O Brasil precisa de mais engenheiros
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O Brasil precisa de mais engenheiros
Um pedido ao próximo presidente
Menos poesia e mais engenharia. O Brasil pode chegar a 2020 como a 5ª maior economia do mundo. Mas, para continuar crescendo, o país precisa de mais gente que saiba produzir. E essa matéria-prima está em falta
por Alexandre Versignassi
"Falta pedreiro", estão reclamando os mestres-de-obras. Os melhores estão empregados nas construções de prédios caros. Se você quiser reformar o seu apartamento agora, talvez tenha que lidar com profissionais menos competentes do que havia por aí. São as dores do crescimento econômico.
Se fosse só isso, vá lá. O problema mesmo é falta de gente boa para ocupar as novas vagas que aparecem no topo da pirâmide. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, se a econômia crescer mais de 5% ao ano em média nesta década (que é o que todos esperam), haverá uma falta crônica de engenheiros no mercado. E já dá para sentir efeitos de escassez hoje mesmo. Agora um engenheiro põe o pé para fora da faculdade ganhando R$ 4 500, em média - o dobro do que era em 2006. Nas áreas em que a demanda mais subiu, como a da extração de petróleo e gás, contracheques de R$ 30 mil são comuns.
Seria o bastante para atrair praticamente toda a força de trabalho do país. Mas ingleses são ingleses. E engenheiros são engenheiros. Leva mais de uma década entre faculdade e experiência de trabalho para formar um dos bons. Hoje saem 32 mil por ano das universidades. Segundo a Steer, uma consultoria de recursos humanos, só a indústria automobilística e a do petróleo vão absorver 34 mil anuais. Mas o déficit para valer é maior. Nem todos os formandos saem prontos para ocupar os postos que se abrem na indústria. E o jeito para as empresas acaba sendo importar engenheiros. Até o final do ano, serão mais de 5 mil profissionais vindos de outros países. O dobro do que em 2008. Mas só as grandes empresas têm bala para dar a casa, a comida e o salário que um engenheiro importado demanda. As pequenas e médias terminam com o mesmo problema dos mestres-de-obras. "Falta engenheiro."
O problema da escassez desse tipo de profissional começa na escola. A tradição brasileira é de dar pouca importância às matérias de exatas. E o resultado é um desinteresse massivo por elas. Hoje, mais da metade das 402 disciplinas universitárias estão ligadas a engenharia e a outras áreas de exatas. Mas só 1 em cada 5 alunos do ensino superior está cursando alguma delas. Existem mais estudantes de música (5,6 mil) que de engenharia mecatrônica (4,5 mil). Jornalismo goleia engenharia civil por 178 mil a 50 mil. Psicologia 117 mil x 41 mil engenharia elétrica. Resultado: o Brasil tem hoje 6 engenheiros para cada 1 000 trabalhadores. Os EUA, 25.
Quem paga o preço dessa escolha é a economia: sem cabeça de obra nas áreas vitais para o crescimento, ela fica a perigo. E agora? Quem pode tirar o país dessa? Os "pedreiros". A base da pirâmide. Até outro dia, quem não tinha como ser sustentado pelos pais dificilmente ia para a universidade. Era colegial e acabou. Depois, só batente. Claro. Não havia muita opção. Era ou entrar em uma faculdade que cobrava mais do que a maioria podia sonhar em pagar ou prestar vestibular para uma faculdade pública e perder a vaga para qualquer bem-nascido.
Só que hoje as classes mais baixas não são mais tão baixas. O crescimento do país aumentou a renda delas. Você sabe, pela primeira vez, a classe média forma mais da metade da população - agora ela é uma classe média de fato, inclusive; antes, estar na média era ser pobre. Nisso, fazer um curso superior deixou de ser exclusividade de quem cresceu tomando leite A. As faculdades privadas com mensalidades mais baratas lotaram. E cresceram: em 2000, havia 1 004 faculdades privadas no país. Hoje são 2 016. O valor médio das mensalidades também desabou: de R$ 860 em 1996 para R$ 467 no ano passado.
