carta, Frattini também advertiu que Itália está decidida a esgotar todas as vias legais para conseguir a extradição de Battisti, entre as quais citou um possível recurso perante o Tribunal Superior de Haia.

Além disso, e após falar com o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e com o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, Frattini anunciou que decidiu pedir à Câmara dos Deputados o congelamento do acordo estratégico Itália-Brasil, que deveria ser ratificado neste mês de janeiro.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#357 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 6:31 pm

Sempre bom lembrar que Berlusconi em pessoa tem muitos processos correndo por corrupção, formação de quadrilha e outras coisas e está sempre dizendo que a justiça italiana é perseguidora, fraudulenta e que os juízes são loucos... então foi o próprio Berluscone quem deu as razões a Lula de acreditar na falsidade do processo Battisti... se o próprio Premier do país não confia no poder judiciário da nação, nós devemos acreditar???

E acho que o tradutor automático não fara a Tradução de l'italietta, é pejorativo como se disséssemos "Brasilzinho".

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L’ITALIETTA NON CONTA NIENTE

Armando Spataro, procuratore della Repubblica aggiunto presso il tribunale di Milano

Il Brasile non riconsegna l’assassino Battisti e si fa beffe del governo di Berluscone... Un premier amico dei dittatori e che scredita la nostra giustizia nel mondo non poteva aspettarsi altro
La diplomazia del cucù non si smentisce Frattini scrive alla neopresidente Dilma: “Sconfessa Lula”

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“È UN VERO CRIMINALE”
Il procuratore di Milano, Spataro, spiega: Battisti si è politicizzato dentro al carcere
di Armando Spataro
Catturato a metà del 1979, a Milano, in una base dei Proletari Armati per il Comunismo piena di mitra, pistole, fucili e documenti falsi, Cesare Battisti evase nell’ottobre del 1981 dal carcere di Fossombrone. Fu catturato di nuovo a Parigi, nel febbraio del 2004 dopo quasi 23 anni di latitanza dorata. A giugno dello stesso anno la Francia concesse l’estradizione chiesta dall’Italia, ma in modo e con esiti farseschi: Battisti era già stato posto in libertà a marzo e si era reso di nuovo latitante.

Veniva però a Rio de Janeiro, nel marzo del 2007 e molti pensarono che, finalmente, quell’assassino sarebbe stato riconsegnato all’Italia. Invece accadeva l’incredibile. Mentre era in corso la procedura per l’estradizione, Battisti rilasciava un’intervista dichiarando che se fosse stato trasferito in Italia sarebbe stato ucciso. E MOLTI politici brasiliani gli diedero credito: il 14 gennaio del 2009, il ministro della Giustizia Tarso Genro gli concedeva l’asilo politico mentre a febbraio il senatore Edoardo Suplicy dava lettura in Senato di una lettera di 19 pagine dell’assassino italiano che proclamava la sua innocenza e denunciava l’Italia per avere utilizzato “correntemente” il sistema della tortura durante i processi degli anni di piombo. Dopo una serie estenuante di rinvii, però, la Corte Suprema brasiliana, con cinque giudici favorevoli su nove, votava a favore della estradizione di Battisti in Italia, sconfessava il ministro Tarso Genro, ma affermava che l’ultima parola sarebbe spettata al presidente Lula che avrebbe potuto diversamente decidere in base a ragioni politiche. Questi, dal canto suo, dichiarava: “adesso la palla è nel mio campo e sarò io a decidere come calciarla”. Cerchiamo di capire ora perché, utilizzando la stessa metafora calcistica cara a Lula, si può affermare che egli non si sia limitato a calciar male la palla, ma se ne sia impossessato, portandosela via dal campo e lasciando arbitro, giocatori e spettatori attoniti. Partiamo dalla fine, cioè dal comunicato letto dal Ministro degli esteri Celso Amorim che, citando la norma della Convenzione tra Italia e Brasile posta a base della decisione di Lula, ha spiegato che questa si fonderebbe sul rischio di aggravamento della condizione personale di Battisti ove fosse trasferito in Italia. In attesa di leggere il testo completo del provvedimento, sono i fatti a dimostrare subito come si tratti di una tesi priva di fondamento giuridico e come siano false le affermazioni propalate in Francia e Brasile dai fans dell’assassino:
-1) Battisti non è un estremista perseguitato in Italia per le sue idee politiche, ma un criminale comune per motivi di lucro personale, che si è politicizzato in carcere, commettendo poi rapine, ferimenti ed omicidi.
-2) Battisti è stato poi condannato all'ergastolo per molti gravi reati, tra cui anche 4 omicidi: in due di essi, omicidi del maresciallo Santoro (Udine 6.6.1978) e del poliziotto A. Campagna (Milano 19.4.1979), egli sparò materialmente alle vittime; in un terzo (L.Sabbadin, macellaio, ucciso a Mestre il 16.2.1979) svolse il ruolo di “palo” in aiuto dei killer; per il quarto (P. Torregiani, Milano 16.2.1979) partecipò alla decisione ed organizzazione del fatto.
-3) Non è vero che a Battisti sia stata negata la possibilità di difendersi in quanto assente durante i processi. Nel 2006, la Corte Europea dei Diritti dell’Uomo di Strasburgo ha respinto il ricorso di Battisti contro la concessione dell’estradizione da parte della Francia, giudicandolo per questa ragione «manifestamente infondato» ed affermando che in tutti i processi egli era stato sempre assistito dai suoi avvocati, con cui era rimasto in stretto rapporto durante la latitanza.
-4) E’ falso che l’Italia ed il suo sistema giudiziario non siano stati in grado di garantire i diritti delle persone accusate di terrorismo negli “anni di piombo”. E’ un’affermazione che ci ferisce. Sono tanti i magistrati, gli uomini delle istituzioni, i poliziotti che sono stati vilmente uccisi, da persone come Battisti, solo perché applicavano la legge. L’Italia, invece, non ha conosciuto derive antidemocratiche nella lotta al terrorismo.