O mais importante: esses novos universitários não têm um perfil exatamente... universitário. Dois terços dos estudantes da classe C (com renda familiar de R$ 2 mil a R$ 5 mil) têm entre 26 e 45 anos. É gente que trabalha desde sempre e escolhe o que vai estudar com um olho no mercado de trabalho e o outro também. Nisso a preferência tende a ser por cursos onde faltam profissionais, justamente os mais técnicos. Enquanto as classes A e B tendem mais para humanas, a C quer exatas.
Claro que essa mistura de oportunidades reais com uma nova classe média a fim de pagar caro por elas é um terreno fértil. Fértil para faculdades mequetrefes. Cabe, então, ao governo garantir uma educação que preste - tirando da jogada as instituições que só fingem que ensinam. Porque fingir que o país vai continuar crescendo de um jeito ou de outro não vai dar.
Fonte:http://super.abril.com.br/cotidiano/ped ... 0691.shtml
Menos poesia e mais engenharia. O Brasil pode chegar a 2020 como a 5ª maior economia do mundo. Mas, para continuar crescendo, o país precisa de mais gente que saiba produzir. E essa matéria-prima está em falta
por Alexandre Versignassi
"Falta pedreiro", estão reclamando os mestres-de-obras. Os melhores estão empregados nas construções de prédios caros. Se você quiser reformar o seu apartamento agora, talvez tenha que lidar com profissionais menos competentes do que havia por aí. São as dores do crescimento econômico.
Se fosse só isso, vá lá. O problema mesmo é falta de gente boa para ocupar as novas vagas que aparecem no topo da pirâmide. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, se a econômia crescer mais de 5% ao ano em média nesta década (que é o que todos esperam), haverá uma falta crônica de engenheiros no mercado. E já dá para sentir efeitos de escassez hoje mesmo. Agora um engenheiro põe o pé para fora da faculdade ganhando R$ 4 500, em média - o dobro do que era em 2006. Nas áreas em que a demanda mais subiu, como a da extração de petróleo e gás, contracheques de R$ 30 mil são comuns.
Seria o bastante para atrair praticamente toda a força de trabalho do país. Mas ingleses são ingleses. E engenheiros são engenheiros. Leva mais de uma década entre faculdade e experiência de trabalho para formar um dos bons. Hoje saem 32 mil por ano das universidades. Segundo a Steer, uma consultoria de recursos humanos, só a indústria automobilística e a do petróleo vão absorver 34 mil anuais. Mas o déficit para valer é maior. Nem todos os formandos saem prontos para ocupar os postos que se abrem na indústria. E o jeito para as empresas acaba sendo importar engenheiros. Até o final do ano, serão mais de 5 mil profissionais vindos de outros países. O dobro do que em 2008. Mas só as grandes empresas têm bala para dar a casa, a comida e o salário que um engenheiro importado demanda. As pequenas e médias terminam com o mesmo problema dos mestres-de-obras. "Falta engenheiro."
O problema da escassez desse tipo de profissional começa na escola. A tradição brasileira é de dar pouca importância às matérias de exatas. E o resultado é um desinteresse massivo por elas. Hoje, mais da metade das 402 disciplinas universitárias estão ligadas a engenharia e a outras áreas de exatas. Mas só 1 em cada 5 alunos do ensino superior está cursando alguma delas. Existem mais estudantes de música (5,6 mil) que de engenharia mecatrônica (4,5 mil). Jornalismo goleia engenharia civil por 178 mil a 50 mil. Psicologia 117 mil x 41 mil engenharia elétrica. Resultado: o Brasil tem hoje 6 engenheiros para cada 1 000 trabalhadores. Os EUA, 25.
Quem paga o preço dessa escolha é a economia: sem cabeça de obra nas áreas vitais para o crescimento, ela fica a perigo. E agora? Quem pode tirar o país dessa? Os "pedreiros". A base da pirâmide. Até outro dia, quem não tinha como ser sustentado pelos pais dificilmente ia para a universidade. Era colegial e acabou. Depois, só batente. Claro. Não havia muita opção. Era ou entrar em uma faculdade que cobrava mais do que a maioria podia sonhar em pagar ou prestar vestibular para uma faculdade pública e perder a vaga para qualquer bem-nascido.
Só que hoje as classes mais baixas não são mais tão baixas. O crescimento do país aumentou a renda delas. Você sabe, pela primeira vez, a classe média forma mais da metade da população - agora ela é uma classe média de fato, inclusive; antes, estar na média era ser pobre. Nisso, fazer um curso superior deixou de ser exclusividade de quem cresceu tomando leite A. As faculdades privadas com mensalidades mais baratas lotaram. E cresceram: em 2000, havia 1 004 faculdades privadas no país. Hoje são 2 016. O valor médio das mensalidades também desabou: de R$ 860 em 1996 para R$ 467 no ano passado.
O mais importante: esses novos universitários não têm um perfil exatamente... universitário. Dois terços dos estudantes da classe C (com renda familiar de R$ 2 mil a R$ 5 mil) têm entre 26 e 45 anos. É gente que trabalha desde sempre e escolhe o que vai estudar com um olho no mercado de trabalho e o outro também. Nisso a preferência tende a ser por cursos onde faltam profissionais, justamente os mais técnicos. Enquanto as classes A e B tendem mais para humanas, a C quer exatas.
Claro que essa mistura de oportunidades reais com uma nova classe média a fim de pagar caro por elas é um terreno fértil. Fértil para faculdades mequetrefes. Cabe, então, ao governo garantir uma educação que preste - tirando da jogada as instituições que só fingem que ensinam. Porque fingir que o país vai continuar crescendo de um jeito ou de outro não vai dar.
Fonte:http://super.abril.com.br/cotidiano/ped ... 0691.shtml
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Não só de engenheiros, mas de profissionais qualificados de todas as áreas.
Se falta engenheiro mecânico, é preciso técnicos de mecânica especializados em maior quantidade ainda.
Se faltam engenheiros civis, precisamos de muito mais técnicos de construção civil.
Se faltam engenheiros eletricistas, faltam técnicos de eletricidade em quantidade maior ainda.
Assim como técnicos de informática, enfermagem, etc.
Não adianta correr, facilitar e formar engenheiro meia boca. No Brasil há um certo 'preconceito' com o profissional de curso técnico, paga-se mal. Diferente dos EUA, em que boa parte da população tem um curso técnico, e mesmo os que têm diploma superior já tinham o curso e especializaram suas carreiras.
Há obras que tem dificuldade para seguir em frente não porque não há engenheiro, mas porque o cara lá de baixo não tem a menor noção de geometria (comprimento, volume, área) ou matemática básica, leitura, nem executa um bom serviço com capricho. Isso é reflexo da falência do ensino no Brasil nas áreas mais básicas (até 8ª série e segundo grau), com alta evasão, quantidade absurda de analfabetos funcionais (dizem ser 1/3 da população), etc.
abraços]
Se falta engenheiro mecânico, é preciso técnicos de mecânica especializados em maior quantidade ainda.
Se faltam engenheiros civis, precisamos de muito mais técnicos de construção civil.
Se faltam engenheiros eletricistas, faltam técnicos de eletricidade em quantidade maior ainda.
Assim como técnicos de informática, enfermagem, etc.
Não adianta correr, facilitar e formar engenheiro meia boca. No Brasil há um certo 'preconceito' com o profissional de curso técnico, paga-se mal. Diferente dos EUA, em que boa parte da população tem um curso técnico, e mesmo os que têm diploma superior já tinham o curso e especializaram suas carreiras.