PER FINIRE: molti accusano il Governo di non essersi sufficientemente adoperato per ottenere l’estradizione di Battisti. Il Governo, dal canto suo, afferma di essersi mosso con ogni possibile energia e determinazione. Vedremo in futuro come stanno i fatti. Ma forse è stato trascurato un altro possibile rilievo, quello sulla coerenza degli atteggiamenti diplomatici che, per essere autorevoli, hanno bisogno di essere omogenei di fronte a situazioni simili. Allora, occorrerebbe forse una buona dose di autocritica con riferimento all’atteggiamento inspiegabilmente passivo tenuto nell’ottobre del 2008 dal Governo italiano quando il Presidente francese Sarkozy negò l’estradizione della brigatista Marina Petrella per “ragioni umanitarie”, non molto dissimili dalle “condizioni personali” di cui oggi parla il Presidente Lula. Per ora non resta che condividere l’amarezza del Presidente Napolitano, sperare nel possibile accoglimento di future nuove istanze del nostro Governo e stringersi attorno ai congiunti delle vittime del terrorismo. È certo che la decisione del presidente brasiliano non appare compatibile con i principi su cui si fonda la collaborazione internazionale contro ogni forma di criminalità. Anzi, li incrina profondamente.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#358 Mensagem por marcelo l. » Dom Jan 02, 2011 6:44 pm

Francoorp escreveu:Bem lembrado, eles recusaram o asilo politico do Brasil... mas isso a Imprensa esquece!!
Cabe lembrar, também, que outros atletas pediram asilo que vieram para Pan e foi concedido. Tanto que o caso foi mais balão de ensaio que não ouve um pedido ou proposta para mudança da lei para expulsão de clandestinos no país.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#359 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 6:54 pm

Il “regalo” avvelenato chiamato Battisti

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IL CASO E LA NEOPRESIDENTE DILMA FRATTINI: “SMENTISCA LULA”