Há obras que tem dificuldade para seguir em frente não porque não há engenheiro, mas porque o cara lá de baixo não tem a menor noção de geometria (comprimento, volume, área) ou matemática básica, leitura, nem executa um bom serviço com capricho. Isso é reflexo da falência do ensino no Brasil nas áreas mais básicas (até 8ª série e segundo grau), com alta evasão, quantidade absurda de analfabetos funcionais (dizem ser 1/3 da população), etc.
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Mais que isso. Devem ser criados mais cursos da área tecnológica. Engenharia prepara o aludo de modo muito científico, enquanto o mercado é muito mais técnico. Deixem os cursos mais técnicos e a ciência leve mais para quem quiser seguir com um mestrado/doutorado.
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Lembro-me dos meus amigos que cursavam engenharia, aqui na UFSC: pelo que eu me recordo, a maior reclamação era a ausência de engenheirAs ...
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Quanto ao tópico, excelente, gostaria de comparar o número de engenheiros formados no Brasil, com os números da Índia, China e Rússia, por exemplo.
Salu2.
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Quanto ao tópico, excelente, gostaria de comparar o número de engenheiros formados no Brasil, com os números da Índia, China e Rússia, por exemplo.
Salu2.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
- bruno mt
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Se tudo der certo, em 2012 eu começo o meu curso de engenharia. Só não sei ainda se faço Mecânica ou Civil, mas estou tendendo muito pra Civil.
E por mais incrivel que pareça fiz essa escolha por paixão a matematica e quimica! Fisica até que eu gosto(gosto de número em geral) mas nada de mais.
E por mais incrivel que pareça fiz essa escolha por paixão a matematica e quimica! Fisica até que eu gosto(gosto de número em geral) mas nada de mais.
- bruno mt
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Só tem duas coisas que não concordo.
- Essa de que a maioria quer fazer humanas está mudando. Dos meus 10 amigos mais próximos uns 5 estão indo pra engenharia. Ainda não tem comparação, mas não tem mais essa que quase ninguem querer ser engenheiro não.
- Esse preço ai de 467 não sei não ein. Aqui tá 1200 e 870 com desconto(funcionário publico estadual)
- Essa de que a maioria quer fazer humanas está mudando. Dos meus 10 amigos mais próximos uns 5 estão indo pra engenharia. Ainda não tem comparação, mas não tem mais essa que quase ninguem querer ser engenheiro não.
- Esse preço ai de 467 não sei não ein. Aqui tá 1200 e 870 com desconto(funcionário publico estadual)
- Bourne
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Eu daria para um ótimo engenheiro, mas na época era integral e economia estava mais acessível.
P. S. Não tem muito a ver, mas fui negada em um concurso em uma universidade privada por saber mais que a banca de avaliação. Normalmente universidade privada dá medo.
P. S. Não tem muito a ver, mas fui negada em um concurso em uma universidade privada por saber mais que a banca de avaliação. Normalmente universidade privada dá medo.
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Posts imortais...Bourne escreveu:Eu daria para um ótimo engenheiro, mas na época era integral e economia estava mais acessível.
P. S. Não tem muito a ver, mas fui negada em um concurso em uma universidade privada por saber mais que a banca de avaliação. Normalmente universidade privada dá medo.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Super Flanker
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Mecânica é o que há amigobruno mt escreveu:Se tudo der certo, em 2012 eu começo o meu curso de engenharia. Só não sei ainda se faço Mecânica ou Civil, mas estou tendendo muito pra Civil.
E por mais incrivel que pareça fiz essa escolha por paixão a matematica e quimica! Fisica até que eu gosto(gosto de número em geral) mas nada de mais.