di Alessandro Oppes
Insieme alla fascia presidenziale, Luiz Inacio Lula da Silva ha consegnato nelle mani di Dilma Rousseff la polpetta avvelenata di una crisi diplomatica, la prima del suo mandato. Davanti all’elegante sagoma del Palacio do Planalto, l’edificio bianco di Oscar Niemeyer sede del capo dello Stato, l’erede politica del presidente-operaio ha vissuto ieri la sua toma de posse, la cerimonia di giuramento, divisa tra le speranze e i progetti per il futuro del Brasile e l’inatteso grattacapo del rapporto con l’Italia: proprio nelle ore del passaggio delle consegne, arrivava a Brasilia anche la lettera con la quale Franco Frattini esprime il “forte auspicio dell’Italia” perché Dilma possa “rivedere la posizione del suo predecessore”.
Il paradosso è che, se dipendesse da lei, concederebbe subito l’estradizione, come ha già dichiarato in passato. Ma la questione è molto più complessa, e almeno nelle prossime settimane il caso sarà totalmente nelle mani del Tribunale Supremo. Se Lula pensava, con la sua decisione in extremis, di chiudere definitivamente il caso, ha sbagliato con ogni probabilità i propri calcoli. Sulla stampa locale, l’opinione su questo punto è praticamente unanime. Il decreto con il quale la Presidencia da Republica nega l’estradizione di Cesare Battisti sarà pubblicato solo domani sulla Gazzetta Ufficiale. Ma quell’atto non metterà la parola fine sulla lunga battaglia giudiziaria sviluppatasi intorno al destino dell’ex militante dei Proletari Armati per il Comunismo. A venire incontro alle obiezioni del governo italiano, c’è soprattutto la posizione espressa da Ce-zar Peluso, presidente del Supremo Tribunal Federal, l’unico organisnmo che può prendere la decisione di scarcerare Battisti. Ma Peluso sostiene che bisognerà attendere almeno sino al mese di febbraio, quando in Brasile si concluderanno le ferie estive e la Corte tornerà a riunirsi in sessione plenaria. Sino ad allora, l’ex terrorista resterà nella cella del penitenziario di Papuda. Il magistrato lo ha già detto chiaramente a Lula nell’udienza di giovedì scorso al Planalto, e lo ripeterà alla nuova presidente, che per il momento non potrà prendere nessuna decisione sul caso. LA QUESTIONE è molto delicata. Perché i giudici del Supremo dovranno valutare se, nel suo decreto di San Silvestro, il capo dello Stato ha utilizzato argomenti giuridici diversi da quelli impiegati dall’ex ministro della Giustizia Tarso Genro per riconoscere a Battisti lo status di rifugiato nel 2009: atto che venne poi giudicato illegale proprio dall’Alta Corte. Il ministro degli Esteri Celso Amorim, anche lui all’ultimo giorno del suo mandato, ha affermato che il Brasile ha assunto “una decisione sovrana, all’interno dei termini previsti dal trattato” di estradizione tra i due paesi. Ma questa tesi viene contraddetta con fermazza dall’avvocato Nabor Bulhoes, che difende l’Italia nel processo, secondo il quale la decisione di Lula “è una frode al trattato”. Un’opinione condivisa, come rivela il settimanale Veja, anche da Francisco Rezek, ex-capo della diplomazia brasiliana e giudice del Tribunale dell’Aja: “Un errore giuridico clamoroso, un atto illecito, una rottura con la nostra tradizione diplomatica”, accusa Rezek. Se così fosse, se l’atto presidenziale venisse contestato, spetterebbe all’Avvocatura Generale dell’Unione (la stessa che ha ispirato con la sua relazione sul caso la decisione di Lula) difendere in tribunale la presidenza. Ma c’è da giurare che non mancheranno motivi di forte frizione, dal momento che nel decreto si parla di presunti “rischi” per l’integrità del condannato, nel caso in cui venisse riconsegnato all’Italia. Una posizione che il nostro governo considera inaccettabile. La battaglia giuridica, insomma, potrebbe durare ancora a lungo. E se la palla dovesse tornare nel campo della presidenza della Repubblica, è altamente probabile che lo scenario possa cambiare di colpo. Se invece Battisti dovesse restare in Brasile, il suo non sarà un futuro da rifugiato politico, ma da semplice immigrante: dopo aver ottenuto il permesso di soggiorno, potrà chiedere la carta d’identità, il libretto di lavoro e il passaporto.




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Re: Extradição ou não de Cesare Battisti

#360 Mensagem por Francoorp » Dom Jan 02, 2011 7:02 pm

Quando virem escrito somente "B." quer dizer Berlusconi, muitos jornais e revistas evitam colocar o nome completo para evitar processos, e o Cara processa mesmo tudo e todos os que fazem juìzos a seu respeito...

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La fine dell’imbonitore


di Giampiero Gramaglia
Ecco dove ci porta la politica dell’amicone, del prendere sottobraccio l’interlocutore convinti che una pacca sulle spalle e una barzelletta siano il modo vincente di fare politica estera. Dietro il no di Lula all’estradizione del terrorista omicida Cesare Battisti c’è la storia di un Paese e ci sono le vicende umane dell’ormai ex presidente brasiliano e del suo successore Dilma Roussef: il risultato è una decisione sbagliata e inaccettabile, ma in alcun modo inattesa o sorprendente.
Eppure quando, a fine giugno, Silvio Berlusconi compì in Brasile una missione in pompa magna – 60 imprenditori al seguito, un giro d’affari da 10 miliardi di euro – la questione non fu praticamente evocata, quasi che la cosa importante fra i due paesi fossero gli affari e l’intesa personale di Mr B e Lula: “Ci siamo capiti bene subito fin dall’inizio” assicurò il Cavaliere, come se davvero lui e uno con la storia del brasiliano possano essere fatti “allo stesso modo”. La vicenda Battisti restò sullo sfondo della visita. Allora, la diplomazia italiana raccontava che Lula non avrebbe deciso e avrebbe lasciato il responso alla Rousseff, una ex guerrigliera, che – chissà mai perché – avrebbe avuto meno remore all’estradizione. E, invece, non avevamo capito un bel nulla. Adesso, il governo protesta, mette in forse accordi e trattati conclusi da poco senza garanzia alcuna, soprattutto manifesta sdegno e stupore perché le autorità brasiliane esprimono dubbi sull’affidabilità della giustizia italiana. Ma chi è che, giorno dopo giorno, piccona la credibilità della magistratura?Echièchemetteallaberlina la serietà delle istituzioni repubblicane? E siamo proprio sicuri che certi discorsi, risaputi all’estero (mica solo attraverso Wikileaks) giovino all’immagine del Paese? Lula il brasiliano tratta l’Italia da repubblica delle banane. In un gioco degli stereotipi, è il mondo al contrario. Ma è la sorte che ci tocca, andando in giro per il mondo a fare gli imbonitori da fiera.




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