Esses tempos eu estava conversando com meus amigos de faculdade (Faço Eng. Mecânica na UNESP-Bauru), se for contar o número de faculdades que tem uma certa tradição, desconsiderando essas de monte que vemos em esquinas por ai, o Brasil forma um número muito, mas muito pequeno mesmo de engenheiros, fora o que vão trabalhar no exterior.
E em relação ao curso escolhido, quase todos meus amigos foram pra áreas de humanas e biológicas. Na minha sala de colegial, de 25 alunos, só eu e mais dois foram pra área de engenharia.
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Existe mais um problema, que é o altíssimo nível de desistência.Super Flanker escreveu:Mecânica é o que há amigobruno mt escreveu:Se tudo der certo, em 2012 eu começo o meu curso de engenharia. Só não sei ainda se faço Mecânica ou Civil, mas estou tendendo muito pra Civil.
E por mais incrivel que pareça fiz essa escolha por paixão a matematica e quimica! Fisica até que eu gosto(gosto de número em geral) mas nada de mais.
Esses tempos eu estava conversando com meus amigos de faculdade (Faço Eng. Mecânica na UNESP-Bauru), se for contar o número de faculdades que tem uma certa tradição, desconsiderando essas de monte que vemos em esquinas por ai, o Brasil forma um número muito, mas muito pequeno mesmo de engenheiros, fora o que vão trabalhar no exterior.
E em relação ao curso escolhido, quase todos meus amigos foram pra áreas de humanas e biológicas. Na minha sala de colegial, de 25 alunos, só eu e mais dois foram pra área de engenharia.
Os cursos de engenharia são puxados, exigindo muita dedicação e trabalho. Muita gente entra porque no segundo grau tem atração ou facilidade em algumas matérias específicas da área de exatas (matemática, física, etc...), e depois de terminar o curso básico onde estas são mesmo as que mais se estuda tem que encarar mais 3 anos de matérias aplicativas, como (por exemplo no caso da engenharia mecânica, que eu cursei) materiais, elementos de máquinas, tecnologia mecânica, etc..., e aí acabam desistindo e migrando para outros cursos.
Na universidade onde me formei (UnB) as turmas iniciais tem 35 alunos. Minha turma formou com apenas 13 !
Leandro G. Card
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Aqui começam 1650 alunos por ano. Mais ou menos 200 da minha turma já desistiram!! Isso porque nós estamos indo para o terceiro trimestre! A UFABC é campeã em evasão, porque a maioria não segura o rojão, e porque a proposta de formação é bem diferente das outras federais.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- Matheus
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
o Bourne tem que abixalhar os tópicos...Marechal-do-ar escreveu:Posts imortais...Bourne escreveu:Eu daria para um ótimo engenheiro, mas na época era integral e economia estava mais acessível.
P. S. Não tem muito a ver, mas fui negada em um concurso em uma universidade privada por saber mais que a banca de avaliação. Normalmente universidade privada dá medo.
Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Sem dizer que a maior parte dos cursos de engenharia do Brasil é sofrível, fruto do nosso sistema educacional sofrível. Ja conversei com engenheiro mecânico buscando mestrado ao norte do Rio Grande que não sabia relacionar número de Nusselt com Prandtl e Reynolds...
[]'s
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
Se existe papo furado, creio que este é...pafuncio escreveu:Lembro-me dos meus amigos que cursavam engenharia, aqui na UFSC: pelo que eu me recordo, a maior reclamação era a ausência de engenheirAs ...
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Quanto ao tópico, excelente, gostaria de comparar o número de engenheiros formados no Brasil, com os números da Índia, China e Rússia, por exemplo.
Salu2.
...incluso com este nome....por favor senhor.... pare de tentar ser o que não es....
sai fora viola......
- Super Flanker
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Re: O Brasil precisa de mais engenheiros
A minha sala começou com 60 alunos, está terminando o ano com 51.
O tanto de pessoas que sai depois que começa o curso de engenharia é muito grande.
O tanto de pessoas que sai depois que começa o curso de engenharia é muito grande.
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer